Tostão

Atacante, Meio campista
468 Jogos Oficiais
27 Títulos Oficiais
304 Gols Marcados
Tostão-capa
Eduardo Gonçalves de Andrade (Tostão) Brasil - Belo Horizonte
Nascimento 25 de janeiro de 1947
Falecimento -
Apelidos Tostão, Mineirinho de ouro, Rei Branco, Vice-rei
Carreira Inicio: Cruzeiro (1963)
Término: Vasco (1973)
Características Altura: 1,72 cm
Ambidestro
Posição / Outras posições Meio-campista/Atacante
Bola de prata

1970 - Seleção do Campeonato Brasileiro

Copa do Mundo

1970

Perfil / Estilo do jogador

Ora meio-campista avançado, ora centroavante, Tostão era um jogador muito diferenciado. Apresentava inteligência tática, visão de jogo, técnica, habilidade em driblar e marcar gols. Buscava o jogo o tempo todo, tabelava, criava espaços. Liderou grande geração no Cruzeiro e, apesar de centroavante na Seleção de 1970, foi um dos cinco "camisas 10" da seleção titular de Zagallo.

Categoria de base

Data Clube    
1962-63 América Mineiro    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
Cruzeiro 1964–1971 373 249
Vasco 1972–1973 30 19

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1966–1972 Brasil 65 36

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Campeonato Mineiro Cruzeiro 1965, 1966, 1967,1968 e 1969
Campeonato Brasileiro Cruzeiro 1966
Torneio Início de Minas Gerais Cruzeiro 1966
12 Torneios de pré-temporada Cruzeiro 1964-72

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Copa do Mundo 1970
Copa Roca 1971
Copa Independência 1972

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Artilheiro do Campeonato Mineiro 1966, 1967 e 1968 Cruzeiro
Artilheiro do Campeonato Brasileiro 1970 Cruzeiro
Artilheiros Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 1970 Seleção Brasileira

Desempenho

0,64
Média
Gols por jogo
1,35
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
5
Controle de Bola
5
Drible
4
Velocidade
4
Técnica
5
Finalização
5
Condicionamento Físico
4

Biografia

Tostão: O maior gênio do Cruzeiro!

Tostão, um gênio da bola mesmo com uma curta carreira!

O atacante Tostão foi um dos grandes nomes do Cruzeiro, Seleção Brasileira e futebol mundial, atuando em alguns momentos como meio-campista avançado, em outros como atacante,  centroavante, falso nove, ou o antigo ponta-de-lança. 

Tostão não possuía grandes dotes físicos: não era um jogador alto (tinha 1,72m) e não se destacava pela velocidade ou força. Por outro lado, se destacava pela inteligência tática, visão de jogo, técnica, habilidade em driblar e marcar gols. Assim,não se prendia no meio dos zagueiros, muito pelo contrário, gostava de buscar o jogo, tabelar, criar espaços, mas também aparecia na hora da definição.

O jogador é um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro. Para muitos, o maior. O que não tem discussão é que Tostão é o maior artilheiro da história do clube, com 249 gols oficiais, ficando assim no topo do ranking. Pela seleção brasileira, o jogador usou a mítica camisa 9 em 1970, sendo peça fundamental em uma época recheada de estrelas, como Pelé. Com ele, o Brasil confundia a defesa adversária, que não tinha uma referência para marcar, já que Tostão se movimentava bastante.

Apesar de brilhante, a carreira do jogador foi curta, sendo obrigado a encerrar a mesma tragicamente aos 26 anos, após uma grave lesão no olho, ocasionando no descolamento de retina. Posteriormente, após o futebol, Tostão se tornou médico e colunista, sempre mostrando muita inteligência. 

Infância, histórico e inspirações

Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, nasceu no dia 25 de janeiro de 1947, em Belo Horizonte. O pai de Tostão jogou como amador no América Mineiro, levando o filho para os treinos e partidas desde jovem. No estádio Independência, do América MG, assistiu com seu pai a grande jogadores como  Nilton Santos, Didi e um jovem Pelé. Dessa forma, o então pequenino Eduardo pegou gosto pelo esporte. 

O apelido “Tostão” surgiu aos sete anos de idade, quando atuou em uma equipe de várzea diante dos meninos do Atlético Mineiro, que tinham entre 12 e 15 anos. Por ser um dos menores do jogo, foi comparado com a moeda, que era desvalorizada no período. Porém, em campo, já mostrou faro de gol, anotando o do triunfo da sua equipe.

Apesar de jogar futebol desde muito jovem, Tostão tinha um trauma. Aos seis anos, teve um acidente no pé direito, machucando uma das unhas. Dessa forma, o jogador só conseguia usar a perna esquerda. O trauma foi superado apenas aos 19 anos, já na seleção, quando o preparador físico Paulo Amaral o fez treinar diariamente com a perna direita, contribuindo para que virasse um jogador mais completo e ambidestro.

A primeira oportunidade em um clube foi no Cruzeiro, aos 13 anos, atuando no futebol de salão. Segundo Tostão, foi o seu Primo Ronaldo Gonçalves, que também se tornaria jogador de futebol profissional, quem o levou para jogar no salão do Cruzeiro.  Posteriormente, passou a jogar tanto campo quanto Salão no Cruzeiro.

Porém, aos 15, Tostão acabou indo o América Mineiro, clube pelo qual torcia na infância e clube pelo qual seu pai jogou. Aos 16 anos, porém, logo já retornou ao Cruzeiro para brilhar.

1963 – 1972: No Cruzeiro se torna um dos melhores do Brasil

Tostão tem 249 gols oficiais com o Cruzeiro

Após um ano atuando pelo juvenil do América MG, Tostão despertou o interesse do próprio Cruzeiro, dessa vez para o campo. O diretor Felício Brandi foi o responsável por concluir a sua negociação, inclusive chegando atrasado no seu próprio casamento para finalizar a transação.

Curiosamente, Tostão ficou em dúvida se deveria continuar a estudar e ter uma carreira tradicional como médicou ou engenheiro ou se deveria se dedicar ao futebol. Enquanto não se decidia, jogou por 2 anos no Cruzeiro ao mesmo tempo em que estudava. Tanto que se decidiu definitivamente pela carreira de futebol apenas aos 18 anos, em 1965, quando já era conhecido nacionalmente e já vestia com frequência a camisa da seleção brasileira e prester a ser convocado para a Copa do Mundo de 1966.

O dirigente via potencial, mas talvez nem ele mesmo imaginava como seria linda a história entre Tostão e Cruzeiro, um casamento perfeito que rendeu títulos e momentos marcantes. Tostão, aos 16 anos e logo na sua primeira temporada, mostrando todo o seu potencial, já se tornou titular do time do Cruzeiro.

Ainda coadjuvante em Minas, Tostão chega ao Cruzeiro

Quando Tostão veio para o Cruzeiro, o Atlético MG dominva a cena do futebol em Minas Gerais. No estado, o Cruzeiro era coadjuvante juntamente com o América/MG. Além disso, o futebol mineiro também não tinha grande protagonismo no cenário nacional, dominado à época por clubes de SP e RJ.

Tostão, contudo, aos poucos e em companhia de outros grandes jogadores jovens que entraram no Cruzeiro mais ou menos junto com ele. Isto inclui jogadores como Wilson Piazza, Dirceu Lopes,  Zé Carlos e Natal. Posteriormente, esses jovens com enorme potencial, receberiam o reforço do grande goleiro Raul Plassmann. Com eles, Tostão mudaria a história do clube e o colocaria entre os grandes do Brasil.

1965: Cruzeiro e Tostão se fortalecem com o Mineirão

O ano de 1965 marcou o ano de inauguração do estádio do Mineirão. O Cruzeiro, com a base do time formado por jovens de grande potencial liderados por Tostão, passou a mandar seus jogos no estádio. Em pouco tempo, o Cruzeiro foi campeão mineiro de 1965, sendo o primeiro campeão mineiro do estádio.

Nos quatro anos seguintes, a história se repetiu: Cruzeiro, então já um dos melhores times do Brasil, foi campeão em 1966, 1967, 1968 e 1969. Assim como em 1965, o Atlético MG foi vice-campeão em todas as cinco edições. Tostão, por sua vez, foi artilheiro do clube em três das quatro edições (1966, 1967 e 1968). Feito notável, considerando que era meia, não atacante.

Esse período de grande domínio do Cruzeiro no estado de Minas Gerais ficou conhecido como “Era Mineirão”. Porém, o Cruzeiro passaria não só dominar o futebol local, como também despontar nacionalmente.

1966: Tostão e Cruzeiro humilham o Santos do Pelé

Cruzeiro de Tostão humilhou o Santos

A caminhada do Cruzeiro na Taça Brasil de 1966, o Campeonato Brasileiro na época, foi atropelando o Americano no Grupo Centro, fazendo 4 a 0 na ida e 6 a 1 na volta. Em seguida, mediu forças com o Grêmio, empatando sem gols na ida e vencendo por 2 a 1 na volta. Na semifinal, duas vitórias diante do Fluminense, sendo 1 a 0 e 3 a 1.

Com esses resultados, o Cruzeiro de Tostão se garantiu na final, onde enfrentou o Santos de Pelé, que vinha de cinco títulos da competição, duas Libertadores e dois Mundiais.

No Estádio Mineirão, contando com cerca de 90 mil pessoas, o Cruzeiro foi à campo com: Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira, comandados por Airton Moreira. Do outro lado estavam o galáctico time do Santos Futebol Clube, formado por Gilmar, Carlos Alberto Torres, Zito, Pelé, Pepe e cia, que tinha como técnico o lendário Lula. O favoritismo era todo da equipe do Rei, mas em campo não foi isso que ocorreu.

Todos os presentes tiveram a honra de presenciar um verdadeiro baile, uma máquina azul. Zé Carlos (contra), Natal, Dirceu Lopes (três vezes) e Tostão fizeram os gols de uma goleada histórica, 6 a 2. Os gols do Peixe foram anotados por Toninho Guerreiro. A derrota foi humilhante, mas ainda tinha a volta. O Peixe abriu 2 a 0 logo no primeiro tempo, com Pelé e Toninho Guerreira, se motivando. Porém, Natal, Dirceu Lopes e Tostão viraram o jogo, dando ao Cruzeiro o seu primeiro título de Campeonato Brasileiro.

Após sobrar nos dois jogos, organizando todas as jogadas do Cruzeiro e ainda anotando gols, Tostão ganhou o apelido de “Rei Branco” do Futebol, em alusão a Pelé, o “Rei Negro”.

Dirceu Lopes e Tostão: Uma das duplas mais talentosas do futebol

Tostão, Pelé e Dirceu em Cruzeiro x Santos

Durante a “Era Mineirão”, Tostão também acabou formando uma das maiores duplas de todos os tempos no Cruzeiro com o companheiro Dirceu Lopes. Juntos no meio-campo, eles formaram uma das parcerias mais letais de todos os tempos, conquistando títulos, anotando gols e desfilando em campo com perfeição, mostrando muito entrosamento.

Eles conseguiram feitos incríveis, inclusive vencendo o então bicampeão da Libertadores e Mundial, o Santos de Pelé, que dominava o futebol brasileiro com um pentacampeonato nacional.

Além de Dirceu Lopes, Tostão contou com companheiros históricos no Cruzeiro. Alguns dos destaques foram Wilson Piazza e Raul Plassmann, lendas da raposa.

Resumo da passagem de Tostão pelo Cruzeiro

Com a camisa do Cruzeiro, Tostão conquistou o Campeonato Brasileiro de 1966, 4 Campeonatos Mineiros e um Torneio Início de Minas Gerais. Além desses títulos, foram 17 taças e torneios entre 1964 e 1972. 

No desempenho individual, o jogador foi o goleador máximo do Campeonato Mineiro três vezes seguidas, em 1966, 1967 e 1968. No Campeonato Brasileiro de 1970 foi mais uma vez o artilheiro, anotando 12 gols.

Ao todo, foram 23 títulos com a camisa do Cruzeiro e, apesar de atuar no clube como meio-campista, conseguiu cinco artilharias e 249 gols oficiais, se tornando o maior artilheiro da história do clube até hoje. Sendo assim, a lenda é apontada por muitos como o maior ídolo da Raposa. 

Copa do Mundo 1970: Tostão é parte de um dos maiores times do século

Tostão fez dupla com Pelé

A estreia de Tostão na Seleção Brasileira foi com apenas 19 anos, convocado pelo treinador Vicente Feola, em 15 de maio de 1966, em um amistoso diante do Chile que acabou no empate por 1 a 1 no Morumbi.

Ele integrou a lista dos 47 convocados para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo da Inglaterra, e com a definição dos 22 nomes finais, esteve presente. Contudo, acabou atuando apenas um duelo, na derrota por 3 a 1 diante da Hungria, anotando o único gol brasileiro. A Seleção não foi bem, sendo eliminada precocemente na primeira fase.

Tostão seguiu como reserva de Pelé após a Copa, porém, a volta por cima começou em 1969, sob o comando de João Saldanha. O treinador passou a usar o então meia do Cruzeiro como atacante, formando um ataque poderoso e ao lado do Rei. 

“Eu fui, durante muitos anos, até 1969, quando chegou o Saldanha na Seleção, um eterno reserva do Pelé. O Saldanha me colocou para jogar com o Pelé e foi o melhor momento que eu tive na Seleção”, disse Tostão, em entrevista ao Globo Esporte, anos depois.

Dessa forma, Tostão foi o artilheiro das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, com dez gols, ajudando a classificar o Brasil para a Copa do Mundo do México, de 1970. Com a saída de João Saldanha e a chegada de Zagallo, Tostão voltou para o banco de reservas. Porém, perto do Mundial, o jogador voltou a ser utilizado, atuando como o centroavante da equipe que, anos depois, seria referência para os famosos “falsos 9”.

Tostão na Copa de 1970: Atuou como o camisa 9

Como centroavante, Tostão se reinventou

Diferente do que fazia no Cruzeiro, Tostão atuava mais avançado na Seleção Brasileira, como centroavante e camisa 9. Colocar Tostão nessa posição foi uma solução encontrada por Zagallo para colocar o time mais talentoso, já que a seleção contava com grandes craques que jogavam com a camisa 10 nos seus respectivos times. Pelé  era 10 do Santos; Rivellino 10 do Corinthians; Jairzinho 10 do Botafogo; Gérson 10 do São Paulo FC; e Tostão 10 do Cruzeiro.

Embora fosse centroavante na Copa de 1970, Tostão não se prendia entre os zagueiros. Com a movimentação frequente, confundia os adversários e abria espaço para os seus companheiros.

O jogador anotou “apenas” dois gols, ambos contra o Peru, nas quartas de finais. Porém, o seu papel em campo foi além disso. Com uma capacidade técnica absurda e sendo fundamental para que outros jogadores aparecessem, como Jairzinho, Gérson e Pelé. Segundo o próprio Tostão diria anos mais tarde em entrevista, ele foi o “Facilitador” de gols daquela seleção. 

Dessa forma, a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato batendo a Itália por 4 a 1 na final, consagrando todos os jogadores e os eternizando na lista dos campeões mundiais com a amarelinha.

O time titular da campanha foi: Félix; Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jairzinho, Pelé e Tostão, dirigidos por Mário Jorge Lobo Zagallo.

1972: Saída do Cruzeiro para breve passagem no Vasco da Gama

No Vasco, atuou apenas em uma temporada

Após se tornar campeão mundial com a seleção brasileira em 1970, atuando em uma posição que não era a sua, o centroavante Tostão ficou em alta e o Cruzeiro recebeu uma oferta irrecusável do Vasco da Gama, no ano de 1972. O Cruzeiro já havia caído de produção após a “Era Mineirão”. Na ocasião, o Cruz-Maltino desembolsou o equivalente a 17 milhões de reais, um valor completamente fora da realidade para a época. Inclusive, a transação se tornou a mais cara até então envolvendo clubes brasileiros. Realmente irrecusável.

Dessa forma, a última partida de Tostão com a camisa da Raposa foi diante do Nacional de Uberaba, em abril de 1972, em duelo que terminou em 2 a 2, válido pelo Campeonato Mineiro. 

1972 – 1973: Período no Vasco da Gama 

Tostão chegou no Vasco da Gama com a moral bem elevada por tudo o que fez no Cruzeiro e na Seleção Brasileira. A equipe passava por uma crise, e o torcedor voltou a se animar com a chegada do astro. Logo de cara ele foi eleito o melhor jogador do Cruz Maltino em 1972, após uma temporada sem títulos, mas com bom desempenho individual.  Porém, a história entre Tostão e Vasco da Gama não durou muito.

Após 30 jogos e 19 gols, o jogador anunciou a sua aposentadoria. Apenas um ano após a sua chegada. O motivo: o agravamento da já antiga lesão no olho.

1973: Com uma lesão no olho, Tostão encerra carreira precocemente

Tostão teve grave lesão no olho

A história dessa lesão no olho de Tostão começou anos atrás.  Ainda em 1969, atuando pela Seleção Brasileira em um amistoso contra o Millonarios, da Colômbia. A partida acontecia no dia 1º de agosto, e Tostão se chocou com o zagueiro Castaños. No encontro ele acabou recebendo uma pancada no olho esquerdo, lesionando o mesmo. 

Poucos meses depois, em 24 de setembro de 1969, o jogador levou uma bolada de Ditão, zagueiro do Corinthians, no mesmo olho, de raspão, o que ocasionou um descolamento de retina. tudo isso com apenas 22 anos.

Tostão teve que passar por uma cirurgia no mês de outubro do mesmo ano, sendo operado pelo médico Roberto Abdalla Moura, em Houston, nos Estados Unidos. Após seis meses de repouso, ele conseguiu se recuperar a tempo e ainda foi para a Copa do Mundo, no México, onde conquistaria seu mais importante título como jogador, que o colocou num Hall ainda maior dentro do futebol.

Após alguns anos atuando mesmo com o olho sem estar nas melhores condições, o jogador teve uma inflamação na retina em 1973. Então, para não ficar cego, foi orientado a abandonar os gramados com apenas 26 anos e apenas dez de carreira. O seu último jogo pelo Vasco foi em 17 de fevereiro de 1973, diante do Argentinos Juniors. O último gol foi 17 dias antes, contra o Flamengo.

Tostão também já havia encerrado sua participação na Seleção Brasileira em 1972. Com a amarelinha, foram 65 jogos e 36 gols, uma excelente média de 0,55 gols por partida.

Carreira pós aposentadoria de Tostão

Após ser ídolo do Cruzeiro, virou o Dr Eduardo e também colunista

Após a sua aposentadoria precoce, Tostão decidiu retomar seu antigo desejo, de se formar e exercer uma profissão como profissional liberal. Segundo Tostão, o fato de encerrar a carreira com 26 anos, favoreceu também com que tivesse “ânimo” para voltar a estudar. Portanto,  prestou vestibular em 1975 e passou em dois cursos: Faculdade de Ciências Médicas e na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escolhendo pela segunda opção.

Dessa forma, em 1981 se tornou no Dr. Eduardo, trabalhando como médico e professor de alunos residentes de medicina. 

Tostão ainda voltou ao futebol, como comentarista na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. A lenda ainda escreveu um livro, “Lembranças, Opiniões e Reflexões sobre Futebol”, posteriormente se tornando um dos colunistas do Diário da Tarde, de Belo Horizonte, Estado de Minas e também do Jornal Folha de São Paulo.

 

Referências

https://www.ludopedio.com.br/entrevistas/tostao/

https://trivela.com.br/sem-categoria/tostao-lembrancas-opinioes-e-reflexoes-sobre-futebol/

https://www.transfermarkt.com.br/tostao/profil/spieler/229675

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tost%C3%A3o

https://www.ogol.com.br/player.php?id=26347&epoca_id=0

https://www.cbf.com.br/selecao-brasileira/noticias/selecao-masculina/50-anos-do-tri-tostao-meia-da-selecao-brasileira-de-1970

https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/tostao-2319

https://globoesporte.globo.com/mg/futebol/noticia/os-70-anos-de-tostao-fui-grande-jogador-mas-num-segundo-ou-terceiro-escalao.ghtml

https://onefootball.com/pt-br/noticias/os-maiores-artilheiros-da-historia-cruzeiro-32060786

https://www.uol.com.br/esporte/futebol/listas/cinco-jogadores-que-encerraram-a-carreira-por-causa-de-lesoes.htm#:~:text=Em%201970%2C%20Tost%C3%A3o%20se%20recuperou,Copa%20do%20Mundo%20do%20M%C3%A9xico.&text=Depois%20de%20se%20transferir%20para,novos%20problemas%20na%20mesma%20retina

https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Futebol_de_1966

https://www.imortaisdofutebol.com/2013/03/19/jogos-eternos-cruzeiro-6×2-santos-1966/

http://globoesporte.globo.com/mg/torcedor-cruzeiro/platb/2014/01/12/a-grande-virada-santos-2-x-3-cruzeiro-conquistando-o-brasil/

http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2012/06/ex-presidente-vascaino-admite-decepcao-com-tostao-apos-40-anos.html#:~:text=O%20valor%20da%20transfer%C3%AAncia%20foi,empr%C3%A9stimo%20de%20um%20banco%20portugu%C3%AAs

https://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_do_Mundo_FIFA_de_1966

https://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_do_Mundo_FIFA_de_1970

https://www.cbf.com.br/selecao-brasileira/noticias/selecao-masculina/50-anos-do-tri-a-selecao-brasileira-de-1970-e-seus-cinco-camisas-10 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Governador_Magalh%C3%A3es_Pinto#:~:text=O%20Est%C3%A1dio%20Governador%20Magalh%C3%A3es%20Pinto,torcedores%2C%20mesmo%20diante%20de%20d%C3%ADvida

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