Fluminense F.C

42 Títulos Oficiais
3.6 Milhões de Torcedores
Fluminense Football Club Rio de Janeiro - Brasil
Fundação 21 de julho de 1902
Estádio / Capacidade Manoel Schwartz (Laranjeiras) / 8.000
Apelidos Flu / Tricolor / Fluzão / Nense
Principais rivais Flamengo / Botafogo / Vasco
Apelido da torcida Pó de Arroz
Mascote Cartola / Guerrerinho

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Brasileiro 4 1970, 1984, 2010 e 2012
Copa do Brasil 1 2007
Campeonato Brasileiro Série C 1 1999

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Carioca 31 1906, 1907, 1908, 1909, 1911, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1985, 1995, 2002, 2005 e 2012,
Torneio Rio-São Paulo 2 1957 e 1960

História

Do Rio para o Brasil: a história do Fluminense

Fluminense, um dos maiores do Brasil.

O Fluminense Football Club é um dos quatro clubes grandes do Rio de Janeiro, e um dos maiores do Brasil. Ao longo de sua história revelou muitos jogadores que se tornaram estrelas do esporte, e por isso é considerado uma das principais e mais importantes categorias de base do futebol.

Desenvolveu uma rivalidade muito acirrada com o Flamengo que se tornou uma das maiores do Brasil. Até poucos anos atrás, o Fluminense era o carioca que mais detinha títulos estaduais, mas foi recentemente ultrapassado pelo rival nas últimas duas décadas. O Fla-Flu, como é conhecido o clássico, sempre carrega muita tensão de ambos os clubes e torcidas, e assim Nelson Rodrigues retratou o clima do clássico. “Lembro que, no dia do jogo, alguém morreu na minha rua. E, no caixão, o defunto estava de cara amarrada, porque não ia ver o clássico eterno”.

O tricolor, além de ser um dos maiores vencedores do Rio de Janeiro, possui quatro conquistas do Campeonato Brasileiro, sendo duas delas conquistadas recentemente. Muitos jogadores importantes passaram pelo clube e ajudaram a vencer campeonatos e a escrever a importante história do Tricolor das Laranjeiras.

Fluminense: fundação e início do Fluminense Football Club

Primeiros anos do Fluminense.

O Fluminense é um dos primeiros clubes, dos considerados grandes do país, a ser fundado. O principal fundador e primeiro presidente do Fluminense foi um dos homens mais importantes na disseminação do futebol no Brasil, Oscar Cox. Filho de um vice-cônsul inglês Oscar estudou na Suíça, onde se apaixonou pelo esporte e em suas idas e vindas da Europa para o Brasil sempre trazia novas bolas e materiais para a prática do futebol.

Assim, depois de disputar uma partida contra um combinado de ingleses em Niterói, Oscar Cox decidiu juntar alguns companheiros para fundar um clube. Então, no dia 21 de julho de 1902, ao lado de mais vinte pessoas para fundar o Fluminense Football Club.

A princípio o nome que Cox queria Rio Football Club, mas acabaram utilizando o nome atual, que deriva do latim “flumen” que significa “rio” e também é utilizado para os habitantes do estado do Rio de Janeiro.

Símbolo, escudo e cores: significado

O Fluminense, ao ser fundado, utilizava as cores cinza e branco como predominantes em seu uniforme. A partir de 1904, com apenas 2 anos de vida, o clube adotou as cores atuais. O verde, branco e o grená, foram usados  por conta da dificuldade em encontrar o tecido cinza na época e com isso ganhou um de seus principais apelidos, o Tricolor.

Assim como a camisa, o escudo também passou por alterações nos primeiros anos. O primeiro escudo era branco e cinza em um formato parecido com o atual, mas ao mudar as cores da camisa, o escudo também se tornou tricolor.

Significado do apelido “pó de arroz”

O futebol, no início do século XX era vinculado as camadas mais altas da sociedade, e havia poucos negros  nos times do país. O esporte predominantemente “branco” começou a ver atletas negros se destacarem em outros clubes com menos evidência. A torcida do Fluminense se orgulhava da posição social na qual ocupava sempre querendo ser mais elegante e aristocrático que seus rivais.

Carlos Alberto, jogador do Fluminense.

Com a chegada de um jogador chamado Carlos Alberto, que ao chegar às Laranjeiras em 1914 vindo do América do RJ, o clube ganhou um apelido que muitas vezes é contado de forma pejorativa. O atleta passava pó de arroz no rosto antes de jogar, para não ser visto como uma pessoa negra e não chamar a atenção. Mas ocorria o contrário, e o pó de arroz o deixava com a aparência acinzentada e as torcidas rivais adotaram o termo para provocar os tricolores.

A torcida do Fluminense adotou o pó de arroz como forma de celebração aos jogadores, que passou a atirar o pó nas arquibancadas fazendo uma bela festa. O clube rechaça que o pó de arroz no rosto do atleta nunca foi para esconder sua cor de pele, mas muitos relatos da época, inclusive no livro “O Negro no Futebol Brasileiro” de Mário Filho, a história é contada com detalhes.

Mascote do clube

O Fluminense passou recentemente por uma troca de mascote, algo que alguns clubes do futebol brasileiro fizeram nas últimas décadas. No caso do tricolor carioca, a mudança veio em 2016, quando o Cartola deu lugar ao Guerreirinho.

O cartola simbolizava a nobreza na qual o clube representava em seus primeiros anos, e perdurou até poucos anos atrás. A imagem de clube da elite que o personagem simbolizava, junto com as polêmicas que os dirigentes do clube se envolveram em episódios controversos. Como por exemplo, a “virada de mesa” em 1996 que barrou o rebaixamento do Flu à segunda divisão no Campeonato Brasileiro.

Com isso, a mudança para o Guerreirinho veio por conta de uma outra imagem que o clube teve em seus primeiros anos, mas que foi popularizada em 2009 no “Time de Guerreiros” que fugiu do rebaixamento em campo, mesmo com todas adversidades e chances muito baixas.

Primeiras décadas do clube

Time do Fluminense nas primeiras décadas.

Nas primeiras décadas do clube, o Fluminense se consolidou como uma das melhores equipes do país. O futebol ainda não possuía a mesma grandeza de hoje em dia, mas já se havia se espalhado rapidamente principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Desde 1904 o Flu tinha seu próprio campo de jogo, que fora reformado para receber o Campeonato Sul-Americano de Seleções em 1919. O crescimento do futebol levou o Estádio das Laranjeiras a uma nova reforma em 1922, quando o clube passou a ser mais populares em camadas subalternas da sociedade.

O domínio do Tricolor antes da construção do Maracanã foi grande. Então, 15 títulos cariocas e domínio em confrontos entre Rio-São Paulo, vieram para coroar um grande momento da história da equipe. O clube era um dos mais temidos e respeitados do Brasil na década de 1910 e se manteve sempre próximo ao topo. Grandes jogadores da época que fizeram parte de elencos da Seleção Brasileira que disputou os primeiros mundiais, o mais emblemático é Preguinho, autor do primeiro gol brasileiro em uma Copa do Mundo.

1952 – Fluminense vence a Copa Rio: Campeão Mundial?

Flu diz que tem Mundial: a Copa Rio de 1952

A CBD organizou com o acompanhamento da FIFA a segunda edição da Copa Rio, no ano de 1952. O torneio de caráter intercontinental contou com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, que assim como no ano anterior doou o troféu que foi dado ao campeão.

O Fluminense se credenciou para a disputa da competição por ter sido campeão carioca no ano anterior, assim como o Corinthians o outro representante brasileiro, que venceu seu estadual em 1951.

O elenco contava com alguns atletas que posteriormente se tornaram grandes ídolos do Flu, como Orlando “Pingo de Ouro”, Castilho, Píndaro, Marinho, Bigode e destaque especial para Telê. O último que anos depois despontaria como um dos maiores treinadores do futebol brasileiro e ficou mais conhecido como Telê Santana.

Campanha  e duelo contra forte Peñarol

Na campanha, o tricolor carioca iniciou o torneio com um empate sem gols frente ao Sporting Lisboa. Depois venceu o Grasshoppers-Club da Suíça por 1 a 0. Na última partida da primeira fase venceu o poderoso Peñarol do Uruguai por 3 a 0. O jogo contra os uruguaios foi eleito a mais importante da história do clube em votação popular realizada em  2020.Tudo por causa da força do elenco do Peñarol, que compunha boa parte da seleção do país que venceu o mundial de 1950 no Brasil.

Assim, os cariocas avançaram às semifinais onde venceram o Áustria Viena nas duas partidas. Na final, encontraram o Corinthians, devido a desistência do Peñarol durante o confronto contra os paulistas. Com uma vitória por 2 a 0 e um empate em 2 a 2, o Fluminense se tornou o segundo campeão da Copa Rio. Até hoje os torcedores do clube e integrantes do clube afirmam que o título é mundial. A FIFA, porém, reconhece o caráter intercontinental do torneio, mas afirma que não é considerado como um título mundial oficial para a entidade.

1970 – Fluminense conquista o 1º campeonato brasileiro

A partir da década de 1970 o Fluminense montou um dos melhores elencos de sua história e do futebol nacional. O grande time foi coroado com o título da Taça de Prata ou Torneio Roberto Gomes Pedrosa que posteriormente a CBF reconheceu como Campeonato Brasileiro. Assim, esta foi a primeira conquista do campeonato nacional que o tricolor conseguiu na sua galeria de troféus.

O elenco que ficou conhecido como “Máquina Tricolor” teve 5 conquistas importantes no período que durou de 1969 até 1971. Foram dois estaduais, duas Taça Guanabara (competição independente do estadual) e a conquista nacional em 1970.

O goleiro Félix e Marco Antônio foram grandes destaques, uma vez que fizeram parte do elenco campeão mundial em 1970 com a Seleção Brasileira. Além do preparador físico Carlos Alberto Parreira que também integrou o escrete canarinho.  Denílson, Jairo, Toninho, Lula e Flávio também foram importantes para a conquista nacional.

Para chegar à fase final, a “Máquina Tricolor” ficou em segundo lugar do grupo B, atrás apenas do Cruzeiro e se juntou ao lado da raposa ao Atlético Mineiro e ao Palmeiras no grupo decisivo. Após vencer o Palmeiras e o Cruzeiro no Rio de Janeiro e Belo Horizonte respectivamente, um empate por 1 a 1 contra o Atlético no Maracanã sacramentou a conquista carioca.

1975 – Fluminense e a segunda máquina tricolor

Segunda máquina tricolor.

A alcunha de “máquina Tricolor” foi utilizada novamente para o elenco que conquistou dois campeonatos estaduais e fora duas vezes semifinalista do Campeonato Brasileiro, entre os anos de 1975 e 1977.

Possivelmente, o elenco da segunda edição da Máquina pode ser considerado mais forte do que o primeiro. Entre os maiores nomes se destacaram Félix e Toninho (que estava na primeira edição), Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho, Marinho Chagas, Carlos Alberto Pintinho, Paulo César Caju, Gil, Doval, Dirceu e o grande craque Roberto Rivellino advindo do Corinthians.

Grandes nomes desse time histórico fizeram carreira na Seleção Brasileira, e conquistaram entre outros títulos a Copa do Mundo de 1970. Félix, Carlos Alberto, Paulo César Caju e Rivellino estiveram naquele time, que é considerado um dos melhores do futebol mundial.

1984 – Fluminense conquista seu 2º campeonato brasileiro

Bicampeonato brasileiro do Fluminense.

Na década de 1980, o Fluminense montou um time que novamente seria reconhecido pela alcunha que grupos anteriores receberam, a “Máquina Tricolor”. Foi neste elenco que conquistou o tricampeonato carioca entre 1983 e 1985 que os tricolores viram, provavelmente, a melhor dupla de ataque que já passou pelo clube, Washington e Assis.

O “Casal 20” foi fundamental ao lado de outros grandes jogadores que fizeram parte do clube no período, como Romerito, astro da seleção paraguaia na década, Deley, Paulo Vitor, Ricardo Gomes, Branco e Tato, Leomir e Aldo. Todos os atletas tiveram passagens pela Seleção Brasileira, seja a principal ou de base em suas carreiras. Branco e Ricardo Gomes foram campeões mundiais anos depois em 1994 com a amarelinha.

O condutor da equipe era o técnico Carlos Alberto Parreira (técnico campeão mundial em 1994 com o Brasil), que já havia passado pelo clube como preparador físico e conquistado títulos. Romerito era a grande referência dentro de campo para servir ao poderoso ataque tricolor, e chegou a ser eleito como melhor jogador da América do Sul em 1985 em enquete realizada pelos jornalistas do continente.

Como foi o caminho para o título?

O campeonato brasileiro de 1984, que o forte time do Fluminense venceu, foi disputado com 40 clubes, divididos em oito grupos. Nesta fase, o Flu ficou em segundo lugar de seu grupo e se classificou com mais 27 equipes para uma nova fase de sete grupos, onde dessa vez o tricolor ficou em primeiro lugar, assim como na terceira fase, com 14 times no total.

Na fase final, com confrontos eliminatórios, o Fluminense eliminou o Coritiba e o Corinthians respectivamente para chegar à grande final. Na decisão encontrou seu rival estadual, o Vasco da Gama no “Clássico dos Gigantes” como é conhecido o confronto. Os dois jogos foram disputados no Maracanã, e na primeira o Tricolor venceu o rival por 1 a 0 com gol de Romerito, e após o 0 a 0 na segunda, o Flu se tornou campeão pela segunda vez.

1995 – Fluminense Campeão carioca contra o Flamengo

Comemoração do titulo carioca de 1995.

No período que sucedeu o segundo título brasileiro e o tricampeonato carioca de 1983 até 1985, o Tricolor não conquistou nada relevante e amargou um jejum de conquistas. Assim, foi apenas um coadjuvante do futebol em seu estado e no país.

Isso mudou no Campeonato Carioca de 1995, onde o Flu conseguiu quebrar o jejum de conquistas mesmo não sendo o maior favorito do campeonato. O Tricolor, azarão entre os quatro grandes do Rio, contava com o talento de Djair e Aílton no meio campo, o goleiro formado na base Wellerson e no ataque Ézio e Renato Gaúcho entre os maiores destaques da equipe.

Na Taça Guanabara, o Tricolor ficou em segundo lugar de seu grupo e viu o Flamengo levantar o troféu diante do Botafogo. Na fase final, o Fluminense foi o primeiro do octagonal final e se habilitou para a decisão contra o Flamengo.

Final com famoso gol de barriga

Renato Gaúcho e lendário gol de barriga.

A partida disputada no Maracanã foi eleita como a maior da história do estádio em uma enquete no site globoesporte.com em 2020. O Fluzão, abriu 2 a 0 no primeiro tempo, mas viu o Flamengo empatar na etapa final, após ver Sorley ser expulso. Lira também recebeu cartão vermelho e mesmo com dois homens a menos o Tricolor conseguiu retomar a liderança do placar.Em seguida, Aílton chutou cruzado da ponta direita e Renato Gaúcho desviar com a barriga, aos 41 minutos do segundo tempo.

O Flu e o Flamengo tiveram mais um jogador expulso cada, mas o placar seguiu 3 a 2 e o Tricolor voltou a conquistar um título. Embora Renato tenha desviado com a barriga, o relato oficial da partida deu o gol a Aílton, mas o tento é considerado um dos mais importantes da carreira de Renato e mais folclóricos do futebol brasileiro.

1996, 1997, 1998 – Fluminense rebaixado para série C

Apesar do título carioca de 1995, o Fluminense já não vinha colhendo bons frutos nos campeonatos subsequentes ao Brasileiro de 1984. Em seguida, passou por grandes crises financeiras advindas de más gestões que passaram pela direção do clube.

O Flu passou grandes dificuldades financeiras oriundas de altos salários para alguns atletas, e altos valores gastos em contratação de jogadores. Relatos da época mostram que os novos dirigentes que chegavam às Laranjeiras informavam o caos financeiro e péssimos negócios que ocorreram no clube.

Com isso, o Tricolor passou a viver com problemas na hora de montar elencos competitivos. Após a conquista do Carioca em 1995 e a boa campanha no Brasileirão do mesmo ano, o Flu amargou péssimas campanhas nos campeonatos nacionais.

Em 1996, apesar de ficar na penúltima colocação ao final da primeira fase do Brasileiro, lugar que rebaixaria o clube, o Tricolor foi “salvo” do descenso. Um escândalo envolvendo a possível compra de resultados, levou à BBF a alterar o regulamento da competição, onde ninguém foi rebaixado em 1996.

Quedas para as Séries B e C

Mas, em 1997 o Fluzão não escapou do descenso. De novo com uma péssima campanha no Brasileiro, o penúltimo lugar na primeira fase levou o clube para a disputa da série B no ano seguinte. Dessa vez, sem nenhuma virada de mesa que salvou o clube um ano antes. O ídolo Roni, Leandro Ávila, Nélio, Paulo César e Paulinho McLaren fizeram parte do elenco que teve algumas trocas no comando técnico ao longo da campanha.

Em 1998 veio o fundo do poço para os torcedores e para a instituição. Muitos achavam que não seria possível piorar perto dos anos anteriores, mas o Tricolor passou pelo pior ano de sua história. No Brasileiro da série B, dividido em quatro grupos o Tricolor ficou na quinta posição do Grupo D e com a décima nona campanha geral, que levaram o clube a um novo descenso, para a Série C. Magno Alves e Roni, ídolos do clube estavam no elenco.

1999 – Fluminense retorna à série A após título da Série C

Título da Serie C e subiu direto para a Serie A.

No ano do rebaixamento para a terceira divisão, o Flu começou a costurar uma parceria que trouxe ótimos frutos para o clube, em seu momento mais difícil desde a fundação. A Unimed começou a fechar patrocínios pontuais ainda durante a campanha da Série B em 1998. Logo depois, fechou a contrato de forma definitiva em 1999, onde a primeira grande contratação foi do técnico Carlos Alberto Parreira, com o objetivo de voltar a segunda divisão.

Pela série C, o Flu ficou em segundo lugar de seu grupo na primeira fase, que deu direito a disputa da segunda fase. Na fase seguinte, eliminou o Moto Club do Maranhão em 3 jogos e depois o Americano de Campos na terceira fase, também em 3 jogos. Na fase final, ficou em primeiro lugar no quadrangular decisivo, que deu o título do torneio para os cariocas e o direito de disputar a Série B em 2000.

Porém, em 2000 por conta do escândalo do “Caso Sandro Hiroshi” envolvendo três clubes da Série A, a CBF decidiu não realizar o Brasileiro. Assim, o Clube dos 13 tomou a frente e organizou a Copa João Havelange, equivalente ao Brasileiro daquele ano. Nele, onde teoricamente o Fluminense disputaria a segunda divisão, a organização convidou o clube carioca para que ele disputasse o “Módulo Azul” equivalente à primeira divisão, por onde o clube ficou nos anos seguintes.

O elenco contava com a dupla de ataque consagrada com Roni e Magno Alves, além do jovem Roger, criado na base do clube. Chegaram Fernando Diniz, Agnaldo, Alessandro e Régis por conta da parceria com a Unimed, que ajudaram a boa campanha do Tricolor no campeonato.

2007 – Conquista da primeira e única Copa do Brasil do Fluminense

Fluminse conquista a Copa do Brasil 2007.

Desde o polêmico retorno à Série A do Brasileiro, O Fluminense não conquistou grandes resultados. Foram apenas dois estaduais 2002 e 2005, duas semifinais em Campeonatos Brasileiro em 2001 e 2002, onde perdeu para Athlético Paranaense e Corinthians, respectivamente, e um vice-campeonato da Copa do Brasil.

Em 2007, porém, o clube saiu de uma seca de títulos nacionais que perdurava desde 1984, com a conquista da Copa do Brasil do ano. O clube havia batido na trave na competição em 2005, quando perdeu na decisão para o azarão Paulista de Jundiaí.

O elenco reforçado com o investimento da Unimed contava com a estrela Thiago Neves, além do meia Carlos Alberto, os atacantes Adriano Magrão e Alex Dias, o zagueiro Thiago Silva e o lateral veterano Roger Machado. O comando técnico tinha o ídolo de outrora a frente, Renato Gaúcho.

Na primeira fase do torneio, o Flu venceu a ADESG do Acre nas duas partidas.Depois enfrentou o América de Natal, onde se classificou com o critério de desempate do gol fora de casa, após vencer em Natal por 2 a 1 e perder no Rio por 1 a 0. O mesmo critério foi utilizado nas oitavas de final contra o Bahia, após dois empates, por 1 a 1 e 2 a 2.

Nas quartas, um empate e uma vitória contra o Athlético Paranaense levaram os cariocas para o confronto contra o Brasiliense, com a mesma combinação da fase anterior, o Flu chegou à final. Na decisão, o empate em 1 a 1 na primeira partida deixou o confronto aberto no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Roger Machado marcou o gol decisivo que deu o único título desta competição ao Tricolor e abriu caminho para novas conquistas e boas campanhas nos anos seguintes.

2008 – Fluminense finalista da Libertadores da América

No ano seguinte, o Flu se habilitou para a disputa da Libertadores da América por conta do título da Copa do Brasil. Thiago Neves foi o principal jogador da campanha que levou o clube à final inédita da competição continental, e Renato Gaúcho seguiu a frente do comando técnico. Junto a eles estavam o argentino Dário Conca e o centroavante Washington Coração Valente.

O Tricolor fez a melhor campanha da geral da primeira fase ficando a frente de seu grupo, e enfrentaram o Atlético Nacional da Colômbia nas oitavas de final. Depois de duas vitórias, o atual tricampeão Brasileiro, São Paulo, estava pela frente. Em um emocionante confronto, o gol derradeiro marcado por Washington veio no último lance da partida de volta no Maracanã. Assim, os cariocas reverteram o placar do confronto para irem às semifinais.

Fluminsense perde a final da Libertadores 2008.

O Boca Juniors, grande algoz brasileiro no torneio foi um duro adversário, mas o Flu venceu a partida de volta, após empate na Argentina para ir a inédita final. Assim como o Tricolor, o adversário, a LDU do Equador, nunca havia vencido o torneio. Porém, a altitude de Quito ajudou os equatorianos a vencer a primeira partida por 4 a 2. Na segunda partida no Rio, o Hat-Trick de Thiago Neves quase deu o título aos cariocas, mas o confronto foi para os pênaltis, onde os equatorianos levaram a melhor e ficaram com o troféu.

2009 – Fluminense finalista da Sul-Americana

O ano de 2009 teve altos e baixos para os torcedores do Tricolor. No Brasileiro, o clube ia de mal a pior no campeonato, e ocupava a última posição ao final da vigésima quarta rodada, com apenas 18 pontos. As porcentagens que especialistas davam para uma nova queda do clube eram de 99%, e parecia impossível a reversão do cenário.

Carlos Alberto Parreira, Vinícius Eutrópio e Renato Gaúcho estiveram à frente do elenco, mas não conseguiram melhorar a posição da equipe. Até que Cuca chegou ao clube e conseguiu o que parecia inevitável, onde precisava de seis vitórias e um empate. Foi exatamente o que o clube conseguiu, e superou seis adversários até chegar à rodada final e empatar com o Coritiba para evitar o rebaixamento. Assim, consolidou-se a alcunha de “Time de Guerreiros”, liderados pelo atacante Fred e o meia Conca

Em meio a turbulenta campanha no nacional, o clube ia muito bem na Copa Sul Americana. Na competição o Tricolor venceu o Flamengo na fase preliminar, e depois o Alianza do Peru, Universidad de Chile e o Cerro Porteño do Paraguai para enfrentar a LDU, novamente em uma decisão continental. Após ser goleado por 5 a 1 na partida de ida, o clube precisava de outro milagre na temporada. Ele quase veio com a vitória por 3 a 0 no Maracanã na volta, mas a freguesia para os equatorianos estava sacramentada e o título novamente ficou com o rival.

2010 – Após quase 30 anos, o Fluminense é campeão Brasileiro

Jogadores comemoram titulo brasileiro de 2010.

O bom momento do clube prosseguiu,  o novo vice campeonato continental e a arrancada no Brasileiro de 2009 engrenou a equipe. Tanto que em 2010, o Fluminense chegou à disputa do Brasileirão como uma das equipes favoritas para brigar na parte de cima da tabela. O treinador multicampeão Muricy Ramalho assumiu o time e tinha a responsabilidade de trazer um título de expressão.

O elenco estava fortalecido e contava com Mariano na lateral direita, Carlinhos na lateral esquerda, Diguinho e Valência como volantes, Marquinho na meia e Fred, Washington e Emerson Sheik no ataque. O investimento da Unimed trouxe o meia luso-brasileiro Deco para compor o elenco que teve Dário Conca como grande nome da equipe.

O campeonato foi muito disputado até a última rodada, com o Flu disputando ponto a ponto com Cruzeiro e Corinthians. Com uma campanha de 71 pontos e 20 vitórias, 11 empates e 7 derrotas, o Tricolor conquistou o título ao vencer o Guarani de Campinas na última rodada no estádio Nilton Santos, com gol de Emerson. O Flu conquistou um Brasileiro depois de 26 anos e Conca foi eleito o craque da competição.

2012 – Fluminense conquista o quarto e último Campeonato Brasileiro

4º CAmpeonato Brasileiro do Fluminense.

Depois de um ano sem muito protagonismo e um terceiro lugar no brasileiro de 2011, o Flu começou 2012 vencendo o Carioca, sua última conquista estadual. O tricolor chegou ao campeonato nacional como uma das principais forças na disputa pelo título.

Abel Braga foi o encarregado de comandar a equipe que manteve a base dos anos anteriores. Diego Cavalieri assumiu a titularidade no gol, Gum e Leandro Euzébio se consolidaram na defesa. Bruno e Carlinhos eram os laterais, enquanto Edinho, Diguinho e Valência atuavam como volantes. O retorno de Thiago Neves junto a Wagner e Deco na meia e Fred, Wellington Nem e Rafael Sóbis no ataque, formavam a máquina tricolor.

A campanha teve 22 vitórias, 11 empates e apenas 5 derrotas. A conquista foi sacramentada com três rodadas de antecedência na vitória por 3 a 2 contra o Palmeiras em Presidente Prudente, placar que ajudou a rebaixar os paulistas. Fred foi o artilheiro e craque da competição que simboliza a última conquista de Brasileiro do Tricolor.

2013 – Maracanã como nova casa e rebaixamento do Fluminense

Mesmo com a base campeão de 2012 mantida, o Fluminense passou por grandes dificuldades no Brasileiro de 2013. O time teve duas perdas relevantes, Thiago Neves e Conca deixaram o clube, que começou o ano disputando sua última Libertadores, e com campanha abaixo do esperado no estadual.

Na competição continental, o Flu liderou seu grupo e passou pelo Emelec nas oitavas de final. Nas quartas de final, o clube foi eliminado pelo Olimpia do Paraguai e deu adeus ao sonho do título. No Brasileiro, a campanha foi muito ruim e viu Vanderlei Luxemburgo deixar o cargo de treinador para dar lugar a Dorival Júnior, na intenção de se livrar das últimas posições. O Tricolor não conseguiu repetir a arrancada de 2009 e terminou o campeonato na zona de rebaixamento.

Porém, o Flu foi beneficiado por uma decisão do STJD que livrou o clube do descenso. A Portuguesa escalou o meia Herverton de maneira irregular nas últimas rodadas e isso culminou na perda de pontos do clube paulista. Assim, os cariocas subiram de posição na tabela para ficar na Série A.

Às vésperas da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã terminou a reforma para utilização no mundial, e o Fluminense assinou um contrato para ter seus jogos no estádio. Com isso, deixou de mandar suas partidas nos outros estádios do Rio e de cidades próximas assumindo o mítico estádio. Fred teve a honra de marcar o primeiro gol oficial no campo sagrado depois da reabertura, com a camisa da Seleção Brasileira em amistoso contra a Inglaterra.

Pós-2014 – Crise do Fluminense

O elenco passou a viver uma crise técnica que não correspondia o investimento da parceria com a Unimed e com o potencial do elenco, com isso os bons resultados não se repetiram. Ao fim de 2013, a parceria foi renovada, como acontecia em todo mês de novembro dos anos anteriores. A Unimed investiu pesado na contratação do atacante Walter, no técnico Renato Gaúcho e no meia Cícero.

Mas, com a saída de Renato no mesmo ano, a parceria foi colocada em xeque e a relação conturbada entre o presidente da Unimed, Celso de Barros e do clube, Peter Siemsen se tornaram públicas. Assim, depois de decisões controversas de ambas as partes, a parceria de 15 anos foi desfeita. Dessa forma, o Tricolor começou a apresentar graves dificuldades financeiras nos anos seguintes.

Mesmo sem a parceria, o Flu conseguiu uma contratação que criou grande expectativa de seus torcedores , a chegada de Ronaldinho Gaúcho. Porém, na prática a passagem foi muito discreta e durou apenas dois meses e nove jogos, que resultou na aposentadoria do craque depois de deixar o clube. O atleta passava por alguns problemas físicos e não apresentou o futebol que se esperava dele.

Por conta da falta de receitas para investir em jogadores para a criação de um elenco competitivo, o Tricolor viu bons atletas subirem de suas categorias de base. Como por exemplo, o meia Gérson, Gustavo Scarpa, Kenedy, Caio Vinícius, Pedro e João Paulo. Além deles, o clube conseguiu investir em bons nomes que foram muito valorizados e negociados para outras equipes como Júnior Sornoza, Richarlison, Henrique Dourado e Orejuela.

Anos recentes do Fluzão

Fred, Ganso e Nenê são as estrelas recentes do Flu.

O Tricolor teve que se desfazer de grandes ídolos do clube que tinham salários muito altos e que acabaram aumentando ainda mais a crise financeira do clube. São os casos de Fred, Diego Cavalieri e Gum, por exemplo. O atacante retornou ao clube em 2020 onde é um dos líderes do elenco ao lado de Nenê e Paulo Henrique “Ganso”, onde o clube mescla jogadores veteranos com nomes jovens vindos da base.

O melhor resultado recente do Flu foi o terceiro lugar na Copa Sul-Americana de 2018. O Tricolor eliminou o Nacional Postosi da Bolívia, o Defensor do Uruguai, o Deportivo Cuenca do Equador, o Nacional do Uruguai. Porém foi eliminado pelo Athlético Paranaense nas semifinais, que foi o campeão do torneio.

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