Seleção Ideal e Histórica do São Paulo FC
Índice
- 1 . Goleiro: Rogério Ceni
- 2 . Lateral Direito: Cafú
- 3 . Zagueiro-Central: Oscar
- 4 . Quarto-Zagueiro: Diego Lugano
- 5 . Lateral-Esquerdo: Júnior
- 6 . Volante: Roberto Dias
- 7 . Meio campista: Pedro Rocha
- 8 . Meio campista: Raí
- 9 . Atacante: Muller
- 10 . Atacante: Leônidas da Silva
- 11 . Centroavante: Careca
- 12 . Treinador do Time dos Sonhos: Telê Santana
O que não falta em um clube do tamanho do São Paulo FC são jogadores para formar uma seleção ideal. Clube fundado em 25 de janeiro de 1930, surgiu da união entre a Associação Atlética das Palmeiras com o Clube Athletico Paulistano. Um dos grandes times do futebol brasileiro, mesmo sendo o mais novo entre eles, é o que possui o maior número de conquistas internacionais. Quem ai não se lembra da Era Telê Santana, seguida pela do mítico goleiro Rogério Ceni?
O time dos sonhos que o Lendas do Futebol selecionou em cima da história do Tricolor Paulista, atua no 4-3-3 e é o seguinte: Rogério Ceni, Cafú, Oscar, Diego Lugano e Júnior; Roberto Dias, Pedro Rocha e Raí; Muller, Leônidas da Silva e Careca. Treinador: Telê Santana.
. Goleiro: Rogério Ceni
Praticamente uma entidade dentro da história do São Paulo, a escolha pelo goleiro titular dessa seleção história se mostra concorrida. Zetti, Waldir Peres e José Poy são outros nomes que poderiam estar nesta lista, mas a carreira de Ceni dentro do clube foi espetacular. Além de ter passado toda a carreira no Tricolor Paulista, ao longo de 25 anos, fazendo grandes defesas, também passaria a se destacar como um goleiro-artillheiro.
Chegou ao clube em 1990, vindo do Sinop-MT, e encerraria a carreira na temporada de 2015. Com 131 gols marcados em 1237 jogos disputados, sendo o maior goleiro artilheiro da história do futebol, também foi o atleta que mais vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube.
Títulos não faltaram ao longo de sua trajetória, seja quando ainda era um promissor reserva, vendo o clube ser campeão do mundo em 1993, além de protagonista no título da Copa Libertadores e Mundial em 2005. Também no tricampeonato Brasileiro 2006-2008.
. Lateral Direito: Cafú
Altamente veloz e com muitos atributos ofensivos, Cafú iniciou a carreira como um polivalente jogador. Atuando como atacante, meia e lateral, foi nesta última posição que faria fama mundial, e é onde vai entrar na nosso time dos sonhos do SPFC. Revelado pelo próprio tricolor em 1989, permaneceu na equipe do Morumbi até 1994, ganhando praticamente tudo, e também no ano que seria considerado o melhor jogador da América do Sul.
Presente nas mais importantes conquistas do Tricolor Paulista naquela década de 1990, o jogador conquistou duas Copa Libertadores, dois Mundiais Interclubes, além do Campeonato Brasileiro de 1991 e mais dois Campeonatos Paulistas. Anos mais tarde, também se tornaria uma lenda da seleção brasileira, sendo capitão e responsável por levantar a taça da Copa do Mundo de 2002.
Pelo time são-paulino, Cafú atuou em 273 partidas, anotando 38 gols.
. Zagueiro-Central: Oscar
Para compor a zaga da seleção ideal do São Paulo, um zagueiro clássico, que fez história no clube nos anos 1980. Oscar chegou ao clube vindo da Ponte Preta e após breve passagem pelo futebol dos EUA. Chegou em 1980 para ser um líder na zaga
Em sete anos pelo clube, entre 1980 e 1987, conquistou quatro títulos paulistas e o Campeonato Brasileiro de 1986. Nesse meio tempo, formou histórica dupla de zaga ao lado de Dario Pereira.
Com 294 jogos disputados e 13 gols com a camisa tricolor, ainda ficou conhecido em sua carreira por representar a seleção brasileira em três Copas do Mundo (1978, 1982, 1986).
. Quarto-Zagueiro: Diego Lugano
Não é novidade um jogador uruguaio fazer sucesso com a camisa do São Paulo FC. Nomes como José Poy, Pablo Forlán, Pedro Rocha e Dario Pereyra criariam essa mística entre jogadores uruguaios e o clube paulista. Seguindo essa máxima, Diego Lugano chegou ao Tricolor Paulista em 2003 sob desconfiança e como o “homem do presidente”, após ser contratado pelo então presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa.
Conhecido como um xerifão da zaga, tinha como principal característica a raça dentro de campo e o poder de liderança. Foi assim que ele conduziu a defesa são-paulina nas conquistas de Campeonato Paulista, Copa Libertadores da América e Mundial de Clubes, no ano de 2005.
Após essa temporada espetacular com o São Paulo, a carreira de Lugano deslancharia e, não somente passaria a ser um xerife da zaga tricolor, como figura constante na seleção do Uruguai. Onde também teria carreira icônica.
Entre 2016 e 2017, ainda retornaria para atuar pelo São Paulo, já envolto em problemas físicos e sem muito sucesso. No total atuaria por 213 jogos.
. Lateral-Esquerdo: Júnior
Na seleção ideal do São Paulo FC, entre tantos jogadores que poderiam entrar nesta lista, casos de Leonardo, Nelsinho, Serginho, Ronaldo Luís, nós escolhemos o lateral Júnior, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, e também ídolo do Palmeiras, onde foi campeão da Copa Libertadores da América, em 1999. Com
passagem iniciada na temporada de 2004, foi um dos pilares daquele vitorioso momento do Tricolor Paulista, naqueles anos 2000. Campeão da Libertadores e Mundial 2005, também conquistou um campeonato paulista e três brasileiros (2006-2007-2008). Extremamente técnico, com capacidade de subir ao ataque com muita facilidade, era um dos pontos fortes ofensivos do time naquele período. Atuou em 198 partidas, com 1 1 gols anotados.
. Volante: Roberto Dias
Para encabeçar o início da nossa lista de meio campistas, nosso cabeça de área não pode ser contestado. Roberto Dias era um autêntico são paulino. Chegou ao clube em 1959, aos 16 anos de idade, para se tornar ídolo em um momento de vacas magras. Muito por conta da construção do Estádio do Morumbi. Jogador cerebral, a bola não podeia ficar sem passar pelos seus pés, tamanha era sua categoria, também marcava com a mesma vontade de um jogador “comum”.
Uma de suas histórias mais famosas vestindo o manto tricolor, foi quando o São Paulo aplicou sonora goleada por 4 a 1, para cima do Santos de Pelé. Nessa partida, Dias não só ajudava o time na armação de jogadas, como parou o Rei do Futebol. Conquistou com o tricolor apenas o bicampeonato paulista, anos de 1970 e 1971.
Roberto Dias também atuava como zagueiro, sendo que poderia estar em nossa seleção ocupando uma dessas vagas. Nossa escolha é para ser o cabeça de área do time dos sonhos. Sua despedida do São Paulo ocorreu em 1973, após 523 partidas disputadas e 76 gols marcados.
. Meio campista: Pedro Rocha
Um dos maiores camisas 10 do São Paulo, Pedro Rocha já chegou ao clube como um dos maiores jogadores do mundo. Fez parte de um dos maiores períodos do Peñarol do Uruguai, multicampeão da Libertadores. Foi contratado no ano de 1970, e ficaria até 1977. Em um período que os grandes clubes de São Paulo tinham notáveis camisas 10 (casos de Rivellino, Ademir da Guia e Pelé), o tricolor foi atrás de um estrangeiro para competir com estes três gênios.
Não demoraria muito para o clássico meio-campista começar a deslanchar no clube. Quando chegou já havia um outro craque segurando a camisa 10, Gérson Canhotinha, e o uruguaio teve que esperar seu tempo para ser o líder do time. No São Paulo, Don Pedro Rocha foi por duas vezes campeão do Paulista, e ficou por pouco an Libertadores de 1974, quando terminaram como vice-campeões.
Estava no elenco campeão brasileiro em 1977, mas já sem a importância e a exuberância de anos anteriores. Sob as cores do São Paulo, Pedro Rocha atuou em 393 partidas e anotou 119 gols.
. Meio campista: Raí
Daqueles jogadores a frente de seu tempo, Raí foi um dos grandes craques do futebol brasileiro no início dos anos 1990. Era o comandante dentro de campo do fantástico período de Telê Santana e, para muitos, o maior jogador do clube até a passagem de Rogério Ceni. Habilidoso, alto, rápido e forte, era um furacão naqueles anos que consagrou o clube como o maior time do mundo.
Raí é irmão do Dr. Sócrates, ídolo do Corintians. O início de ambo, inclusive, foi o mesmo, com formação no Botafogo de Ribeirão Preto. Cidade onde a família morava. Chegou ao São Paulo em 1987, e teve muitas dificuldades para se dar bem. Somente com a chegada de Telê Santana, a partir de 1990, que as coisas começram a fluir para o camisa 10.
Em duas passagem pelo clube, Raí “O Terror do Morumbi” conquistou com o SPFC o Campeonato Brasileiro de 1991, o bicampeonato da Copa Libertadores da América, além de um pentacampeonato Paulista, sendo o artilheiro no estadual de 1991. Um ano depois, foi escolhido como o melhor jogador da América do Sul.
No total, Raí atuou em 393 jogos pelo São Paulo, com 128 gols.
. Atacante: Muller
Revelado pelo próprio São Paulo no ano de 1984, não demoraria para Muller ser um dos destaques do time, Já em 1986, aos 20 anos, faria parte dos Menudos do Morumbi, já sendo convocado e titular na Copa do Mundo de 1986. Em três passagens pela equipe tricolor, o veloz e habilidoso atacante conquistou quatro Campeonatos Paulistas, dois Campeonatos Brasileiros, duas Copa Libertadores e dois Mundiais Interclubes.
Inclusive, entre os lances mais lembrados de Muller no São Paulo está, sem dúvida, o gol do título contra o AC Milan na final do Mundial de 1993. Um gol meio sobrenatural, de costas, para fechar o placar em 3 a 2 e dar o bicampeonato mundial para o time são-paulino.
No total, Muller atuou com a camisa do São Paulo em 373 partidas e anotou 158 gols.
. Atacante: Leônidas da Silva
❤️ Arthur Friedenreich e Leônidas da Silva: os dois maiores jogadores do Brasil antes de Pelé. Ídolos do nosso São Paulo Futebol Clube!
Curiosamente, Leônidas nasceu no dia 6 de setembro (de 1913) e Friedenreich faleceu no dia 6 de setembro (de 1969). ✨🇾🇪 pic.twitter.com/Iy6YriHA7y
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) September 6, 2022
Um dos sinônimos de futebol brasileiro em seu princípio de história, Leônidas da Silva era considerado por muitos como o maior jogador brasileiro até o surgimento de um tal de Pelé. Diferenciado em seu tempo, entre os atributos atribuidos ao Diamante Negro está a criação – ou aperfeiçoamento – da jogada de biclicleta.
Chegou ao São Paulo em um período já mais veterano de sua carreira, aos 29 anos, em 1942, vindo do Flamengo e com o status de maior ídolo do futebol brasileiro. Ficaria pelo São Paulo ainda oito anos, para escrever de vez a sua história no futebol nacional e entrar na lista de time dos sonhos do tricolor.
No total, Leônidas da Silva conquistou cinco títulos de Campeonato Paulista pelo São Paulo, atuando em 211 partidas e marcando 144 gols.
. Centroavante: Careca
Outra daquelas posições que teríamos muitas possibilidades. A camisa 9 também é um símbolo do futebol brasileiro. Em um clube onde fizeram história goleadores do nível de Serginho Chulapa, Luis Fabiano, França, Palhinha, Toninho Guerreiro, nossa escolha apontou para o mais feroz deles: Careca. Um animal em busca do gol, com muita velocidade e precisão no arremate, não a tôa Careca ainda faria sucesso no Napoli, jogando ao lado de Diego Maradona.
Com início arrasador no Guarani, sendo campeão brasileiro em 1978, aos 18 anos de idade, chegou ao São Paulo em 1983, permanecendo até 1987. Durante esse período, o atacante conquistou dois títulos de campeonatos paulistas, além do Campeonato Brasileiro 1986, competição onde foi o principal artilheiro e craque da competição, recebendo a Bola de Ouro da Revista Placar.
No total em sua passagem pelo São Paulo, Careca atuou em 191 jogos e anotou 115 gols.
. Treinador do Time dos Sonhos: Telê Santana
Podemos afirmar que Telê já treinou alguns dos times dos sonhos do torcedor são paulino, em 1992 e 1993, assim como do brasileiro. Quando foi técnico da seleção brasileira na Copa de 1982, uma das mais amadas e lembradas, mesmo sem trazer o caneco. Para treinar a seleção ideal do São Paulo Futebol Clube, nenhum outro treinador poderia ocupar o lugar que é de Telê Santana.
Sua primeira passagem pelo clube iria acontecer em 1973, mas sem sucesso. Quem poderia imaginar que, quase 20 anos depois, e com uma carreira extensa que incluíam duas copas do mundo, retornaria ao tricolor paulista para espantar a fama de pé-frio.
Seria o momento mais vitorioso da carreira como treinador de Telê Santana, espelho até os dias de hoje para qualquer novo técnico que vá treinar o São Paulo. Naqueles anos conseguiu colocar um futebol moderno, rápido e ofensivo que consquistaria o mundo. Telê Santana, como técnico do São Paulo, dirigiu o clube em 181 jogos, com 120 vitórias, 41 empates e apenas 26 derrotas.
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