Paulo Roberto Falcão

Meio campista
595 Jogos Oficiais
14 Títulos Oficiais
115 Gols Marcados
Paulo Roberto Falcão Brasil - Abelardo Luz - Santa Catarina
Nascimento 16 de outubro de 1953
Falecimento -
Apelidos Rei de Roma, Divino
Carreira Início: (1973) Internacional
Término: (1986) São Paulo
Características Altura: 1,83m
Destro
Posição / Outras posições Meio-campista
bola de ouro

Melhor jogador do campeonato brasileiro: 1978, 1979

Bola de prata

Time do campeonato brasileiro: 1975, 1978, 1979

Perfil / Estilo do jogador

Um dos melhores meio-campistas de todos os tempos. Paulo Roberto Falcão jogava de terno, tamanha era a sua elegância que desfilava nos gramados. Surgiu no SC Internacional na década de 1970 e conquistou o tricampeonato brasileiro, antes de se transferir para a Roma, da Itália. Lá se tornou o Rei de Roma. Era completo em sua função, atuando não apenas como volante marcador, mas também como um meia armador.

Categoria de base

Data Clube    
1964-1972 Internacional    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1972-1980 Internacional 371 77
1980-1985 Roma 175 30
1985-1986 São Paulo 15 1

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1976-1986 Brasileira 34 7

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Bola de Prata da Revista Placar 1975, 1978, 1979
Bola de Ouro da Revista Placar 1978, 1979
Craque do Campeonato Brasileiro (Oficial) 1975, 1979
3° Melhor jogador do mundo "World Soccer 1982

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Bola de Prata da Revista Placar 1975, 1978, 1979 Internacional
Bola de Ouro da Revista Placar 1978, 1979 Interncional
Craque do Campeonato Brasileiro (Oficial) 1975, 1979 Internacional
3° Melhor jogador do mundo "World Soccer 1982 Roma / Seleção Brasileira
Bola de Prata da Copa do Mundo FIFA 1982 Seleção Brasileira
FIFA 100 2004 Internacional / Roma Seleção Brasileira

Desempenho

0,19
Média
Gols por jogo
1
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
5
Controle de Bola
5
Velocidade
3
Técnica
5
Finalização
4
Condicionamento Físico
3
Fundamentos Defensivos
4

Biografia

Paulo Roberto Falcão: O Rei mais elegante do futebol

Falcão fez parte de um mítico meio-campo na Copa de 1982.

Considerado um dos melhores meias da história do futebol brasileiro, Paulo Roberto Falcão tem seu nome muito vinculado princupalmente ao SC Internacional, além é claro, da Roma, na Itália. Ali se transformaria em um rei.

tNo Colorado seria o principal jogador nas primeiras grandes conquistas do clube gaúcho, o tri Campeonato Brasileiro (1975, 1976 e 1979).

Seu brilho na equipe gaúcha não poderia ficar restrito apenas ao Brasil, chamando atenção dos italianos. Em seu novo destino, a Roma, ele chegou para não ser apenas um jogador e sim um rei, pois o seu desempenho lhe rendeu o icônico apelido de “O Rei de Roma”. Até porque, Falcão conquistou um dos três títulos italianos da história do clube italiano, em 1982-83.

Como todo rei, Paulo Roberto Falcão teve algumas regalias, como o maior salário do futebol italiano, mesmo em uma equipe com investimento modesto, se comparada a seus rivais. Porém, todo investimento valia a pena, pois o jogador retribua cada centavo gasto, com grandes atuações dentro de campo.

 

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Falcão não brilhou apenas em clubes, mas também emprestou seu talento à Seleção Brasileira. Com a amarelinha, o jogador fez parte de um mítico meio-campo, que é considerado um dos melhores de todos os tempos, ao lado de Toninho Cerezo, Sócrates, Paulo Isidoro e Zico. Para a tristeza de muitos, esse grande esquadrão não conseguiu vencer a Copa do Mundo, parando na Itália de Paolo Rossi.

Após deixar os gramados, Falcão não deixou o futebol e se tornou treinador, logo de cara dirigiu a Seleção Brasileira. Nos anos posteriores, treinou seu time do coração, o Internacional, por três vezes, além de outras equipes brasileiras. È conhecido também por ter sido comentarista esportivo na televisão.

Em sua mítica carreira, Paulo Roberto Falcão atuou em 382 oportunidades e marcou 61 gols.

 

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Os primeiros passos no futebol

Nascido no dia 16 de outubro de 1953, em Abelardo Luz, Santa Catarina, Paulo Roberto Falcão viveu a maior parte de sua infância na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul. Vindo de família humilde, o garoto trabalhava vendendo garrafa de osso e vidro quebrado, a fim de levantar dinheiro para conseguir ir treinar. Até porque com 11 anos de idade, o jovem jogador atuava nas categorias de base do Internacional, com o apoio de seu pai, que quando podia, o levava para os treinamentos.

Seu pai foi muito importante em sua carreira, pois era ele quem lhe dava em todos natais, uma bola de futebol, que se tornou o objeto mais importante na vida de Falcão. A partir dali, o jovem jogador passou a olhar o futebol com outros olhos.

Já sua mãe era costureira, enquanto ela passava o dia costurando, o rádio ficava ligado e Paulo Roberto Falcão aproveitava para acompanhar grandes partidas de futebol. Foi quando em 1966, o jovem teve a chance de ouvir os jogos da Copa do Mundo, conhecendo Eusébio, no qual ele se tornou fã. Logo depois, outros jogadores passaram a impressiona-lo, como o argentino Babington, o alemão Overath, além de seus compatriotas Gerson e Rivellino.

 

Paulo Roberto Falcão e Internacional: um amor de infância

Falcão na base do Inter ajudando na construção do Beira Rio.

A trajetória de Falcão no Internacional começou logo cedo, quando aos 11 anos de idade passou a integrar a base do clube. Sua chegada ao colorado foi por conta própria, levado por seu irmão, se apresentou em uma peneira no meio de 250 garotos. O técnico da equipe juvenil ficou impressionado com a performance do jovem e soltou as seguintes palavras “O alemão, está plenamente aprovado”.

Depois entrar para a base do Internacional, o jovem passou ano após ano se destacando com a camisa colorada. Falcão não era apenas jogador do clube, mas também era torcedor por influencia da família. Tamanha era a sua adoração pela equipe, que ajudou na construção do Estádio Beira-Rio, carregando tijolos ao lado de seu pai.

Seu desempenho na equipe gaúcha lhe rendeu uma oportunidade na Seleção Brasileira sub-23, aos 19 anos. Falcão fez parte do elenco que disputou as Olimpíadas de Munique, na qual o Brasil não passou da primeira fase.

Apesar da decepção na seleção sub-23, Falcão entrou em campo pela primeira vez no profissional do Internacional pouco depois, antes de completar 20 anos. O jovem começou no banco de reservas em algumas partidas do Campeonato Brasileiro de 1972. Porém, no duelo contra o Cruzeiro, recebeu sua primeira oportunidade, sendo pego de surpresa pelo seu treinador, Dino Sani.

 

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1973-1980: Paulo Roberto Falcão se torna ídolo no Internacional!

Mesmo recebendo sua primeira chance em 1972, Paulo Roberto Falcão só passou a se firmar no time principal do Internacional em 1973. Nesse mesmo ano, o jogador venceu o Campeonato Gaúcho com sua equipe e no Brasileirão conseguiu chegar até o quadrangular final. Já na temporada seguinte, o craque se tornou dono do meio-campo colorado e conquistou mais um estadual, com seu time chegando novamente na fase final do Campeonato Brasileiro.

 

Em 1975 conquista de primeiro Campeonato Brasileiro com o clube

Falcão no primeiro titulo brasileiro do Inter.

Mesmo com boas campanhas nas edições anteriores do Brasileirão, estava reservado para Falcão e o Internacional o título de 1975. A equipe havia conquistado seu tricampeonato gaúcho naquele ano, mas faltava o título nacional em sua galeria de troféus.

Na competição, os colorados entraram como um dos favoritos e Paulo Roberto Falcão era o pilar no meio-campo, sendo o principal jogador da equipe. Graças a sua precisão na organização de jogo, seus companheiros de ataque como Capergiani, Lula e Flávio, desandaram em fazer gols. A campanha da equipe nas duas primeiras fases foi avassaladora, garantindo vaga na semifinal.

O Internacional bateu Fluminense e Cruzeiro na semifinal e final, com direito a gols do lendário zagueiro Figueroa, em ambas as decisões. Durante a campanha do título colorado, Falcão marcou um gol e foi peça-chave no desenvolvimento da equipe, recebendo o Prêmio Bola de Prata e também de craque da competição.

 

1976: Bicampeonato brasileiro com direito a gol decisivo

Falcão marca gol decisivo na semifinal do Brasileirão de 1979.

Na temporada seguinte, Falcão voltou a se destacar e junto com seu clube conquistou o tetracampeonato gaúcho seguido. No Brasileirão, mais uma atuação de gala do craque da camisa 5, em meio a uma grande campanha colorada nas duas primeiras fases. Na semifinal, o meia não mostrou apenas o seu poder de organização de jogo, mas também o seu lado ofensivo.

Em histórico jogo contra o Atlético Mineiro, os colorados viram Vantuir abrir o placar para os mineiros. Porém, Batista marcou o gol de empate para os colorados. A partida já se encaminhava para as penalidades, mas Paulo Roberto Falcão apareceu como homem surpresa na área e levou o Inter para a final.

Na decisão, os gaúchos enfrentaram o Corinthians que estava numa seca de 22 anos sem títulos. Falcão comandou a máquina colorada e o Internacional venceu por 2 a 0, conseguindo o segundo título brasileiro para o time dirigido por Rubens Minelli. Na competição, o meia anotou 6 gols.

 

1978-1979: Falcão se eterniza como maior ídolo colorado!

Falcão lidera time invicto no Brasileirão de 1979.

Em 1978, Falcão conquista mais um estadual com o Internacional, algo que virou rotina na época. No Brasileirão o craque foi destaque, conseguindo dois prêmios: Bola de Ouro e Bola de Prata. Mesmo com seu desempenho, os colorados pararam na semifinal contra o SE Palmeiras.

Sua atuação em 1978 foi apenas uma amostra do que viria em 1979, que foi uma das temporadas mais emblemáticas da carreira do jogador. Por tamanha técnica, Falcão provou ser um jogador ainda mais completo, aflorando o seu poder de decisão nas partidas, além de ser um exímio organizador de jogadas. Ele era um camisa 5 que poderia jogar com a 10.

Em sua evolução como jogador, Falcão também adquiriu o poder de liderança em grupo. O Internacional passou por diversas mudanças em seu elenco e o craque liderou uma nova geração de jogadores. Valdomiro e Batista continuaram no grupo e viram as chegadas de outros craques como Mário Sérgio, o jovem zagueiro Mauro Galvão e o centroavante Bira.

 

Brasileirão 1979: Desempenho icônico de Falcão!

Nas duas primeiras fases, o Internacional passou sem sustos em dois grupos, garantindo vaga para a semifinal. O Palmeiras de Telê Santana (algoz do ano anterior) era o adversário da vez e um dos momentos mais memoráveis da carreira de Falcão estava por vir. Na partida de ida, o camisa 5 foi decisivo ao marcar dois gols que garantiram a vitória colorada por 3 a 2. No jogo de volta, 1 a 1, resultado que carimbou a vaga para a final.

Na decisão, o Internacional venceu o jogo de ida por 2 a 0 contra o Vasco, encaminhando mais um titulo. Mas os colorados não poderiam ser campões sem o gol de Falcão na final e isso aconteceu, assegurando a vitória por 2 a 1 na volta e a conquista do Campeonato Brasileiro. O meia anotou 6 gols na competição e  tamanha atuação lhe rendeu o Prêmio Bola de Ouro e de craque da competição, algo que não poderia ser diferente.

Falcão se tornou icônico não apenas por suas atuações, mas por ter liderado uma equipe que pela primeira vez foi campeã invicta, algo inimaginável na época. Em seu livro “O time que nunca perdeu”, o ídolo do Internacional entrevistou seus companheiros de grupo e relembrou a grande campanha colorada.

Por falar em livro, um grande autor resumiu a participação de Paulo Roberto Falcão no Campeonato Brasileiro de 1979, que foi Luís Fernando Veríssimo. “Dizem que um jogador não ganha um campeonato. Mas Falcão seria um vice com certeza”.

 

1980: A despedida de Falcão do SC Internacional

Falcão em sua despedida do Internacional.

Em 1980, Paulo Roberto Falcão continuou com seu ótimo desempenho com a camisa colorada, sendo o grande ícone da equipe na campanha da Copa Libertadores da América, na qual o time chegou até a final. Porém, todo esse desempenho chamaria a atenção de grandes clubes do futebol mundial.

O AC Milan foi o primeiro a mostrar interesse, porém os rossoneros foram rebaixados para a Série B e a Roma foi o time incumbido de contratar o jogador. Na época, Falcão tinha dúvidas sobre a força da equipe da capital italiana, principalmente em questão de títulos, mas arrumou suas malas mesmo assim.

Após 7 anos no time principal do Inter e mais 10 nas categorias de base, Falcão sentia que era hora de mudar de ares e dar um passo a mais em sua carreira. Seu último jogo pelo colorado foi justamente contra o Nacional do Uruguai, na final da Libertadores. Com a camisa colorada, o jogador pisou nos gramados em 371 partidas e marcou 77 gols, com 5 estaduais conquistados e 3 brasileiros.

 

Chega em Roma para se trnasformar em Rei!

Paulo Roberto Falcão chega a Roma para ser o camisa 5 mais uma vez. Em uma transação de 1,5 milhão de dólares, sob muita expectativa, já que suas atuações no Internacional foram de encher os olhos. O craque desembarcou em um clube que estava beirando o ostracismo e que não conquistava o Scudetto há quase quatro décadas.

A Roma já se preparava para montar uma equipe competitiva, sob o comando do técnico Nils Liedholm. Jogadores como Carlo Ancelotti, Conti e Santarini já integravam o elenco e Falcão foi contratado para ser a cereja do bolo.

Sua estreia ocorreu em partida válida pela Série A, na vitória por 1 a 0 contra o Calcio Como. Não demorou muito para Falcão encantar os torcedores romanos, sendo que na mesma temporada o craque conquistou junto com sua equipe, o título da Copa Itália 1980-81. O mesmo feito foi repetido em 1981-82, com mais um título da mesma competição, com o jogador sendo dono do meio-campo.

 

1982 – 1983: Título italiano e a alcunha “Rei de Roma”

Falcão é o rei de ROma!

Mas a grande temporada na memória dos torcedores romanos, sem dúvidas é a de 1982-83, na conquista do Scudetto. Na competição, Falcão anotou 7 gols, além de ter sido fundamental no meio-campo da equipe, facilitando o sistema de jogo implantado pelo treinador Liedholm. No mesmo ano, o craque também contou com um grande parceiro de time, Toninho Cerezo.

Por ter sido indispensável no título do Scudetto, Falcão recebeu a alcunha de “Rei de Roma”, por ter conquistado também o coração dos romanos, além de ser chamado de “Divino” por muitos torcedores. O meia se tornou um dos maiores ídolos do clube e por causa de sua importância, passou a receber o maior salário do futebol italiano até então.

Paulo Roberto Falcão foi premiado não apenas com seu grande salário, mas também esteve entre os melhores jogadores do futebol italiano, além de ter sido eleito o 3º melhor jogador do mundo pela revista World Soccer.

 

1983-1984: O “quase” na Champions League

Para a passagem de Falcão na Roma ficar ainda mais completa, faltava apenas o título da Champions League da temporada seguinte. Os romanos estavam muito empolgados, até porque a grande decisão seria realizada no Olímpico de Roma.

Os romanos bateram o Gothenburg na primeira fase e nas oitavas de finais a estrela de Falcão brilhou no primeiro jogo, ao marcar o único gol contra o CSKA Sófia da Bulgária. Na volta a Roma repetiu o placar, 1 a 0. Logo depois, a equipe da capital italiana eliminou o Dynamo Berlim e o Dundee da Escócia. Esse era o roteiro perfeito para o título.

Falcão vinha atuando em seu auge naquela temporada, inclusive conquistando mais um título da Copa da Itália. O jogador de fato era adorado pelos torcedores e o título da Champions League seria vital em sua carreira. Porém, a Roma não conseguiu vencer o Liverpool nas cobranças de pênalti, após empatar em 1 a 1 no tempo normal e o camisa 5 viu dois de seus companheiros perderem suas penalidades.

Após a decepção por causa da perda na decisão da Champions League, Falcão deixou a Roma aos 31 anos. Constantes lesões o atrapalharam e o jogador teve que deixar uma torcida que o idolatrava para se transferir para o São Paulo FC. Com a camisa da equipe, o craque anotou 30 gols em um total de 175 partidas, conquistando um título italiano e 3 da Copa Itália.

 

1985: Volta ao Brasil para comandar os “Menudos do Morumbi”

Falcão jogou com uma grande geração no SPFC.

Ainda atuando com a camisa da Roma, em 1984, Falcão havia recebido uma proposta do São Paulo, mas ele ainda cumpria contrato com a equipe italiana. Porém, em 1985, o jogador teve seu vínculo rompido, ficando livre para assinar com qualquer clube. O Napoli teve interesse em contar com o seu futebol, mas não pode inscrever novos atletas e o tricolor do Morumbi foi o destino do camisa 5.

Além do Napoli, Falcão havia recebido propostas de outras equipes da Itália, mas ele se transferiu para o São Paulo, em respeito ao clube que estava querendo contar com ele há mais tempo. Estreou justamente contra o seu time do coração, o Internacional, em um amistoso em outubro de 1985.

Muitos são-paulinos ficaram empolgados com a chegada de um craque mundialmente conhecido, que também se preparava para a Copa do Mundo de 1986. Porém, a sua passagem pelo Morumbi foi apagada, sendo muito marcada por constantes lesões. Mesmo com dois títulos conquistados com o tricolor, o Campeonato Paulista de 1985 e a Taça dos Campeões do Rio-São Paulo do mesmo ano, Falcão atuou em apenas 15 partidas, marcando um gol.

O que ficou de bom para Paulo Roberto Falcão no tricolor foi a convivência com uma grande geração de jogadores, os “Menudos do Morumbi”, que viria a conquistar o titulo Brasileirão de 1986. Jogadores como Daryo Pereira, Oscar, Silas, Muller, Careca e o goleiro Gilmar, fizeram parte daquele time histórico.

 

O Rei de Roma entrega a coroa: A aposentadoria de Falcão

Após retornar da Copa do Mundo de 1986, Paulo Roberto Falcão sentiu que era hora de parar. O jogador já não se sentia bem fisicamente e a sequencia de lesões o levou a se aposentar aos 32 anos. Após pendurar as chuteiras, passou a ser homenageado por Internacional e Roma, marcando também seus pés no hall da fama em Mônaco, como uma “Lenda do Futebol Mundial”.

Falcão como treinador do Inter.

Mesmo se aposentando, Falcão não poderia ficar fora do futebol, pois seu conhecimento sobre o esporte não deveria ser desperdiçado. Por isso, se tornou comentarista da Copa do Mundo de 1990 na Rede Manchete, ao lado de João Saldanha. Após a competição mundial, o ex- jogador foi convidado para ser treinador da Seleção Brasileira, conquistando um vice da Copa América de 1991. Mesmo com o resultado, muitos não se agradaram do seu trabalho, culminando em sua demissão.

Em seguida, Falcão passou a treinar outras equipes, como o América do México, Seleção Japonesa, Sport, Bahia e Internacional. No colorado, o ídolo do clube teve três passagens como técnico, mas não obteve o mesmo sucesso da época de jogador.

O rosto de Paulo Roberto Falcão também é muito conhecido entre os mais jovens durante o tempo em que ele foi comentarista na Rede Globo. Até porque, seu vinculo com a emissora carioca foi de 16 anos, cobrindo grandes competições do futebol.

 

Paulo Roberto Falcão e a seleção brasileira

Falcão fez parte de um mítico meio-campo na Copa de 1982.

Por causa de seu grande desempenho no Internacional, Paulo Roberto Falcão recebeu sua primeira chance em defender as cores da Seleção Brasileira. Estreou com a amarelinha em 1976, em um amistoso contra a Argentina.

Falcão continuou jogando em alto nível e após conquistar o bicampeonato brasileiro com o Inter, continuou sendo convocado. A expectativa era de que o jogador fosse chamado para a Copa do Mundo de 1978, ano em que ele foi Bola de Ouro do Brasileirão. Algo que não aconteceu, com a chegada do técnico Claudio Coutinho, que não o convocou por razões inexplicáveis.

Mas o craque não desanimou e continuou jogando em alto nível, o que lhe rendeu a convocação para a Copa América de 1979. Na competição, o jogador até marcou um gol na semifinal contra o Paraguai, mas não evitou a eliminação.

Três anos depois e jogando em alto nível, o craque não poderia ficar de fora da lista de convocados para a Copa do Mundo de 1982. No mundial, Falcão esteve ao lado de uma geração marcante, que tinha nomes como Júnior, Leandro, Toninho Cerezo, Zico, Sócrates, Paulo Isidoro, Éder Aleixo e Roberto Dinamite. Quatro anos mais tarde, o jogador voltou a ser chamado pela Seleção Brasileira, mas sem muito brilho.

Com a amarelinha, Paulo Roberto Falcão atuou em 34 partidas, marcando 7 gols. Infelizmente, em sua carreira pela seleção, não conseguiu um título, sendo uma das maiores injustiças do futebol.

 

Copa do Mundo 1982: Falcão faz parte de seleção inesquecível

A Seleção Brasileira era a forte favorita para a conquista da Copa do Mundo de 1982 na Espanha, até porque tinha um esquadrão de jogadores de dar inveja. Falcão fez parte daquele mítico meio-campo que era conhecido por jogar bonito.

O craque deixou a camisa 5 e passou a usar a camisa 15, porém o brilho foi o mesmo. Na primeira fase, a Seleção Brasileira venceu a União Soviética e Falcão anotou seus gols nas vitórias contra Escócia e Nova Zelândia. Parecia o caminho o certo para o título, até a chegada da tragédia de Sarriá.

Os brasileiros bateram a Argentina por 3 a 1, em grande partida de Falcão, que foi muito importante tática e tecnicamente. Porém, no quadrangular da segunda fase, ainda faltava a Itália. Apesar do camisa 15 da Seleção Brasileira ter marcado um gol, não foi o suficiente e os italianos venceram por 3 a 2, com grande atuação de Paolo Rossi.

Apesar da frustração da eliminação, Paulo Roberto Falcão fez uma atuação impecável, recebendo o prêmio Bola de Prata da Copa do Mundo de 1982.

 

Copa 1986: Em meio a contusões, Falcão faz torneio tímido no México

Falcão em jogo contra a Argélia na Copa de 1986.

Já convivendo com lesões, em 1986, Paulo Roberto Falcão já não estava em seu auge físico, ficando no banco na Copa do Mundo. O craque já havia ficado de fora da Copa América de 1983, porém foi muitas vezes convocado logo depois.

Falcão até estreou com a camisa da Seleção Brasileira no mundial do México, em vitória contra a Espanha, porém ele foi titular até o segundo jogo. Falcão atuou como titular contra a Argélia, mas os problemas físicos o afastaram do restante da campanha, na qual o Brasil parou nas quartas de finais contra a França de Platini.

1 Comment

  1. Antônio Joel Rodrigues de Ramos disse:

    Simplesmente um dos maiores craques mais completos do futebol mundial!

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