Marco van Basten

Centroavante, Segundo Atacante
338 Jogos Oficiais
18 Títulos Oficiais
242 Gols Marcados
Marco Van Basten
Marco van Basten Holanda - Utrechet
Nascimento 31 de janeiro de 1964
Falecimento -
Apelidos Cisne de Utrechet / San Marco
Carreira . 1982-1987: Ajax/HOL
. 1987-1993: Milan/ITA
Características 1,88m
Ambidestro
Posição / Outras posições Centroavante
Segundo atacante
UEFA Champions League

Campeão 1989 e 1990

Melhor do Mundo/Bola de ouro

1988 / 1989 / 1992

Mundial de Clubes

Campeão 1989 e 1990

Perfil / Estilo do jogador

Um dos atacantes mais completos na história do futebol, Marco van Basten foi um dos principais destaque nos anos 1980. Alto e forte fisicamente, também conseguia manter elegância em seus movimentos com a bola. Era um atacante completo. De rara inteligência, cabeceava bem, arrematava ao gol de qualquer posição e com ambos os pés, além de possuir um faro incrível para gols, além do talento para fazer gols acrobáticos como voleios e bicicletas.

Categoria de base

Data Clube    
1970–1971 EDO    
1971–1980 UVV    
1980–1981 USV Elinkwijk    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1981–1987 Ajax-HOL 133 128
1987–1995 Milan-ITA 147 90
Total 280 218

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1983-1992 Holandesa 58 24

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Ajax-HOL Campeonato holandês (Eredivisie) 1981-82, 1982-83 e1984-85
Ajax-HOL Copa Holandesa (KNVB Cup) 1982–83, 1985–86 e 1986–87
Ajax-HOL UEFA Cup Winners Cup 1986-87
Milan-ITA Campeonato Italiano (Serie A) 1987–88, 1991–92 e 1992–93
Milan-ITA Supercopa italiana 1988 e 1992
Milan-ITA UEFA Champions League / (antiga European Cup) 1988–89 e 1989–90
Milan-ITA Supercopa Européia (European Supercup) 1989
Milan-ITA Mundial de Clubes 1989 e 1990

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Eurocopa 1988

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Seleção da Eurocopa 1988, 1992 Seleção Holandesa
Bola de Ouro (Ballon d’Or) 1988, 1989, 1992 Milan / Seleção Holandesa
Prêmio FIFA de melhor jogador do mundo (FIFA World Player of the Year) 1992 Milan / Seleção Holandesa
Prêmio UEFA de melhor jogador da Europa 1989, 1990, 1992 Milan / Seleção Holandesa
Chuteira de prata – Europa (2º maior artilheiro do continente) 1983-84 Ajax
Artilheiro – Campeonato holandês (Eredivisie) 1983–84, 1984–85, 1985–86, 1986–87 Ajax
Melhor jogador holandês 1984–85 Ajax
Chuteira de ouro – Europa (maior artilheiro do continente) 1985-86 Ajax
Chuteira de ouro – Mundo (maior artilheiro das principais ligas de futebol do mundo) 1985-1986 Ajax
Melhor jogador jovem (sub-23) da Itália (Bravo Award) 1987 Milan
Melhor jogador da Eurocopa 1988 1988 Seleção Holandesa
Artilheiro – UEFA Champions League / European Cup 1988-89 Milan
Artilheiro – Campeonato Italiano (Serie A) 1989-90,1991-92 Milan
Lista dos 100 melhors jogadores do mundo vivos - FIFA 100 (feita por Pelé em 2004 2004 Ajax, Milan e Seleção Holandesa
Jubilieu de ouro da UEFA – melhores jogadores europeus do período 1954-2004 (votação popular) 2004 Ajax, Milan e Seleção Holandesa
Eleito para o hall da fama do futebol italiano 2012 Milan
Seleção dos melhores da história da Eurocopa (UEFA Euro All-time XI) 2016 Seleção Holandesa
Hall da Fama do Milan (Hall of Fame) - Milan
Dream Team da História do Bola de Ouro - 3º lugar - centroavante 2020 Ajax, Milan e Seleção Holandesa

Desempenho

0,72
Média
Gols por jogo
1,3
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
5
Controle de Bola
5
Drible
4
Velocidade
3
Técnica
5
Condicionamento Físico
3
Fundamentos Defensivos
2

Biografia

Marco van Basten: O Gênio vencido pelas lesões

Um dos maiores atacantes da história do futebol, Marco van Basten fez sucesso principalmente na década de 1980. Participou de uma geração holandesa fantástica formada por – entre outros – Ruud Gullit, Frank Rijkaard e Ronald Koeman. E ao longo de sua carreira fez história por dois clubes, no Ajax/HOL, onde iniciou, mas foi no AC Milan de Arrigo Sachi onde se consagrou como um atacante temível em todo o mundo.

Porém, Van Basten só não foi ainda maior por um motivo: as lesões. O craque passou por quatro operações no tornozelo, em uma época onde a medicina esportiva não era tão avançada e fez com que encerrasse a carreira precocemente, aos 30 anos de idade e com muito futebol ainda por apresentar. Em uma dessas lesões, Van Basten ficou mais de um ano sem entrar em campo, perdendo uma temporada inteira apenas para se recuperar.

Curiosidade: O craque vencido pelas lesões, aposentado precocemente, provocou a discussão no mundo do futebol para que se protegesse melhor os jogadores. Discussão que chegou até a FIFA para que exigisse uma maior proteção aos atletas contra jogadas mais violentas. Nas Copas do Mundo de 1994 e 1998, as faltas duras – e principalmente por trás – passaram a ser punidas com cartão vermelho direto. Regra que passou a ser conhecida como “Lei Van Basten”.

 

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1981-1988: Início no Ajax e projeção mundial

Marco Van Basten começou sua carreira profissional na temporada 1981/1982, para logo fazer história. Ele entrou em campo pelo Ajax FC simplesmente para substituir Johan Cruijff, o maior ídolo do futebol holandês, e ainda anotou um gol. Ali começava a vida do matador, já com a missão de ser o próximo grande jogador não apenas do Ajax, mas da seleção da Holanda.

Van Basten iniciou no Ajax!

Um jogador elegante e matador chamava a atenção na Holanda

O seu estilo veloz, porém elegante, chamava muita atenção em campo. Marco Van Basten era um goleador nato. Com um grande espírito coletivo, isso despertava nos seus companheiros ainda mais a vontade de vencer.

Logo em sua primeira temporada com a camisa do Ajax, já veio o primeiro título do Campeonato Holandês. No ano seguinte, ainda mais a vontade, Van Basten foi o pilar da equipe na conquista de mais um Campeonato Holandês. Nesta sua segunda temporada anotou nove gols em 20 partidas disputadas. Já na Copa Nacional, fez quatro gols em cinco jogos. Era o terceiro título pelo maior time do país em duas temporadas, um início fantástico para o ainda jovem de 19 anos.

Com um DNA vitorioso, os títulos não pararam por aí para o “Holandês Voador”. O seu terceiro Campeonato Holandês veio já na temporada seguinte, 1984/85. Além disso, foram mais duas Copas da Holanda, em 1985/86 e 1986/87; além da Taça dos Clubes Vencedores, em 1986/87, uma espécie de Recopa Europeia. O mundo via surgir um novo fenômeno, com uma ascensão meteórica.

 

Tricampeão holandês e goleador máximo por 4 anos seguidos

Além de conquistar o tricampeonato holandês pelo Ajax, Marco van Basten conseguiu mais um feito, e esse com a sua marca registrada: os gols. O atacante foi por quatro anos seguidos o artilheiro da Liga Holandesa, mostrando um grande arsenal de gols.

Na temporada 1983/84, o atacante anotou 28 gols em 24 jogos pela Liga, uma média superior a um gol por partida. Na seguinte, foram 22 gols em 33 jogos, mais uma média absurda. Porém, foi na temporada de 1985/86 que Van Basten surpreendeu o mundo de vez.

Ele anotou incríveis 37 gols em 26 jogos, sendo o artilheiro disparado e mais uma vez superando a média de um gol por jogo. Na 4ª artilharia, foram 27 jogos e 31 bolas nas redes, se consolidando e fazendo história em solo holandês também com prêmios individuais. Estava prestes a dar saltos ainda mais altos em sua carreira.

 

Estreia na seleção da Holanda em 1983

Marco van Basten estreou pela Seleção Holandesa ainda no ano de 1983, no dia 07 de setembro. Na ocasião, atuou os 90 minutos da partida contra a Islândia, que o selecionado holandês venceu por 3 a 0. Já o primeiro gol que ele anotou pela seleção holandesa foi na partida seguinte, contra a Bélgica, em amistoso que terminou empatado por 1 a 1.

 

Em 1987, atacante se transfere para o AC Milan

Milan apostou no jovem holandês.

Milan apostou no jovem holandês para uma nova era

Após seis temporadas no Ajax, onde conquistou sete títulos e anotou 152 gols em 172 jogos, chegou o momento de Marco van Basten dar um salto ainda maior e conquistar a Europa. O destino escolhido foi o Milan, gigante italiano que buscava se reconstruir após um período difícil e sem grandes conquistas.

Van Basten foi contratado por um valor equivalente a 247 milhões de Libras esterlinas em valores atualizados para 2020. Na equipe de Milão, formou dupla inesquecível com o compatriota Ruud Gullit, e pouco tempo depois formaria um marcante trio holandês com a chegada do ex-companheiro de Ajax, Frank Rijkaard.

 

Euro 1988: Aos 23 anos, Marco Van Basten encanta a Europa

Após um período complicado, a Seleção Holandesa chegava para a Eurocopa em 1988 buscando se reerguer. A aposta era em um jovem de apenas 23 anos: Marco Van Basten. Porém, van Basten vinha de lesão e perdera muitos jogos durante a temporada, o que levantava dúvidas sobre como seria o seu desempenho nesta competição, até então nunca vencida pela seleção da Holanda. Mas ele iria quebrar a escrita.

Na estreia da Holanda, uma derrota por 1 a 0, contra a União Soviética. Todos começavam a duvidar daquela seleção vista como sensação. Na 2ª rodada, no clássico contra a Inglaterra, um jogo de vida ou morte. Quem perdesse estaria fora da competição.

Van Basten, então, começou a brilhar e mostrar todo o seu repertório. O atacante anotou um hat-trick, fazendo todos os gols da vitória holandesa por 3 a 1,  resultado que eliminou a Inglaterra. Em seguida, a Laranja Mecânica venceu a Irlanda para garantir uma das vagas na semifinal.

Na semifinal, a Holanda teve como adversário a Alemanha Ocidental, então vice-campeã mundial. Lotthar Matthäus abriu o placar para a Alemanha na segunda etapa do confronto. Mas, o zagueiro artilheiro, Ronald Koeman, empatou para os holandeses. Quando parecia que haveria uma prorrogação, entra a estrela de Marco Van Basten. Aos 88 minutos, marca o gol que colocaria a Holanda na decisão da Eurocopa.

 

No título europeu, o gol mais marcante da carreira

O gol mais marcante de sua carreira.

O gol mais importante da carreira de Van Basten

Na final da Eurocopa 1988, a Holanda teria pela frente mais uma vez a União Soviética, seleção que havia vencido a Laranja Mecânica na abertura da competição. Porém, dessa vez foi diferente. Gullit abriu o placar ainda no primeiro tempo da grande final.

Já na segunda etapa, os Soviéticos buscavam o empate. A Holanda se defendia. Foi então que em um contra-ataque, o camisa 12 holandês, Van Basten, recebeu um cruzamento vindo do lado esquerdo do campo, a bola descendo de uma altura muito alta. Sem problemas para alguém com a classe do matador. Com um tempo de bola incrível, Van Basten  pegou de primeira, sem ângulo, e mandou para o fundo das redes, com a força certa para encobrir o goleiro Dasaev e morrer no canto superior direito.

Um golaço, um dos maiores da carreira de Van Basten e da seleção holandesa. O gol garantiu o título da Eurocopa para a Holanda e ainda deu o troféu de artilheiro da competição para Marco van Basten, com cinco gols.

 

1987-1995: O auge e a derrocada no Milan

No Milan, Marco van Basten chegou para colocar o time de novo no caminho das conquistas. E isso aconteceu logo em seu primeiro ano ao vencer o Campeonato Italiano, acabando com um jejum que já durava nove anos. Inclusive, foi dele o gol que garantiu o título, em duelo contra o todo poderoso Napoli, que contava simplesmente com o maior jogador do mundo, o argentino Diego Armando Maradona.

Já no segundo ano, veio um título ainda maior, um que o Milan não vencia há 20 anos: a Copa dos Campeões da Uefa, hoje conhecida como UEFA Champions League (UCL). Para ficar ainda melhor, em 1989/90, em sua terceira temporada na Itália, veio o bicampeonato da Champions League.

Ao todo, foram 206 jogos em 128 gols com a camisa do AC Milan. Lá conquistou três Campeonatos Italianos, três Supercopas da Itália, duas UCL, duas Copa Intercontinental, duas Supercopas da UEFA, e mais três Troféu Luigi Berlusconi.

Porém, nem tudo foram flores na passagem do holandês pelo Milan. Com um tipo de corpo magro e sem muitos músculos, Marco Van Basten sofria com os defensores adversários, que muitas vezes recorriam a faltas violentas e antidesportivas como recurso para parar o craque. Isso resultou em diversas lesões em Van Basten. Ele acabou perdendo muitos jogos pela equipe e o que veio afetar sua longevidade nas quatro linhas. Contabilizando as três principais lesões no tornozelo na Itália, Van Basten ficou 693 dias afastados para tratar da sua recuperação.

 

Rijkaard e Gullit: Parceiros na seleção e no Milan

O trio holandês.

Histórico trio holandês do Milan

Vivendo uma época recheada de estrelas, o Milan e a Seleção Holandesa contaram com um trio fenomenal que puderam atuar juntos por muitos anos. Van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard formaram no Milan uma coluna cervical que ainda contava com, entre outros, com os italianos Franco Baresi e Paolo Maldini.

O trio holandês, além de conquistar títulos por clube e pela seleção juntos, sempre chamaram a atenção também pelo futebol refinado, com toques precisos, velocidade e muitos gols. A parceria Van Basten e Frank Rijkaard, inclusive, começou antes, no próprio Ajax FC para despois se estender ao longo da carreira dos dois. Mas foi quando os dois se juntaram a lenda Ruud Gullit que tudo mudou para eles. Sem sombra de dúvidas um dos melhores trios de todos os tempos.

 

1989-1990: Bicampeão da Champions League

O Milan já estava há 20 anos sem levantar o título da Champions League, a principal de clubes da Europa. E, mais do que isso, no período viu o maior rival, a Internazionale de Milão, empatar no número de títulos. Coube então a Van Basten e companhia a missão de colocar o Milan de novo no topo da Europa e do mundo. E ela veio em dose dupla.

No bicampeonato o Milan atropelou o Vitosha por 7 a 2 no agregado da primeira fase. Já na segunda fase avançou nos pênaltis, para bater o Estrela Vermelha. Em seguida, nas quartas de finais, 0 a 0 na Alemanha contra o Werder Bremen, e 1 a 0 em partida realizada na Itália. Nas semifinais, contra o Real Madrid, 1 a 1 na Espanha e um show em Milão, uma das partidas mais inesquecíveis de período, ao vencer por 5 a 0.

Na decisão, contra o Estrela Bucareste, um placar elásticos para não haver dúvida sobre qual é o time que mandava na Europa. 4 a 0, com dois gols de Gullit e dois de Marco van Basten, que terminou como o artilheiro da UCL, com dez gols.

No ano seguinte, o Milan estreou aplicando 5 a 0 sobre o HJK Helsinki no agregado. Em seguida, duplo 0 a 0 contra o KV Mechelen, da Bélgica, e vitória por 2 a 0 na prorrogação. Nas semifinais, contra o Bayern de Munique, a vitória também veio na prorrogação, 2 a 1. Já na decisão, contra o Benfica, Rijkaard marcou o único gol do jogo.

Assim o Milan conquistou mais dois títulos de Champions League para a sua galeria, guiado pelo trio holandês Marco Van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard.

 

Bolas de Ouro: Van Basten é 3 vezes o melhor do mundo!

Marco van Basten recebeu três vezes o prêmio Bola de Ouro (Ballon d’Or), criado pela revista francesa France Football, que premia o melhor jogador de futebol Europeu do ano.

O atacante ficou com a primeira premiação em 1988, após uma temporada espetacular que resultou no título da Eurocopa com a Holanda. No ano seguinte, após temporada fantástica no Milan, veio a dobradinha. Em 1992, a sua terceira e última bola de ouro, igualando a marca de Johan Cruijff e Michel Platini, ambos também com três conquistas, desse, que é considerado o principal prêmio individual ate os dias de hoje.

 

Com muitas lesões, começa a derrocada na carreira

Copa de 1990: Van Basten tem participação frustrante

Após ser bicampeão europeu com o Milan, e ter em sua galeria já duas bolas de ouro, a seleção holandesa de Marco van Basten era apontada como uma das favoritas para levar a Copa do Mundo de 1990, que seria disputada na Itália.

Porém, tanto van Basten, como toda a Seleção da Holanda, não foram nada bem. Na primeira fase, avançaram com três empates, contra Egito, Inglaterra e Irlanda. Nas oitavas de finais, caíram para a Alemanha Ocidental, voltando para casa sem nenhuma vitória, e como a principal decepção deste torneio.

 

Euro 1992: Van Basten se despede de competições oficiais pela Holanda

A Eurocopa de 1992 marcou a despedida de Marco van Basten da Seleção Holandesa. E não foi nada como ele imaginava. A Laranja Mecânica chegara como a atual campeã, contando com uma mescla de jogadores consagrados e mais experientes e de jogadores mais jovens talentosos como Dennis Bergkamp. E, mais uma vez, chegava cercado de expectativas.

Nas semifinais, contra uma Dinamarca  que chegava cheia de problemas e sem nenhuma atenção especial (e que seria, ao final, a grande campeã), a decisão foi para os pênaltis. Como uma obra do destino, o último ato de um dos maiores ídolos da história do futebol da Holanda foi perder uma penalidade que acabaria por eliminar a seleção. E assim foi o desfecho de Van Basten com a camisa laranja. Porém, nada que apagasse os feitos que o jogador conquistou ao longo de sua trajetória com a seleção holandesa.

 

Em reafirmação do talento, é escolhido jogador do ano FIFA 1992

Apesar de ter cometido um erro fatal na Eurocopa, o ano de 1992 ficou marcado pela reafirmação de Marco van Basten com o Milan. Agora sob o comando de Fábio Capello, o jogador conquistou mais um Campeonato Italiano, além da Supercopa da Itália e o Trofeo Luigi Berlusconi.

Foram 29 gols em 38 jogos, sendo fundamental em todas as conquistas. De quebra, foi o artilheiro do Campeonato Italiano mais uma vez, e ainda terminou eleito o jogador do ano pela UEFA e conquistando a sua 3ª Bola de Ouro.

 

Aposentadoria precoce dos gramados

Com muitas lesões, as dores ficaram insuportáveis para Van Basten. Inclusive, a cartilagem do tornozelo direito não resistiu mais aos problemas. De acordo com Cassiano Gobbet, jornalista italiano, um torcedor do Milan chegou a oferecer a sua cartilagem ao atleta para que ele seguisse com a carreira. A cirurgia, contudo, era impossível.

Dessa forma, a despedida de Van Basten dos gramados foi precoce e aos 30 anos de idade. A última partida aconteceu em 18 de agosto de 1995, em um Estádio San Siro tomado com mais de 70 mil presentes.

 

Na pós-aposentadoria como jogador, muitas polêmicas 

Após a aposentadoria, cogitou-se que Marco van Basten ia ser treinador, mas ele negou essa ideia a princípio. Porém, não demorou para ele começar a treinar equipes de base do Ajax. E o primeiro desafio real foi de peso, na seleção do seu país, chegando para substituir Dick Advocaat. Ele foi contratado com a missão de reconstruir uma equipe após a mesma ter fracassado na Eurocopa de 2004.

Técnico Van Basten.

O técnico Marco van Basten

Porém, na seleção aconteceram diversos desentendimentos com craques da época, como van Bommel e Seedorf, além de Kluivert, que não foi mais convocado. Na Copa do Mundo, avançou em um considerado grupo da morte com Argentina, Costa do Marfim e Sérvia, mas caiu nas oitavas de finais para a seleção portuguesa, comandada por Luiz Felipe Scolari e com Luis Filipe Figo e Cristiano Ronaldo.

Ainda assim, Van Basten seguiu no comando da Holanda, e manteve a base da seleção para a Eurocopa 2008. No meio do caminho, passou a acumular dupla função, assumindo, além da Holanda, o time do Ajax.

Na primeira fase da Euro, 100% de aproveitamento e um belo futebol apresentado. Situação que voltava a dar esperança aos torcedores holandeses. Porém, no primeiro mata-mata, acabou caindo para a Rússia  por 3 a 1, em derrota que custou o seu cargo de técnico da seleção. Ele também deixou o Ajax no ano seguinte.

Em 2012, três anos depois, assumiu o Heerenveen, da Holanda, onde ficou até 2014. Em seguida, passou a ser o auxiliar técnico no AZ Alkmaar.

 

Comentarista de futebol

Após o período como treinador, Marco van Basten passou a integrar outra profissão dentro do futebol. Como comentarista esportivo em rede televisiva. Ele recebeu uma oportunidade nos canais Fox Sports, onde vinha desempenhando um belo papel, até que começaram as polêmicas envolvendo o ex-atacante.

O técnico da Holanda, Guus Hiddink, convocou para a seleção Ziyech, jovem que havia começado com Marco van Basten no Heerenven. Porém, ele se lesionou e foi cortado. Pouco tempo depois, o jogador recebeu um convite de Marrocos, optando por atuar pela seleção de lá.

Van Basten se descontrolou com a situação, chegando a chamar Ziyech de “garoto estúpido” em um programa. A partir de então, ambos passaram por um bom tempo trocando diversas alfinetadas na imprensa, até que em 2017 o jogador decidiu não tocar mais no assunto e colocou um ponto final.

Porém, esse não foi a sua maior polêmica como comentarista. Durante um dos programas, o ex-jogador utilizou um termo considerado nazista, “Sieg Heil”, que em alemão significa “saudar a vitória”, muito utilizado no período da Alemanha nazista.

A ação foi totalmente repreendida por todos, inclusive, a própria emissora fez um comunicado ressaltando que era um ato “estúpido e inapropriado”. Van Basten se desculpou, mas não foi o suficiente, e mesmo assim acabou perdendo o cargo na emissora. Diversos atos contra o racismo foram feitos pela Liga Holandesa na época, inclusive com os jogadores apoiando.

 

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1 Comment

  1. José Guilherme disse:

    Atacante completo! Um dos melhores da história!

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