1992: O ano que o Mundo conheceu o São Paulo FC pela 1ª vez!
Índice
- 1 A criação de um São Paulo vencedor
- 2 A Copa Libertadores da América de 1992
- 3 O Tricolor Paulista na fase de mata-mata
- 4 São Paulo conquista a sua primeira Copa Libertadores!
- 5 Para disputar o Mundial, São Paulo faz pequenas mudanças
- 6 Mundial de Clubes 1992: São Paulo x Barcelona
- 7 Um ano depois, São Paulo conquistaria o Bi-Mundial
A criação de um São Paulo vencedor
Nos anos 1980 a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes ainda não era uma obsessão para os principais clubes brasileiros. E isso, mesmo depois de um extraordinário Flamengo, de Zico, Júnior e cia, conquistarem a América e passar o trator para cima dos ingleses do Liverpool, no Japão, em 1981. Nos lados da Barra Funda a situação não era diferente. Após a conquista do Campeonato Brasileiro de 1986, o São Paulo passou alguns anos de reconstrução que culminaria no vice-campeonato brasileiro de 1989.
Nesta equipe já estavam alguns atletas que mais tarde entrariam definitivamente na história Tricolor, casos do zagueiro Ronaldo, que mais tarde viria a ser conhecido como Ronaldão, um desses xerifões clássicos do futebol brasileiro e que já participara do título brasileiro em 1986. Outra peça que seria importante nas conquistas do início dos anos 1990, Raí, chegou em 1987 vindo do Botafogo/SP, mas a época muito mais conhecido pelo fato de ser irmão do Dr. Sócrates.
A base do time clássico e vitorioso se completaria ainda em 1990 com a chegada do goleiro Zetti, contratado do rival Palmeiras, além de Macedo, chegando do Rio Branco/SP, e Cafú e Elivélton revelados pela base do clube. O fortalecimento dessa primeira fase se daria ainda com o retorno do ídolo e também cria da base tricolor, Muller, que em 1990 retornava após passagem de duas temporadas pela Itália, onde atuou pelo Torino.
Em busca da redenção, Telê Santana chega ao Tricolor
Mas a principal peça daquele tabuleiro, que faltava para o São Paulo viver talvez – e até os dias de hoje – seus maiores momentos de glória, também chegaria em 1990, mas para se sentar no banco de reservas. Após breve passagem pelo clube em 1973, ainda em início da carreira como técnico, Telê Santana foi contratado ainda sob muita desconfiança e a pecha de pé-frio.
Técnico da seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986, principalmente na primeira passagem, formou uma seleção que jogava um futebol mágico e que encantou a todos. Porém, também ficaria marcado pela traumática eliminação para a Itália, com show de Paolo Rossi. O retorno ao Tricolor Paulista marcaria para sempre a história do Mestre Telê, que finalmente mostraria e teria seu reconhecimento a altura no Brasil e no mundo, com a afirmação de conquistas.
1991: Finalmente quebram jejum no Brasileirão
UM TÍTULO INESQUECÍVEL
Raí foi o grande protagonista da conquista do Paulista de 1991 https://t.co/FRt8RdQgng pic.twitter.com/4xXb7azKKo— São Paulo FC (@SaoPauloFC) December 15, 2015
Após dois vices campeonatos brasileiros, no ano de 1989 e 1990, para Vasco da Gama e Corinthians, respectivamente, o ano de 1991 finalmente parecia ter mudado a sorte para o Tricolor Paulista. Já com a espinha dorsal do elenco formada, e com o calendário naquele período sendo de forma invertida a que conhecemos atualmente, no primeiro semestre foi disputado o Campeonato Brasileiro e no segundo o Campeonato Paulista. Em ambos torneios o São Paulo seria o campeão, com o início de uma trajetória avassaladora que só iria terminar após duas Copa Libertadores e dois títulos Mundiais.
Ali também desabrochava o talento de Raí, que vestindo a camisa 10 e assumindo a liderança do time fez um ano de 1991 impecável. Se no Brasileirão ele estava mais contido e começando a encontrar seu espaço no time titular, no segundo semestre desandou a marcar gols, tanto que seria o artilheiro do Paulistão 1991 com 20 gols anotados. Na primeira partida da final, contra o SC Corinthians, vitória por 3 a 0, com 3 gols de Raí.
A Copa Libertadores da América de 1992
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— Historias de Boleiros (@HistoriasdeBol3) November 15, 2020
A conquista do Campeonato Brasileiro de 1991, garantiu uma vaga ao São Paulo na próxima Copa Libertadores da América. Outro time brasileiro classificado seria o Criciúma, campeão da Copa do Brasil, e com o técnico Levir Culpi no banco de reservas.
Junto da Copa Libertadores também seria disputado o Campeonato Brasileiro de 1992. E na estreia da competição nacional, o Tricolor já se preocupava com o clássico contra a SE Palmeiras, que aconteceria dias depois da estreia na Libertadores. Dito isso, então para a estreia na competição continental, o técnico Telê Santana optou por escalar um time mais alternativo contra o Criciúma, em partida realizada no caldeirão do Estádio Heriberto Hulse. Com apenas quatro jogadores considerados titulares atuando o resultado foi um desastre. Derrota por 3 a 0, com gols do ponta-direita Jairo Lenzi, do meio-campista Gelson e do atacante Adilson Gomes.
A fase do Tricolor naquele período não era boa, tanto é que, em um curto período de dias, aquela seria apenas mais uma derrota para um time que já havia sido derrotados por CR Flamengo e Guarani, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
Entrada de Palhinha muda dinâmica do ataque tricolor
Sob pressão por ter perdido o primeiro jogo da Copa Libertadores, o São Paulo FC foi à Bolívia para enfrentar as equipes do San José e Bolívar. Naquele período, a competição era disputada em grupos com duas equipes do mesmo país. Com isso, em uma viagem já aproveitava para encarar os dois rivais.
Para os duelos na Bolívia, os tricolores foram munidos de muita desconfiança, suspeitando que os jogadores bolivianos poderiam estar jogando através de doping. Naquele período a CONMEBOL não bancava o exame antidoping dos clubes, que era pago pelas próprias equipes. Então, afim de afastar quaisquer suspeita, o São Paulo pagou do próprio bolso o exame para os jogadores bolivianos.
Em campo, o São Paulo sobressaiu. Muito por conta de uma nova aposta de Telê Santana, em um atacante que havia chegado ao clube ainda no início daquele ano de 1992: Palhinha.
Saindo do América Mineiro, Palhinha era um meia clássico, que gostava de chegar próximo do gol. Porém, naquela posição o São Paulo já estava bem servido com Raí, então líder da equipe. Para conseguir encaixar o novo reforço, Telê colocaria Palhinha como um centroavante, o atacante principal do clube, onde ele se consagraria vestindo a camisa 9. E mesmo sem ser um centroavante de origem, inclusive na parte física por ser muito franzino, sua inteligência tática logo e rapidamente o adaptou ao estilo do tricolor de atuar.
Contra o San José vitória do São Paulo por 3 a 0, com 3 gols de Palhinha. Seria o início da arrancada da equipe rumo à conquista da Copa Libertadores de 1992.
São Paulo se vinga do Criciúma, mas termina em 2º na fase de grupos
Após vencer o San José, ainda na Bolívia, o São Paulo apenas empataria com o Bolívar por 1 a 1. Na sequência, e de volta ao Brasil, os tricolores bateram o próprio Bolívar pelo placar de 2 a 0 para, em seguida, receber o Criciúma agora no Estádio do Morumbi. E o que se viu foi um vingança com pontos de crueldade após vexame da equipe paulista em Santa Catarina.
Ao melhor estilo e que marcaria a forma daquela equipe em atuar, com muita velocidade e rapidez na troca de passes, o São Paulo se redimiu pela derrota do primeiro jogo, com uma acachapante goleada de 4 a 0. Raí (duas vezes), Elivélton e Muller foram os autores dos gols são paulinos. E para fechar a participação na fase de grupos o tricolor ainda receberia o San José, ficando apenas no empate em 1 a 1. Por conta desse resultado, o time do técnico Telê Santana ficaria na 2º colocação do grupo, com 8 pontos, apenas um a menos em relação ao líder Criciúma.
O Tricolor Paulista na fase de mata-mata
#60Jogos60Copas: a história de 60 partidas marcantes da Libertadores no ano da sua 60ª edição. Hoje, o titânico e improvável encontro brasileiro pelos mata-matas da Copa de 1992: Criciúma x São Paulo valendo vaga nas semifinais. pic.twitter.com/ZdB960yKdO
— Impedimento (@impedimento) November 4, 2019
Segundo colocado do Grupo 2, pelas oitavas de final o São Paulo teria pela frente o tradicional Nacional, do Uruguai. A primeira partida foi disputada no estádio Centenário, em Montevidéu, onde o tricolor paulista conquistou uma preciosa vitória, pelo placar de 1 a 0. A baixa foi a expulsão do goleiro Zetti.
Na partida de volta, no Morumbi, coube a Alexandre ocupar a meta tricolor e dando conta do recado. O time brasileiro passou os 90 minutos (mais os acréscimos) sem ser vazado. E com gols da dupla de zaga Ronaldão e Antônio Carlos Zago, o São Paulo venceu o rival uruguaio pelo placar de 2 a 0. Naquele dia, no momento do segundo gol, os jogadores pouco comemoraram em protesto à suspensão do lateral-esquerdo Nelsinho, afastado pela diretoria tricolor por conta de uma expulsão no Campeonato Brasileiro.
Porém, no que poderia ser o início de uma crise, foi apenas fogo de palha. O elenco seguiu unido para encarar novamente, agora pelas quartas de finais, o Criciúma. Ainda que estivessem em chaves diferentes, naquele período clubes do mesmo país não podiam se enfrentar a partir da fase semifinal da competição. Com isso houve uma mudança na chave.
Greve de ônibus na ida e batalha na volta
Às vésperas do primeiro jogo contra o Criciúma, que aconteceria no Estádio do Morumbi, uma curiosidade e que também marcou aquela partida foi uma greve de ônibus na Capital Paulista que perdurou por mais de dez dias. Com isso, torcedores do São Paulo tiveram muita dificuldade para chegar ao Morumbi para acompanhar o time do coração. Aqueles que conseguiram chegar ao estádio viram uma partida apertada com vitória magra pelo placar de 1 a 0, com gol do talismã Macedo.
No duelo de volta, em Santa Catarina, com os torcedores do Criciúma comparecendo em peso, além dos treinadores Telê Santana e Levir Culpi discutindo incessantemente, o clima foi de uma verdadeira batalha. Soares abriu o placar do jogo aos 10 minutos do primeiro tempo para o Tigre, mas Palhinha impediu já no início da segunda etapa que o duelo fosse decidido nas penalidades máximas. Placar final: 1 a 1.
Antes de chegar à final da Copa Libertadores da América o São Paulo FC eliminou o Barcelona de Guayaquil na semifinal. No jogo de ida, realizado no Estádio do Morumbi os tricolores praticamente liquidaram a fatura ao vencerem pelo placar de 3 a 0. Na volta, e em meio à altitude do Equador, tomaram um susto, mas a derrota por 2 a 0 por um pouco não eliminou o tricolor.
São Paulo conquista a sua primeira Copa Libertadores!
📺🏆 Hoje é dia de rever no nosso Facebook, às 16h, a decisão contra o @CANOBoficial, da Argentina, pela @LibertadoresBR de 1992!
⚽️ São Paulo x Newell’s Old Boys
🏟 Morumbi
🏆 @LibertadoresBR 1992⏰ 16h
📺 https://t.co/93BsKrRb4i#NoiteDeLibertadores#VamosSãoPaulo 🇾🇪 pic.twitter.com/OCOvFanh31— São Paulo FC (@SaoPauloFC) June 13, 2020
Classificado para a final da Libertadores pela segunda vez em sua história, o São Paulo teria pela frente um rival de peso: o Newell’s Old Boys, da Argentina. Naquele período o time era treinado pelo ainda jovem Marcelo “Louco” Bielsa. Além de contar com um promissor treinador, o time argentino também contava com o zagueiro Mauricio Pochettino, e os meio-campistas Geraldo “Tata” Martino e Eduardo Berizzo, entre os destaques.
Nos dois duelos da decisão, os roteiros das partidas foram muito parecidos. No jogo de ida, na Argentina, o Newell’s venceria pelo placar de 1 a 0, com gol de pênalti marcado por Berizzo. Já no duelo de volta, no Morumbi, situação semelhante ocorreu. Em partida tensa e com o estádio tomado por 105 mil torcedores, aos 20 minutos da etapa final o tricolor teve um pênalti a favor. Raí partiu para a cobrança e anotaria o gol da vitória que faria a partida ser decidida nas penalidades.
Ali, o São Paulo levaria a melhor na decisão pelo placar de 3 a 2, após Raí, Ivan e Cafú converterem as respectivas cobranças. Ronaldão ainda desperdiçou sua penalidade, mas esse fator não impediu que o torcedor são-paulino soltasse o grito de campeão da América, com excelente atuação do goleiro Zetti, com uma marcante invasão dos torcedores no gramado do Morumbi.
Para disputar o Mundial, São Paulo faz pequenas mudanças
Campeão da Copa Libertadores da América no mês de junho de 1992, o São Paulo FC só iria ao Japão disputar a final do Mundial de Clubes no final do mesmo ano – mais precisamente em dezembro. Ali se passariam seis meses, e nesse período o Tricolor buscou fazer alguns retoques no elenco, para deixar ainda mais forte.
Com a saída do zagueiro Antônio Carlos Zago, negociado com o Albacete da Espanha, sua vaga na zaga titular foi preenchida pelo então volante Adílson, que cederia seu lugar no meio de campo para o experiente Toninho Cerezo, recém-contratado da Sampdoria, da Itália. Vítor assumiria a vaga de titular na lateral-direita da equipe, enquanto o até então titular Cafú seria deslocado para a ponta-direita. Ronaldo Luiz chegaria do América Mineiro para tomar conta da lateral-esquerda.
Ai se daria uma das formações mais fortes na história do São Paulo, e que jogaria a final do Mundial de Clubes, contra o Barcelona/ESP: Zetti; Vítor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo e Raí; Muller, Palhinha e Cafú.
São Paulo parte rumo à Tóquio para conquistar o mundo
De malas prontas para a disputa do Mundial de Clubes, o São Paulo partiu para o Japão em uma viagem que durou pouco mais de um dia. Alguns jogadores dormiam, enquanto outros tinham a disposição no avião o filme “A mão que balança o berço”, do diretor Curtis Hanson, e que acabara de ser lançado naquele ano.
Ao desembarcarem em solo japonês, os jogadores do tricolores foram recepcionados por ninguém menos do que o Galinho Zico, eterno ídolo do Flamengo e que saiu de sua aposentadoria para atuar naqueles anos em um ainda pouco desenvolvido futebol japonês, a J-League. Já ídolo no Japão, na época atuava pelo Kashima Antlers e fez questão de receber a delegação são-paulina com seu velho amigo Telê Santana.
Adversário era o “Dream Team” de Johan Cruyff
A decisão do Mundial de 1992 colocaria a frente duas escolas diferentes, porém com algumas singularidades. Entre elas é que ambas equipes se destacavam pela forma fulminante que chegavam ao ataque. São Paulo e Barcelona/ESP eram dois dos maiores e mais interessantes times para se acompanhar no mundo, e tudo em função dos técnicos. Enquanto o time brasileiro tinha Telê Santana, o time da Catalunha era treinado pela lenda holandesa Johan Cruyff.
Então apelidados pela imprensa de “Dream Team”, em referência ao estrelado time de basquete dos EUA, campeões olímpicos naquele mesmo ano com a participação de gênios como Michael Jordan, Larry Byrd, Magic Johnson, Charles Barkley, entre outros, um fato curioso é que o time catalão foi campeão europeu em cima da Sampdoria, justamente do agora tricolor Toninho Cerezo.
A soberba do time Espanhol para aquele confronto era grande, e isso mesmo depois de poucos meses antes, em agosto daquele mesmo 1992, quando os clubes se enfrentaram na disputa do Troféu Teresa Herrera, no estádio Riazor, em Coruña, com o São Paulo dando uma sapatada no “Dream Team”, por 4 a 1. Porém, os espanhóis acreditavam que não tinham dado o devido valor aquela disputa.
O Barcelona contava com notáveis jogadores e um time muito forte para aquela final: Zubizarreta, Ferrer, Ronald Koeman, Pep Guardiola e Euzébio; Bakero, Amor, Witschge e Beguiristiain; Hristo Stoichkov e Michael Laudrup.
Mundial de Clubes 1992: São Paulo x Barcelona
Os primeiros minutos da partida entre São Paulo e Barcelona foram marcados pelo equilíbrio, com ambas criando oportunidades de gols. Mas foi o Barcelona quem tirou o zero do placar ainda aos 12 minutos do primeiro tempo. Na entrada da meia-lua, o craque Búlgaro Hristo Stoichkov fez questão de abrir o placar com um golaço, sem chances para Zetti.
O susto inicial foi rapidamente superado pelo São Paulo, que logo retomou o controle no jogo criando uma série de oportunidades para chagar ao empate. Até que aos 27 minutos do primeiro tempo, Muller arrancou pelo lado esquerdo, fez um drible mágico, entortando o defensor, para cruzar na entrada da pequena área para Raí só desviar com a coxa. Era o empate Tricolor!
Mesmo após o empate, o São Paulo continuou implacável no ataque. Muller quase marcou o gol da virada ao encobrir o goleiro Zubizarreta, mas Bakero tirou em cima da linha. Enquanto isso, os catalães tiveram mais uma chance clara de gol antes do final do primeiro tempo, também barrada em cima da linha pela defesa são-paulina.
“Se é para ser atropelado, que seja por uma Ferrari”
A segunda etapa começou bem mais morna que o primeiro tempo. São Paulo e Barcelona buscavam encontrar espaços no ataque, mas as duas equipes também se mostravam mais preocupadas defensivamente. Quem marcasse o próximo gol estaria muito perto do título. A maioria das chances criadas seriam em chutes fora da área, mas que sequer assustavam os goleiros.
Foi então que, aos 33 minutos, sobressairia o talento e a persistência de Raí e de Telê Santana. Após Palhinha sofrer uma falta na intermediária, era o ponto onde o camisa 10, sob insistência do Mestre Telê, treinaram durante toda a temporada, sem nunca conseguir acertar. Mas ela estava guardada para uma data especial. Com perfeição, a bola foi morrer no ângulo de Zubizarreta, em um gol e celebração histórica para os tricolores.
O São Paulo era o melhor time do mundo e Telê Santana ganhava o devido valor por sempre buscar um futebol ofensivo. Como diria o técnico rival após a partida, “Se é para ser atropelado, que seja por uma Ferrari”.
Um ano depois, São Paulo conquistaria o Bi-Mundial
O título do Mundial de Clubes de 1992: em 13/12/1992, Tricolor venceu o Barcelona com dois gols de Raí e conquistou o mundo pela primeira vez #SPFCpedia 🇾🇪🏆🌎
Saiba mais: https://t.co/1VWNRTRWht pic.twitter.com/uVHBxKUcsT
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) December 13, 2018
Nos anos 1980, após as conquistas mundiais de Flamengo em 1981 e Grêmio em 1983, os clubes brasileiros passaram a olhar as competições internacionais com outros olhos. Porém, se tornariam uma obsessão entre eles, principalmente após as duas conquistas do São Paulo em 1992 e 1993, para cima dos gigantes Barcelona e AC Milan.
Para se ter uma ideia, antes do tricolor ser bi-campeão, os times brasileiros possuíam apenas cinco conquistas de Copa Libertadores, contra 15 dos argentinos. Após a conquista do São Paulo, se tornou frequente a presença de brasileiros no lugar mais alto do pódio das Américas e na busca do mundo!
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