Paolo Maldini

Lateral esquerdo, Zagueiro
1126 Jogos Oficiais
26 Títulos Oficiais
40 Gols Marcados
Paolo Maldini
Paolo Maldini Itália - Milão
Nascimento 26 de junho de 1968
Falecimento -
Apelidos Il Capitano ("O capitão")
Carreira Início: (1984) Milan
Término; (2009) Milan
Características Altura: 1,86 m
Ambidestro
Posição / Outras posições Zagueiro / Lateral esquerdo
UEFA Champions League

1988–89, 1989–90, 1993–94, 2002–03, 2006–07

Mundial de Clubes

1989, 1990, 2007

Perfil / Estilo do jogador

Um dos mais lendários defensores do futebol mundial, Paolo Maldini era praticamente uma rocha posicionada no sitema defensivo, pois era muito dificil passar por ele. Seus desarmes precisos, tempo de bola e cabeceio, faziam com que se tornasse um dos zagueiros mais temidos pelos atacantes. Além disso, possuia mais habilidades, como velocidade, apoio na lateral e bom cruzamento, fazendo com que também fosse aproveitado na lateral esquerda. Anos de dedicação a um clube só, fizeram com que desenvolvesse um perfil de liderança, rendendo-lhe a faixa de capitão em seu clube e na seleção italiana.

Categoria de base

Data Clube    
1978-1984 Milan    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1984-2009 Milan 901 33

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1988-2002 Itália 125 5

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Milan Campeonato Italiano 1987–88, 1991–92, 1992–93, 1993–94, 1995–96, 1998–99, 2003–04
Milan Liga dos Campeões 1988–89, 1989–90, 1993–94, 2002–03, 2006–07
Milan Supercopa da Itália 1988, 1992, 1993, 1994, 2004
Milan Supercopa da UEFA 1989, 1990, 1994, 2003, 2007
Milan Copa Intercontinental 1989, 1990
Milan Copa da Itália 2002-03
Milan Mundial de Clubes 2007

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Seleção da Copa do Mundo 1990, 1994 Itália
Jogador do Ano: revista World Soccer 1994 Itália / Milan
Seleção da Eurocopa 1996, 2000 Itália
Seleção da UEFA 2003, 2005 Milan
Melhor jogador Torneio Intercontinental 2003 Milan
Melhor defensor da UEFA 2007 Milan
Dream Team da História do Bola de Ouro - 1º lugar - lateral esquerdo 2020 Milan / Itália

Desempenho

0,046
Média
Gols por jogo
1,04
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
3
Controle de Bola
4
Drible
2
Velocidade
4
Técnica
4
Finalização
3
Condicionamento Físico
5
Fundamentos Defensivos
5

Biografia

Paolo Maldini: Zagueiro lendário e maior ídolo do Milan

Paolo Maldini: Maior ídolo da história do Milan.

Um dos maiores defensores da história do futebol, Paolo Maldini sempre teve seu nome vinculado ao AC Milan, até porque, foi lá onde passou toda sua carreira, desde a base. Seus 25 anos de dedicação, lhe renderam as conquistas mais importantes do clube, como 5 Champions League e 7 Campeonatos Italianos. Dessa forma, o zagueiro conseguiu mais títulos do que muitos times grandes da Europa, não sendo apenas o maior ídolo, mas uma instituição rossonera.

Defensor completo, Maldini não atuava apenas na zaga, mas também jogava na lateral esquerda, executando ambas as funções com maestria.  Essa situação só era possível, porque além ter um ótimo poder de marcação e cabeceio, Paolo tinha outros atributos, como velocidade, apoio e cruzamento.

Filho do lendário zagueiro Cesare Maldini, possivelmente teve seu talento herdado por seu pai, jogando inclusive na mesma posição e clube. Seus dois filhos, Christian Maldini e Daniel Maldini também seguiram a tradição familiar e passaram a atuar na base do Milan. Curiosamente, Daniel é o único que atua como meia-atacante, diferente dos demais membros da família, que eram defensores.

Fora do Milan, Maldini escreveu sua história apenas na seleção italiana, onde manteve o seu poder de liderança e se tornou capitão. Desde 1996, pegou a faixa para si e não largou mais, por isso, a partir desse período, ficou reconhecido na Squadra Azzurra como “Il Capitano”.

Apesar de fazer história com a Azzurra, Paolo Maldini não conseguiu títulos em sua seleção, diferente do que ocorreu no Milan. Mesmo com essa baixa, o longevo jogador teve números impressionantes em sua carreira. Atuou por 25 anos como profissional em 1126 jogos, com 40 gols marcados e 43 assistências.

Infância, histórico e inspirações

Paolo Maldini nasceu no dia 26 de junho de 1968, na cidade de Milão, local onde escreveria sua história no futebol. Desde cedo, começou a tomar gosto pelo esporte, ainda mais quando viu o atacante da Juventus Roberto Bettega jogar. Por tamanho encanto com seu ídolo, o garoto passou a ser torcedor bianconero, algo que desagradou seu pai.

Cesare Maldini, pai de Paolo, era um dos maiores ídolos da história do Milan e junto com  sua esposa, queria que seu filho seguisse seus passos no clube. Além disso, o então zagueiro rossonero, viu que seu filho tinha talento para o futebol e insistiu que o garoto entrasse na base da equipe.

O garoto atendeu ao pedido de seu pai e com apenas 10 anos de idade passou a integrar as categorias de base do Milan. Naquele momento, o jovem Paolo começava a escrever uma das mais belas histórias do futebol.

 

Família de jogadores: Cesare (pai), Daniel e Christian (filhos)


Durante anos a família Maldini emprestou seus talentos para a equipe do AC Milan, começando por Cesare Maldini, o patriarca. O lendário zagueiro é um dos maiores ídolos da equipe e um dos que mais vestiu a camisa rossonera. Foram 15 anos de dedicação e nesse período, o jogador fez história levantando a primeira taça de Liga dos Campeões do clube.

Já consagrado no Milan, Cesare passou o bastão para Paolo, que 17 anos após a saída de seu pai do time rossonero, estreou com a camisa da equipe. Depois de se consagrar dentro do clube, Paolo Maldini colocou seus filhos no mesmo caminho.

Daniel Maldini fez toda sua base no Milan e subiu para o profissional em 2020, atuando em uma função diferente na família, meia-atacante. Já Christian Maldini segue a tradição e atua como defensor e apesar de ter atuado na base rossonera, o jogador deixou a equipe rumando para outros caminhos.

 

Uma carreira toda jogando pelo Milan: da base até a aposentadoria


Nas categorias de base do Milan, Paolo Maldini conseguiu cada vez mais espaço, através da influência de seu pai que era muito respeitado no clube. Porém, se engana quem pensa que o jogador só entrou na equipe por esse motivo, já que seu talento era comprovado dentro de campo. Durante 6 anos, o jovem se destacou nos times juvenis, até chegar no elenco principal com 16 anos de idade.

Maldini foi integrado ao elenco do Milan na temporada 1984-85 e veio estrear apenas em janeiro de 1985, em empate com a Udinese, válido pela serie A. Desde essa partida, o zagueiro não deixou mais o time titular e se tornou jogador de confiança do técnico Nils Liedholm.

Sua missão era reerguer uma equipe que vinha de dois rebaixamentos e acabara de retornar a série A. Inclusive, no ano de sua estreia, outros jogadores estrearam com a camisa rossonera, fazendo parte de uma reformulação no elenco. O goleiro Giuliano Terreno acabara de chegar do Torino, Agostino Di Bartolomei chegava consagrado da Roma e o atacante Mark Hateley vinha do Portsmouth da Inglaterra.

Após uma primeira temporada estável, Maldini passou a jogar pela primeira vez na lateral esquerda no ano seguinte. O técnico Nils Liedholm observou que o defensor tinha mais atributos do que o poder de marcação, como velocidade e passe.

1987-1991 – Com geração holandesa, Paolo Maldini integra os imortais

Paolo Maldini na conquista da Liga dos Campeões 1988-89.

Em 1987, titular absoluto do Milan, Paolo Maldini passou a contar com a presença de outros grandes jogadores, após pesado investimento do Milan. No embalo de uma grande equipe comandada por Arrigo Sacchi, o defensor se destacou ainda mais, resultando em um período de conquistas.

A primeira das glórias, ainda na temporada 1987-88, foi o Campeonato Italiano, em que Maldini foi um ponto de apoio na lateral esquerda. Seu poder de marcação dava tranquilidade para o time atacar e sua presença ofensiva era um elemento surpresa. Atuando com regularidade, Paolo foi essencial no primeiro título italiano do Milan após 10 anos de jejum.

Na temporada seguinte, 1988-89, Maldini viria a conquistar mais um título com a camisa rossonera, dessa vez de mais peso, a Liga dos Campeões da Europa.  Naquele ano, o Milan mostrava ao mundo uma das melhores defesas do mundo, que além de Paolo, tinha Baresi, Tassotti e Costacurta.

Em uma safra tão boa de títulos, Paolo Maldini voltou a conquistar a Liga dos Campeões da temporada seguinte. Nessa competição, o craque não foi decisivo apenas na defesa, mas também no ataque. Na semifinal, em jogo de volta no San Siro, contra o Bayer Munich, o defensor rossonero deu uma assistência providencial para o gol de Stefano Borgonovo, que evitou a eliminação do time italiano.

Em um período ao lado de um esquadrão imortal, ainda faturou dois títulos mundiais e duas Supercopas da UEFA. Essa seria a primeira safra de títulos na carreira de Paolo.

Nos tempos áureos de um time que contava com uma verdadeira constelação holandesa, Paolo contou com ilustres parceiros. O trio Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco van Basten foram os principais deles. Mas além desses craques, não podemos nos esquecer do meio-campista Carlo Ancelotti, que mais tarde viria a ser treinador de Maldini.

1991-2001 – Capitão e novos títulos com os invencíveis

Mais uma conquista europeia do ídolo rossonero.

Passada a geração dos imortais, Paolo Maldini permaneceu no Milan para escrever uma nova história com a equipe. Na temporada 1991-92, o craque rossonero completava 200 jogos no time e já demonstrava ser um dos pilares do elenco. Em um período de transição, viu a chegada de importantes jogadores como Roberto Danadoni, Abertini, o goleiro Rossi e mais tarde, o atacante George Weah.

Nessa nova fase do Milan, comandada por Fábio Capello, Maldini continuou atuando como lateral esquerdo ao lado dos mesmos companheiros de defesa dos anos anteriores. Junto com essa forte equipe, conquistou o Campeonato Italiano da temporada 1991-92, que seria o primeiro título dessa nova safra vitoriosa.

Os anos seguintes também foram imbatíveis, pois o Milan conquistou dois Campeonatos Italianos nas duas temporadas seguintes e o título da Liga dos Campeões 1993-94. Na competição europeia, um dos momentos mais memoráveis de Maldini foi na partida contra o Weder Bremem, na segunda fase, em que anotou um importante gol de cabeça na vitória por 2 a 1.

Maldini ainda ajudou o Milan a faturar a Serie A italiana 1995-96 e depois desse título, a equipe rossonera passaria por um período de turbulência. Por isso, o time passou por outras reformulações em seu elenco e o zagueiro Franco Baresi anunciou sua aposentadoria. Dessa forma, Paolo Maldini assumiu o posto de capitão do time, por tamanha liderança que vinha apresentando.

Após dominar a faixa de capitão, Maldini encarou uma fase difícil no Milan, sem títulos. Mesmo com a volta do técnico Arrigo Sacchi, o clube não engrenou e precisou de mais uma nova safra de craques para voltar às glórias.

2001 – 2009 – Com Carlo Ancellotti, Paolo Maldini passa a liderar Milan em nova fase de sucesso

Paolo Maldini lider da conquista da Liga dos Campões 2002-03.

Em mais uma fase do Milan, Paolo Maldini permanecia na equipe e via mais uma reformulação no elenco. Em sua nova posição, mais centralizado na defesa, o mítico jogador se tornou o novo líder do time, por tamanho respeito que tinha no rossonero.

No inicio dos anos 2000, seu antigo companheiro de time, Carlo Ancelotti chegava à equipe como técnico, trazendo novos jogadores. Seu novo parceiro de defesa foi Alessandro Nesta, com quem faria uma dupla de sucesso. Dida, Cafú, Andrea Pirlo, Seedorf, Genaro Gattuso, Kaká e Andriy Shevchenko formaram a grande equipe que seria liderada por Maldini.

Nessa nova era do Milan, a primeira grande conquista foi a Liga dos Campões de 2002-03, que teve um gosto especial, por ter sido em cima da rival Juventus. Maldini fez um grande jogo e evitou que sua equipe tomasse gol, mas a decisão foi para os pênaltis, com vitória rossonera. Seu grande desempenho na competição lhe rendeu um lugar na seleção da UEFA.

Na temporada seguinte, Maldini ergueu mais uma taça, cena que se tornou comum na rotina milanista. Junto com sua equipe, conquistou a Série A italiana, uma das poucas do Milan nos anos 2000.

Porém, na temporada seguinte, a esperança pelo principal título europeu voltou ao radar milanista. Naquela competição, Maldini voltou a jogar como lateral esquerdo, mesmo no alto de sua experiência, para dar lugar a Japp Stam na zaga. Em sua antiga função, Paolo levou sua equipe para a grande decisão da Liga dos Campeões contra o Liverpool. Foi importante na final, marcando gol de pé direito, o primeiro dos três tentos rossoneros, mas os ingleses empataram o jogo e venceram nas penalidades.

2007: Paolo Maldini conquista prêmio importante

Após decepção na final da Liga dos Campões de 2004-05, Paolo Maldini estava em busca de mais um título por sua equipe. Atuando como zagueiro, o ídolo milanista foi implacável na defesa e ajudou o Milan a chegar a mais uma final da competição, em 2006-07, novamente contra o Liverpool.

Porém, dessa vez a história foi diferente e os rossoneros venceram o duelo por 2 a 1, fazendo com que Maldini erguesse mais uma taça. Além disso, suas impecáveis atuações frente à zaga do Milan, lhe renderam o prêmio de melhor defensor da UEFA.

Ainda no mesmo ano, conseguiu os títulos da Supercopa da UEFA e também do Mundial de Clubes. Nessa última competição, Maldini conquistou seu último título da carreira, fazendo grandes exbições contra Urawa Reds e Boca Juniors.

2009 – Paolo Maldini se aposenta no Milan

Com quase 25 anos de carreira, Paolo Maldini sentia que hora de encerrar seu ciclo como jogador profissional. Em 2008, quando completou seu milésimo jogo com o Milan, o zagueiro sabia que já não reunia mais condições de jogar em alto nível, colecionando algumas lesões. Portanto, em 2009, o ídolo milanista anunciou que estava deixando os gramados.

Seu último jogo oficial no San Siro foi contra a Roma, em um resultado nada agradável, derrota por 3 a 2, mas mesmo assim Paolo recebeu diversas homenagens. Sua última partida oficial foi fora de casa, em vitória contra a Fiorentina por 2 a 0 na Série A.

Em respeito à brilhante história de Paolo Maldini na equipe, o Milan aposentou a camisa 3, que se tornou uma verdadeira relíquia. Essa é uma das merecidas homenagens ao jogador que mais vestiu o manto rossonero, em 901 partidas, com 33 gols e 43 assistências. Além disso, o ídolo de Milão é o maior vencedor da história do clube, com 7 Campeonatos Italianos, 5 Ligas dos Campeões, 5 Supercopas da Itália, 5 Supercopas da UEFA, 3 Mundiais de Clubes e uma Copa da Itália.

Mesmo após sua aposentadoria, Maldini não se desligou do Milan e continuou no clube  em uma nova função, como diretor de futebol. Agora, o eterno ídolo rossonero tem a missão de conduzir uma nova geração de jogadores, para que a equipe de Milão volte aos altos da glória.

 

Principais parceiros de linha defensiva no Milan e Seleção Italiana


Durante seus 25 anos de carreira, Paolo Maldini formou dupla com grandes zagueiros, seja no Milan ou na seleção italiana. Franco Baresi, Alessandro Nesta e Fábio Canavarro foram seus principais parceiros de zaga.

Maldini e Baresi: No Milan e na seleção italiana, uma das melhores duplas da história

O primeiro grande defensor a inspirar Paolo Maldini no futebol foi Franco Baresi, que também dedicou sua vida toda ao Milan. Os dois jogaram juntos por 13 anos e nesse tempo, atuaram como dupla de zaga em apenas 110 jogos, pois Maldini atuou muitas vezes na lateral esquerda. Apesar de poucas partidas lado a lado, ambos tomaram apenas 21 gols, uma média impressionante de apenas 0,19 gols por jogo.

Como companheiros de equipe, Maldini e Baresi conquistaram muitos títulos, como 5 Campeonatos Italianos, 3 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes, 3 Super Taças da UEFA e 4 Supercopas da Itália.

A parceria voltou a se repetir na seleção italiana, quando mais uma vez, Maldini oscilava entre lateral esquerdo e zagueiro. Mas, no jogo mais importante dos dois juntos, na final da Copa do Mundo de 1994, atuaram como dupla de zaga. Mesmo que o resultado daquela partida não tenha sido bom, o torcedor italiano pode apreciar uma das maiores defesas de todos os tempos.

Maldini e Nesta: No Milan e na seleção italiana, mantém status de elite

Após a aposentadoria de Baresi, Maldini ficou 5 anos sem um parceiro fixo na zaga, o que só veio a ocorrer em 2002, com a chegada de Alessandro Nesta. Ambos atuaram muito mais vezes como dupla durante 7 anos em clube e seleção, sendo muito vitoriosos.

Atuando juntos, os dois jogadores conquistaram um Campeonato italiano, 2 Ligas do Campeões, 2 Supercopas da UEFA, uma Supercopa da Itália, e um Mundial de Clubes.

 

1988-2002 – Paolo Maldini na seleção italiana


Paolo Maldini na seleção italiana.

Após conquistar o título italiano com o Milan em 1987-88, Paolo Maldini recebeu sua primeira oportunidade na seleção italiana com 19 anos de idade.  Seu primeiro jogo foi no empate de 1 a 1 em jogo amistoso contra a Iugoslávia. A partir desse dia, o defensor não deixou mais a posição de titular na Squadra Azzurra.

Durante 14 anos, Maldini foi um dos pilares de uma das zagas mais fortes de todos os tempos, atuando ao lado de grandes jogadores. Nas gerações das quais fez parte, além de jogar junto com seus parceiros de zaga como Canavarro, Nesta e Baresi, Paolo também atuou com outros craques. Donadoni, Daniele Massaro, Roberto Baggio, Schillaci, Totti, Vieri e Buffon estão entre as principais lendas.

Sua primeira competição oficial com a Itália foi a Eurocopa de 1988, em que chegou às semifinais. Dois anos depois, jogando em casa, parou na semifinal contra a Argentina de Maradona e se contentou com a terceira colocação.

No mundial de 1994, ajudou a proteger a zaga italiana, que foi pouco vazada no torneio. Com isso, Paolo levou a Azzurra à grande decisão contra o Brasil, mas não evitou a derrota nas penalidades.

Se firmou como capitão da seleção italiana em 1996 e passou a ser o grande líder da equipe. Dois anos depois, atuando como lateral esquerdo, Maldini fez boas exibições com o escrete italiano. Dessa forma, chegou as quartas de finais contra a dona da casa França, mas perdeu novamente nas penalidades.

Em 2000, esteve mais uma vez próximo de conquistar um título, que na ocasião era a Eurocopa. Novamente sua seleção tomou poucos gols, apenas 4 gols na competição, graças as suas atuações, porém a Itália perdeu mais uma final para a França.

Aposentadoria precoce na seleção

Na Copa do Mundo de 2002, Maldini mais uma vez esteve entre os melhores defensores do planeta, fazendo parte de mais um forte sistema defensivo. Porém, em polêmica eliminação para a Coréia do Sul nas oitavas de finais, Paolo se decepcionou muito com a arbitragem. Irritado, anunciou sua aposentadoria da seleção.

Em 2006, recebeu o convite para integrar novamente a seleção italiana na Copa do Mundo, mas recusou prontamente, alegando que queria tempo para se dedicar apenas ao Milan. Quis o destino, que naquele ano a Itália conquistasse o título da competição.

Mesmo sem conquistas com a seleção italiana, Maldini sempre jogou em alto nível, até por isso, é considerado um dos maiores ídolos do país. Atuou em 4 Copas do Mundo e foi o atleta que atuou por mais minutos na história do torneio, além de ter recebido o prêmio de melhor do ano de 1994 pela revista World Soccer. Em sua passagem pela Squadra Azzurra, atuou em 125 partidas e conseguiu anotar 7 gols.

Maldini na Copa de 1990: na estreia em copas, time do campeonato e 3º lugar

Em sua primeira Copa do Mundo com a Squadra Azzurra e disputada em casa, Paolo Maldini se firmou como titular atuando na lateral esquerda. Ao seu lado, Franco Baresi, Riccardo Ferri e Giuseppe Bergomi formaram uma forte linha de defesa. Já na linha de frente não faltaram craques, como Ancelotti, Donadoni e Gianluca Vialli.

Com esse grande elenco, Maldini conseguiu desempenhar um bom papel, em uma seleção que tomou apenas dois gols na competição. Mesmo não marcando mais de dois tentos em um jogo, a Itália chegou à semifinal para encarar a Argentina de Diego Maradona.

Maldini conhecia muito bem o craque argentino, pois ambos já se enfrentaram pelo Campeonato Italiano, em partidas de Milan e Napoli. Porém isso não bastou para impedir o gol de Caniggia que empatou a partida em 1 a 1. Nos pênaltis, a seleção albiceleste levou a melhor.

Após eliminação na semifinal, a Itália enfrentou a Inglaterra e venceu por 2 a1, conquistando a terceira posição da Copa do Mundo. Efetivo no sistema defensivo, Paolo Maldini foi escolhido para a seleção da competição.

Maldini na Copa de 1994: o mais próximo que chegou de vencer

Na final da Copa do Mundo de 1994, maior chance de título com a seleção italiana.

Na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Paolo Maldini começou atuando como lateral e logo foi passado para a zaga. Dessa forma, conseguiu realizar a dupla dos sonhos, ao lado de Franco Baresi.

Em uma seleção que obteve mais uma forte linha defesa, Maldini viu novos jogadores brilharem na Azzurra, também em outros setores.  Massaro, Roberto Baggio, Albertini e o goleiro Pagliuca foram nomes importantes daquela seleção.

A Itália começou a competição perdendo para a Irlanda, mas logo se recuperou em vitória apertada contra a Noruega. Então, Arrrigo Sachi, que foi seu treinador no Milan, resolveu passar Paolo para a zaga na terceira partida, deixando outro milanista de fora do time, Alessandro Costacurta. Medida que deu muito certo e os italianos chegaram à final.

Na decisão contra o Brasil, os italianos fizeram seu segundo jogo sem tomar gol, pois o primeiro foi contra a Noruega. Em uma partida brilhante, Maldini deu trabalho para Bebeto e Romário, levando o duelo para as penalidades. Porém, Baresi, Albertini e Roberto Baggio perderam suas cobranças e também o título.

Apesar da decepção na final, a atuação de Maldini não passou despercebida e o craque figurou mais uma vez na seleção da Copa do Mundo FIFA.

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