Brasil

25 Títulos Oficiais
Logo - Seleção Brasileira de Futebol
Seleção Brasileira
Principais rivais Argentina / Uruguai / Holanda / Alemanha / Itália
Apelidos Canarinho, Verde e Amarela
Mascote Canário
Copa do Mundo

1958, 1962, 1970, 1994, 2002

Copa América

1919, 1922, 1949, 1989, 199, 1999, 2004, 2007, 2019

Copa das Confederações

1997, 2005, 2009, 2013

Títulos conquistados

Títulos Mundiais

Competição Títulos Ano
Copa do Mundo 5 1958, 1962, 1970, 1994, 2002
Copa das Confederações 4 1997, 2005, 2009, 2013

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Copa América 9 1919, 1922, 1949, 1989, 199, 1999, 2004, 2007, 2019
Campeonato Pan-Americano 2 1952, 1956

Outros títulos

Competição Títulos Ano
Jogos Olímpicos 1 2016

História

Índice

Seleção Brasileira de Futebol, a mais respeitada entre todas

A mais respeitada de todas as seleções, a Seleção Brasileira de Futebol é detentora de vários recordes positivos. É a maior vencedora de Copas do Mundo, com 5 conquistas, sendo a única a vencer 2 vezes consecutivas e a chegar em 3 finais consecutivas. Além disso, o escrete brasileiro é o único que nunca deixou de participar de Copas do Mundo.

Todas essas conquistas e recordes foram conseguidos através de grandes gerações de jogadores que o país já teve. Entre os destaques, estão as gerações de 1970, 1982 e 2002.

Não apenas nessas gerações, mas também em outras, a seleção brasileira se notabilizou por jogar um futebol bonito, mais conhecido internacionalmente como “samba football”. Grandes craques representaram e muito esse estilo de jogo e o principal deles foi Pelé. O Rei do Futebol não apenas protagonizou grandes atuações, como foi o único jogador da história a vencer 3 Copas do Mundo.

Além de Pelé, outro craque também seguiu a tradição vencedora da seleção brasileira. Zagallo é considerado um verdadeiro patrimônio dentro do escrete canarinho, pois conseguiu vencer 4 das 5 Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil. Duas delas como jogador (58 e 52), uma como técnico (70) e outra como coordenador técnico (1994).

Porém, a seleção brasileira não viveu apenas de glórias, passando por algumas tragédias em sua história. As mais conhecidas são a de 2014, no apagão contra a Alemanha e a de 1950 contra o Uruguai, ambas em casa.

Inclusive, a seleção uruguaia é uma das grandes pedras no sapato do escrete canarinho, além da seleção argentina, que é considerada a maior rival. Ambas conseguiram o feito de conquistar mais Copas Américas do que o Brasil.

Entre seus principais títulos, a seleção brasileira conquistou 5 Copas do Mundo, 9 Copas América e 4 Copas das Confederações.

 

Surgimento e as primeiras décadas da Seleção Brasileira de Futebol

As origens do futebol praticado no Brasil vieram através dos pés dos ingleses que trouxeram o esporte para terras tupiniquins. Segundo estudos, foi Charles Muller quem trouxe o esporte bretão em 1894.

Em 1913, diversas partidas amistosas passaram a ser jogadas por seleções estaduais. Até que em 1914, foi criada a Seleção Brasileira de Futebol, juntando os principais jogadores do país. O primeiro jogo realizado pelo escrete brasileiro foi no dia 14 de junho daquele ano, no Estádio das Laranjeiras, contra a seleção do exercito inglês, em vitória por 2 a 0. Oswaldo Gomes marcou o primeiro gol da história da seleção brasileira e Osman marcou o segundo.

No mesmo ano, foi criada a entidade máxima do futebol brasileiro, a CBD, que anos depois passou a ser nomeada como CBF. Ainda em 1914, a seleção brasileira também conquistou o seu primeiro título, a extinta Copa Roca, em cima da rival Argentina. Inclusive, naquele período, a seleção albiceleste passou a ser uma das grandes rivais do Brasil, ao lado do Uruguai.

Em 1919, a seleção brasileira conquistou seu primeiro título de expressão, a Copa América em cima do Uruguai. Naquela competição, o atacante Arthur Friedenreich foi o grande destaque, sendo o artilheiro com 4 gols ao lado de Neco.

Em 1934, o escrete brasileiro participou de sua primeira Copa do Mundo, caindo na primeira fase para a Espanha. Em 1938, obteve um notável terceiro lugar, sob a liderança do craque Leônidas da Silva. Já no mundial de 1950, o Brasil ficou no quase e perdeu a final da competição disputada em casa.

Nessas primeiras décadas, a seleção brasileira ficou marcada por seus conflitos internos e brigas de federações locais. Inclusive, em alguns momentos, as federações de Rio de Janeiro e São Paulo se recusavam a liberar seus jogadores.

 

Símbolos da seleção brasileira: canarinho, símbolos e camisa

Um dos apelidos mais icônicos da seleção brasileira é “canarinho”, alcunha que foi conquistada através de uma marcante história. O escrete brasileiro, que havia aposentado seu uniforme branco após o vexame na Copa do Mundo de 1950, abriu inscrições para sugestões de um novo uniforme.

A camisa amarela foi escolhida para fazer parte do primeiro uniforme da seleção brasileira. Por sua principal camisa ser de cor semelhante à de um canário, o Brasil passou a ser chamado de seleção canarinho em 1954, apelidod dado pelo jornalista Geraldo José de Almeida.

O escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o qual a seleção brasileira carrega em sua camisa, tem a cruz de malta como destaque. Essa cruz é símbolo de cavaleiros hospitalários do século XIII. Já as cores presentes no emblema são referentes às cores da bandeira do Brasil, assim como o uniforme utilizado pelo escrete brasileiro.

1950-1970: O Brasil entra na rota das finais de Copa do Mundo

Após 12 anos paralisada, por conta da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo teve seu retorno em 1950. Foi justamente naquele ano em que o Brasil disputou sua primeira final do mundial, que ocorreu dentro de casa. Até por isso, havia muita expectativa em torno de um primeiro título, que foi por água abaixo em derrota para o Uruguai.

Oitos anos mais tarde, o escrete brasileiro voltou a disputar a sua segunda final da história e conquistou seu primeiro título. Feito esse que voltou a se repetir em 1962 e 1970.  Dessa forma, a Seleção Brasileira de Futebol disputou 4 finais das 6 Copas do Mundo nesse período, sendo a primeira tricampeã, motivo que a levou a ficar com a posse defintiva da taça Jules Rimet.

Nesse meio tempo, grandes jogadores vestiram a camisa da seleção brasileira, como Zizinho, Pelé, Garrincha, Jairzinho, Gérson, Tostão, entre outros. Os principais treinadores desse período foram Flávio Costa, Vicente Feola, Aymoré Moreira e Zagallo.

Copa de 1950: Seleção brasileira e o Maracanazo

Primeiro vexame do Brasil na final de 1950.

Depois de sentir o gosto de estar entre as principais seleções do mundo em 1938, o Brasil preparou um elenco ainda mais forte para 1950. Grandes jogadores haviam surgido naquele período. Como por exemplo, o goleiro Barbosa, Zizinho que era destaque no Flamengo e Ademir de Menezes, artilheiro do Vasco, também conhecido como Queixada.

De quebra, o Brasil teve a chance de sediar a Copa do Mundo de 1950, justamente porque os países europeus ainda estavam se reconstruindo após a Segunda Guerra. Dessa forma, o escrete brasileiro teve a chance de disputar a competição, sob o calor de sua torcida. Até por isso, o clima era de otimismo e o ambiente era favorável para um título brasileiro.

Repleta de expectativa, a seleção brasileira entrou para aquele mundial com um forte time base. Foram os encarregados de conquistar o primeiro título mundial para o Brasil, Sob o comando do técnico Flávio Costa, Barbosa; Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico

Na estreia da competição, o Brasil começou goleando o México por 4 a 0, mas na sequencia teve um pequeno tropeço, empatando em 2 a 2 com a Suíça. Porém, o escrete brasileiro deu a volta por cima e venceu a Iugoslávia por 2 a 0 no terceiro jogo.

Classificando-se para a segunda fase, um quadrangular final, o Brasil teve pela frente Suécia, Espanha e Uruguai. Contra os suecos, grande atuação e goleada por 7 a 1. No jogo seguinte, contra os espanhóis, mais uma grande vitória por 6 a 1. Naquele instante o mundo se rendia ao belo futebol do escrete brasileiro.

Tragédia na final contra o Uruguai

No jogo final do quadrangular contra o Uruguai, vindo de 2 vitórias no quadrangular final, a seleção brasileira precisava apenas de um empate para se sagrar campeã.

Com grandes atuações, o clima de “já ganhou” era grande entre os brasileiros e parecia que o título era questão de tempo. A torcida já levava os seus cartazes de campeão e os jornais já davam que o Brasil era campeão. Porém, o que se viu em campo foi algo diferente.

Após um primeiro tempo em branco, a seleção brasileira abriu o placar no início do segundo tempo com gol de Friaça. Os jogadores brasileiros estavam conseguindo segurar o resultado e o título estava cada vez mais próximo. Porém, os uruguaios Schiaffino e Ghiggia trataram de virar o jogo para a equipe celeste, nos últimos 25 minutos, não dando chances de reação ao Brasil.

O Maracanã, palco da final, de repente ficou calado. Todo o clima de euforia e festa entre os 200 mil presentes, logo se tornou um misto de choro e tristeza. O episódio ficou conhecido como “Maracanazo”.

Logo após recolher as lágrimas, o torcedor brasileiro passou a caçar os possíveis culpados pela eliminação e esse fardo sobrou para o goleiro Barbosa. Até porque, no segundo gol uruguaio, o arqueiro do Brasil foi enganado pelo atacante adversário que ameaçou cruzar, mas chutou direto no gol.

Embora tenha pagado eternamente o preço da eliminação, Barbosa não foi o único crucificado naquela copa. Sinal disso é que apenas 4 jogadores que estiveram no mundial de 1950, voltaram a ser convocados em 1954.

A Construção do Maracanã para a copa no Brasil

Conhecido como o Templo do Futebol, o estádio do Maracanã foi construído justamente para sediar a Copa do Mundo de 1950. Suas obras começaram em 1948, em cima de um terreno que funcionava o jockey club.

Então, no dia 16 de junho de 1950, o Maracanã foi inaugurado oficialmente com o nome de jornalista Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues. Mário Filho é conhecido por ter popularizado o futebol no Brasil. Já o nome “Maracanã” vem de uma ave muito popular do Brasil e inclusive, o bairro do estádio também passou a ser chamado assim.

O estádio com capacidade para 200 mil pessoas, o maior do mundo na época, recebeu o seu primeiro jogo no amistoso entre seleção paulista e carioca. Na ocasião, os paulistas venceram por 3 a 1 e o primeiro jogador a marcar no templo do futebol foi Didi, que representava os cariocas.

Copa de 1958: Brasil é campeão na Suécia!

Em 1958, a Seleção Brasileira de Futebol ainda buscava pelo seu primeiro título de Copa do Mundo, após bater na trave em 1950 e após dura derrota contra a Hungria em 1954. Para o mundial disputado na Suécia, o escrete brasileiro estava renovado e nomes de novos craques surgiram como Mazzola, Zagallo, Garrincha e o jovem Pelé.

Nomes que entraram para história do futebol brasileiro fizeram parte daquela seleção comandada por Vicente Feola. Naquela copa, o time-base do Brasil era: Gilmar; Djalma Santos, Orlando Peranha, Bellini, Nilton Santos; Zito, Didi; Garrincha, Zagallo (Pepe), Vavá (Mazzola) e Pelé.

Assim, a seleção brasileira estreava contra a Áustria, dando um verdadeiro show, em vitória por 3 a 0. Em seguida, o Brasil encarou a Inglaterra, em jogo difícil e o placar não saiu do zero. Precisando de um resultado positivo, o escrete brasileiro conseguiu boa vitória contra a União Soviética, com dois gols de Vavá.

O mundo passaria a conhecer “Pelé”

Classificado para as quartas de finais, o Brasil teve um difícil jogo pela frente, contra a seleção do País de Gales. A partida parecia que não iria sair do zero por causa das grandes defesas do goleiro Jack Kelsey. Mas naquele dia, Pelé começava a mostrar sua importância, marcando o único gol do duelo já no segundo tempo.

Na semifinal, a seleção brasileira não tomou conhecimento da seleção francesa e aplicou uma verdadeira goleada. O jogo foi 5 a 2 para o escrete canarinho, com 3 gols de Pelé. O garoto de apenas 17 anos, deixava de ser apenas um jogador promissor para se tornar a grande esperança do Brasil naquela copa.

A final era contra a forte seleção sueca de Nils Liedholm, que abriu o placar do jogo já no início. Porém, a seleção canarinho que naquele dia jogava de azul, tratou de reagir, com dois gols de Vavá e dois de Pelé. O jovem atacante provou que poderia ser o rei do futebol ao marcar um golaço, após aplicar um chapéu em cima de seu adversário. Zagallo fechou o placar com um tento no final e o Brasil venceu por 5 a 2.

Pela primeira vez o Brasil vencia a Copa do Mundo e o zagueiro Bellini foi quem levantou a taça, em uma imagem que se eternizou na história. Naquele ano, o mundo passou a conhecer Pelé, que popularizou a camisa 10, que até então não possuía a importância de hoje.

Copa de 1962: a copa de Garrincha

Já reconhecida no mundo todo, a Seleção Brasileira de Futebol voltava à Copa do Mundo com status de favorita. Na competição disputada no Chile, o Brasil teve poucas mudanças em seu elenco em relação ao mundial realizado na Suécia. Pelé continuava como protagonista, ao lado de craques como Garrincha e Zagallo, sendo que apenas Amarildo pintava como novidade.

Dessa forma a seleção treinada por Aymoré Moreira tinha o seguinte time-base: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nilton Santos; Zito, Didi; Zagallo, Garrincha, Vavá, Pelé (Amarildo).

Na estreia, uma vitória tranquila sobre o México, 2 a 0, com gols de Zagallo e Pelé. Porém, no segundo jogo, o Brasil teve um revés, pois Pelé sentiu a coxa por conta de uma séria lesão muscular, que acabaria por tira-lô daquela copa. Coube a Amarildo, o “Possesso”, substituir o camisa 10 naquele empate em 0 a 0 contra a Tchecoslováquia e no restante da competição. Inclusive, foi de Amarildo os dois tentos na vitória por 2 a 0 contra a Espanha na terceira partida.

Sem Pelé, o protagonismo da seleção ficou com Garrincha, que foi decisivo no jogo contra a Inglaterra nas quartas de finais. O craque das pernas tortas anotou dois gols na vitória por 3 a 1 sobre os ingleses. Voltou a repetir o mesmo feito também no triunfo em cima do Chile por 4 a 2 nas semi-finais.

Com Garrincha inspirado, a seleção brasileira chegava a mais uma final de Copa do Mundo. Nesse duelo, o adversário era um velho conhecido, a Tchecoslováquia, única seleção na qual o Brasil não havia vencido. Inclusive, o jogo começou complicado, pois os tchecos abriram o placar. Mas as grandes estrelas do escrete canarinho passaram a brilhar. Amarildo, Zito e Vavá anotaram os gols brasileiro, fechando o placar em 3 a1, garantindo o bicampeonato.

Copa de 1970: a Seleção Brasileira de Futebol composta por vários camisas “10”

Seleção Brasileira de Futebol conquista o tri em 1970.

Após vexame na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, em eliminação para Portugal do craque Eusébio, a Seleção Brasileira de Futebol ia para o México com a esperança do tri. Com um elenco bastante modificado, o escrete brasileiro tinha um velho conhecido no banco, Zagallo, que iniciava sua trajetória com treinador.

Zagallo tinha à disposição um time bastante ofensivo, com muitos jogadores que tinham um perfil de “camisa 10”. Gérson, Tostão, Rivellino, Jairzinho e Pelé, jogavam como “10” nos seus respectivos times e tinham condições de serem camisa 10 na seleção. Porém, esse número permaneceu com o Rei do Futebol. Coube a Zagallo arranjar espaço para todos no time titular.

Dessa forma, o forte elenco brasileiro era composto por: Felix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Rivellino, Jairzinho; Pelé e Tostão.

O início da trajetória do Brasil naquela copa foi em goleada por 4 a 1 contra a Tchecoslováquia. Em seguida, mais duas vitórias, 1 a 0 contra a Inglaterra e 3 a 2 em cima da Romênia.

Na fase quartas de finais, mais uma vitória tranquila, dessa vez contra a seleção peruana por 4 a 2. Na semifinal, outro tranquilo triunfo em cima de uma seleção sul-americana, 3 a 1 sobre o rival Uruguai. Dessa forma, o Brasil chegava a sua 4ª final de Copa do Mundo.

O duelo decisivo era contra a cascuda seleção italiana, que costuma ter um sistema defensivo muito sólido. Porém, o Brasil não tomou conhecimento disso e aplicou mais uma goleada na competição, 4 a 1, com gols de Pelé, Gérson, Jairzinho e Tostão. Além do Rei do Futebol, o escrete brasileiro contou com o protagonismo de outros jogadores.Foi o caso de Jairzinho, apelidado de “Furacão da Copa de 1970”, que marcou em todos os jogos daquela Copa do Mundo.

Conquista do tri como propaganda do regime militar

Daquela forma, o Brasil conquistava o seu tricampeonato mundial e ficou de maneira permanente com a taça Jules Rimet. Isso aconteceria com a primeira seleção que conquistasse 3 vezes a Copa do Mundo.

Com tamanha conquista, o regime militar que comandava o Brasil, usou esse fato como propaganda para alavancar seu governo. Nesse contexto, ocorreu a elaboração da marcha “Pra Frente Brasil” e também a ampla exploração da conquista da seleção após o retorno do México.

1971-1993: Seleção brasileira e a seca de títulos e finais

Depois de conquistar o tri da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira de Futebol passou por um período de seca de mais de 20 anos, algo incomum para quem estava acostumado a vencer nas últimas décadas. Seus melhores resultados foram apenas o 4º lugar no mundial de 1974 e a 3ª posição em 1978. Além disso, como título mais relevante, o escrete canarinho faturou apenas a Copa América de 1989.

Nesse período, a seleção brasileira teve a sua melhor geração em 1982, que é considerada inclusive, uma das melhores de todos os tempos. Telê Santana comandava um grupo altamente técnico que jogava um futebol bonito e encantava o mundo. Porém, aquele elenco ficou marcado por ter fracasso na copa.

O que serve de conforto nessa época de vacas magras, é que o Brasil conseguiu chegar pela primeira em uma final com sua seleção olímpica. Inclusive, faturou duas medalhas de prata em 1984 e 1988.

Também na década de 1980, a seleção brasileira começou a ter mais estrutura e passou a se modernizar mais. Tanto que em 1987, foi inaugurada a Granja Comary, no Rio de Janeiro, que até hoje é sede dos treinamentos do Brasil.

Mesmo num período de poucas conquistas, o Brasil contou com grandes jogadores. Jogadores como Zico, Falcão, Sócrates, Toninho Cerezo, Careca, dentre outros, escreveram seus nomes na história do futebol brasileiro, embora sem conquistaras pela seleção. Talvez essa seja uma das gerações mais injustiçadas do futebol brasileiro.

Copa de 1974: Com elenco renovado, Seleção Brasileira de Futebol não encanta

Para a Copa do Mundo de 1974, disputada na Alemanha, a Seleção Brasileira de Futebol precisou de uma verdadeira renovação em seu elenco. Pelé que era o principal jogador em 1970 já estava em final de carreira e se despediu da seleção pouco depois da copa do México. Em relação ao último mundial, apenas Rivellino, Jairzinho e Piazza permaneceram no escrete canarinho.

Com elenco renovado e repleto de novos craques, o escrete brasileiro contou com: Leão; Zé Maria, Luís Pereira, Marinho Peres, Marinho Chagas, Carpeggiani, Rivellino, Paulo César, Valdomiro, Jairzinho e Dirceu. O time continuou sendo comandado por Zagallo, que modificou um pouco o esquema da equipe, que passou a contar com 3 zagueiros.

Na estreia, a seleção brasileira empatou em 0 a 0 com a Iugoslávia, em jogo bastante amarrado. Na segunda partida, mais um duelo difícil que não saiu do zero, dessa vez contra a Escócia. Porém, no terceiro, o Brasil deu a volta por cima e venceu a fraca seleção de Zaire por 3 a 0.

Dessa forma, a seleção brasileira garantiu vaga para uma segunda fase de grupos, com Holanda, Alemanha e Argentina. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 em cima dos donos da casa. Em seguida, mais um triunfo, dessa vez contra os rivais argentinos, em placar de 2 a 1. Mas, na última partida, o Brasil perdeu para o carrossel holandês de Cruyff por 2 a 0.

Como o Brasil fechou em segundo no seu grupo, teve a chance de disputar o 3º lugar contra a Polônia. Porém, os poloneses venceram por 1 a 0 e a seleção brasileira ficou com apenas o quarto lugar.

Copa de 1982: a seleção brasileira mágica comandada por Telê Santana

Após ficar no “quase” nas copas anteriores, a Seleção Brasileira de Futebol estava renovada para  a Copa de 1982 na Espanha. Telê Santana, que era o técnico mais badalado do momento, se encarrou dirigir o escrete brasileiro, com a missão de implantar um futebol ofensivo.

Essa não seria uma missão muito difícil, pois a seleção brasileira contava com verdadeiros craques como Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Dessa forma, o Brasil passou a jogar um futebol de encher os olhos antes mesmo de chegar à Espanha, passando a ser o grande favorito daquela copa.

Entre tantos craques, o Brasil possuía um forte elenco que tinha como base: Valdir Peres; Leandro, Oscar, Luisinho, Júnior; Cerezo, Falcão, Sócrates, Zico; Serginho e Éder.

Mas ao contrário do que muitos pensavam, a seleção brasileira teve dificuldades em seu primeiro jogo. Contra a União Soviética, a vitória só veio no final, em virada por 2 a 1, com direito a gols de Sócrates e Éder no pagar das luzes. Porém nas duas partidas seguintes, o Brasil venceu Escócia e Austrália por 4 a 1 e 4 a 0, respectivamente.

Dando um verdadeiro show de futebol, a seleção brasileira enchia o torcedor de expectativas. Inclusive, na segunda fase de grupos, o Brasil venceu a Argentina com tranquilidade, 3 a 1.

No jogo que ficou conhecido como a tragédia do Sarriá, o Brasil tinha como missão enfrentar a sólida defesa da seleção italiana. Logo de cara, um susto, Paolo Rossi abriu o placar do jogo, mas Sócrates empatou. Em seguida, novamente Rossi fez mais um para a Azurra e Falcão tratou de empatar mais uma vez. Porém, Paolo Rossi deu números finais ao jogo, se tornando um dos maiores carrascos da história do Brasil e a partida uma das mais dolorosas na memória do torcedor brasileiro.

Copa de 1990: Seleção Brasileira de Futebol cai para a Argentina com água batizada

Gol de Caniggia que eliminou o Brasil em 1990.

Depois da decepção em 1982, o Brasil voltou a decepcionar em 1986 no México, ainda sob comando de Telê Santana, após dramáticas cobranças de pênaltis contra a França, nas quartas de finais. Por isso, a Seleção Brasileira de Futebol renovava mais uma vez o seu elenco para a disputa da Copa do Mundo de 1990 na Itália. Taffarel surgia como o goleiro titular, seguido por outras novidades como Jorginho, Dunga, além de Romário e Bebeto (estes 2 últimos, como reservas).

Antes mesmo daquela copa, a seleção brasileira já vinha sendo contestada, principalmente por ter em seu comando o técnico Sebastião Lazaroni. A torcida brasileira já questionava o treinador por conta de algumas ausências na convocação. Entre elas, o meia Neto, que havia conquistado o Campeonato Brasileiro com o Corinthians naquele mesmo ano.

Dessa forma, o time base da seleção para aquela copa era: Taffareal; Ricardo Gomes, Mozer, Mauro Galvão; Jorginho, Dunga, Alemão, Branco; Valdo; Careca e Muller.

Na estreia, o artilheiro Careca tratou de anotar os dois gols em vitória apertada por 2 a 1 contra a Suécia. Nos dois jogos seguintes, mais placares magros, dessa vez por 1 a 0, contra Costa Rica e Escócia, com Müller marcando em ambos os duelos.

Com um futebol nada empolgante e pragmático, a seleção brasileira se classificou para enfrentar a rival Argentina nas oitavas de finais. Naquele jogo em específico, o Brasil conseguiu pressionar os hermanos, mas desperdiçou muitas chances e a partida se encaminhava para um 0 a 0. Porém, nos 10 minutos finais, o atacante Caniggia marcou para a Argentina, adiando o sonho do tetra.

Entretanto, aquele jogo não ficou marcado apenas pela frustação da eliminação da seleção brasileira, mas também por uma polêmica extracampo. Anos depois daquela copa, Diego Maradona confessou que o massagista da seleção argentina trocou a água do lateral esquerdo Branco por uma “água batizada”. Dessa forma, o jogador brasileiro teria tido seu desempenho prejudicado.

1994-2006: Seleção Brasileira de Futebol volta a dominar o mundo

O ano de 1994 foi histórico para a Seleção Brasileira de Futebol, pois marcava o fim de uma era difícil para o futebol brasileiro. Com o surgimento de novos craques e a presença de importantes jogadores remanescentes de 1990, o Brasil voltou a viver os seus melhores dias.

Grandes jogadores como Bebeto, Romário, Ronaldinho, Rivaldo, entre outros, apareceram com a camisa canarinho para tomar conta do mundo. Por causa desses craques, o futebol brasileiro voltou a ter prestígio no final da década de 1990 e inicio dos anos 2000. Inclusive, entre 1994 e 2002, a seleção brasileira chegou 3 finais de Copas do Mundo seguidas, vencendo duas, um feito inédito na história.

Entre os técnicos que passaram naquele período, a dupla Parreira e Zagallo foi a que mais comandou a seleção brasileira. Entre 1994 e 2006, a única exceção em relação à dupla, foi Luiz Felipe Scolari, que comandou o escrete brasileiro em 2002.

Copa do Mundo de 1994: Seleção brasileira campeã nos EUA

Sob muita desconfiança, a Seleção Brasileira de Futebol chegava à Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos. Mais uma vez, seu elenco sofreu outra drástica modificação, tanto que de 1990 permaneceram apenas Taffarel, Dunga, Branco e Jorginho no time titular.

Novos craques surgiram naquela seleção, marcando uma nova geração do futebol brasileiro. Capitaneado pela dupla Bebeto e Romário, o escrete canarinho contou com outros jogadores altamente técnicos como o lateral Leonardo e os meias Zinho, Raí e Mazinho. Porém, mesmo com tantos talentos no plano ofensivo, Carlos Alberto Parreira optou por um futebol pragmático, que, no final das contas, deu certo.

Assim, o elenco brasileiro contou com o seguinte time base: Taffarel; Jorginho, Marcio Santos, Ricardo Rocha (Aldair), Leonardo (Branco); Mauro Silva, Dunga, Zinho, Raí; Bebeto e Romário.

Logo de cara, a seleção brasileira venceu a Rússia em seu jogo de estreia por 2 a 0. Em seguida, mais uma vitória tranquila, dessa vez por 3 a 0 sobre Camarões. Para fechar a primeira fase, o Brasil empatou com a Suécia em 1 a 1.

Nas oitavas de finais, um jogo amarrado contra os Estados Unidos, que só não passou em branco, porque Bebeto marcou na reta final do segundo tempo. Nas quartas de finais, aconteceu uma das partidas mais emblemáticas daquela copa. Já na etapa final, Bebeto e Romário abriram 2 a 0 sobre a Holanda, que tratou de empatar minutos depois. Mas faltando 9 minutos para o fim, Branco bateu uma falta rasteira forte que parou no fundo do gol.

Dessa forma, o Brasil estava classificado para a semifinal, quando enfrentou mais uma vez a Suécia. Em outro jogo amarrado contra os suecos, Romário marcou o único gol do duelo e mais uma vez na bacia das almas.

Final contra a Itália e o pênalti de Baggio

Na decisão, o Brasil encontraria mais uma vez, uma histórica adversária, a Itália, contra a qual a seleção brasileira venceu em 1970 e perdeu em 1982. Naquela copa, as duas seleções se mostravam conservadoras em seu estilo de jogo, até por isso, a partida foi bastante amarrada. Dessa forma, o duelo foi para a prorrogação e depois pênaltis.

Nas penalidades, Marcio Santos perdeu sua cobrança, mas contou com a sorte, pois Baresi também havia feito o mesmo. Na sequência, Romário, Branco e Dunga converteram as suas cobranças e Taffarel fez importante defesa. Faltava apenas a cobrança de Roberto Baggio, que respirou fundo, partiu para a bola e a mandou por cima do gol.

Aquele erro de Baggio foi a libertação da seleção brasileira, que após 24 anos vencia um título de Copa do Mundo. Os gritos de “É tetra!” ecoam até hoje no imaginário brasileiro.

Copa de 1998: Seleção Brasileira de Futebol é frustrada pela dona da casa

Após a euforia do título de 1994, a Seleção Brasileira de Futebol surgia com um elenco considerado mais forte para o mundial de 1998 na França. Estrelas como Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Cafu eram as novas sensações do escrete brasileiro. A única baixa foi Romário, que havia sido cortado daquela copa por uma lesão muscular.

Esses craques se uniram a outros jogadores remanescentes da Copa do Mundo de 1994, como Bebeto, Leonardo, Dunga e Aldair. Numa mistura de gerações, o time base da seleção brasileira ficou assim: Taffarel; Cafu, Júnior Baiano, Aldair, Roberto Carlos; César Sampaio, Dunga, Leonardo, Rivaldo; Bebeto e Ronaldo. Esse elenco foi comandando por um velho conhecido, Zagallo, que havia sido campeão como técnico em 1970.

Apesar do forte elenco, o Brasil não teve um início de copa muito tranquilo, pois já na estreia venceu a Escócia no sufoco, por 2 a 1. Porém, a partida seguinte foi mais favorável, com vitória sobre o Marrocos por 3 a 0. Com a classificação garantida, a seleção brasileira perdeu para a Noruega no terceiro jogo, pelo placar de 2 a 1.

Apesar de uma fase de grupos conturbada, o Brasil não teve dificuldades de golear o Chile por 4 a 1 nas oitavas de finais. Porém, nas quartas, a seleção brasileira teve trabalho para eliminar a Dinamarca em apertado placar de 3 a 2, com gol marcado por Ronaldo no final do jogo.

Na semifinal, mais um confronto contra a Holanda e assim como no mundial anterior, o duelo foi muito equilibrado. Após Ronaldo abrir o placar para a seleção brasileira, Kluivert empatou para os holandeses no final partida. O resultado de 1 a 1 se manteve e jogo foi para as penalidades. Nas cobranças, Taffarel brilhou e fez duas defesas que classificaram o Brasil.

Final apagada contra a França e polêmica convulsão de Ronaldo

Ás vésperas da final da Copa do Mundo contra a França, o elenco brasileiro passou por um verdadeiro susto. Enquanto estava descansando durante a noite na concentração, Ronaldo sofreu uma inesperada convulsão. Seus companheiros de time entraram em desespero e coube a César Sampaio desenrolar a língua do fenômeno.

A expectativa era de que Ronaldo não entrasse mais em campo naquela copa, tanto que Zagallo havia anunciado a escalação de Edmundo para aquela partida. Porém, um pouco antes do jogo, o fenômeno disse que estava apto a jogar e foi autorizado pelos médicos.

Dessa forma, Ronaldo entrou em campo, mas não brilhou na partida. O protagonismo da decisão ficou com Zinedine Zidane, que marcou dois gols na vitória francesa por 3 a 0. Aquele seria um dos jogos mais polêmicos da história do futebol, levantando teorias da conspiração sobre a convulsão do então melhor do mundo.

Copa de 2002: com elenco estrelado, seleção brasileira leva o penta!

Seleção Brasileira de Futebol conquista o pentacampeonato mundial.

Mesmo com derrota vexatória para a França na final da Copa do Mundo de 1998, a Seleção Brasileira de Futebol ainda era uma das favoritas em 2002. Até porque, conseguiu manter seus principais craques como Ronaldo, Rivaldo e Roberto Carlos. Além disso, ainda passou a contar com outros protagonistas como o goleiro Marcos e a estrela em ascensão Ronaldinho Gaúcho. No banco, ainda estava um jovem Kaká.

Inclusive, Luiz Felipe Scolari teve à sua disposição, brilhantes jogadores que conquistaram ou viriam a conquistar a Bola de Ouro. Ronaldo e Rivaldo já haviam conquistado o prêmio e Ronaldinho Gaúcho e Kaká viriam a conquistar nos anos seguintes. Então, contando com esses craques, Felipão montou um time que mesclava um bonito futebol com uma defesa sólida.

Portanto, o time base da seleção brasileira foi o seguinte: Marcos; Lúcio, Edmilson, Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista, Roberto Carlos; Ronaldinho; Rivaldo e Ronaldo.

Aquela seria a primeira Copa do Mundo realizada na Ásia, sendo sediada inclusive, em dois países, Japão e Coréia do Sul. Por conta disso, muitos torcedores brasileiros dificuldades de ver os jogos da seleção por conta do fuso horário, tendo que se virar para assistir aos jogos de madrugada.

Porém, os torcedores mais assíduos viram uma seleção brasileira com muita raça em campo, que logo na estreia virou o jogo para cima da Turquia. Na sequência, goleou a China por 4 a 0 e a Costa Rica por 5 a 2. Dessa forma, o Brasil passava de maneira tranquila em seu grupo.

Nas oitavas de finais, o Brasil passou pela Bélgica sem muitas dificuldades por 2 a 0. Já nas quartas, um duelo difícil contra a boa geração inglesa, com Michael Owen abrindo o placar para os ingleses. Porém, Rivaldo empatou para o Brasil e Ronaldinho Gaúcho virou o jogo com um golaço de falta. Na semifinal, mais um triunfo apertado em cima da Turquia, pelo placar de 1 a 0.

Final contra a Alemanha: Ronaldo e Rivaldo brilham

Na decisão contra a Alemanha, o Brasil contava com uma dupla que vinha se destacando naquela copa, Ronaldo e Rivaldo. O fenômeno era o definidor das jogadas, enquanto Rivaldo era o construtor. Por isso, ambos se completavam, formando uma excelente dupla de ataque.

Após um primeiro tempo que passou em branco, a seleção brasileira procurava furar o bloqueio da Alemanha. Inclusive, os alemães chegaram a assustar o Brasil em alguns momentos da partida. O jogo se encaminhava para a prorrogação, até que a estrela de Ronaldo brilhou e o fenômeno marcou dois gols nos últimos 20 minutos da decisão.

Além de ajudar o Brasil a conquistar o penta, Ronaldo foi artilheiro da competição, com oito gols. Já Rivaldo anotou 5 gols, sendo um dos artilheiros da seleção, além de um grande líder técnico.

Copa 2006: Seleção brasileira frusta com “Quadrado mágico”

Em 2006 na Alemanha, a Seleção Brasileira de Futebol chegava àquela Copa do Mundo com um dos maiores favoritismos de sua história. Ronaldo e Ronaldinho se mantiveram na equipe e passaram a contar com a parceria de Kaká em grande fase e Adriano Imperador. Dessa forma, esses quatro jogadores formaram o famoso “quadrado mágico”.

Muitos acreditavam que aquela seleção jogaria praticamente no modo automático, por contar com tantas estrelas. Assim, segundo essa lógica, Parreira teria poucas dificuldades para treinar aquela seleção.

O estrelado elenco brasileiro contava em seu time base com: Dida, Cafu, Lúcio, Juan, Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká, Ronaldinho; Ronaldo e Adriano.

Na fase de grupos, o Brasil encarou fracas seleções e não teve dificuldades para se classificar. Estreou vencendo a Croácia por 1 a 0 e engatou vitórias contra Austrália e Japão, por 2 a 0 e 4 a 1, respectivamente.

Nas oitavas de finais, o Brasil teve mais um duelo considerado fácil e bateu a seleção de Gana por 3 a 0. Já nas quartas de finais, o escrete brasileiro encarou a poderosa França, em uma chance de revanche por conta de 1998. Porém, os franceses venceram mais uma vez, com gol solitário de Thierry Henry.

Naquela copa, um dos maiores favoritismos da história do futebol se tornou um dos maiores vexames. Por conta dessa decepcionante campanha no mundial, muitas teorias foram levantadas sobre o que poderia ter dado de errado nos bastidores. Muitos acreditam que Parreira não conseguiu dominar um vestiário repleto de estrelas que eram difíceis de lidar.

2007 a 2021: sem grande geração, coleção de fracassos

A geração de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Adriano dava por encerrada. Até a Copa de 2010, Ronaldo e Rivaldo já estavam em fase final de carreira; Ronaldinho Gaúcho estava longe do seu auge ténico; Adriano convivia com problemas extracampo. Com isso, a esperança do penta passou a estar nos pés de  uma nova geração com jogadores como Robinho, Luís Fabiano, Kaká e Neymar.

Porém, esses craques não conseguiram engrenar com a seleção e apenas Neymar ainda permanece como grande protagonista. Até agora, essa nova geração do Brasil conseguiu como melhor resultado apenas um 4º lugar em 2014, resultado muito aquém da tradicional camisa amarela.

Entre os treinadores nesse período, apenas Tite se manteve após uma Copa do Mundo. Dunga teve duas passagens, sendo que a segunda foi sem sucesso e Felipão esteve à frente da seleção no vexame de 2014.

Copa de 2010: com Dunga no comando, Seleção Brasileira de Futebol perde o encanto

Para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, a Seleção Brasileira de Futebol contava com uma nova geração de jogadores. Comandada por Kaká e Robinho, remanescentes de 2006, a seleção canarinho também passou a contar com Luís Fabiano, Ramires, Marcelo, Daniel Alves e o então melhor goleiro do mundo, Júlio César.

Dessa forma, seleção brasileira contava com o seguinte time-base: Júlio César; Maicon (Daniel Alves), Lúcio, Thiago Silva, Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Ramires), Kaká; Robinho e Luís Fabiano. O elenco comandado por Dunga costumava jogar de maneira pragmática, assim como a seleção de 1994, quando o treinador foi capitão.

Aquele grupo, embora jogasse de forma pragmática, era vitorioso, pois havia conseguido vencer a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009. Mas, para aquela Copa do Mundo, muitos ainda questionavam Dunga, principalmente por não ter convocado Neymar e Ganso, jovens jogadores que brilhavam pelo Santos na época. Dunga pouco ouviu as críticas e o resultado naquele mundial foi decepcionante.

De início, o Brasil até que conseguiu passar com facilidade em seu grupo que tinha Portugal, Costa do Marfim e Coréia do Norte. Nas oitavas de finais, mais uma classificação tranquila, dessa vez por 3 a 0 contra o Chile.

Porém, na fase seguinte, o Brasil teria o seu maior desafio daquela copa, a Holanda de Robben e Sneijder. O escrete brasileiro até que começou bem a partida, com gol de Robinho. Mas com a falha e expulsão de Felipe Melo, os holandeses conseguiram virar o jogo com dois tentos de Sneijder.

Copa de 2014: Seleção brasileira dá o maior vexame  da história em casa

Após decepção na copa de 2010, a Seleção Brasileira de Futebol procurou renovar o seu grupo e seus bastidores. Mano Menezes chegou para assumir a seleção, mas não obteve sucesso e dessa forma, dois campeões mundiais voltaram ao comando técnico. Felipão assumiu como treinador e Parreira se tornou coordenador técnico.

Assim, todas as energias estavam renovadas para a disputa da Copa do Mundo de 2014 em casa. Além disso, o Brasil contava com um grande protagonista, Neymar, então, um dos melhores jogadores do mundo.

Além de Neymar, a seleção brasileira vinha repleta de jogadores em boa fase. Aquele elenco contava com: Júlio César, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar; Hulk, Neymar e Fred.

Um ano antes da copa, o clima era de muito otimismo, pois o Brasil havia batido a então atual campeã mundial Espanha, na final da Copa das Confederações 2013. Porém, às vésperas do mundial, esse clima passou a mudar e o que se via eram manifestações e insatisfação dos brasileiros por conta da política do país. Muitos chegaram a torcer contra a seleção, alegando que uma vitória brasileira, seria uma maneira de maquiar os problemas que o país enfrentava.

Mesmo em clima conturbado, a seleção brasileira se classificou com facilidade para as oitavas de finais, dentro do possível. Em um grupo que contava com Croácia, Camarões e México, o Brasil empatou apenas com os mexicanos.

Nas oitavas de finais, a situação mudou e o clima nebuloso retornava ao elenco brasileiro. Contra o Chile, um jogo tenso e empate em 1 a 1, que foi para as penalidades, com direito a choro de Thiago Silva na hora de bater sua cobrança. Nas quartas, vitória difícil por 2 a 1 contra a Colômbia e séria lesão de Neymar, que o afastou da copa.

Apagão e vexame no Mineirão

Na semifinal, o Brasil tinha pela frente a Alemanha, a grande sensação daquela copa, que vinha com uma forte geração. Além disso, a situação brasileira já não era das melhores, pois havia perdido Neymar e Thiago Silva para o duelo.

Nos minutos iniciais, o jogo parecia um pouco amarrado, mas os alemães tiraram o zero do placar aos 11 minutos. Mas, esse fator era considerado normal e o Brasil poderia até pensar em empatar o jogo. Porém, o que poucos esperavam era que o escrete brasileiro sofresse um verdadeiro apagão em campo. Num período de 6 minutos, a Alemanha marcou 4 gols e destruiu as esperanças do hexa.

Com o Brasil cambaleante, a Alemanha ainda marcou mais dois gols e Oscar diminuiu para a seleção brasileira. O 7 a 1 foi um dos maiores vexames do futebol brasileiro e ficou conhecido como “Mineiraço”, em alusão ao Maracanazo de 1950.

Assim, o que restava para o Brasil era apenas a disputa do 3º lugar. Porém, ainda sob a ressaca do 7 a 1, apenas os reservas foram para campo. O resultado disso foi mais uma goleada sofrida, dessa vez 3 a 0 para os holandeses.

Seleção Brasileira de Futebol Olímpica 2016: finalmente a medalha de ouro

Seleção Brasileira de Futebol conquista seu inédito ouro olímpico.

Tentando se esquecer do vexame na Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira de Futebol tentava se concentrar em seu único torneio que não possuía título:as Olimpíadas. Assim como a copa, essa competição também era realizada em casa, mais precisamente no Rio de Janeiro.

Em um elenco repleto de jovens, Tite seria o comandante, porém ainda não havia assumido a seleção de maneira oficial e esse posto coube a Rogério Micale. Neymar foi convocado para ser a referência técnica da seleção naquele campeonato, que era tido como uma obsessão. Outros craques também viviam grande fase naquele ano e foram protagonistas daquele time, como Gabriel Barbosa (Gabigol), Luan e Gabriel Jesus.

Dessa forma, aquele elenco contava como time-base: Weverton; Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos, Douglas Santos; Walace, Renato Augusto; Luan, Neymar, Gabriel Jesus e Gabriel.

Embora tenha empatado em 0 a 0 com seleções fracas como África do Sul e Iraque, o Brasil goleou a Dinamarca por 4 a 0e garantiu vaga para o mata-mata. Na sequencia, passou com facilidade por Colômbia e Honduras, com placares de 2 a 0 e 6 a 0, respectivamente.

Na decisão, um clima de revanche tomava conta do jogo, mesmo que a Alemanha não tivesse seu time principal. Em um jogo marcado por muita pressão, Neymar abriu o placar, mas viu os alemães empatarem no segundo tempo. Nas penalidades, o Brasil converteu todas as suas cobranças e Peterson errou para a Alemanha. Dessa forma, o escrete brasileiro conquistava seu inédito ouro olímpico.

Copa 2018: Na 1ª Copa da “Era Tite”, frustração

Na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, a Seleção Brasileira de Futebol estava mais confiante após o triunfo de 2016. Tite era um técnico incontestável e Neymar continuava sendo a referência técnica. Poucos jogadores que jogaram em 2014 permaneceram na seleção, sendo eles Thiago Silva, Fernandinho, Marcelo, Willian e Paulinho. Basicamente, o time do “apagão” havia sido “cancelado”.

Assim, a seleção brasileira foi para aquela copa com: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda, Marcelo; Casemiro, Paulinho, Philippe Coutinho; Neymar, Willian e Gabriel Jesus.

Na estreia, o Brasil mostrou um futebol aquém do esperado e empatou em 1 a 1 com a Suíça, que era muito sólida defensivamente. O segundo jogo foi ainda mais tenso, 2 a 0 em cima da Costa Rica, com dois gols marcados nos acréscimos. A terceira partida foi a única tranquila do grupo, 2 a 0 contra a Sérvia.

Dessa forma, a seleção brasileira se classificava para as oitavas de finais para encarar uma histórica pedra no sapato, o México. Porém, o Brasil não teve muitas dificuldades e venceu por 2 a 0.

Com vaga nas quartas, o Brasil tinha pela frente a boa geração belga, o primeiro grande desafio naquela copa. Naquele jogo, ficaram evidenciadas as dificuldades do escrete brasileiro, que não segurou a bronca. Mesmo com a reação no final, com gol de Renato Augusto, a seleção brasileira não conseguiu o empate e saiu derrotada por 2 a 1.

Fernandinho foi o grande “cancelado” daquela copa, pois marcou o gol contra que abriu o placar em favor da Bélgica. O técnico Tite também foi muito criticado, por ter convocado Paulinho e Renato Augusto, que atuavam no fraco futebol chinês. Nem mesmo Neymar foi poupado, pois esteve abaixo naquela competição, muito por conta de uma séria lesão da qual estava se recuperando.

Seleção brasileira x Argentina: a principal rivalidade do futebol mundial?

Adriano marca gol icônico da Seleção Brasileira de futebol contra a Argentina.

A rivalidade entre Brasil e Argentina ultrapassa as fronteiras do futebol e é muito mais antiga do que imaginávamos. Tudo começou com a rixa entre portugueses e espanhóis no Tratado de Tordesilhas e quando Brasil e Argentina se tonaram nações independentes, essa sina continuou. Logo depois, ocorreu o primeiro grande confronto entre os dois países, a Guerra da Cisplatina.

Assim, a rivalidade entre nações se estendeu para o futebol. Já no primeiro jogo entre os dois países, houve muito equilíbrio, com vitória argentina por 3 a 2. Na sequência, ambas tiveram alguns jogos históricos. Um deles foi o primeiro duelo entre as duas seleções em Copas do Mundo, que teve vitória brasileira por 2 a 1, na Copa de 1974.

Na copa de 1978, as duas seleções protagonizaram a batalha de Rosário, que terminou em 0 a 0, sob muita violência e polêmica. A Argentina levou aquela competição, embora sob suspeita de ter se beneficiado irregularmente.

Já em 1990, mais um jogo icônico, marcado pela a água batizada de Branco na fase oitavas de finais. Porém em 2004, numa Copa América, o Brasil deu o troco sob muita emoção. Os Hermanos venciam a final da competição por 2 a 1 até o minuto final, mas os brasileiros empataram com gol de Adriano e decidiram nos pênaltis.

No retrospecto entre as duas seleções até 2020, o Brasil leva pequena vantagem com 43 vitórias contra os argentinos, que possuem 38 triunfos. As duas equipes empataram em 25 oportunidades, com 106 jogos disputados e 323 gols marcados.

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