Real Madrid de Di Stéfano ou Santos de Pelé: Qual foi o maior time do século 20?
Índice
- 1 Times dominaram Europa e América do Sul com muitos títulos e recordes
- 2 Santos FC e a Geração de Ouro
- 3 Real Madrid: A formação de um esquadrão
- 4 Santos FC domina o Brasil e conquista o mundo
- 5 Real Madrid e a dinastia na Europa
- 6 Santos FC é uma atração em todo o mundo
- 7 Alfredo Di Stéfano: O Pelé dos Madridistas!
- 8 Números de Real Madrid e Santos
- 9 Santos x Real Madrid: Qual o maior time de todos os tempos?
Times dominaram Europa e América do Sul com muitos títulos e recordes
No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, duas equipes disputavam para ver qual seria a melhor do mundo. Enquanto o Real Madrid, com um time recheado de estrelas, dominava a Europa, o Santos Futebol Clube, cujo elenco juntamente ao do Botafogo/RJ formavam a base da seleção brasileira, tinha na figura de Pelé a sua maior fonte de brilho.
Liderado pelo lendário Alfredo Di Stéfano, o Real Madrid venceu as cinco primeiras edições da Liga dos Campeões da Europa (1956-1960), na época chamada como Copa dos Campeões da Europa. Nesse início só podiam participar os campeões nacionais das principiais federações europeias, e o time espanhol consolidou um reinado que só seria quebrado na edição de 1960-61, quando o português Benfica levantaram a taça.
Neste mesmo período, no Brasil ainda não havia uma competição nacional consolidada. Tanto é que a primeira edição da Taça Brasil, percursora do atual campeonato brasileiro viria a ser disputada apenas em 1959, e vencida pelo Bahia em final contra o Santos.
O Santos venceria as edições de 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965, além do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968, o famoso “Robertão”, também um pré-Campeonato Brasileiro.
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Santos FC e a Geração de Ouro
Santos. 1962. pic.twitter.com/NiRHlm71rr
— Nostalgia Futbolera ® (@nostalgiafutbo1) May 19, 2021
Quando Pelé chegou ao Santos FC, no ano de 1957, o clube acabava de faturar o bicampeonato paulista nos anos de 1955 e 1956. O clube começava a se firmar como uma força no estado de São Paulo, mesmo sendo do interior. O time já contava com grandes nomes como Zito, Dorval, Del Vecchio, Pagão e Vasconcelos, este que foi o último camisa 10 antes de Pelé chegar ao clube.
Coube ao lendário técnico Luís Afonso Perez, o Lula, técnico por mais de 900 partidas no Santos, a tarefa de garimpar novas joias para aquele elenco. Além de Pelé, Lula também lançou nomes como Pepe, Coutinho, Clodoaldo e Edu. Uma verdadeira máquina de descobrir jovens talentos.
Outros nomes chegaram para também acrescentar qualidade ao elenco. Mengálvio chegou ao Santos em 1960 e, a partir de então, estaria formada a linha de ataque mais famosa do alvinegro praiano e do futebol brasileiro. Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe era a linha de ataque.
Gilmar, tido por muitos, como o maior goleiro brasileiro de todos os tempos, chegou em 1962 após 10 anos a frente do gol do Sport Club Corinthians Paulista.
Real Madrid: A formação de um esquadrão
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On this day in 1960, we won the Intercontinental Cup!
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O outro postulante ao título de maior equipe de todos os tempos, o Real Madrid daqueles anos dourados também contava com uma temível linha de frente. Entre outros, contava com astros como Alfredo Di Stéfano, Puskas, Rial, Kopa e Francisco Gento.
Di Stéfano e Francisco Gento foram os primeiros a desembarcarem em Chamartín, ainda no ano de 1953. O Real Madrid passava por um longo jejum de títulos e já estava há 21 anos sem conquistar o campeonato espanhol. O título conquistado na temporada de estreia da dupla, temporada 1953-54, era apenas o terceiro na história dos merengues, que naquele momento estava atrás dos rivais Barcelona e Atlético de Madrid. O Athletic Bilbao era o maior vencedor até então.
Com o bicampeonato espanhol na temporada 1954-55, o Real Madrid se classificou para a primeira edição da Liga dos Campeões da Europa. A esta altura o clube já contava com o talento de Héctor Rial, capaz de fazer lançamentos memoráveis, além de possuir uma excelente visão de jogo,
Raymond Kopa, que enfrentaria o Real Madrid na final da edição inaugural do torneio europeu defendendo o Stade de Reims/FRA, já estava negociado quando enfrentou o clube espanhol na decisão. E devido as suas brilhantes atuações pelo clube merengue e seleção francesa, Kopa conquistaria a Bola de Ouro naquele ano de 1958.
Também em 1958 chegava a cereja do bolo daquele super time. Ferenc Puskas, que havia encantado o mundo com suas exibições na Copa do Mundo de 1954 defendendo a seleção Húngara, chegava a Madrid já com 31 anos de idade e alguns quilos a mais na bagagem.
Apesar da desconfiança inicial, o atacante húngaro, encantou a torcida merengue com seus gols e dribles. Ao todo foram 242 gols em 262 jogos oficiais pelo Real Madrid. Um verdadeiro talento do futebol mundial.
Santos FC domina o Brasil e conquista o mundo
Os dois maiores times na história do Brasil, Santos e Botafogo/RJ era a base da seleção brasileira entre os anos de 1958 e 1962! pic.twitter.com/g1p69qubjm
— Lendas do Futebol (@futebol_lendas) June 25, 2021
Em sua fase mais vencedora, o Santos Futebol Clube chegou a conquistar o Campeonato Paulista por 11 vezes, em um intervalo de 15 anos. Aqui, apenas a SE Palmeiras e São Paulo FC foram capazes de frear o ímpeto do avassalador time de Pelé e cia.
O reinado do Santos também se estendia Brasil a fora. O pentacampeonato da Taça Brasil entre os anos de 1961 e 1965 se tornou um feito inatingível. Até hoje nenhuma equipe brasileira conseguiu repetir a façanha de conquistar o Campeonato Brasileiro por cinco anos consecutivos.
Estes títulos permitiram ao Santos participar e vencer a Taça Libertadores da América nos anos de 1962 e 1963. Vencendo nas finais, respectivamente, o Peñarol/URU (então bicampeão da competição) e o Boca Júniors/ARG.
Dois fatos notáveis marcaram a segunda conquista santista do torneio continental. Uma vitória por 4 a 0 sobre o Botafogo/RJ de Garrincha, em pleno estádio do Maracanã, além de uma vitória épica diante do Boca Júniors em solo argentino, por 2 a 1.
Após conquistar a América o Santos FC ainda mostraria toda a sua soberania futebolística diante dos europeus, e o mundo se rendeu aos pés de uma incrível equipe brasileira. Em 1962 a conquista veio em dois jogos contra o Benfica/POR de Eusébio e, em 1963, o bicampeonato chegaria contra o Milan/ITA de Maldini, Mazolla, Amarildo e Rivera. Aqui foi necessário a realização de três jogos para decidir qual o melhor time do mundo.
Real Madrid e a dinastia na Europa
O mundo presenciou a ascensão de um clube que dominou o cenário local e colocou a Europa inteira aos seus pés ao conquistar o pentacampeonato europeu. Todos sob a liderança do craque Alfredo Di Stéfano, que regia o time como uma orquestra sinfônica.
E a primeira vez que o Real Madrid atingiu o topo na Europa aconteceu na temporada 1955/55 ao vencer o Stade Reims/FRA. Mesmo adversário na conquista do tetracampeonato na temporada 1958/59.
O bicampeonato foi conquistado em casa, na temporada de 1956/57, diante da Fiorentina/ITA, com vitória por 2 a 0 na final.
Já o tri europeu veio novamente contra um adversário italiano. E desta vez quem foi batido na final foi o Milan/ITA, em um jogo duríssimo que foi vencido apenas na prorrogação. O pentacampeonato veio diante do Eintracht Frankfurt/ALE, na final com o maior número de gols da história. A partida terminou em 7 a 3, com uma exibição de gala de Puskas, autor de 4 gols. Di Stéfano também brilhou e anotou 3.
A coroação daquele super time veio com a conquista do Mundial Interclubes em 1960, num confronto diante do Peñarol/URU. Após empate sem gols em Montevidéu, um baile em Madrid na goleada por 5 a 1.
Com o envelhecimento do time e a saída de algumas peças importantes, o time foi perdendo força e, na temporada 1960/61 e 1961/62, viu o título parar nas mãos do Benfica de Portugal. O time ainda chegaria a mais duas finais, antes de reconquistar a Europa novamente em 1966, mas com poucos remanescentes daquele que é, ao lado do Santos de Pelé, o maior time de todos os tempos.
Santos FC é uma atração em todo o mundo
Após o bicampeonato da América, o Santos Futebol Clube se qualificou para a sua terceira disputa de Taça Libertadores no ano de 1964. Porém, o time de Pelé e cia caiu nas semifinais da competição contra o Independiente/ARG, em duas partidas que foram marcadas por arbitragens polêmicas e pelo excesso de violência praticada pelo time argentino.
Em 1965 nova queda nas semifinais da Taça Libertadores. Agora para o Peñarol/URU, que avançou para a final após vencer o jogo de desempate em Buenos Aires, na Argentina.
Já a participação na edição de 1966 não ocorreu devido a recusa dos clubes brasileiros devido a uma mudança no regulamento que incluía também a participação dos vice-campeões nacionais. Em 1967, o Santos mais uma vez optou em não participar do torneio, por priorizar amistosos ao redor do mundo, além da disputa do Torneio Roberto Gomes de Pedrosa. E, em 1969, mais uma vez por questões de regulamento e também devido ao calendário apertado o clube não esteve presente na competição continental.
O Santos Futebol Clube só iria participar novamente da Taça Libertadores da América em 1984, quando acabou eliminado ainda na primeira fase.
Entre os diversos feitos conquistados por aquela equipe fantástica, destaca-se uma ocasião durante excursão para a África, quando o Santos, com a presença de Pelé, teria parado uma guerra em Benin. A partida foi vencida pelo Peixe por 2 a 1 e virou fonte de várias histórias sobre o episódio.
Alfredo Di Stéfano: O Pelé dos Madridistas!
Di Stéfano está para o Real Madrid assim como Pelé está para o Santos Futebol Clube. Os dois craques foram, sem sombra de dúvidas, os principais responsáveis pelo sucesso das duas equipes por tanto tempo. O craque argentino ostenta o posto de maior ídolo na história do Real Madrid, tendo ostentado até o ano de 2009 o posto de maior artilheiro do clube, quando foi ultrapassado por Raúl “Madrid” González.
La Saeta Rubia (a flecha loira), como o craque argentino era chamado, se formou nas categorias de base do River Plate, da Argentina, e de lá rumou para o Millonarios, da Colômbia. E foi lá que chamou a atenção do clube espanhol, que não poupou esforços para contratá-lo.
Ele atuou pelo Real Madrid de 1953 a 1964 e, mesmo chegando já experiente, conquistou duas Bolas de Ouro, tendo anotado 307 gols em 393 partidas oficiais pelo clube. Em sua homenagem foi construído o estádio Alfredo Di Stéfano no ano de 2006. Ele também foi presidente de honra do clube até 2014, ano em que veio a falecer.
Números de Real Madrid e Santos
– Real Madrid 1953-1964
- 8 Ligas Espanholas
- 5 Ligas dos Campeões
- 1 Pequena Taça do Mundo
- 1 Copa do Rei
- 2 Copas Latina
– Santos 1956-1974
- 5 Taça Brasil
- 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa
- 2 Copa Libertadores
- 2 Copa Intercontinental
- 1 Recopa Intecontinental
- 1 Supercopa Sulamericana dos Campeões Intercontinentais
- 11 Campeonato Paulista
- 4 Torneio Rio-São Paulo
Santos x Real Madrid: Qual o maior time de todos os tempos?
Não há dúvida de que as duas equipes foram dominantes em seus períodos, porém, nunca se enfrentaram oficialmente no seu apogeu. Quando o Santos Futebol Clube conquistou a primeira Taça Libertadores, o Real Madrid já não era mais o melhor time europeu. Havia sido eliminado pelo Barcelona na primeira fase da Liga dos Campeões de 1960/61 e perdido o título de 1961/62 para o Benfica, do gênio Eusébio.
Entretanto, houve uma partida amistosa envolvendo as duas equipes no ano de 1959. Este também foi o único confronto envolvendo Pelé e Di Stéfano.
A partida foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, e foi bastante movimentada.
O Real Madrid era o atual tetracampeão europeu e enfrentava o Santos que estava excursionando pela Europa, fazendo uma série de amistosos. O jogo terminou com o placar de 5 a 3 favorável para o time merengue, mas em nada diminuiu o prestígio do time brasileiro, que infelizmente não teve uma chance de revanche.
Se o Real Madrid reinou na Europa, o Santos poderia ter ampliado o seu domínio sul-americano caso não se recusasse a participar da Libertadores em três ocasiões. Por outro lado, fez fama pelo mundo, participando de várias excursões e vencendo amistosos contra gigantes do futebol mundial como Barcelona, Internazionale/ITA, Juventus/ITA e até a seleção da Tchecoslováquia.
O Santos foi bicampeão mundial jogando no Maracanã, enquanto o Real Madrid foi campeão jogando com o seu mando na capital espanhola. O Santos tinha Pelé. Por mais que Di Stéfano fosse gênio, tivesse grandes qualidades e fosse um jogador taticamente perfeito, Pelé era Pelé.
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4 Comments
European football is on was brutal playing under those conditions anyone who stood the test of time is surely a great player Maradona prove this playing for Napoli Pali played in South America he never was able to venture abroad the only time he played in England in the World Cup he was kicked out of the match but still great players are great players of the era hi myself like Maradona he was a team player and sacrifice his game for the players truly are a wonderful inspiration
Para toda a garotada q considera Messi o maior de todos s tempos, eles nunca souberam quem é Alfredo Di Stefano, maior q ele e Maradona juntos.
A história do futebol fala por si só que o time do Santos FC de Pelé foi o mais importante de todos os tempos.
Olá Arnaldo Rocha gostei da muito da sua edição , conhecer um pouco mais do Pelé e sempre bom , mas o Alfredo Di Stefano não conhecia , os jogadores argentinos sempre sempre destacaram na Europa , por isso que existe a rivalidade ,,,Parabéns