Santos FC

46 Títulos Oficiais
6.3 Milhões de Torcedores
Santos FC- escudo
Santos Futebol Clube Santos - SP - Brasil
Fundação 14 de abril de 1912
Estádio / Capacidade Vila Belmiro / 16.068
Apelidos Peixe, Alvinegro Praiano
Principais rivais Corinthians / Palmeiras / São Paulo
Apelido da torcida Santista / Alvinegro
Mascote Baleia
Libertadores

1962, 1963, 2011

Mundial de Clubes

1962, 1963

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Mundiais

Competição Títulos Temporada
Copa Intercontinental 2 1962, 1963
Recopa Intercontinental 1 1968

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Copa Libertadores da América 2 1962, 1963
Copa Conmebol 1 1998
Recopa Sulamericana 1 2012
Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais 1 1968

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Brasileiro 8 1961, 1962, 1963Cscr-featured.svg, 1964Cscr-featured.svg, 1965Cscr-featured.svg, 1968, 2002, 2004
Copa do Brasil 1 2010

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Torneio Rio–São Paulo 5 1959, 1963, 1964, 1966, 1997
Taça dos Campeões Rio-São Paulo 1 1956
Campeonato Paulista 22 1935, 1955, 1956Cscr-featured.svg, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973, 1978, 1984, 2006, 2007, 2010, 2011, 2012, 2015, 2016

História

Santos FC: O clube do Rei Pelé

O Santos FC é considerado um dos maiores clubes da história do futebol mundial, sendo um brasileiro recordista em conquistas de Libertadores, com 3 troféus da competição em sua galeria. Além disso, o clube revelou para o planeta o maior jogador de todos os tempos, Pelé, que é considerado o Rei do Futebol. O craque foi a grande estrela do elenco santista que foi capaz de parar uma guerra civil na Nigéria em 1969. Naquele período, o time do Santos era uma sensação, sendo um dos mais incríveis de todos os tempos, com amplo domínio no Brasil e no mundo.

Aquele elenco santista era formado em sua maioria por jogadores da base e essa tradição permaneceu com o passar dos anos. Durante décadas, o Peixe revelou grandes craques, como o próprio Pelé, Pepe, Coutinho, Robinho, Neymar, entre outros. Graças a esses gênios da bola, o alvinegro praiano jamais foi rebaixado para a 2º divisão do futebol brasileiro. O clube também é o segundo maior campeão do Brasileirão com 8 troféus conquistados e ocupa a mesma posição em títulos paulistas, com 22 conquistas.

 

Quando foi a fundação do Santos Futebol Clube?

Primeira formção do Santos FC.

No dia 14 de abril de 1912 foi fundado o Santos FC por iniciativa de três esportistas da cidade, Francisco Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior. O clube tinha como objetivo as práticas do futebol, um esporte que estava dando seus primeiros passos no Brasil. Ambos os fundadores fizeram uma reunião inaugural com 39 participantes, que se tornaram também sócio-fundadores.

De imediato, o nome do clube foi motivo de dúvidas para os sócios e sugestões foram apresentadas. Nomes como Brasil Atlético, Euterpe e Concórdia foram sugeridos, mas todos optaram por Santos Foot-Ball Club.

Naquela época, a cidade de Santos estava em constante expansão, por causa das diversas famílias estrangeiras que vinham pelo porto da cidade, que também era ponto turístico. Por causa disso, era viável criar um clube de futebol em um local com grande crescimento urbano e que já contava com outras duas equipes como o Club Atlético Internacional e o Sport Club Americano.

 

Símbolo, escudo e cores

Um ano após a sua fundação, o Santos FC adotou a cor alvinegra em seu uniforme e também em seu escudo, após as cores azul e dourado não darem certo.  Em 1915, o clube usou o nome de União FC para disputar o Campeonato Paulista e seu primeiro distintivo era todo preto com uma faixa contendo as iniciais “UFC”. Apenas em 1942, um novo emblema foi criado, com um fundo todo branco, com as iniciais “SFC” entrelaçadas.

Mas, esse último escudo não foi aprovado e passou por transformação dois anos depois, tomando a forma como conhecemos hoje, com as iniciais “SFC”, listras pretas e uma bola acima. A partir de 1968, foram inseridas duas estrelas em alusão ao bicampeonato mundial do clube.

Após a decisão das cores, uniforme e símbolo do clube, faltava apenas adoção de um mascote para a equipe, o que ocorreu por acaso. Em 1933, no primeiro jogo do Santos contra o São Paulo da Floresta, os santistas foram chamados pejorativamente de “Peixeiros”, porém usaram esse apelido para adotar o peixe como mascote.

Então, na década de 1950 foi sugerido que o clube adotasse outro animal marinho para ser seu mascote oficial. A baleia foi escolhida por representar força e domínio, sendo desenhada como símbolo do Santos pelo cartunista Messias de Melo.

 

(1912–1955) As primeiras décadas do Santos

Elenco do Santos FC em 1915.

Em 1913, com apenas um ano de fundação, o Santos FC foi convidado pela Liga Paulista para a disputa do Estadual. Porém, o primeiro jogo da equipe não foi um dos mais felizes, já que o Peixe foi goleado pelo Germânia por 8 a 1. Mas nem tudo foi ruim naquele ano para a equipe, que conquistou o seu primeiro título, o Campeonato Santista.

Com o nome de União FC, por questões legais, o Santos voltou para o Campeonato Paulista em 1915. Naquela equipe, os defensores Américo e Arantes; o meia Oscar e o atacante Marba foram os grandes destaques, além do artilheiro Ary Patusca que veio da Inter de Milão.

No decorrer dos anos, Ary Patusca foi o primeiro grande jogador da equipe santista. Ele era primo do atacante Arnaldo e irmão do meia Araken Patusca, além de ser filho do presidente do clube, Sinizo Patusca. Naquele período outros craques como Constantino, Feitiço, Camarão e Evangelista formaram a base do time.

Com o elenco formado por essa base, o Peixe conquistou 3 vice-campeonatos paulistas em 1927, 1928 e 1929. Já o primeiro título veio a acontecer apenas em 1935.

 

(1916) Inauguração do estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro

Em seus primeiros anos de fundação, o Santos FC dividia estádio com outras equipes da cidade, por isso era hora de ter a própria casa. Os dirigentes santistas, entre eles Urbano Caldeira, planejaram a compra do primeiro estádio particular de um clube. Foi então que em 1916 aconteceu a inauguração, com apenas 4 meses de construção.

De início, o estádio ficou conhecido como o “Campo do Santos”, mas em 1933 passou a ser chamado de Urbano Caldeira, em homenagem ao dirigente do clube que havia falecido.  A casa santista também é conhecida como Vila Belmiro, em alusão ao ex-prefeito que era muito influente na cidade.

Estava tudo pronto para o duelo de estreia entre Santos e Ypiranga, que não aconteceu por motivos de segurança. Porém, isso não impediu que torcedores e sócios do clube fizessem a festa em uma partida informal. Após o adiamento, o primeiro jogo oficial aconteceu e o Santos venceu o Ypiranga por 2 a 1, com gols de Adolpho Millon Junior (autor do primeiro gol do estádio) e Jarbas.

 

(1927) O ataque dos 100 gols

Após campanhas apagadas no Campeonato Paulista, o Santos FC teve uma grande participação na competição em 1927. O clube chegou a uma impressionante marca de 100 gols, com um ataque formado por Siriri, Camarão, Feitiço, Araken Patusca e Evangelista.

Mesmo com essa impressionante marca, o Santos bateu na trave na briga pelo título, ficando em segundo lugar, um ponto atrás do Palestra Itália. Araken foi o artilheiro da competição, com incríveis 31 gols em 16 jogos.

 

(1935) Santos conquista seu primeiro título Paulista

O Peixe conquista seu primeiro título Paulista.

Depois de 3 vice-campeonatos entre 1927 e 1929, o Santos FC passou alguns anos fazendo boas campanhas até conquistar o título paulista em 1935. O Peixe terminou com dois pontos a frente do Palmeiras, em uma competição que contava com 7 equipes.

Araken se sagrou como o maior ídolo santista na época ao marcar o gol do título contra o Corinthians e por fazer uma grande temporada. O craque contou com a parceria de Mário Pereira e Junqueirinha no ataque do alvinegro praiano.

O Peixe só não contava que iria passar 20 anos sem conquistar nenhum título, voltando a vencer o Paulistão apenas em 1955. O time da baixada fechou a competição com apenas um ponto a frente do rival Corinthians.

 

(1956–1975) Tudo sobre a Era Pelé, e a mais vitoriosa do Peixe

Após vencer o Paulista de 1955, o Santos FC entrou em um das eras mais vitoriosas de sua história, na década de 1960. Aquele time foi um dos mais vencedores no Brasil e no mundo, sendo o primeiro brasileiro a levantar um título mundial, com direito a bicampeonato. Além disso, o Peixe conquistou 2 Libertadores, 6 Campeonatos Brasileiros, 10 Campeonatos Paulistas e 4 torneios Rio-São Paulo.

Aquela equipe jogava por música e o maestro era o melhor de todos os tempos, Pelé. Além dele aquela geração da base santista era formada por Coutinho Pepe, Zito, Clodoaldo Edu e Lima. Junto a eles, outros craques completaram o elenco como Gilmar, Dorval e Mengálvio. Esse histórico time foi eleito pela FIFA como o melhor sul-americano do século XX.

 

Um time indestrutível

Era muito difícil parar aquele Santos, que assustou equipes do Brasil e do mundo. Em jogos internacionais o Peixe bateu Benfica, Napoli, Chelsea, Atlético de Madrid e Internazionale, com direito a goleadas.

Por falar em goleadas, aqui no Brasil o Peixe era soberano, atropelando seus adversários. Em jogo histórico, o Santos venceu o Botafogo-SP em 1964, por 11 a 0, com 8 gols de Pelé, maior recorde em uma partida. Grandes times do futebol brasileiro também foram vítimas do “santastíco”, como o Flamengo que perdeu por 7 a 1 no Rio-São Paulo de 1961. Seus principais rivais também não foram páreos para os santistas.

O Corinthians perdeu por 7 a 4 na reta final do Paulista de 1964, em pleno Pacaembu lotado. No mesmo ano o Palmeiras foi goleado na semifinal da Taça Brasil por 4 a 0 e o São Paulo apanhou por 5 a 1, para um time que estava sem Pelé e Pepe. Apenas o Palmeiras de Ademir da Guia, Botafogo de Garricha e o Independente da Argentina batiam de frente com aquela equipe. Os argentinos, inclusive, jamais perderam para o Santos de Pelé.

 

Lula, o grande comandante daquele esquadrão

Aquele super time do Santos não poderia funcionar sem um grande técnico por trás. Lula foi o responsável por dirigir a máquina santista na era de ouro da equipe, sendo o treinador mais vitorioso da historia do clube, com 38 conquistas.

Ele também realizou um dos maiores feitos da história do futebol, revelando para o mundo o maior jogador de todos os tempos, Pelé, em 1956. Lula também descobriu outros talentos como Pepe, Coutinho, Del Vecchio, Clodoaldo e Edu, se tornando um dos técnicos mais visionários de todos os tempos.

 

(1960–1965) Santos FC e sua Era de Ouro

A geração mais lendária do Santos FC.

Em sua década mais vitoriosa, além de conquistar o bicampeonato da Libertadores e mundial, o Santos FC conseguiu a façanha de vencer um inédito pentacampeonato brasileiro seguido. Entre 1961 e 1965, o Peixe dominou o futebol brasileiro e conquistou a então chamada Taça Brasil, com um futebol de encher os olhos.

O time base daquela grande equipe era formado por: Gilmar, Lima (Carlos Alberto Torres), Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Dorval; Mengalvio (Clodoaldo), Coutinho (Toninho Guerreiro), Pelé e Pepe (Edu), técnico: Lula e Antoninho.

Nesse elenco, Pelé foi o grande destaque, não poderia ser diferente, até porque é considerado o maior jogador de todos os tempos. Além dele, Pepe, Coutinho e Carlos Alberto Torres eram os outros protagonistas daquela equipe, que era bastante ofensiva, dominando a maioria dos jogos contra seus adversários.

Tanto Lula quanto Antoninho, treinadores da época, montavam o time do Santos com poucos defensores e com laterais que subiam bastante. Apenas Calvet e Dalmo, que eram os zagueiros, ficavam mais recuados, já que a equipe não contava com um volante de marcação. O Peixe era tão ofensivo que jogava com 5 atacantes, sendo que Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe formavam o ataque dos sonhos.

 

(1962) O 1º título da Copa Libertadores e Mundial

O Santos FC estava em seu auge e já havia conquistado o seu primeiro título brasileiro, faltava então, ir atrás da Libertadores da América. E o Peixe conseguiu essa proeza em 1962.

Após se classificar em primeiro lugar no seu grupo, o Santos bateu a Universidad Católica na semifinal. Na grande decisão, o time da vila venceu o Peñarol no primeiro encontro por 2 a 1, com dois de Coutinho. No segundo jogo, os uruguaios venceram por 3 a 2, mas os santistas venceram a terceira partida por 3 a 0, com gol contra de Caetano e dois tentos de Pelé.

Com o título da Libertadores, o Peixe garantiu vaga para o Torneio Intercontinental, enfrentando o Benfica na final. O duelo não era nada fácil contra o time de Eusébio, mas o Santos tinha Pelé, que marcou dois gols no Maracanã e Coutinho fechou a vitória por 3 a 1. Na volta, em pleno Estádio da Luz, o “santástico” atropelou os encarnados, em goleada por 5 a 2. Só o Rei do Futebol marcou 3, Coutinho e Pepe fecharam o placar.

 

(1963) Santos domina mais uma vez a América e o Mundo

Depois de conquistar tudo no ano de 1962, o Santos FC passou a ser temido por seus adversários e em 1963 já era favorito a todos os títulos. Na Libertadores, o Peixe teve seu caminho facilitado, entrando na semifinal, por ter sido campeão no ano anterior.

Porém, o duelo na semifinal não era tão simples, já que o adversário era o Botafogo de Garrincha, Zagallo e Nilton Santos. No Pacaembu, empate em 1 a 1, mas na volta os santistas não tomaram conhecimento e venceram por 4 a 0. Pelé marcou 3 gols naquela partida e Lima completou.

Na final, o Peixe encarou o poderoso Boca Juniors, vencendo o jogo em placar apertado por 3 a 2 no Maracanã. Coutinho marcou duas vezes e Lima uma vez. Na volta, o Santos venceu por 2 a 1 no La Bombonera, com gols de Coutinho e Pelé.

Com vaga garantida no mundial, o Peixe teve que encarar o forte time do Milan em três jogos. No primeiro, vitória dos italianos por 4 a 2. Já na segunda partida, troco do Santos, em vitória pelo mesmo placar, com dois de Pepe e um de Almir Pernambuquinho e Lima. No duelo decisivo foi mostrado o grande equilíbrio entre as duas equipes, até porque os rossoneros tinham Trapattoni, Mazzola e Amarildo, porém o santástico venceu com gol solitário do zagueiro Dalmo de pênalti.

 

(1974) O fim da Era Pelé

Tudo que é bom um dia precisa ter um fim, o mesmo vale para a passagem de Pelé no Santos FC e o ataque dos sonhos. A equipe começou a se desmanchar em 1967, quando Dorval se transferiu para o Palmeiras e Mengálvio se mudou para o Millionários da Colombia. Nos anos seguintes, foi a vez de Coutinho e Pepe deixarem o alvinegro praiano.

Todos esses jogares já não estavam mais em seu auge e foram procurar novos rumos, sendo que Pepe foi o único que se aposentou na equipe. Até que então em 1974, Pelé se despediu da equipe santista, após 18 anos vestindo o manto alvinegro. O Rei do Futebol já não estava em seu auge e deixou os gramados após jogo contra a Ponte Preta, aos 34 anos. Logo depois, o craque teve breve passagem pelo New York Cosmos.

Com a camisa santista, Pelé encantou o mundo do futebol e conquistou recordes impressionantes. Foram 1.091 gols em 1116 jogos, com incrível média de 0,97 por partida. O Rei também é recordista em títulos, faturando 24 taças em seu período com o Santos FC.

 

(1976– 1996) Após período mágico, Peixe deixa protagonismo

Com a saída de grandes craques do Santos FC, coube a Edu, Clodoaldo, Claudio Adão e Carlos Alberto Torres (já em declínio), assumirem o protagonismo da equipe. Porém, apenas Clodoaldo permaneceu nos próximos anos e o Peixe precisou de uma nova geração.

Pita, Airton Lira e Juary formaram a primeira geração que ficou conhecida como meninos da vila. Ambos foram os protagonistas da equipe, que também contou com Nelsinho Batista, Toninho Vieira e Sélio. Chico Formiga foi o responsável por dirigir esse time que foi campeão paulista em 1978.

Mesmo com essa geração promissora, o Peixe veio a conquistar um título paulista apenas em 1984, já que perdeu alguns de seus jogadores. Pita foi o único protagonista a permanecer na equipe, que contou com novos nomes, como Rodolfo Rodrigues, Marcio Fernandes e Paulo Isidoro.

Após a conquista do Paulistão de 1984, o Santos FC amargou 12 anos na fila, sem conquistar nenhum título. Durante duas décadas, o Peixe ganhou apenas dois Campeonatos Paulistas, mesmo formando grandes jogadores nas categorias de base.

 

(1997–2001) Santos busca a ter maior relevância

Santos FC conquista seu unico título da extinta Copa Conmebol.

Durante seus 12 anos sem conquistar nenhum título, o Santos FC bateu na trave em 1995, chegando à final do Campeonato Brasileiro, com um elenco que tinha Giovanni como o grande craque. Aquela decisão foi marcada por polemica, após a arbitragem invalidar um gol santista e assinalar um tento irregular do Botafogo.

Porém, dois anos depois, o Peixe fez seu torcedor sorrir de novo, conquistando o torneio Rio-São Paulo.

Na competição, o Santos bateu Vasco e Palmeiras para chegar à grande final contra o Flamengo. No jogo de ida, o Peixe venceu por 2 a 1 com gols de Alessandro e Macedo. Na partida de volta, no Maracanã, um empate em 2 a 2, sendo que Anderson e Juari anotaram os tentos santistas.

Aquele elenco santista ficou marcado por contar com notáveis jogadores, como Zetti, Ronaldão, Macedo e Alessandro. Além deles, o destaque da equipe estava fora das quatro linhas, que era o vitorioso Vanderlei Luxemburgo. Naquele período a base não decepcionou e revelou jogadores como Marcos Assunção, Narciso e Gustavo Nery.

Em 1998, o Peixe conquistou seu primeiro título internacional após a era Pelé, que foi a Copa Conmebol. O Santos FC bateu o Rosário Central na decisão, com vitória por 1 a 0 na ida e empate por 0 a 0 na volta.

O elenco que conquistou aquele título estava bastante modificado em relação ao campeão do Rio-São Paulo. O zagueiro Argel; o meia Jorginho; os atacantes Viola e Aristizábal integraram o clube, além do técnico Emerson Leão que substituiu Luxemburgo.

 

(2002–2005) Com Diego e Robinho, a nova geração de Meninos da Vila

Mesmo com um elenco bastante competitivo no final dos anos 90, o Santos FC tinha uma equipe bem modesta em comparação aos seus adversários. Corinthians, Vasco da Gama, Palmeiras e Grêmio tinham times bem mais fortes do que o Peixe, que ainda perdeu jogadores e passou por uma crise interna no clube.

Para qualquer clube em crise, as categorias de base sempre foram a salvação, ainda mais no Santos FC, que é um celeiro de craques. Foi então que em 2002, a equipe revelou jogadores como Diego, Elano, Paulo Almeida, Alex e Robinho.

A nova geração de meninos da vila foi a espinha dorsal da equipe na conquista de dois Campeonatos Brasileiros. Alex era o xerife da zaga, Paulo Almeida, Renato, Diego e Elano formavam o quadrado mágico no meio, e Robinho era a grande referencia técnica. Porém, esse grande time bateu na trave na briga por uma Libertadores, perdendo a final para o Boca Juniors em 2003.

 

(2002) A conquista do Campeonato Brasileiro

No início da temporada de 2002, nem os torcedores mais otimistas do Santos FC esperavam uma grande campanha da equipe no Brasileirão. Porém, os meninos da vila foram observados com mais carinho, quando venceram o Corinthians de Parreira em um amistoso no início do ano.

A partir dali, foi provado que aquele time até poderia fazer uma boa campanha no Brasileirão, mas o título era inimaginável. Até porque, a equipe suou para se classificar para as quartas de finais da competição, ficando em 8º lugar nos pontos corridos. Mas na fase mata-mata, os meninos da vila mostraram a que veio, e eliminaram São Paulo e Grêmio, para encarar o forte Corinthians na decisão.

No primeiro jogo da grande final, o Santos bateu o Corinthians por 2 a 0 no Morumbi, com gols de Alberto e Renato. Na partida de volta, no mesmo estádio, Elano, Léo e Robinho marcaram para o Peixe, em vitória por 3 a 2. Inclusive, o atacante santista ficou marcado pelas pedalas em cima do lateral corintiano Rogério.

Além de Robinho, Diego também era o grande protagonista daquele time, já que a maioria das jogadas de ataque passavam pelos seus pés. Além de seu futebol, o que mais impressionou é que o craque se tornou o jogador mais jovem a conquistar um título brasileiro.

 

(2003) Santos perde para Boca Jrs na final da Libertadores

O surpreendente elenco do Peixe que já havia conquistado o Brasileirão 2002, estava em busca de fazer história de novo, dessa vez na Libertadores. E isso quase aconteceu, se não fosse o poderoso Boca Juniors.

O Santos FC manteve o seu grupo de jogadores e isso foi importante para que a equipe fizesse grande campanha na competição. O Peixe passou sem grandes sustos na fase de grupos e eliminou Nacional do Uruguai, Cruz do México, Independente de Medelín, até chegar na decisão contra o Boca. Os argentinos venceram as duas partidas, por 2 a 0 e 3 a 0, não dando chances aos santistas.

No mesmo ano, o Santos conquistou outro vice-campeonato, dessa vez  no Brasileirão, que foi o primeiro em pontos corridos. O Peixe terminou competição com 87 pontos, não sendo suficiente para alcançar o Cruzeiro que foi campeão com 100 pontos.

 

(2004) Mais um título brasileiro para a geração de Robinho

Em 2004, o elenco do Santos FC manteve a sua geração vitoriosa dos anos anteriores para brigar por mais títulos. Apenas o goleiro Fábio Costa e o atacante Alberto haviam deixado a equipe, que passou a contar com o zagueiro Antonio Carlos, os meias Zé Elias e Ricardinho, além dos atacantes Deivid e Basílio.

Durante o Brasileirão daquele ano e com sua base consagrada, o Peixe fez grande campanha e fechou a competição com 89 pontos, sendo campeão com apenas 3 a frente do Atlético Paranaense. Basílio se destacou naquela equipe, quando Robinho não pode jogar por conta do sequestro de sua mãe. E Vanderlei Luxemburgo, um velho conhecido dos santistas, retornou ao clube para o lugar de Leão e foi o comandante do time naquela conquista.

 

(2010–2012) Santos FC ressurge com Neymar e os Meninos da Vila 3.0

A conquista do Campeonato Brasileiro de 2004 foi a última do Peixe na competição, porém a equipe conquistou dois Campeonatos Paulista, em 2006 e 2007. Após esse período pouco expressivo, o Santos FC lançou mais uma geração de meninos da vila, que trouxe grandes resultados.

Em apenas três anos, foram 6 títulos conquistados, com 3 Campeonatos Paulista, 1 Libertadores, 1 Recopa e a inédita Copa do Brasil contra o Vitória. Entre os destaques revelados nesse período estão Ganso, Neymar, André, Wesley, Alan Patrick Rafael Cabral e Felipe Anderson. Outros ídolos santistas retornaram ao Peixe para compor a equipe, como Robinho e Léo, sendo que o Rei das Pedaladas ficou apenas em 2010.

Além dos jogadores revelados no clube, o Santos FC foi em busca de outros jovens no mercado e foi a vez de Alex Sandro e Danilo aparecerem. Entre todos esses nomes citados, o destaque ficou para a dupla Neymar e Ganso que entre 2010 e 2012 foram os melhores jogadores do Brasil. Essa geração de craques foi comandada por dois treinadores muito respeitados pelos santistas, Dorival Junior e Muricy Ramalho. Um foi responsável por lapidar talentos no Santos e o outro conquistou os títulos de maior expessão.

 

(2011) Após 50 anos, Neymar comanda título da Libertadores

Em 2010, o Peixe havia conquistado a Copa do Brasil, com direito a grandes exibições e goleadas. Já estava provado que aquela geração de meninos da vila era muito boa e que buscava um novo objetivo: a Libertadores da América.

Para a temporada de 2011, o clube manteve a base de seu time do ano anterior, trazendo Alan Kardec, Zé Eduardo, para os lugares de Robinho e André. O elenco base da equipe era: Rafael Cabral, Danilo, Durval, Edu Dracena, Adriano, Arouca, Ganso, Elano (Alan Parick), Neymar (Felipe Anderson) e Zé Eduardo.

Com esse forte elenco, o Peixe passou na segunda posição em um grupo que tinha Cerro Porteño, Colo Colo e Deportivo Táchira. Na fase seguinte, o clube passou no sufoco contra o América do México, com vitória por 1 a 0 e empate sem gols. Nas quartas de finais, os santistas passaram pelo Once Caldas até reencontrar o Cerro Porteño na semifinal. Em casa, o Santos venceu por 1 a 0 e empatou em 3 a 3 no Paraguai, garantindo vaga para a decisão.

Na final, o Santos FC reencontrou um velho conhecido, o Peñarol, adversário na grande decisão da primeira Libertadores santista. No Uruguai, um jogo pegado e empate em 0 a 0, mas na volta deu Peixe. Neymar e Danilo foram os autores dos gols na vitória de 2 a 1 que deu o título para o alvinegro praiano.

Após vencer a Libertadores, o Peixe garantiu vaga para o Mundial de Clubes. Porém. não foi dessa vez que a equipe conseguiu o tricampeonato da competição, sendo goleado por 4 a 0 para o Barcelona na grande final.

 

(2012) Santos FC sofre desmanche em estrelado time

Em 2012 o Santos FC voltou a conquistar mais um título internacional, que foi a Recopa Sul americana. Em final contra a Universidad do Chile, os santistas empataram em 0 a 0 na ida e resolveram a decisão em casa. Com gols de Neymar e Bruno Rodrigo, o time da vila venceu por 2 a 0 e levantou a taça.

Naquele mesmo ano, o clube ainda conquistou o Campeonato Paulista, repetindo o feito de 2010 e 2011. A decisão foi contra o Guarani, com duas vitórias santistas, 3 a 0 e 4 a 2. O destaque da final vai para Neymar que marcou 3 gols nas duas partidas.

Porém, aquela geração santista chegou ao fim, assim como outras, e muitos jogadores deixaram o clube. Danilo, Alex Sandro, Elano e Edu Dracena foram os primeiros a sair. Logo depois, Neymar e Ganso se despediram em 2013 e a partir da saída dos dois, o Santos deixou de ser o grande protagonista do futebol brasileiro.

 

Pós 2012: Ainda revelando bons nomes, mas com apenas dois títulos

Depois de perder grandes craques da geração Neymar, o Santos FC passou por um período de poucos títulos, mesmo com boas campanhas. Novos jogadores foram revelados pela equipe e deram sequência a tradição santista de revelar joias para o futebol. Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo, Zeca, Thiago Maia, Geuvânio, e Rodrygo.foram os novos meninos da vila.

Junto a esses jogadores, o Santos FC repatriou grandes ídolos da equipe como Elano, Renato e Robinho. Outros jogadores também foram destaque naquele período santista, como Ricardo Oliveira, Lucas Lima, Vanderlei e Victor Ferraz.

Essa base comandada por Dorival Junior, foi capaz de conquistar dois títulos paulistas em 2015 e 2016. O que também marcou esse time foi o vice-campeonato da Copa do Brasil em 2015, perdendo para o Palmeiras.

 

(2016) Despedida de ídolos e o último título da equipe

No ano do centenário da Vila Belmiro, o Santos FC homenageou dois grandes ídolos que fizeram parte da equipe. Léo e Giovanni retornaram ao clube simplesmente para darem o seu último adeus ao futebol.

Na mesma temporada, o Peixe ainda conquistou o título do campeonato Paulista, após bater o surpreendente Osasco Audax na decisão. O Santos ainda fez grande campanha no Campeonato Brasileiro, ao ficar com o vice-campeonato, atrás do Palmeiras.

 

(2019-2020) Santos fica em 2º no Brasileiro e na Libertadores

Marinho foi o grande nome do Peixe que ficou com o vice-campeonato da Copa Libertadores 2020.

Após a saída de Dorival Junior e de outros jogadores, o Santos fez campanhas apagadas em 2017 e 2018. Porém, ao trazer Jorge Sampaolli, a equipe surpreendeu a todos e ficou com vice-campeonato brasileiro, ficando atrás do super time do Flamengo.

Na temporada seguinte, sem Sampaolli, o Peixe trouxe o técnico Cuca, que montou um time competitivo, mesmo sem poder contratar jogadores, por sanção da FIFA.

E mais uma vez o Santos FC surpreendeu, chegando à grande final da Libertadores. Os santistas passaram por adversários tradicionais como LDU, Grêmio e Boca Juniors, porém pararam no rival Palmeiras na decisão, em jogo único no Maracanã.

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