Carreira Início: (1993) Sport Recife
Término: (2013) Vasco da Gama
Características Altura: 1,78 m
Destro
Posição / Outras posições Meio-campista
Libertadores
1998
Bola de prata
2000
Perfil / Estilo do jogador
Meio-campista de muita categoria, Juninho Pernambucano era um clássico camisa 10. Organizava o jogo para a sua equipe, sendo capaz de colocar seus companheiros na cara do gol. Dono de um potente chute de fora da área, sabia de fazer gols de diferentes partes do campo. Porém, essas não eram as suas principais habilidades, mas sim sua a magnífica técnica ao bater faltas. O craque era capaz de anotar gols de falta de qualquer ângulo ou distância, colocando um efeito na bola que era indefensável para os goleiros.
Juninho Pernambucano: o mestre na arte de bater faltas
Um dos maiores meio-campistas das últimas décadas, Juninho Pernambucano era um clássico camisa 10, com muita qualidade de passe e organização de jogo. Além desses atributos, Juninho era um exímio batedor de faltas, sendo o maior artilheiro nessa modalidade. Inclusive, outro craque, Andrea Pirlo, diz ter se inspirado no meia brasileiro na maneira de bater faltas.
Essa sua qualidade em bater faltas veio desde os tempos do Sport, clube que o revelou e o projetou para o futebol. No Leão da Ilha, Juninho foi uma grata revelação e em pouco tempo caiu nas graças da torcida.
Em seguida, logo chamou a atenção do Vasco da Gama que se encarregou de sua contratação. Com a camisa cruzmaltina, Juninho não apenas jogou bem, como também se tornou um grande ídolo. Prova disso foram as suas importantes conquistas pelo clube como a Libertadores de 1998 e os Campeonatos Brasileiros de 1997 e 2000.
Por tamanho sucesso no Vasco, o meia passou a ser conhecido como Reizinho da Colina. Também foi com a camisa vascaína que Juninho recebeu o sobrenome de “Pernambucano”, para não ser confundido com o outro Juninho do elenco, o “Paulista”.
Foi com essa alcunha que Juninho conquistou a França usando a camisa do Lyon. Na equipe, o craque faturou um heptacampeonato francês, se tornando uma verdadeira lenda. Tanto que anos depois de sua aposentadoria, Juninho se tornou dirigente do clube.
Todo esse seu êxito em clubes, lhe rendeu uma chance de representar a seleção brasileira. Com a amarelinha, Juninho fez parte de uma estrelada geração, que ficou marcada pelo fracasso na copa de 2006. Mesmo com essa baixa, o meia conseguiu conquistar a Copa das Confederação de 2005.
No total de sua carreira em clubes e seleção, Juninho Pernambucano marcou 220 gols em 956 jogos.
Infância, histórico e inspirações
No dia 20 de janeiro de 1975, nascia Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, na cidade de Recife, capital de Pernambuco. Sendo o caçula entre 5 irmãos, Juninho era de origem humilde, tanto que quando criança usava o guarda roupa de casa como trave para jogar futebol.
Esse amor pelo esporte era tão grande, que com 12 anos o futuro ídolo do Vasco da Gama passou jogar futebol de salão na equipe do Sport Recife. Desde cedo já apresentava muita habilidade e um perfil de liderança, sendo que em algumas vezes o ego lhe subia a cabeça. Foi sua mãe que lhe ensinou a respeitar os treinadores quando fosse substituído, algo que Juninho levou para a vida.
Após se destacar no futebol de salão, Juninho passou a integrar as categorias de base do Sport em 1991. Aos 16 anos, enquanto jogava no juniores, o meia passou em um vestibular para fazer um curso de administração, no qual não deu andamento. Tudo porque, três anos depois, o jogador foi promovido para a equipe principal do Sport.
1993 – 1995: Juninho Pernambuco estreia pelo profissional no Sport
Em novembro de 1993, aos 19 anos, Juninho Pernambucano estreava com a camisa do Sport, em empate com o Fluminense FC em 0 a 0, pelo Campeonato Brasileiro. Já no início da temporada seguinte, o craque passou a integrar o meio-campo titular da equipe e não saiu mais.
Naquele ano de 1994, Juninho fez parte da famosa geração de ouro do Sport dirigida pelo técnico Givanildo Oliveira. Grandes ídolos da equipe pernambucana formaram aquele time, como o goleiro Jefferson, o lateral esquerdo Chiquinho e o atacante Leonardo.
Dentro daquele time, Juninho era o cérebro pensante do meio-campo e já começava a se mostrar um excelente cobrador de faltas. Inclusive, foi peça-chave nas conquistas do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. Ainda em 1994, o meia foi eleito revelação do Campeonato Brasileiro, o que já começou a despertar o interesse de outras equipes.
No final daquele ano, o Vasco da Gama fez uma proposta e levou o jogador para o Rio de Janeiro. Dessa forma, Juninho Pernambucano deixava o Sport como um verdadeiro ídolo, mesmo que jogando por pouco tempo pelo profissional.
Em sua passagem pelo Sport, Juninho Pernambuco atuou em 89 partidas e anotou 27 gols.
1995 – 2001: Juninho Pernambucano se torna ídolo do Vasco da Gama
Romário e Juninho Pernambucano comemorando um dos gols do Vasco da Gama contra o Manchester United. pic.twitter.com/2nik3lkxzg
Enquanto se destacava com a camisa do Sport, em 1994, Juninho Pernambucano já chamava atenção doVasco da Gama. O clube entrou em contrato com o jogador em janeiro 1995, mas só conseguiu contrata-lo na metade do ano, ao lado do atacante Leonardo. Ambos os jogadores vieram em um pacote só, pelo valor de 3 milhões de dólares.
Na chegada ao Vasco, Leonardo era quem ganhava os elogios e atenção, enquanto isso Juninho recebia menos holofotes. Porém, foi o meia quem vingou com a camisa cruzmaltina. Logo em sua estreia, marcou um golaço de fora da área com a perna direita, em vitória por 5 a 3 contra o Santos FC, no Brasileirão.
Mas, antes de se firmar como titular absoluto, Juninho teve algumas dificuldades no início e passou muitos jogos no banco de reservas. Assim, apenas no inicio de 1996 em que o meia se firmou entrou os titulares da equipe, passando a ser o dono do meio-campo. Foi justamente naquele ano que Juninho marcou seu primeiro gol de falta pelo Vasco, em vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense no Campeonato Carioca.
Mesmo com grande atuação em 1996, foi no ano seguinte que Juninho começou a faturar títulos. Naquele ano, foi fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro, sendo destaque ao lado de Edmundo. Inclusive, o meia esteve na seleção dos melhores jogadores da competição.
A era de títulos de Juninho no Vasco não parava por aí, já que no inicio de 1998, o meia conquistou o título carioca. No mesmo ano, ainda faturou um dos maiores títulos da história do clube, a Libertadores da América. Na competição, o craque foi essencial ao marcar um golaço de falta na semifinal contra o River Plate. Em seguida, os vascaínos viriam a vencer o Barcelona do Equador na final.
Juninho encerra sua primeira passagem no Vasco com títulos e Bola de Prata
Depois de vencer a Libertadores, Juninho jogou a final do Mundial de Clubes contra o Real Madrid e marcou um golaço, embora o Vasco da Gama tenha perdido por 2 a 1. Em outra edição do mundial, em 2000, o meia levou o time cruzmaltino a mais uma final, perdida para o Corinthians.
Apesar dessas derrotas, Juninho Pernambucano faturou outros títulos pelo Vasco como o Torneio Rio-São Paulo de 1999, a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro de 2000. Na competição nacional, o meia foi fundamental, marcando gol nas oitavas de finais, semifinal e na decisão contra o São Caetano.
Com tamanho desempenho, Juninho viria a conquistar seu primeiro título individual, a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro. Dessa forma, o craque se tornava o principal jogador do Vasco naquele ano e mesmo assim recebia um dos salários mais baixos da equipe. Ao não conseguir um aumento, o jogador deixou o clube após uma batalha judicial e foi contratado pelo Lyon.
Em sua primeira passagem pelo Vasco, o meia fez parte de uma das melhores gerações da equipe. Além de Edmundo, Juninho esteve ao lado de craques como Mauro Galvão, Romário, Euller, Pedrinho, Juninho Paulista, entre outros.
Mesmo saindo pela porta dos fundos, Juninho deixou saudade na torcida que o apelidou de “Reizinho da Colina”. O meia, dessa forma, deixava o Vasco como ídolo já em sua primeira passagem.
2001 – 2009: Chegada ao Lyon para se tornar rei da França
Com seu passe livre, Juninho Pernambucano chegava ao Olympique Lyonnais por indicação do técnico Jacques Santini. Logo de cara, se firmou como titular da equipe e se tornou peça fundamental no meio-campo.
Já em seu ano de estreia, o meia foi essencial na conquista do Campeonato Francês, título até então inédito ao clube. Feito esse que voltaria a se repetir mais seis vezes enquanto esteve na França. Dessa forma, o craque conseguiu um heptacampeonato francês seguido, o maior feito da história do Lyon.
Nessas conquistas, Juninho Pernambucano esteve na seleção ideal da Ligue 1 entre os anos de 2002 e 2007, além de ter sido o melhor estrangeiro da competição em 2004. Porém, seu auge com a camisa do Lyon foi na temporada 2005-06, quando foi eleito o melhor jogador da Ligue 1.
O meia ainda conseguiu mais recordes de títulos ao conquistar 6 Supercopas da França entre 2002 e 2007. Como cereja do bolo, Juninho ainda faturou o título da Copa da França de 2008, seu último com a camisa do Lyon. Sua despedida ocorreu em 2009, após terceiro lugar no Campeonato Francês.
Dessa forma, o craque deixava a França como um rei, se tornando um dos maiores ídolos do Lyon. Inclusive, foi vestindo a camisa do clube, que Juninho conquistou o seu maior recorde em gols de faltas, num total de 43. Sua única baixa em oito anos de equipe, foram as fracas campanhas na Champions League, que se limitaram apenas às quartas de finais.
Nesse período, o meia ainda esteve ao lado de importantes jogadores da história do Lyon, como o zagueiro Cris, o atacante Fred e Karim Benzema. Com essa geração, o meia faturou 7 Campeonatos Franceses, 6 Supercopas da França e uma Copa da França.
Em sua passagem pela França, Juninho acumulou 344 partidas e 100 gols com a camisa do Lyon.
2009 – 2011: No Al-Gharafa, Juninho se aventura no mundo árabe
Aos 34 anos de idade, Juninho Pernambucano já não estava mais rendendo como antes e por isso deixou o Lyon. Seu novo destino foi o Al-Gharafa do Qatar, mesmo com algumas propostas de outras equipes como Vasco da Gama, São Paulo FC, Genoa e Sporting Lisboa. Dessa forma, o craque chegava sob muita expectativa ao clube que desembolsou 2,5 milhões de euros para contratá-lo, algo equivalente a 7,5 milhões de reais.
Assim como em seu ano de estreia pelo Lyon, Juninho começou ganhando títulos pelo Al-Gharafa. Logo de cara, o meia foi campeão da Liga do Qatar de 2009-10 e também da Copa do Qatar do mesmo ano. De quebra, ainda foi eleito o melhor da temporada, por tamanha importância nessas conquistas.
Sua sequência de títulos não parou por ai, pois o meia ainda faturou a Copa do Príncipe das temporadas 2010 e 2011. O ano dessa sua última conquista, foi também o ano do encerramento de seu contrato, que não foi renovado, pois Juninho quis voltar ao Vasco da Gama.
Dessa forma, Juninho Pernambucano encerrava a sua passagem de duas temporadas no Al-Gharafa com um título da Liga Nacional, um da Copa do Qatar e dois da Copa do Príncipe. O meia atuou em 77 oportunidades e marcou 17 gols.
2011 – 2012: Juninho Pernambucano Retorno ao Brasil para atuar no Vasco da Gama
Após 10 anos de uma saída conturbada, Juninho Pernambucano retornava ao seu clube de coração, após conversas com outro ídolo, Roberto Dinamite, então presidente do Vasco. Em sua reapresentação em 2011, foi feita uma verdadeira festa, com direito ao São Januário lotado.
Juninho chegava a uma equipe que estava buscando uma reestruturação, após ter sido rebaixada anos antes. Às vésperas de sua reestreia, o Vasco havia sido campeão da Copa do Brasil, contando com um bom elenco. Aquele time contava com jogadores como Fernando Prass, Fagner, Dedé, o zagueiro Luan e o meia Diego Souza.
Por sua tamanha idolatria com a camisa do Vasco, Juninho logo assumiu a faixa de capitão da equipe e foi o grande o maestro no meio-campo. Já em sua primeira temporada no retorno ao cruzmaltino, o meia conseguiu um vice-campeonato brasileiro.
Na temporada seguinte, a expectativa era de que o Vasco tivesse um desempenho ainda melhor, talvez conquistando sua segunda Libertadores. Mesmo com boas atuações de Juninho na competição, o time caiu nas quartas de finais para o SC Corinthians. Além disso, ainda foi derrotado na final do Campeonato Carioca e terminou em 5º no Campeonato Brasileiro.
Mesmo com essas decepções, Juninho conseguiu se destacar individualmente e só não levou a Bola de Prata naquele ano, por causa da queda de rendimento de sua equipe. Além disso, foi naquela temporada em que o meia teve o seu melhor momento de artilheiro, marcando 14 gols.
Apesar disso, Juninho já não conseguia atuar com regularidade, o que atrapalhou a sua renovação de contrato. A diretoria vascaína propôs ao atleta um contrato de produtividade, o que foi prontamente rejeitado. Dessa forma, o meia encerrava sua segunda passagem pelo Vasco sem conquistar nenhum título.
2013: Breve passagem pelo futebol dos Estados Unidos
No inicio de 2013, aos 38 anos de idade, Juninho foi se aventurar no futebol dos Estados Unidos, com a camisa do New York Red Bull. Sua chegada foi marcada por muita expectativa, já que a MLS estava investindo pesado em jogadores consagrados.
Porém, Juninho não rendeu como o esperado e ficou por apenas 6 meses na equipe norte-americana. Além de atuações apagadas, o jogador não estava se entendo com o técnico Mike Petke, o que acabou sendo o estopim para sua saída do clube. Assim, o meia encerrava sua passagem pelo New York Red Bull com 17 jogos e nenhum gol marcado.
2013: Juninho Pernambucano volta ao Vasco para se aposentar
Apesar de duas saídas conturbadas no Vasco da Gama, Juninho Pernambucano nunca escondeu o seu carinho pelo clube, que era recíproco. Aos 38 anos de idade, o meia chegava à equipe já na metade da temporada de 2013, após seis meses de sua última saída do clube.
Seu físico já não era mais o mesmo, o que limitou suas atuações dentro de campo. Apesar de alguns bons momentos nessa sua última passagem pelo Vasco, o meia entrava em campo menos do que esperado. Sabendo que não poderia render mais do que isso, Juninho decidiu pendurar as chuteiras no decorrer do Campeonato Carioca de 2014.
Então, aos 39 anos, Juninho entrou em campo pela última vez em goleada contra o Audax Rio por 4 a 0, no Campeonato Carioca. Após o término da partida, o meia foi homenageado pela torcida e pela diretoria vascaína, recebendo ainda, o título de sócio benfeitor do clube.
No total de suas três passagens pelo Vasco, Juninho Pernambucano conquistou uma Libertadores, 2 Brasileiros, um Torneio Rio-São Paulo, um Campeonato Carioca e uma Copa Mercosul. Tudo isso em 393 jogos, com 76 gols marcados.
Juninho Pernambucano na seleção brasileira
Ao se destacar com a camisa do Vasco da Gama, Juninho Pernambucano chamou a atenção do técnico Vanderlei Luxemburgo que o convocou para a seleção brasileira. O primeiro jogo do meia foi em 1999, na derrota por 1 a 0 para a Coreia do Sul, em um amistoso.
Mesmo atuando em alguns amistosos, Juninho estreou em uma competição oficial apenas em 2001, quando participou da Copa América. Mesmo sendo titular em todos os jogos, o meia não conseguiu o título com a seleção, caindo nas quartas de finais para Honduras.
Dessa forma, Juninho não foi convocado para a Copa do Mundo de 2002 e passou a ser convocado com frequência a partir das eliminatórias do mundial de 2006. O meia acabou ficando de fora do título da Copa América de 2004, mas participou da conquista da Copa das Confederações de 2005.Na competição, deixou uma de suas marcas registradas, um golaço de falta contra a Grécia na fase de grupos. De quebra ainda fez parte do time que goleou a seleção argentina por 4 a 1 na final.
Porém, o seu principal objetivo com a amarelinha não foi cumprido, que era vencer a Copa do Mundo de 2006. Mesmo fazendo parte de um elenco estrelado, Juninho não conseguiu a principal taça do futebol mundial.
Após decepção no mundial, Juninho nunca mais foi convocado pela seleção brasileira. Assim, seu último jogo acabou sendo nas quartas de finais contra a França na Copa do Mundo de 2006.
Mesmo com poucos títulos conquistados e sem ser titular absoluto, Juninho fez parte de uma das gerações mais mágicas do futebol. Jogou ao lado de Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu, Adriano, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, entre outros. Foi nessa geração estrelada que o meia vestiu a amarelinha em 43 oportunidades, com 7 gols marcados.
Copa do Mundo 2006: Em elenco estrelado Juninho Pernambucano não conquista o título
Às vésperas da Copa do Mundo de 2006, Juninho Pernambucano vivia a melhor fase de sua carreira. Até por isso, foi convocado pelo técnico Parreira para a disputa do mundial na Alemanha.
Porém, Juninho não começou jogando como titular, justamente porque a seleção contava com o quadrado mágico, que tinha Ronaldo, Ronaldinho, Adriano Imperador e Kaká. Mesmo assim, o meia ganhou a sua primeira oportunidade contra o Japão e marcou um golaço num chute fora da área. Em seguida, voltou a receber mais uma chance nas oitavas de finais contra Gana.
Suas performances agradaram o técnico Parreira, que o colocou como titular contra a França no lugar de Adriano. Porém, Juninho não fez uma grande partida e foi substituído na metade do segundo tempo. Dessa forma, mesmo em um elenco estrelado, o meia viu o Brasil cair para a seleção francesa nas quartas de finais da Copa do Mundo.
Um dos melhores batedores de falta da história
Em toda a sua carreira, é inegável que Juninho Pernambucano tenha deixado um legado, como maior batedor de falta de todos os tempos. Fato esse que é provado em números, já que o ídolo de Lyon e Vasco anotou 77 gols de faltas, sendo o maior artilheiro nessa modalidade. O meia ficou a frente de jogadores como Zico, Beckham, Pelé, Maradona, Ronaldinho Gaúcho e Marcelinho Carioca.
Além de números impressionantes, Juninho tinha muita qualidade ao efetuar suas cobranças, algo que despertou interesse de alguns estudiosos. Um físico inglês, chamado Ken Bray, ficou impressionado com a trajetória da bola nas cobranças do meia. Em seus estudos, ele afirmou que o jogador é o melhor batedor de faltas da história, por colocar um efeito na bola raramente visto.
Juninho Pernambucano era tão bom em cobrar faltas que inspirou uma geração de grandes batedores como Andrea Pirlo. Por diversas vezes, o meia italiano afirmou que tentava copiar as técnicas de Juninho na hora de efetuar uma cobrança.
Entre tantos gols de faltas, não faltou cobranças antológicas protagonizadas pelo jogador. A principal delas foi na semifinal da Libertadores de 1998 contra o River Plate, em que Juninho meteu um belo chute do meio da rua. Entre outras, tevieram as cobranças contra o Fluminense na semifinal do Brasileirão de 2000, contra a Grécia na Copa das Confederações de 2005 e contra o Barcelona na Champions League de 2009.
Carreira pós-aposentadoria: comentarista e dirigente do Lyon
Sylvinho foi anunciado como novo treinador do Lyon. Juninho Pernambucano será o diretor esportivo da equipe. pic.twitter.com/mNxKdPFChg
Logo após encerrar sua carreira, ainda em 2014, o craque de Olympique Lyonnnais e Vasco da Gama foi convidado pela Rede Globo para se tornar comentarista das finais do Campeonato Carioca. Seu desempenho na função agradou a emissora, que o contratou em definitivo.
Porém, Juninho deixou a emissora em 2018, após uma declaração polêmica. O ex-jogador havia criticado a atuação dos setoristas de clubes de futebol, incluindo os profissionais do grupo Globo. Essa declaração pegou mal e pouco tempo depois Juninho pediu demissão.
Mas como diria o ditado popular, “quando uma porta se fecha, outra se abre” , Juninho recebeu a oportunidade de se tornar dirigente do Lyon em 2019. Ídolo absoluto, o ex-meia chegava em sua nova função, com a promessa de reestruturar o clube, a fim de retomar os tempos de glória.