São Paulo Futebol Clube

42 Títulos Oficiais
16.2 Milhões de Torcedores
São Paulo Futebol Clube São Paulo - Brasil
Fundação 25 de janeiro de 1930
Estádio / Capacidade Cícero Pompeu de Toledo / 72.039
Apelidos Tricolor Paulista / O Mais Querido
Principais rivais Corinthians / Palmeiras / Santos
Apelido da torcida São-paulino / Tricolor
Mascote Paulo de Tarso (Santo)
Libertadores

1992, 1993, 2005

Mundial de Clubes

1992, 1993, 2005

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Mundiais

Competição Títulos Temporada
Copa Intercontinental 2 1992, 1993
Mundial de Clubes 1 2005

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Libertadores 3 1992, 1993, 2005
Recopa Sulamericana 2 1993, 1994
Supercopa Sulamericana 1 1993
Copa Conmebol 1 1994
Copa Master da Conmebol 1 1996

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Brasileiro 6 1977, 1986, 1991, 2006, 2007, e 2008

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Paulista 22 1931, 1943, 1945, 1946, 1948, 1949, 1953, 1957, 1970, 1971, 1975, 1980, 1981, 1985, 1987, 1989, 1991, 1992, 1998, 2000, 2005, 2021
Torneio Rio-São Paulo 1 2001
Supercampeonato Paulista 1 2002

História

Início de uma rica história do São Paulo

Primeiros anos do SPFC.

No dia 25 de janeiro de 1930 foi fundado o São Paulo Futebol Clube, na capital paulista, levando o nome da cidade que faz aniversário justamente na data. A equipe surgiu de uma união entre a Associação Atlética das Palmeiras com o Clube Athletico Paulistano.

Sócios e dirigentes da AA das Palmeiras e 60 ex-membros do CA Paulistano se reuniram, e inclusive se especulava que o AA São Bento seria incluída na junção, o que não aconteceu. Dessa forma, da fusão surgiu o São Paulo Futebol  Clube.

Porém, até hoje existe muita polêmica sobre a real data de fundação do clube. Isso acontece porque em 16 de dezembro de 1953, após diversas brigas políticas, o clube foi refundado. Porém, a refundação não modificou nome, símbolo ou marcas, e o São Paulo seguiu sendo o mesmo.

O estatuto do clube teve uma atualização em 28 de fevereiro de 1973, para colocar um ponto final na dúvida sobre a data de fundação. Nele, fica claro que a primeira opção é a correta, e a segunda é contada como uma refundação de um mesmo clube.

Os primeiros anos do Chácara da Floresta

SPFC era conhecido como São Paulo da Floresta

No momento da sua fundação, o Tricolor acabou herdando a Chácara da Floresta, que pertencia a AAP, fato que deixou o clube conhecido informalmente como o São Paulo da Floresta.

A primeira partida do clube foi no Torneio Início do Campeonato Paulista. O adversário foi o Clube Atlético Ypiranga, no campo da Chácara da Floresta. O São Paulo foi à campo com: Nestor; Clodô e Barthô; Boock, Zito e Alves; Luizinho, Milton, Friedenreich, Mário Seixas e Zuanella. Técnico: Rubens Salles.

Na época, existiam os jogos de exibições, caso dessa partida, que durou apenas 20 minutos. O resultado foi de 3 a 0 São Paulo, com gols de Formiga, Araken Patusca e Friedenreich.

Mesmo jovem, o Tricolor já começou a dar o que falar, sendo vice-campeão Paulista já em 1930. Com apenas um ano de fundação, no Campeonato Paulista de 1931, que era disputado em pontos corridos, o SPFC chegou à liderança na 21ª rodada, empatando com o Santos na pontuação. Na penúltima rodada, o Tricolor conseguiu assumir a ponta isolado, e a vitória sobre o Corinthians por 4 a 1 decretou o 1º título do Paulistão para o clube.

O denominado informalmente na época São Paulo da Floresta ainda ficou com os vices campeonatos de 1932, 1933 e 1934 do Campeonato Paulista, além de um vice no Torneio Rio-São Paulo em 1933.

São Paulo: “O clube da Fé”

Após a refundação, o São Paulo passou por momentos difíceis, inclusive jogando em campos alugados e com treinamentos sem locais fixos. Inclusive, os fundos da Igreja Consolação foi um local muito utilizado para os treinos, contando com a ajuda de um dos seus refundadores, Monsenhor Francisco Bastos. O lugar ainda servia de concentração nos dias anteriores aos jogos.

Com todas essas adversidades, o Tricolor jamais deixou de seguir lutando, com os seus torcedores e dirigentes sempre fazendo o máximo pelo clube. Por isso, o jornalista Thomaz Mazzoni acabou batizando o SPFC como “O Clube da Fé”, em 1937.

“O Mais Querido”

O São Paulo necessitava expandir as suas instalações, já que usava um estádio bem pequeno, o Antônio Alonso, na Rua da Mooca, e o mesmo não correspondia ao crescimento da sua torcida. Na época, o Estádio Municipal do Pacaembu estava para ser entregue, inclusive, levando o nome do presidente do Tricolor, Paulo Machado de Carvalho.

Em 1940, na inauguração do Pacaembu, as delegações das equipes desfilaram no local, contando com a presença do presidente Getúlio Vargas. Quando chegou o momento da bandeira do São Paulo Futebol Clube entrar, todos os torcedores presentes, inclusive de Corinthians e Palmeiras (na época Palestra), começaram a gritar: “São Paulo! São Paulo! São Paulo!”, apontando para a tribuna do presidente, como forma de protesto.

Como forma de fingir que não era com ele e que desconhecia o ato como um protesto, Getúlio Vargas comentou que o Tricolor era “O Clube Mais Querido da Cidade”, e então essa frase se tornou uma marca na equipe, ganhando todas as manchetes.

Para reforçar isso, o DEIP, Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda, realizou um concurso público para saber qual era realmente o clube mais querido da cidade. Com 5.523 votos, o São Paulo venceu o Corinthians (2.671) e o Palestra (2.593), sendo declarado de vez como “O Clube Mais Querido da Cidade”.

Friedrich: primeira grande estrela do Brasil e do São Paulo

Friedenreich foi o primeiro grande craque do SPFC.

Arthur Friedenreich foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro. Ele começou a sua carreira em 1909, no EC Pinheiros, passando por diversas equipes, obtendo maior sucesso no Paulistano e no São Paulo, além de claro, na Seleção Brasileira.

Com o Brasil, disputou quatro Copas América, ficando com o título em duas delas. Já por clubes, foram quatro Campeonatos Paulista pelo Paulistano e um pelo São Paulo, além de dois Brasileiro de Seleções pelo Estado de São Paulo. Historiadores relatam que Friedenreich fez 1329 gols em 26 anos como atleta, mas como o futebol era amador, fica difícil comprovar.

Porém, fato é que com a camisa do Paulistano foram 220 gols em 161 partidas, números incríveis. Além disso, com a camisa do São Paulo foram 124 jogos e 102 gols, se tornando no primeiro grande atleta do clube e do Brasil.

1942: Chega Leônidas da Silva e com ele vem os títulos

Leonidas da Silva, o Diamante NEgro, ídolo de SPFC.

O ano de 1942 foi um marco para o São Paulo. A equipe realizou a negociação mais cara do futebol na época, trazendo o atacante Leônidas da Silva para o clube. O craque vinha de uma carreira bem consolidada, passando por equipes como Botafogo, CR Flamengo, Vasco da Gama, Peñarol, além da Seleção Brasileira.

Para ter noção do tamanho do feito, a estreia do jogador com a camisa do São Paulo foi no Estádio do Pacaembu e bateu o recorde de público, com mais de 70 mil pessoas. Com Leônidas da Silva, começaram a vir os títulos no São Paulo.

Um fato curioso na época é que na reunião do Paulistão de 1943, um dirigente do Corinthians disse que era só lançar uma moeda para o alto, pois se desse cara, o campeão séria o Corinthians, e se fosse coroa, o Palmeiras, já que nenhuma equipe teria chances contra eles.

Porém, contando com Leônidas da Silva, o São Paulo fez a “moeda cair em pé”, conquistando 15 vitórias, três empates e perdendo apenas duas vezes, liderando e conquistando o seu segundo título do Paulistão.

Após isso, a equipe ainda conquistou os Campeonatos Paulista de 1945, 1946, 1948 e 1949. Leônidas realizou 212 jogos pelo clube, anotando 140 gols. Ele encerrou a sua carreira no Tricolor, em 1950.

Década de 1950: A construção do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi

Construção do Morumbi nos anos 50.

Na década de 1950, o São Paulo buscava um local para a construção do seu estádio. Era cogitado o local onde hoje tem o Parque do Ibirapuera, mas não foi aprovado pela Prefeitura. Outro ponto observado foi nas margens do Rio Pinheiros, sem sucesso.

Em 51, o Tricolor conseguiu um empréstimo na Caixa, e então comprou um lote de uma Imobiliária no Morumbi, com 99.873m².  A empresa, Aricanduva, doou e vendeu lotes na região, e nada como contar com o Tricolor como garoto propaganda,  então o negócio foi selado.

São Paulo vive fase sem títulos

Sem Leônidas da Silva, o São Paulo passou por um longo jejum de títulos. De 1958 até 1970, a equipe não conquistou nenhum troféu para a sua galera, sendo o maior período sem títulos da história do clube. Vale lembrar que na época não existiam muitas competições, se limitando praticamente ao Campeonato Paulista.

Encerramento da construção do Morumbi

No final da década de 50, o Morumbi foi quase finalizado, se tornando o maior estádio particular do mundo. O mesmo foi nomeado de Cicero Pompeu de Toledo, que foi presidente do SPFC de 1949 até 1958.

A primeira partida foi realizada no dia 2 de outubro de 1960, mesmo com o Estádio ainda sem estar completamente finalizado. Na ocasião, o Tricolor recebeu o Sporting, de Portugal, e venceu por 1 a 0, com um gol de Peixinho. A equipe foi a campo com: Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátyro e Victor; Peixinho, Jonas (Paulo Lumumba, depois Cláudio Garcia), Gino Orlando, Gonçalo e Canhoteiro (Roberto Frojuello). Técnico: Flávio Costa.

1970: Com Morumbi acabado, São Paulo volta a ganhar títulos

Cicero Pompeu de Toledo

Com o seu Estádio finalizado, o Tricolor teve mais sorte. Logo na primeira competição, o Campeonato Paulista de 1970, o São Paulo colocou um ponto final no jejum e conquistou o seu 9º título da competição. Toninho Guerreiro, com 13 gols, ainda foi o artilheiro.

Porém, o jogo do título foi longe. Fora de casa, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, o Tricolor venceu o Guarani por 2 a 1, com gols de Toninho e Paulo. Com o resultado, garantiu o título.

Muitos vices: Brasileiro 1971 e 1973; Libertadores 1974

Dando sequência na década de 70, o Tricolor conseguiu mais títulos, como o Campeonato Paulista de 1971 e 1975. Porém, a equipe ainda ficou marcada pelos vices campeonatos.

Em 1971, chegou até o triangular final do Campeonato Brasileiro. A equipe até venceu e bem o Botafogo, por 4 a 1. Mas acabou perdendo por 1 a 0 para o Atlético MG, que também venceu os cariocas e foram campeões.

Dois anos depois, em 1973, o Tricolor chegou até mais uma fase final de Brasileirão. Na ocasião, venceu o Internacional, por 4 a 1, começando com pé direito. Porém, acabou perdendo para o Cruzeiro por 1 a 0, e empatou sem gols com o Palmeiras, ficando com mais um vice.

Um ano mais tarde, o São Paulo buscava conquistar pela primeira vez a América. Na primeira fase, eliminou o Palmeiras, além do Municipal e Jorge Wilstermann, ambos da Bolívia. Após eliminar Milionários e Defensor de Lima na segunda fase, o Tricolor passou para a final.

Na grande decisão, o adversário era o Independiente, da Argentina. Na ida, 2 a 1 para o Tricolor no Morumbi, mas a derrota por 2 a 0 na Argentina forçou o terceiro jogo. Em Santiago, no Chile, os Hermanos venceram por 1 a 0, deixando o São Paulo com mais um vice.

São Paulo conquista seu primeiro Brasileiro

Time do SPFC que conquistou o primeiro Brasilero do clube.

No Campeonato Brasileiro de 1977, o São Paulo já estava cansado de bater na trave, e buscava acabar com essa história de uma vez. Na primeira fase, avançou após ter a 2º melhor campanha no Grupo B. O mesmo aconteceu na segunda fase e a equipe se classificou.

Na terceira fase, avançou em um grupo com Grêmio, Ponte Preta, Sports, XV de Piracicaba e Botafogo-SP. Já pela semifinal, bateu o Operário por 3 a 0 no Morumbi, jogando tranquilo no Paraná, onde perdeu por 1 a 0.

Chegando em mais uma final, o adversário era novamente o Atlético MG, mas dessa vez o resultado foi diferente. Após empate sem gols em um Mineirão lotado com mais de 100 mil pessoas, o Tricolor venceu nos pênaltis por 3 a 2, com Bezerra convertendo a última cobrança.

A equipe base do primeiro título Brasileiro do São Paulo foi: Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão, Teodoro (Peres) e Darío Pereyra; Zé Sérgio, Mirandinha e Serginho Chulapa (Viana). Técnico: Rubens Minelli.

Serginho Chulapa: O maior artilheiro da história do São Paulo

Maior artilheiro do SPFC: Sergio Chulapa.

Sérgio Bernardino, ou simplesmente, Serginho Chulapa, chegou ao São Paulo em 1973, após passar pelo Marília. Talvez nem ele imaginasse na época como teria sucesso com a camisa do Tricolor.

Com a camisa do SPFC, o atacante conquistou os Campeonatos Paulistas de 1975, 1980 e 1981, além do Brasileiro de 1977.  Além disso, ele atuou por 399 partidas, anotando 242 gols, sendo o maior artilheiro do clube até os dias de hoje.

Mesmo sendo um dos maiores nomes do clube, as passagens por Santos e Corinthians, rivais do Tricolor, acabam ofuscando um pouco quando falamos em ídolo, mas Serginho é inegavelmente um dos maiores do Morumbi.

Os Menudos do Morumbi

Em 1985 os rádios só tocavam músicas dos Menudos. Na mesma época, o São Paulo aparecia com um futebol envolvente, sendo o principal clube do país de 1985 até 1987. Não teve jeito, o apelido de “Menudos do Morumbi” pegou.

O time base era: Gilmar, Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Nelsinho; Marcio Araújo, Silas (Pita) e Falcão (Freitas); Müller, Careca e Sidney. Técnico: Cilinho.

No Campeonato Paulista de 1985, foram 23 vitórias e um ataque bem poderoso, com 72 gols marcados. O artilheiro foi Careca, anotando 23 gols. Assim, o clube conquistou mais um título.

1986: Bi-Campeonato Brasileiro do São Paulo

São Paulo conquista mais um título brasileiro.

Os Menudos do Morumbi já tinham conquistado o Paulista, mas ainda faltava um título de nível nacional. A chance era no Campeonato Brasileiro de 1986, onde o time buscava o bi, porém, com uma mudança no comando. Saiu Cilinho e chegou Pepe.

Na primeira fase, o Tricolor avançou liderando o Grupo A. Na segunda, avançou apenas atrás do Palmeiras. Nas oitavas de finais, derrota na ida para a Inter de Limeira, atual campeã Paulista, por 2 a 1. Porém, na volta deu SPFC, 3 a 0.

Nas quartas de finais, nova derrota na ida, 1 a 0 para o Fluminense. Porém, na volta o Tricolor venceu por 2 a 0. Nas semifinais, contra o América-RJ, vitória por 1 a 0 na ida e empate por 1 a 1 na volta.

Na decisão, o adversário foi o Guarani e o jogo foi com muita emoção. Na ida, 1 a 1 no Morumbi, gol de Careca. Já na volta, no Brinco de Ouro, empate por 1 a 1 na ida. Na prorrogação, o Guarani vencia por 3 a 2, até que no último minuto Careca empatou, levando para os pênaltis.

Nos pênaltis, deu Tricolor, 4 a 3. Dessa forma, o São Paulo conquistou o bicampeonato Brasileiro. O time da final foi: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Müller, Careca e Sídnei (Rômulo). Técnico: Pepe.

“Era Telê Santana” e a “Máquina Tricolor”

Telê Santana teve duas passagens pelo São Paulo. Sendo em 1973, e depois de 1990 a 1996. No clube, o treinador colocou um final aos que mencionavam que ele montava boas equipes, jogava bonito, mas não conquistava títulos.

No São Paulo, montou a “Máquina Tricolor”, que teve como consagração a conquista de duas Taças Libertadores da América e dois Mundiais de Clubes, cravando o seu nome na história do SPFC para sempre.

1991: São Paulo domina o Brasil

Terceiro título brasileiro do Tricolor.

O ano de 1990 não foi bom para o São Paulo, e Telê Santana precisava recuperar a moral do clube, e ele conseguiu. Em 1991, o clube venceu não apenas o Campeonato Paulista, mas também conquistou o tricampeonato brasileiro.

No Paulista, a equipe avançou na liderança do Grupo Amarelo. Na segunda fase, passou mais uma vez na ponta, indo para a decisão contra o Corinthians. Na final, 3 a 0 São Paulo na ida, com três gols de Raí. Já na volta, o empate sem gols, em um Morumbi com mais de 106 mil pessoas,  garantiu o título.

No Brasileiro, o Tricolor avançou na primeira posição. Na semifinal, empate por 1 a 1 no Morumbi e empate sem gols com o Atlético MG no Mineirão, avançando por ter melhor campanha. Na decisão, contra o Bragantino, vitória por 1 a 0 no Morumbi e empate sem gols na volta, garantindo mais um Brasileirão.

1992: São Paulo no topo da América e do Mundo

Após conquistar o Brasil, o São Paulo de Telê Santana queria mais, e era a hora de buscar a América. O time base do Tricolor foi: Zetti; Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adilson, Pintado, Raí e Palhinha; Müller (Macedo) e Elivélton.

Na primeira fase, o São Paulo avançou na segunda posição, atrás do Criciúma. Nas oitavas de finais, 1 a 0 e 2 a 0 sobre o Nacional, do Uruguai, passando com facilidade.

Nas quartas, o adversário era o Criciúma, que já havia batido o Tricolor na competição. Mas dessa vez não teve jeito, 1 a 0 no Morumbi e 1 a 1 em Santa Catarina e vaga na semifinal carimbada. Contra o Barcelona de Guayaquil, 3 a 0 no Morumbi e um susto no Equador, mas o time de Telê soube se segurar e mesmo com a derrota por 2 a 0 avançou.

Na decisão, mais uma vez um time argentino no caminho em uma final de Libertadores, o Newell’s Old Boys. Após perder de 1 a 0 na ida, na Argentina, o Tricolor venceu com gol de Raí no Morumbi. Nos pênaltis, 3 a 2 para o São Paulo, que garantiu o primeiro título de Libertadores da história do clube.

Primeiro Mundial do Tricolor

Gol de Rai contra o Barcelona.

Após conquistar a América pela primeira vez, o Tricolor queria o mundo. No dia 13 de dezembro de 1992, a missão era bater um dos melhores clubes da época, o Barcelona, que tinha como destaque Stoichkov.

Logos aos 12 minutos, o próprio Stoichkov abriu o placar, fazendo 1 a 0 para os favoritos. Porém, o São Paulo não se abateu e procurou jogar futebol, e aos 27 minutos Raí deixou tudo igual. O jogo seguiu aberto, com uma segunda etapa cheia de emoções. Aos 34 minutos do segundo tempo, Palhinha sofreu falta. Raí buscou o angulo direito de Zubizarreta, marcando o gol que deu o título do São Paulo.

1993: São Paulo ganha o mundo mais uma vez

Após dominar o mundo, o São Paulo tinha mais uma missão: repetir os feitos doa no anterior. Por ser o atual campeão, o Tricolor já iniciou nas oitavas, onde enfrentou o Newell’s Old Boys, adversário da última final.

Na estreia, derrota por 2 a 0 na Argentina. Porém, na volta, 4 a 0 no Morumbi. Nas quartas de finais, contra o Flamengo, empate por 1 a 1 no Maracanã e vitória por 2 a 0 em seu estádio. Nas semifinais, contra o Cerro Porteño, 1 a 0 no Paraguai e empate sem gols no Brasil.

Na final, contra o Universidad Católica, 5 a 1 na ida no Morumbi. Na volta, jogando tranquilo, derrota por 2 a 0, mas o bicampeonato estava garantido. O time base da conquista foi: Zetti, Vítor (Catê), Válber, Gilmar e Ronaldo Luiz (André); Pintado, Dinho, Raí e Palhinha; Cafu e Müller; dirigidos por Telê Santana.

São Paulo vence o Milan e conquista bi-mundial.

Após a Libertadores, era a hora de buscar o bicampeonato Mundial, e dessa vez o adversário era o poderoso Milan de Maldini e Papin, comandados por Fábio Capello. Sem Raí, que deixou o clube após o Libertadores, o São Paulo apostava em Leonardo no meio de campo.

Aos 19 minutos do primeiro tempo, Palhinha abriu o placar para o Tricolor, sendo esse o resultado do primeiro tempo. Na segunda etapa, logo aos 3 minutos, Massaro empatou, mas Cerezo tratou de recolocar o São Paulo na frente 11 minutos depois. Já na reta final, aos 36 minutos, Papin fez o gol que parecia colocar números finais. Mas não foi o que aconteceu. Muller, aos 41 minutos, anotou o gol do desempate e do título. O São Paulo conquistava o mundo pela segunda vez.

Raí, o “Terror do Morumbi”: duas passagens de sucesso

Raí é um dos maiores ídolos do SPFC.

Raí é sem dúvidas um dos maiores nomes da história do São Paulo. Após passar por Botafogo-SP e Ponte Preta, ele chegou ao Tricolor em 1987 e elevou o nível do clube.. Em duas passagens (atuou no PSG), conquistou o Campeonato Brasileiro, duas Copas Libertadores, um Mundial, além dos Campeonatos Paulista de 1989, 1991, 1992, 1998, 2000.

Além dos diversos momentos de destaque, como no Mundial de 1993, anotando o gol do título, o retorno ao São Paulo ficou marcado na história.

O São Paulo estava na final do Campeonato Paulista de 1998 com um elenco jovem, com nomes como Rogério Ceni, França e Denílson. Na partida de ida, perdeu para o Corinthians por 2 a 1, e como tinha melhor campanha precisava vencer a volta para ser campeão.

Raí tinha acabado de ser campeão da Copa da França pelo PSG, e então foi contratado para retornar ao São Paulo. Uma brecha no regulamento permitia a inscrição do Terror do Morumbi, que chegava para disputar um único jogo na competição, a final. Com apenas um treino, ele foi para o combate e inclusive anotou um dos gols da vitória por 3 a 1. Era o retorno de Raí com título, diante de seu maior rival..

Ao todo, Raí anotou 128 gols com a camisa do São Paulo, atuando em 395 partidas. Ele ainda atuou na Seleção Brasileira, onde conquistou a Copa do Mundo de 1994.

2005: São Paulo retoma caminho de títulos

O ano de 2005 foi mágico para o São Paulo. Sob o comando de Emerson Leão, o Tricolor tinha jogadores como Rogério Ceni, Diego Lugano, Mineiro, Josué, Júnior, Grafite e Luizão. O Paulistão, primeira competição do ano, era de pontos corridos e o Tricolor ganhou com facilidade. Foram 45 pontos ganhos ao final das 19 rodadas, oito na frente do vice Corinthians.

Libertadores 2005: a reconquista da América

SPFC conquista a terceira Libertadores.

Após ganhar o Estadual, o São Paulo buscava a América pela terceira vez, mas com uma mudança. Emerson Leão deixou o clube e Paulo Autuori assumiu.

Na primeira fase, o São Paulo avançou na liderança, com três vitórias e três empates. Nas oitavas de finais, um clássico contra o Palmeiras. Na ida, 1 a 0 para o Tricolor no Palestra Itália, com um golaço de Cicinho. Na volta, 2 a 0 no Morumbi e vaga garantida. Nas quartas de finais, o adversário foi o Tigres, do México. No Brasil, 4 a 0 com facilidade, resultado que fez os brasileiros avançarem, mesmo perdendo por 2 a 1 na volta.

Na semifinal, contra o River Plate, o São Paulo trouxe um reforço de peso para o lugar de Grafite, lesionado. Tratava simplesmente de Amoroso. Dessa forma, o SPFC venceu os dois jogos, sendo 2 a 0 no Brasil e por 3 a 2 na Argentina.

Na final, o adversário era o Atlético Paranaense. Na ida, empate por 1 a 1. Já no duelo de volta, no Morumbi, um verdadeiro show. O Tricolor venceu por 4 a 0 em uma grande atuação, com gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli. A América era do São Paulo pela terceira vez.

Mundial de clubes 2005: São Paulo x Liverpool

SPFC volta com a taça de seu terceiro mundial.

Na missão tricampeonato mundial, o São Paulo contava com um reforço de peso, Aloísio, que veio para o lugar de Luizão. O Tricolor encarou o Al-Ittihad, da Arábia saudita nas semifinais, e venceu por 3 a 2 em jogo duro. Os gols foram marcados por Amoroso, duas vezes, e Rogério Ceni.

Na final, o adversário era o favoritíssimo Liverpool, guiados por Gerrard. A equipe inglesa não sofria um gol a mais de 10 jogos. Em um jogo marcado por uma atuação histórica de Rogério Ceni, que foi eleito o melhor em campo, o São Paulo venceu por 1 a 0, gol de Mineiro ainda no primeiro tempo.

O São Paulo conquistou o mundo com: Rogério Ceni; Edcarlos, Fabão e Lugano; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Aloísio. O único jogador do banco de reservas que entrou em campo foi Grafite.

Muricy Ramalho e o tricampeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008

Tricampeão brasileiro, Muricy Ramalho é um dos maiores técnicos da história do SPFC.

Paulo Autuori deixou o São Paulo após a conquista do Mundial, e então começou a era Muricy Ramalho, que retornara ao clube. Mais experiente, o treinador se sentia pronto para conquistar títulos, algo que aconteceu.

Mantendo a base de 2005 e sempre repondo a altura quando perdia algumas peças, o Tricolor viu surgir jogadores como Dagoberto, Borges, Jorge Wagner, Miranda, Richarlyson, Souza, Leandro, Hernanes, André Dias, entre outros. Juntos eles fizeram história, sendo um time completamente eficiente.

Sem sofrer muitos gols e aproveitando as oportunidades, o São Paulo conquistou três Campeonatos Brasileiros seguidos, um feito histórico. Nos dois primeiros, o clube sobrou na competição. Já no segundo, teve uma recuperação incrível, tirando mais de 10 pontos de vantagem do Grêmio e tomando a ponta da tabela.

Pós 2008: jejum de títulos 

Após o ano de 2008, Muricy Ramalho deixou o São Paulo e o clube passou por um período complicado. Foram eliminações dolorosas na Libertadores, caindo para Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Inter, sempre na fase de mata-mata e com requintes de crueldade, como no gol de Washington, do Fluminense, aos 49 minutos do segundo tempo.

No Brasileiro de 2009, o time bateu na trave, mas nos outros anos o clube não teve boas atuações, buscando apenas vagas em competições internacionais. Na Copa do Brasil e no Paulistão, fiascos, acumulando eliminações e um período sem títulos.

Sul-Americana 2012: prêmio de consolação

São Paulo vence Sulamericana em final polêmica.

Após quatro anos sem ganhar um título, o São Paulo já havia perdido o Paulista e Copa do Brasil em 2012, e não era um dos candidatos no Brasileirão. Restava a Copa Sul-Americana, competição que o clube ainda não tinha.

Na primeira fase, duplo 2 a 0 sobre o Bahia. Nas oitavas de finais, 1 a 1 contra a LDU de Loja fora de casa, e vaga garantida com o empate sem gols no Morumbi. Nas quartas de finais, um atropelo na Universidade de Chile, jogando um belo futebol. O resultado foi de 7 a 0 no agregado, sendo 2 a 0 no Chile e 5 a 0 no Brasil. Nas semifinais, mais uma vez um clube chileno, a Universidad Católica. O Tricolor empatou por 1 a 1 fora de casa e sem gols no Morumbi, avançando para a decisão.

Na final, muita polêmica. Enfrentando o Tigre, da Argentina, empate sem gols fora de casa, em duelo com muita pancadaria por parte dos Hermanos. Já na volta, em um Morumbi lotado, o São Paulo abriu 2 a 0 com Lucas e Osvaldo, colocando os visitantes na roda.

Os argentinos praticaram diversas ações antidesportiva, agredindo jogadores sem bola e mostrando que não queriam jogar no futebol. Após o primeiro tempo, confusão em campo e nos vestiários. Os argentinos se recusaram a voltar para o segundo tempo, então o juiz Antônio Arias finalizou o jogo. Dessa forma, o São Paulo conquistou a taça.

Os principais destaques da conquista são-paulina foram Rogério Ceni, Rafael Toloi, Jadson, Osvaldo, Luís Fabiano e ele, Lucas. O jogador que era cria de Cotia estava vendido ao PSG e fez uma excelente competição, deixando o Morumbi com um título.

2021: São Paulo vence o Paulistão e encerra jejum

Se tinha algo que incomodava o torcedor são-paulino, de fato, era o incômodo jejum de 9 anos que a equipe atravessava. Assim, para tentar se livrar desse fantasma, a equipe tricolor contratou Hernán Crespo como treinador e trouxe alguns reforços como o brasileiro naturalizado italiano Éder, o meia argentino Benítez e o lendário zagueiro Miranda. Ambos se juntaram a Daniel Alves, Luciano e Reinaldo, que já eram destaques no elenco.

Na competição, o tricolor se classificou em primeiro lugar de seu grupo com 27 pontos e enfrentou a Ferroviária nas quartas de finais. Contra a Ferrinha, o São Paulo venceu com tranquilidade pelo placar de 4 a 2, para logo depois eliminar o Mirassol com goleada por 4 a 0 na semifinal.

Na decisão, o adversário era o rival Palmeiras, atual campeão da competição. Em uma final de dois jogos, as duas equipes empataram em 0 a 0 no Allianz Parque e o São Paulo venceu no Morumbi por 2 a 0. No jogo decisivo, os tricolores bateram os seus rivais com gols de Luan e Luciano e conquistaram o seu 22° da competição.

Rogério Ceni: o maior ídolo da história?

Rogério Ceni, ídolo do SPFC marca seu gol 100 no Corinthians.

A história do São Paulo é rica, e possui diversos candidatos a maiores ídolos, como Muricy Ramalho, Telê Santana, Raí e Zetti. Porém, na opinião da maioria esse título é de Rogério Ceni, e o ex-goleiro merece.

O Mito chegou ao São Paulo em 1990, vindo do Sinop para atuar no Sub20 do Tricolor. Ele estreou no profissional em 1993, e ficou no clube a carreira toda, até 2015. No Morumbi, quebrou recordes e mais recordes, conquistando títulos e fazendo a alegria do torcedor.

Foram 1 Copa Sul-Americana; 1 Copa Conmebol; 1 Supercopa dos Campeões; 1 Torneio Rio-São Paulo; 2 Recopas Sul-Americanas; 2 Copa Libertadores; 2 Mundiais de clubes; 3 Campeonatos Paulistas; 3 Campeonatos Brasileiros, tudo isso em 26 anos de São Paulo.

Rogério Ceni entrou em campo 1237 vezes pelo São Paulo, sendo o jogador que mais vestiu a camisa do clube. Além disso, foram 648 vitórias, sendo o atleta que mais venceu no Tricolor. Outro diferencial é o número de gols, 131, se tornando o maior goleiro artilheiro da história do futebol mundial.

Referências 

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Paulista_de_Futebol_de_1931

http://www.saopaulofc.net/spfcpedia/a-historia-do-spfc/floresta

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http://www.saopaulofc.net/spfcpedia/a-historia-do-spfc/reinicio

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Futebol_de_1971

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https://www.ogol.com.br/player.php?id=5664

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2015/12/mito-das-tacas-rogerio-ceni-tem-mais-titulos-do-que-13-clubes-do-brasileirao.html

http://www.saopaulofc.net/noticias/noticias/historia/2017/12/7/enciclopedia-os-sao-paulinos-que-mais-jogaram/

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