Marcelinho Carioca

Meio campista
864 Jogos Oficiais
17 Títulos Oficiais
305 Gols Marcados
Marcelinho Carioca é uma Lenda do Futebol.
Marcelinho Carioca Brasil - São Paulo
Nascimento 01 de janeiro de 1972
Falecimento -
Apelidos Pé de Anjo
Carreira Início: Flamengo (1988)
Término: Santo André (2009)
Características Altura: 1,68m
Destro
Posição / Outras posições Meio-campo
Mundial de Clubes

Campeão 2000

bola de ouro

1999

Perfil / Estilo do jogador

Um dos melhores batedores de falta de todos os tempos, Marcelinho Carioca se destacou como meio-campista do Sport Club Corinthians na década de 1990. Com um chute venenoso, não havia distância para o Pé de Anjo. Craque, rebelde e contestador, o polêmico jogador não teve vida longa na seleção brasileira por conta do temperamento, mas nos times que atuou era capaz de decidir uma partida em um lance imprevisível.

Categoria de base

Data Clube    
1986-1987 Madureira    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1988-1993 Flamengo 242 49
1994-2001 Corinthians 400 191
1997 Valência/ESP 6 0
2001 Santos 15 5
2002 Gamba Osaka/JAP 27 7
2003 Vssco da Gama 40 19
2000-2004 Al Nasr/EAU 5 6
2004 Ajaccio 10 2
2005 Brasiliense 26 10
2006 Corinthians 5 0
2007-2009 Santo André 84 14

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1998-2001 Brasil 4 0

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Flamengo Copa do Brasil 1990
Flamengo Campeonato Carioca 1991
Flamengo Campeonato Brasileiro 1992
Corinthians Campeonato Paulista 1995, 1997, 1999 e 2001
Corinthians Copa do Brasil 1995
Corinthians Campeonato Brasileiro 1998 e 1999
Corinthians Mundial de Clubes 2000
Vasco Campeonato Carioca 2003
Brasiliense Campeonato Brasiliense 2005
Santo André Serie A-2 Campeonato Paulista 2008

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Melhor jogador da Copa do Brasil 1995 Corinthians
Melhor meia da América do Sul - El País 1998 Corinthians
Bola de Ouro no Campeonato Brasileiro 1999 Corinthians

Desempenho

0,35
Média
Gols por jogo
0,80
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
3
Passe
4
Controle de Bola
4
Drible
3
Velocidade
3
Técnica
4
Finalização
4
Condicionamento Físico
3

Biografia

Marcelinho Carioca: Um dos grandes da história do Corinthians

Marcelinho Carioca é uma Lenda do Futebol.

No dia 1 de fevereiro de 1971 nascia Marcelo Pereira Surcin, que mais tarde ficaria conhecido apenas como Marcelinho Carioca, foi um dos grandes jogadores brasileiro na década de 1990, principalmente por seus momentos e anos de Corinthians. Natural do Rio de Janeiro e com uma infância complicada devido a dificuldade financeira que vivia sua família, Marcelinho Carioca via no futebol uma oportunidade de melhorar de vida, e foi o que aconteceu. Mais do que isso, para muitos torcedores corintianos ele é o maior jogador da história do clube.

Como parte de um time que encantou o Brasil, principalmente entre os anos de 1998 e 2000, Marcelinho viveu período de extrema regularidade, onde era até mesmo, considerado o mais temível adversário do país. Sua categoria em bater na bola, sua grande arma, teve períodos que qualquer falta próxima a grande área era cheiro de gol.

O que acabou prejudicando muito a sua carreira foi a personalidade e também a forte identificação com a camisa corintiana, o que causou a ira de rivais e muita inveja por companheiros e treinadores. Um dos maiores da história do Corinthians, teve poucas chances de mostrar seu talento com a camisa da seleção brasileira.

 

1988 – 1993: O início de Marcelinho no Flamengo

Após se destacar nas categorias de base do Madureira entre os anos de 1986 e 1987,  o jovem Marcelinho chamou a atenção do gigante Flamengo, contratado para atuar nas categorias de base rubro-negro. Mas não demorou muito em aos 16 anos de idade, ele estava entre os profissionais do clube que tinha um elenco recheado de craques como Zico, Bebeto, Renato Gaúcho e Zinho, sob comando do mestre Telê Santana.

“O Flamengo falou assim ‘eu quero você de qualquer maneira’ e me levou com 14 anos de idade para a Gávea. Meu treino era as 8h, de manhã. Quarta e sexta era coletivo com o saudoso Telê Santana. Eu ficava na Gávea pedindo aos dirigentes para me dar o almoço para eu ver o Zico treinar a tarde. Eu falava para a minha mãe: ‘mãe, eu vou chegar em casa 19h’. Aí ela me perguntava ‘você não vai para escola?’. Eu falava ‘não mãe, o Zico vai treinar, deixa eu faltar, só hoje?”, revelou Marcelinho em entrevista pós-aposentadoria.

Marcelinho iniciou carreira no Flamengo.

Uma curiosidade desta chegada de Marcelinho ao time profissional do Flamengo é que ele usou uma artimanha para chegar lá. O jovem estava integrado ao elenco de juniores do Flamengo, porém, numa malandragem, se misturou com o elenco principal da equipe para treinar. Ele foi descoberto por um diretor do clube rubro-negro, que conversou com o técnico Telê sobre a situação. Mas o treinador rubro-negro optou por deixar o meia no time de cima, junto aos profissionais.

A estreia de Marcelinho no time profissional do Flamengo aconteceu no dia 30 de novembro de 1988, quando ele substituiu ninguém menos que o Galinho Zico, maior ídolo flamenguista, que se machucou aos 11 minutos de jogo, no clássico contra o Fluminense.

Após dois anos sendo pouco utilizado, porém, treinando e aprendendo com os melhores do Brasil, Marcelinho passou a estar nas partidas com maior frequência, porém, sem nunca engrenar. E foi no ano de 1990 que ele levantou o seu primeiro troféu pelo rubro-negro carioca, a Copa do Brasil. A primeira da história rubro-negra. Um ano mais tarde ele conquistou o seu primeiro Campeonato Carioca.

Com muita concorrência, Marcelinho não engrena no Flamengo

Como resultado da passagem de grandes craques num Flamengo que era um dos melhores times do Brasil, além de revelar jovens destaques numa super categoria de base, Marcelinho teve oportunidades, mas nunca conseguiu demonstrar que seria um grande ídolo da torcida flamenguista. Para se ter uma ideia, no ano de 1992, quando o Flamengo foi o campeão Brasileiro em cima do rival Botafogo, o meio campista pouco atuou. Dos 27 jogos da competição, ele participou apenas de seis.

Já no ano de 1993, uma temporada que não foi vitoriosa para o Flamengo, foi quando Marcelinho voltou a atuar com maior frequência. Inclusive, na final da histórica Copa dos Campeões da Libertadores, um extinto torneio com times campeões da Copa Libertadores, o time foi derrotado nos pênaltis para o São Paulo, então campeão do mundo. E para piorar ainda mais, Marcelinho perdeu sua cobrança para cima do mítico goleiro Zetti.

Em dificuldades financeiras, no ano de 1994 o Flamengo teve que se desfazer de alguns jogadores e, um que acabou negociado – mesmo contra a usa vontade – foi Marcelinho, que foi vendido para Corinthians. E seria lá, no Parque São Jorge, onde Marcelinho passaria a ser chamado de Marcelinho Carioca, e onde viveria os melhores momentos de sua carreira.

Pelo CR Flamengo, Marcelinho atuou em 242 jogos, anotou 49 gols, além de conquistar 3 troféus.

 

1994 – 1997: Marcelinho Carioca se transforma em ídolo no Corinthians


À primeira vista, Marcelinho chegou ao Corinthians sem fama, e mais como uma jovem promessa ao time corintiano. Estava então com 23 anos, porém com excelente bagagem e experiência pelos anos vividos na Gávea. Logo passou a ser chamado de Marcelinho Carioca para não ser confundido com o outro Marcelinho, o Paulista, que havia no elenco. Em seguida, veio a  alcunha de “Pé de Anjo”, por causa da qualidade em bater faltas. Ali nascia um dos maiores ídolos da Fiel Torcida.

Marcelinho se tornou ídolo no Corinthians.

Assim, Marcelinho Carioca desembarcou no Parque São Jorge, no ano de 1994, pelo valor de 500 mil dólares. Sua estreia aconteceu em um amistoso contra o Comercial de Ribeirão Preto, com vitória por 1 a 0. O jogador atuou no primeiro tempo e foi substituído na etapa final.

Não demorou muito para Marcelinho Carioca deslanchar e conquistar a torcida corintiana. Logo na sua primeira temporada levou o Corinthians até a final do Campeonato Brasileiro daquele ano, contra o arqui-rival Palmeiras, que contava com um time estrelado com Edmundo, Evair, Rivaldo e Vanderlei Luxemburgo no banco. Mas ali começava a se formar uma base com Ronaldo e Viola, que conquistaria títulos importantes nos anos seguinte.

1995: Títulos épicos no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil

O ano de 1995 é, para alguns torcedores mais velhos, um dos anos mais importantes da história corintiana. Seja por causa dos títulos conquistados no Campeonato Paulista contra o Palmeiras, seja pelo título da Copa do Brasil contra o Grêmio de Luís Felipe Scolari. Foi um ano marcante para aquele que se tornaria o novo xodó da Fiel, e que elevaria o clube para um outro patamar de conquistas nos próximos anos. É o início do marcante protagonismo de Marcelinho Carioca no Corinthians.

E dessa forma, o meia foi decisivo nas duas finais do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras. No jogo de ida, o Pé de Anjo marcou o gol de empate, e no jogo de volta, que aconteceu em Ribeirão Preto, um antológico gol de falta que garantiu o título para o time do Parque São Jorge, em um dos Palmeiras mais fortes dos últimos anos. No Campeonato Paulista de 1995, Marcelinho Carioca anotou 14 gols.

E da mesma forma, Marcelinho foi o protagonista do primeiro título corintiano da Copa do Brasil. Conforme o que aconteceu no Paulistão de 1995, o Pé de Anjo marcou gol nos dois jogos da decisão contra a forte equipe do Grêmio. Venceram por 2 a 1 na primeira partida e, no jogo de volta, no Estádio Olímpico,  1 a 0 com gol de Marcelinho. O Corinthians foi campeão invicto da Copa do Brasil e Marcelinho Carioca o artilheiro da competição, com seis gols.

No ano de 1997, em um Campeonato Paulista com regulamento diferente, o Corinthians sagrou-se o campeão. Foi disputado um quadrangular final contra os três grandes rivais de São Paulo. Contudo, o meio campista acabou negociado meses depois com o Valência, da Espanha.

 

1997: Marcelinho Carioca é contratado pelo Valência


Marcelinho Carioca teve passagem apagada no Valência.

Vendido em definitivo ao Valência por 7 milhões de dólares, Marcelinho Carioca chegou ao clube espanhol com status de grande jogador. Afinal, iria atuar ao lado do tetracampeão Romário, além do lendário goleiro espanhol Zubizarreta.

Marcelinho estreou em setembro de 1997, em uma derrota por 3 a 0 contra o Barcelona, em partida válida pelo Campeonato Espanhol. Após péssima estreia, o Pé de Anjo não ganhou muito tempo em campo nas três partidas seguintes. Em novembro do mesmo ano, o jogador recebeu mais uma oportunidade contra o Mérida, mas sua forma de jogar parece não ter agradado muito o técnico Cláudio Ranieri que o afastou de vez da equipe.

Por isso, Marcelinho Carioca não conseguiu se adaptar no Valência e amargou mais seis meses no banco de reservas para, logo, querer retornar ao Brasil. Em sua rápida e frustrante passagem no Valência, Marcelinho Carioca fez apenas seis partidas, e sem gols. Um dos melhores jogos dele foi quando entrou na segunda etapa contra o Barcelona.

A parceria de Marcelinho e Romário dentro – e fora – de campo

Romário também não foi bem no Valência.

Romário e Marcelinho Carioca se deram muito bem no Valência, mas principalmente fora de campo já que, dentro das quatro linhas os dois jogadores não tiveram passagens de destaque. Um dos casos mais lembrados pelo Pé de Anjo aconteceu e em um treinamento, quando Marcelinho queria cobrar algumas faltas no goleiro espanhol Zubizarreta. O goleiro disse que estava cansado, mas Romário fez ele ficar ao dizer que também gostaria de treinar algumas cobranças de faltas. Na ocasião e de acordo com o meia, ele marcou três gols de falta neste treinamento.

Outras histórias do período de ambos no clube espanhol é que, frequentemente, ambos participavam de festas na concentração, estas promovidas pelo baixinho Romário. E enquanto Romário marcava gols e participava dos jogos, Marcelinho apenas ajudava a encobrir a farra entre os jogadores.

Assim, o estilo de vida desregrado e indisciplinado dos atletas fez com que ambos fossem afastados pelo técnico italiano Cláudio Ranieri em uma partida contra o Atlético de Madrid. Marcelinho Carioca não se adaptou ao estilo de jogo espanhol e Romário questionava o esquema tático utilizado pelo treinador.

Saída do Valência com o Disk-Marcelinho

No início de 1998, o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, promoveu uma ação de marketing e a federação contratou Marcelinho Carioca por 15 milhões de dólares junto ao Valência. Logo depois, a FPF inventou o Disk-Marcelinho, um incentivo para que os torcedores dos três grandes da cidade de São Paulo ligassem – pelo valor de R$3 a época – para assim votar na contratação do jogador. O SC Corinthians venceu pela maioria esmagadora de votos, com 62%.

A ação de marketing logo foi por água abaixo, já que o dinheiro das ligações cobriram só 10% do dinheiro investido pela federação no atleta. Dessa forma, o Corinthians teve que desembolsar mais R$4 milhões no retorno de Marcelinho Carioca ao Parque São Jorge. Mas este seria um valor muito bem investido pelo clube paulista.

 

1998 – 2001: Marcelinho Carioca se torna o melhor do Brasil


Logo depois da apagada passagem pelo futebol espanhol, no Valência, Marcelinho Carioca retorna ao futebol brasileiro com status de craque e de ídolo da torcida corintiana. Seu retorno colocou o Corinthians como um dos principais favoritos na conquista do Campeonato Brasileiro do ano de 1998, repleto de expectativas.

1998: Corinthians é campeão Brasileiro

Após perder o Campeonato Paulista de 1998 para o São Paulo FC de Rogério Ceni e Raí, e com um time em reconstrução sob comando de Wanderlei Luxemburgo, o Campeonato Brasileiro de 1998 seria um dos grandes momentos da carreira de Marcelinho Carioca. Ao lado de jogadores de alto nível como Freddy Rincón, Vampeta, Gamarra e Edílson Capetinha, o futebol de Marcelinho e suas cobranças de falta evoluíram a um nível de fazer todos os adversários o temerem.

O time do Corinthians fez uma campanha irrepreensível, terminou a classificação na primeira colocação, e no mata-mata passou por Grêmio, Santos e encontrou na grande final o Cruzeiro EC, numa disputa de melhor de três partidas, que terminou com a conquista do Brasileirão pelo Corinthians. O Pé de Anjo atendeu a todas as expectativas e ainda foi o vice-artilheiro da competição, com 19 gols.

E uma curiosidade é que a relação com o técnico Luxemburgo nunca foi das melhores, e o meia foi afastado da equipe por algumas partidas pelo treinador por conta de indisciplina. Afastado por três jogos pelo comandante, fez com que ficasse há apenas dois gols da artilharia na competição.

1999: Consagração de Marcelinho como melhor jogador do país


Marcelinho Carioca voltou em 1998 ao Corinthians.

A temporada de 1999 começou para o Corinthians com o título do Campeonato Paulista, quando o time bateu o Palmeiras na grande decisão, em uma partida histórica e que foi marcada por pancadaria entre Paulo Nunes e Edilson Capetinha. A rivalidade entre os dois times de São Paulo era grande no momento, sendo que na semana anterior o Palmeiras havia eliminado o Corinthians nas quartas de finais da Copa Libertadores da América. A tensão entre os clubes era gigante no período.

E o segundo semestre de 1999 seria ainda melhor para Marcelinho Carioca. O meia levaria seu time ao bicampeonato do Campeonato Brasileiro, ao bater o Atlético/MG na grande final. Além de marcar 15 gols na Campeonato Brasileiro de 1999, Marcelinho ainda recebeu o prêmio Bola de Ouro, como o melhor jogador do torneio.

 

2000: Marcelinho Carioca é campeão Mundial pelo Corinthians


Em 2000, Marcelinho Carioca conquistou um de seus principais títulos pelo Corinthians, o primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA. Realizado no Brasil, ele ajudou o Corinthians a bater times como o Real Madrid, e a superar na grande final, no Maracanã, o Vasco da Gama de Edmundo e Romário. Em decisão que aconteceu nos pênaltis, o Pé de Anjo desperdiçou a sua cobrança, porém o animal Edmundo retribui a perda e deu o título para o rival paulista.

Marcelinho foi campeão do mundo em 2000.

Porém, o restante da temporada de 2000 do Corinthians foi toda muito ruim, com o time sendo eliminado novamente para o Palmeiras na Copa Libertadores da América, e com várias baixas no elenco, como Edilson e Freddy Rincón, o Corinthians terminou a Copa João Havelange de 2000 na penúltima colocação do torneio. Era um período de restruturação e mudanças.

E uma das principais mudanças aconteceu no comando técnico da equipe que, viu em 2001, o retorno de Vanderlei Luxemburgo, após passagem deste pela seleção brasileira e problemas com a CPI do Futebol. Era um retorno de Luxemburgo ao Corinthians – de onde havia saído no início de 1999. Vale ressaltar que Marcelinho e Luxemburgo já haviam tido várias brigas em seus períodos juntos.

Essa má relação se acentuou em 2001, o que provocou a saída de Marcelinho Carioca do Corinthians, após desavenças também com o companheiro Ricardinho. Para conseguir sua liberdade, Marcelinho teve que ir a justiça, o que causou uma disputa entre clube e jogador.

 

2001 – 2006: A vida segue para Marcelinho Carioca


Consagrado dentro do SC Corinthians, e já para muitos daquela época o jogador mais importante na história do clube, ainda assim Marcelinho Carioca saiu pela porta dos fundos do clube que chamava de “segunda pele”. Muito identificado no estado de São Paulo com o Timão, muitos achavam que ele deveria buscar outro estado para reiniciar sua trajetória. O recomeço inicial foi no Santos Futebol Clube, sob promessa de um grande time que estaria sendo montado. Porém, a forte identificação do Pé de Anjo com a Fiel Torcida pesou e Marcelinho não rendeu o esperado no ano de 2001.

Ele até mostrou alguns lampejos do craque que havia sido, mas a passagem pelo Santos FC durou muito pouco, apenas três meses, com 21 jogos e 3 gols marcados.

Depois da rápida passagem pelo Santos, Marcelinho partiu para o Japão, para atuar no Gamba Osaka no ano de 2002. Na equipe japonesa ele atuou por 27 partidas e marcou sete gols, sem conquistar títulos.

2003: De volta ao Rio de Janeiro, Marcelinho acerta com o Vasco

Em 2003, Marcelinho Carioca retorna ao Rio de Janeiro, após 10 anos, para atuar no rival do Flamengo, o  Vasco da Gama. Imediatamente o jogador fez sucesso no cruzmaltino, sendo importante na conquista do Campeonato Carioca daquele ano. No Campeonato Brasileiro, o jogador ganhou a Bola de Prata da Revista Placar, como um dos melhores meias da competição, mas mesmo assim deixou o Vasco por causa de salários atrasados.

Antes de terminar o Brasileirão de 2003, Marcelinho foi para o Al Nasr, retornando para o Vasco meses depois. No cruz-maltino, o meia não conseguiu repetir as boas atuações da primeira passagem, por sofrer constantes lesões. No Vasco, o Pé de Anjo jogou 40 jogos e marcou 19 gols.

2004 e 2005: Meia tem passagens na França e no Brasiliense

Em seguida, Marcelinho Carioca se apresenta no Ajaccio da França, em 2004. Porém, o Pé de Anjo estreou em derrota contra o Sochaux por 1 a 0, no campeonato francês. Além disso, o meia não brilhou na equipe francesa e esteve longe de sua forma ideal, jogando apenas 10 partidas, com apenas 2 gols marcados.

De volta ao Brasil, Marcelinho Carioca se apresenta ao Brasiliense em fevereiro de 2005. Mas a má  forma e as lesões atrapalharam o craque. Por isso, em 26 partidas e marcou 10 gols, muitas vezes mostrando a boa e velha habilidade que o colocou no estrelato.

 

2006: A última passagem de Marcelinho Carioca pelo Timão


Em 2006, Marcelinho Carioca deixou o Brasiliense para retornar ao Alvinegro. Assim, o  jogador foi contratado em um período em que a MSI era parceira do Corinthians, que o trouxe para acalmar a insatisfeita torcida.

Marcelinho Carioca não estava em sua melhor forma, por isso, recebeu poucas oportunidades para entrar em campo.  Atuou apenas 5 vezes em sua terceira passagem pelo Corinthians. Por fim, as polêmicas dentro do vestiário resultaram em seu desligamento do clube. Com contrato por dois anos, o Pé de Anjo ficou apenas seis meses na equipe alvinegra.

Assim, o jogador construiu uma história de 9 títulos, 206 gols marcados e 185 assistências. O Pé de Anjo quebrou recordes com a camisa alvinegra, sendo o maior artilheiro pela equipe no Brasileirão e Copa do Brasil, obtendo também o maior numero de passes pelo Corinthians desde 1962, superando Rivelino e Sócrates nesses quesitos.

Marcelinho Carioca x Palmeiras: Como foi o duelo contra o principal rival?

Marcelinho Carioca começou a ser uma pedra no sapato do SE Palmeiras em 1995, quando marcou gols nas duas finais do Paulistão daquele ano, com direito a um golaço de falta no jogo da volta.

Logo depois, Marcelinho Carioca foi decisivo nas duas finais contra o Palmeiras em 1999. No jogo de ida ele marcou um gol, em vitória por 3 a 0. Na partida de volta, o jogador abriu o placar e o jogo acabou em 2 a 2, com título corintiano. Mas o que chamou naquele confronto, foram as embaixadinhas de Edílson, que provocou a ira dos palmeirenses, ocasionado uma briga generalizada.

Mas em 2000, houve uma baixa no duelo contra o Palmeiras na semifinal da Copa Libertadores América. Marcelinho Carioca perdeu pênalti defendido por Marcos. Muitos torcedores do Corinthians lembram desse episódio, sendo como um dos mais épicos entre os dois rivais, até mesmo pela boa fase vivida pelas duas equipes.

 

2007-2009: Os últimos passos do Pé de Anjo


Após ter anunciado que se aposentaria em 2007, Marcelinho Carioca voltou atrás e acertou com o Santo André. Em 2008, o Pé de Anjo conseguiu subir com a equipe para a série A do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, já na primeira divisão do Brasileirão, o meia marcou 5 gols e deu 6 assistências com a camisa do Santo André, mas não conseguiu evitar o rebaixamento do clube.

Em sua passagem pelo Santo André, Marcelinho Carioca marcou 14 gols em 84 jogos com a camisa do time do ABC, e conseguiu a proeza de ajudar seu time a subir para a elite do futebol paulista e nacional. Em 2010, o meia oficializa sua aposentadoria,  em jogo com a camisa do Corinthians.

 

O lado B do jogador: As polêmicas de Marcelinho Carioca


Durante sua trajetória, Marcelinho Carioca gostava de uma boa balada, o que em alguns momentos prejudicou sua carreira. Em 2001, o técnico Vanderlei Luxemburgo diz ter tirado mulheres do quarto do jogador durante concentração.

A relação ruim entre ambos começou no inicio dos anos 2000, quando jogador agia de maneira indisciplinada. O meia confirmou que teve relações com a esposa de Vanderlei. Então, em 2007, os dois protagonizaram uma briga em um programa na TV Bandeirantes, que resultou em um processo de Marcelinho contra o treinador, que teve fim em 2019, com penhora de parte dos salários de Luxemburgo.

Vida pessoal e familiar

Ao longo da vida, Marcelinho Carioca teve dois casamentos frustrados, além de desavenças com alguns membros de sua família. Por isso, o empresário do ex-jogador disse que ele não registra muitos bens com o próprio nome.

Além disso, outra polêmica envolveu a família de Marcelinho Carioca e dessa vez aconteceu com seu filho Matheus Surcin, que teve o carro apreendido após 210 mil em multas. O veículo estava no nome da empresa da família. O jovem também é jogador de futebol e já atuou no sub-20 do Corinthians.

Marcelinho Carioca tem três filhos, Lucas, Matheus e Marcella, ambos são fruto do primeiro casamento do ex-jogador, com Ana Cristina, mulher que o Pé de Anjo afirma não ter problema.

 

Pós-aposentadoria: Marcelinho fora dos gramados!


Depois que anunciou sua aposentadoria, Marcelinho Carioca se aventurou como jornalista, se formando em 2007, pela Faculdade Integrada Rio Branco. O Pé de Anjo atacou como comentarista, passando pela TV Bandeirantes e pela Rede TV.

Logo depois, Marcelinho Carioca se aposentou de vez e ingressou na carreira política, se candidatando para deputado federal pelo PSB, não conseguindo se eleger. Dois anos depois, o ex-meia tentou se eleger vereador em São Paulo,  mas não conseguiu. Para as eleições de 2014, a tentativa foi para deputado estadual pelo PT, mas não se elegeu.

Em 2016, o ex-jogador do Corinthians mudou de partido mais uma vez e se tornou candidato pelo PRB, mais uma vez foi derrotado nas urnas. Nas eleições de 2018, em mais uma tentativa para se tornar deputado estadual, o craque se filiou ao Podemos, perdendo as eleições novamente. Enfim, o “Pé de Anjo” se filiou ao PSL,  mas nem isso fez com que o ex-jogador fosse eleito vereador. Depois disso, Marcelinho disse que jamais se candidataria a um cargo político.

Nesse meio tempo, Marcelinho Carioca foi convidado para ser secretário de esportes pela cidade de Ubatuba em 2016. No final de 2019, ele foi convidado mais uma vez para o cargo, dessa vez, a serviço da Prefeitura de Itaquaquecetuba.

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