Taffarel

Goleiro
818 Jogos Oficiais
15 Títulos Oficiais
0 Gols Marcados
Claudio Taffarel Brasil - Santa Rosa - Rio Grande do Sul
Nascimento 08 de maio de 1966
Falecimento -
Apelidos Taffa, São Taffarel, O homem das mãos santas
Carreira Início: (1985) Internacional
Término: (2003) Parma
Características Altura: 1,83
Destro
Posição / Outras posições Goleiro
Copa do Mundo

1994

bola de ouro

1988

Bola de prata

1987, 1988

Perfil / Estilo do jogador

Ágil, frio e dono de um reflexo impecável, Claudio Taffarel fez sucesso por todas as equipes por onde passou e até mesmo no período do alto de sua experiência. Além disso, o goleiro era conhecido por ser um exímio pegador de pênaltis e foi dessa forma que proporcionou ao torcedor brasileiro momentos memoráveis. Assim, ele obtinha os principais requisitos para ser um jogador bem sucedido em sua posição.

Categoria de base

Data Clube    
1983 Tupi de Crissiumal    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1985-1990 Internacional 252 0
1990-1994 / 2001-2003 Parma 100 0
1993-1994 Reggina 33 0
1995-1998 Atlético Mineiro 191 0
1998-2001 Galatasaray 141 0

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1988-1998 Brasil 104 0

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Parma Copa Itália 1991-92, 2001-02
Parma Recopa Europeia 1992-93
Atlético Mineiro Campeonato Mineiro 1995
Atlético Mineiro Copa Centenário de Belo Horizonte 1997
Atlético Mineiro Copa CONMEBOL 1997
Galatasaray Campeonato Turco 1999, 2000
Galatasaray Copa da Turquia 1999, 2000
Galatasaray Copa da UEFA 2000
Galatasaray Supercopa da UEFA 2000

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Copa do Mundo 1994
Copa América 1987, 1997

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Bola de Ouro da Revista Placar 1988 Internacional
Bola de Prata da Revista Placar 1987, 1988 Internacional
Terceiro melhor goleiro do mundo pela IFFHS 1991, 1994 Parma/ Reggina
Terceiro melhor jogador das Américas 1988 Internacional
Terceiro melhor goleiro da Copa do Mundo FIFA 1994 Seleção Brasileira
Segundo melhor goleiro da América do Sul dos últimos 25 anos pela IFFHS

Desempenho

0,83
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Defesa de pênaltis
4
Saída do gol
4
Posicionamento
4
Técnica com os pés
3
Reflexo
4
Reposição de bola
3
Agilidade
4
Bola Aérea
3

Biografia

Claudio Taffarel: Ídolo da seleção e um dos primeiros goleiros brasileiros a brilhar na Europa

Claudio Taffarel ídolo da seleção brasileira.

Goleiro icônico e um dos melhores da história do futebol brasileiro, Claudio Taffarel é conhecido por suas defesas difíceis e por ser um exímio pegador de pênaltis. Foi dessa forma, que ele fez sucesso em sua carreira, atuando tanto em clubes como na seleção brasileira, sendo imortalizado na memória dos torcedores.

Em clubes, Taffarel começou sua trajetória no Internacional e desde cedo se destacou na equipe. Tanto que em 1988, ainda no inicio de sua carreira, o jovem goleiro conquistou a Bola de Ouro do Campeonato Brasileiro. Um feito e tanto, obtido por apenas dois goleiros na história, Waldir Peres e Rogério Ceni.

Ainda no Brasil, o goleiro representou também apenas o Atlético Mineiro, pois passou boa parte de sua carreira no futebol europeu. Inclusive, Taffarel deixou o Brasil logo cedo, justamente em um período em que os jogadores brasileiros pouco saiam do país. No velho continente, suas passagens de destaque foram no Parma e no Galatasaray, sendo que na equipe turca ele faturou o histórico título da Copa UEFA de 2000.

Sua passagem de sucesso no velho continente abriu a porteira para que outros goleiros também brilhassem em solo europeu. Tanto que depois de Taffarel, outros arqueiros como Dida, Júlio César, Alisson e outros tantos também se destacaram na Europa.

Mesmo com seu sucesso em clubes, Taffarel se destacou mesmo e fez seu nome no futebol atuando pela seleção brasileira. Até porque, na meta do escrete brasileiro ele entrou para história ao ser o único goleiro do país a jogar três Copas do Mundo seguidas (1990,1994 e1998). Um grande feito, com atuações que renderam o título de 1994 e o famoso bordão “Sai que é sua Taffarel” em 1998.

No total de sua carreira, Taffarel atuou 818 jogos em seus 18 anos como goleiro profissional.

Infância, histórico e inspirações

Claudio André Mergen Taffarel nasceu no município de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, em 1966, mas desde cedo passou a morar em Crissiumal, interior do estado. Descendente de italianos e alemães passou uma infância pobre em sua cidade e quando criança encontrou no esporte sua principal fonte de lazer. Assim, em sua escola, o garoto começou a se destacar em algumas modalidades, como vôlei, basquete, handebol e futebol.

Curiosamente, naquela época, Taffarel não tinha o futebol como o seu principal esporte, sendo que ele jogava com o seus amigos apenas de vez em quando. Tanto que em sua escola, o garoto se destacava realmente no vôlei, onde conquistou suas principais medalhas. Mas em 1974, ele foi convidado para ser goleiro da equipe de dente de leite do seu colégio, se destacou e venceu a competição.

Aos 17 anos, Taffarel passou a integrar uma pequena equipe de sua cidade, o Tupi, onde além de jogar futebol, continuou jogando vôlei. Mas foi no esporte bretão em que o goleiro se destacou e resolveu fazer testes no Grêmio FP e no Internacional. No tricolor gaúcho ele foi reprovado e também seria no colorado, se não fosse por uma pequena ajuda.

Carlos Willy Grün, então prefeito da cidade de Crissiumal e ex-jogador do Tupi, foi quem levou Taffarel ao Internacional, por acreditar em seu potencial. Assim o goleiro enfim conseguiu ser aprovado no clube, após ter sido rejeitado anteriormente.

 

1985–1990: Taffarel tem icônica passagem no Internacional mesmo sem títulos


Aos 18 anos de idade, Taffarel passou a integrar a equipe do Internacional, em um período que era apenas chamado de Claudio. Jovem e discreto, o goleiro foi destacando aos poucos na equipe colorada e enfim passou a ser titular em setembro de 1985, após a saída do então dono da posição, Gilmar Rinaldi.

A cada jogo como titular, o jovem Claudio vinha mostrando porque era o dono da meta da equipe, empolgando a torcida com grandes defesas. Não demorou muito para que ele se tornasse Taffarel, um verdadeiro gigante debaixo das traves coloradas.

Em 1986, Claudio Taffarel foi eleito uma das grandes revelações do Campeonato Brasileiro e já na temporada seguinte se tornou um dos melhores do país.Em 1987, o goleiro recebeu o prêmio Bola de Prata da Revista Placar, como o melhor de sua posição. Já em 1988, ele foi além e conseguiu também a Bola de Ouro, sendo o melhor jogador entre todos da competição nacional e o terceiro melhor da América do Sul.

Todas essas conquistas foram mais do que merecidas, pois Taffarel foi essencial nas campanhas que levaram o Internacional a duas finais de Campeonato Brasileiro. Porém, sua equipe bateu na trave em decisões contra o Flamengo em 1987 e Bahia em 1988, sendo que contra os rubro-negros o goleiro acabou falhando. Nos estaduais, sua sorte não mudou, sendo vice-campeão por 5 vezes diante do maior rival, o Grêmio.

Nesse meio tempo, Taffarel atuou ao lado de icônicos jogadores que vestiram a camisa do Internacional, como o lateral Luís Carlos Winck e os atacantes Amarildo e Brites. Além disso, o goleiro foi treinado pelo lendário Ênio de Andrade durante esse período.

Sucesso mundial e saída do Internacional

Em 1990, Claudio Taffarel se destacou na Copa do Mundo e dessa forma despertou o interesse do futebol europeu. O então presidente do Internacional, José Asmuz, afirmou que tinha na mesa propostas de Real Madrid e Parma. Na ocasião, os italianos que tinham um projeto ambicioso com a Parmalat, foram os encarregados de contratarem o jovem goleiro de 24 anos, que se tornou um dos primeiros brasileiros da posição a irem para a Europa.

Muito irritada com tal saída, a torcida colorada resolveu fazer uma provocação contra o goleiro em sua partida de despedida diante do Grêmio. Durante o jogo, os colorados passaram a pedir a entrada de Maizena, substituo de Taffarel, como uma maneira de demonstrar insatisfação com tal situação.

Mesmo saindo dessa forma, Taffarel entrou para a história do Internacional de Porto Alegre como um dos grandes ídolos do clube. Assim, ele entrou para o seleto grupo de goleiros lendários de uma equipe que contou com importantes nomes como Manga, Gilmar Rinaldi e posteriormente Clemer e Alisson. Foram 5 anos de dedicação ao Colorado, com 252 jogos, sendo que muitos deles contaram com atuações excepcionais.

 

1990–1995: Cláudio Taffarel chega ao Parma como o primeiro goleiro brasileiro na Itália


Claudio Taffarel chegou ao Parma em 1990, por uma quantia de 1,6 milhão de dólares, como uma das grandes contratações da equipe. Em parceria com a Parmalat, o clube estava montando um projeto ambicioso, após voltar a serie A italiana depois de 54 anos. Tanto que além do goleiro, foram contratados jogadores que se destacaram na Copa de 1990 como o belga Georges Grün e o sueco Thomas Brolin.

Com sua transferência, Taffarel entrou para a história como o primeiro goleiro brasileiro a representar um time na velha bota. Algo muito significativo, em um país que sempre teve a tradição de formar grandes arqueiros.

Por tamanha expectativa depositada em seu futebol, Taffarel se tornou titular logo de cara, sendo importante na conquista do 6º lugar do Campeonato Italiano. Na competição, o arqueiro ostentou a melhor marca de jogos sem tomar gols, num total de 19, por conta de suas impressionantes atuações. Inclusive, no mesmo ano, ainda se tomou o 3º melhor goleiro do mundo.

Em 1991-92, Taffarel faturou o título da Copa Itália, mesmo sem ter atuado como titular, para dar chance ao goleiro Marco Ballotta. O ídolo da seleção brasileira voltaria a ser preterido novamente na temporada seguinte, 1992-93, quando faturou a Recopa Europeia, mas dessa vez por um motivo diferente. Suas falhas e falta de segurança em algumas partidas, lhe colocaram no banco de reservas.

Até que em 1993-94, o goleiro foi emprestado para o Reggina, onde foi decisivo para manter a equipe na primeira divisão italiana. Por lá, ele permaneceu por apenas uma temporada e realizou 33 jogos que foram marcantes para o pequeno clube.

De volta ao Parma, Taffarel não conseguiu se firmar, pois a equipe trouxe mais jogadores estrangeiros não dando espaço ao goleiro. Assim, ele deixou o clube com 85 partidas disputadas rumo ao Atlético Mineiro.

 

1995–1998: De volta ao Brasil, ClaudioTaffarel defende as cores do Atlético Mineiro


Claudio Taffarel em sua passagem no Atlético Mineiro.

Ao deixar a equipe do Parma, Claudio Taffarel esteve próximo de acertar com o futebol japonês, porém o Alético Mineiro atravessou o negócio. Para contar com o goleiro, os atleticanos desembolsaram um valor de 1,3 milhão de reais, no que foi a contratação mais cara do futebol brasileiro de um jogador dessa posição.

As ruas de Belo Horizonte ficaram pequenas em meio a tantos torcedores atleticanos que saíram de suas casas para comemorar a contratação de Taffarel. Toda a empolgação era válida, até porque, o goleiro acabara de ser campeão do mundo com a seleção brasileira e de uma maneira magistral.

Logo em seu ano de estreia, Taffarel conquistou o seu primeiro título no futebol brasileiro, o Campeonato Mineiro. Dois anos depois, em 1997, o goleiro voltou a faturar mais um título com a camisa do Galo, dessa vez a Copa Conmebol. Na competição sua participação foi de suma importância, em uma campanha sem nenhuma derrota e com apenas 5 gols tomados em 10 partidas.

No mesmo ano, Taffarel ainda venceu o torneio amistoso da Copa Centenário de Belo Horizonte. Porém, em 1998, por motivos de atrasos salariais, o goleiro passou a se desentender com a diretoria atleticana e chegou a bater boca com o presidente do clube. Esse foi estopim para a sua saída da equipe, que se concretizou após uma negociação bem sucedida com o Galatasaray.

Mesmo saindo de forma conturbada, o goleiro teve bons momentos no Galo, tendo atuado ao lado de grandes jogadores como Éder Aleixo, Marques, Toninho Cerezo e o meia Jorginho. Taffarel foi treinado por um grande técnico também, Emerson Leão, comandante da equipe no título da Copa Conmebol.

Assim, em seus 3 anos representando o Atlético Mineiro, Taffarel atuou em 191 partidas.

 

1998–2001: Chegada de Cláudio Taffarel ao Galatasaray para se tornar ídolo


Passagem pelo Galatasaray como ídolo.

Após se destacar no Atlético Mineiro, Claudio Taffarel foi contratado pelo Galatasaray da Turquia, equipe então desconhecida pelo público brasileiro. Sua chegada à equipe turca se deu por uma quantia de 600 mil dólares, após ter realizado a Copa do Mundo de 1998.

Como Taffarel havia brilhado no mundial, a expectativa pela sua estreia era das melhores possíveis. Assim, o goleiro não decepcionou e foi essencial nas conquistas de duas competições nacionais, o Campeonato Turco e a Copa da Turquia, ainda em 1998-99. Porém, sua melhor temporada com a equipe estaria por vir, sendo a mais vitoriosa de sua carreira em clubes.

Em 1999-00, além de o arqueiro ter conquistado novamente os títulos nacionais, ele também faturou um inédito troféu para o seu clube. Naquela temporada, o Galatasaray surpreendeu a todos e conseguiu chegar à grande decisão da UEFA Europa League , com Taffarel sendo essencial para tal campanha.

Na final da competição, os turcos estiveram de frente com o forte time do Arsenal de Thierry Henry. Porém, o que se viu foi uma grande atuação de Taffarel, que parou o atacante francês e segurou o empate em 0 a 0, após expulsão de Haigi, seu companheiro de equipe. Nas penalidades, como de costume, o goleiro acertou todos os lados, mas contou com a sorte, pois os chutes de Sucker e Vieira bateram na trave.

Com o título inédito, Taffarel entrou para a história como um dos maiores ídolos do clube, em país apaixonado pelo futebol. De quebra, na mesma temporada, ainda faturou a Supercopa da UEFA diante do Real Madrid. Logo, ele conquistou importantes taças ao lado de uma geração imortalizada, junto com os romenos Gheorghe Hagi e Gheorghe Popescu.

Já em final de carreira, o goleiro deixou o clube 2001, após 141 jogos disputados.

 

2001–2003: Claudio Taffarel Retorna ao Parma para encerrar a carreira


O veterano goleiro conquista seu último título pelo Parma.

Aos 35 anos, Claudio Taffarel retornava à equipe do Parma em 2001, para substituir Gianluigi Buffon que havia deixado a equipe rumo à Juventus. O experiente goleiro chegava ao clube sabendo que sua carreira estava na fase final e que aquela poderia ser sua última passagem em times.

Em sua primeira temporada de volta ao clube, ele provou que poderia ser muito útil no alto de sua experiência. Tanto que foi importante na conquista do título da Copa da Itália de 2001-02, em final contra a favorita Juventus. Porém, no Campeonato Italiano o Taffarel ficou como suplente, servindo muito mais como um preparador para o jovem goleiro francês Sébastien Frey.

Mesmo não jogando com regularidade, Taffarel pelo menos atuou ao lado de uma nova geração de icônicos jogadores que passaram pelo Parma. Dentre eles estavam o lateral esquerdo Junior, que fez parte da seleção de 2002, o meio-campista argentino Matías Almeyda e os atacantes Di Vaio, Adrián Mutu e um tal de Adriano Imperador.

Sabendo de suas condições físicas, aos 37 anos de idade, Taffarel observou que era hora de encerrar a carreira. Então ao final da temporada 2002-03, ele decidiu se aposentar, Porém, uma proposta do Empoli o deixou balançado e assim o goleiro repensou a aposentadoria.

Todavia, enquanto viajava de carro, o arqueiro sofreu um acidente, que não foi muito grave, mas ele entendeu aquilo como um “sinal divino” para o encerramento de sua carreira. Assim, o seu último jogo como profissional foi contra o Vicenza pelas quartas de finais da Copa Itália de 2002-03.

Em sua volta ao Parma, o goleiro atuou em apenas 15 partidas, somando um total de 100 jogos, contando suas duas passagens pelo clube.

 

Claudio Taffarel na seleção brasileira


Em 1985, Claudio Taffarel conquistou a Copa do Mundo sub-20 pelo Brasil e o ouro nos jogos pan-americanos de 1987. Nas olimpíadas de Seoul em 1988, ele faturou a prata, se destacando na competição, principalmente ao defender três pênaltis na semifinal contra a seleção alemã. Tamanhas atuações logo chamaram a atenção, lhe rendendo vaga na seleção brasileira principal.

Em 1988, Taffarel estreou pela seleção principal sem ser vazado, algo que voltaria a ocorrer em diversas vezes. Na ocasião, o Brasil venceu um amistoso contra a Austrália por 1 a 0.

Já em 1989, aos 23 anos, o goleiro foi importante na conquista da Copa América e assegurou seu lugar na meta brasileira. Assim, Taffarel foi importante no sólido sistema defensivo do Brasil na Copa do Mundo de 1990 na Itália. Tanto que foram apenas dois gols sofridos na competição e um deles para a Argentina, que culminou na eliminação nas oitavas.

Porém, quatro anos depois, Taffarel deu a volta por cima e garantiu o título da Copa do Mundo de 1994. Já em 1998 na França, ele levou o escrete brasileiro à grande decisão, com icônicas defesas de pênaltis na semifinal final contra a seleção holandesa. Nesse dia, seu desempenho foi tão impressionante que inspirou o famoso bordão de Galvão Bueno “Saí que é sua Taffarel”. Porém, na final, o Brasil perdeu para os donos da casa por 3 a 0, no que foi o seu último jogo pela seleção.

Ao disputar 3 Copas do Mundo seguidas como titular da meta, Taffarel se tornou o único goleiro brasileiro da história a conseguir tal feito. Além disso, ele é o jogador brasileiro da posição com mais jogos na Copa América, num total de 25. Esses recordes lhe resultaram um título da Copa do Mundo (1994) e dois da Copa América (1989, 1997), num total de 104 partidas.

Taffarel participou de gerações geniais do futebol brasileiro

Taffarel pode se considerar um privilegiado por ter disputado 3 Copas do Mundo ao lado de verdadeiras lendas. Tanto que em 1990, ele esteve ao lado de Muller, Careca, Dunga, Jorginho, Branco, Mauro Galvão e Ricardo Gomes, Bebeto e Romário.

Já em 1994, o goleiro viu Bebeto e Romário brilharem e ainda contou com as parcerias de Leonardo, Zinho e Mazinho. Na Copa seguinte, em 1998, mais um forte geração capitaneada por Taffarel, passou a contar com Ronaldo, Rivaldo, Edmundo, Cafú e Roberto Carlos.

Copa de 1994: conduziu o Brasil à conquista da Copa do Mundo após 24 anos

Em 1994, Claudio Taffarel atuava no modesto Reggina. Mesmo assim, na seleção brasileira o seu lugar estava assegurado, por tamanha reputação conquistada na meta da seleção. Assim, o goleiro foi convocado para a Copa do Mundo daquele ano nos Estados Unidos, sendo importante em uma forte defesa montada por Carlos Alberto Parreira.

Dessa forma, Taffarel passou pela fase de grupos com apenas um gol tomado, dando tranquilidade para que o ataque da seleção pudesse brilhar. Nas oitavas de finais, contra os donos da casa, o goleiro foi fundamental para segurar a bronca lá atrás e ajudar o Brasil a vencer por 1 a 0.

Já nas quartas de finais, o goleiro enfrentou um jogo duro contra a Holanda e apesar de ter operado verdadeiros milagres, acabou tomando dois gols. Porém, suas defesas foram essenciais para segurar a vitória brasileira pelo placar de 3 a 2. Na semifinal, o Brasil venceu por outro placar magro de 1 a 0 e Taffarel foi determinante mais uma vez para que a defesa não fosse vazada.

Apesar de ter feito grandes atuações naquela Copa, foi na final contra a Itália que Taffarel chamou a atenção do planeta. Em jogo duro no tempo normal, o goleiro impediu que os italianos abrissem o placar, realizando grandes defesas. O jogo seguiu empatado na prorrogação e nas penalidades, o arqueiro do Brasil brilhou ao defender o pênalti de Daniele Massaro e contou com a sorte quando Roberto Baggio isolou sua cobrança.

Dessa forma, o Taffarel conduziu a seleção brasileira a uma conquista de Copa do Mundo depois de 24 anos. De qubra, se ainda se consagrou o terceiro melhor goleiro do mundo naquele ano, por conta de seu desempenho no título.

 

Carreira pós-aposentadoria


Claudio Taffarel como preparador de goleiros da seleção brasileira.

Ao encerrar sua carreira como goleiro profissional, Claudio Taffarel resolveu se afastar do futebol e abriu um restaurante em Parma. Porém, mesmo que ele quisesse deixar o esporte, o esporte não queria deixa-lo.

Por toda a sua reputação conquistada no Galatasaray, Taffarel foi convidado para se tornar preparador de goleiros da equipe em 2011. Nessa função, ele construiu uma consolidada carreira, lembrando os tempos em que defendia a meta do clube turco. Foram nove anos de dedicação, até deixar o time para trabalhar com exclusividade na seleção brasileira.

Como preparador do escrete brasileiro, Taffarel começou a trabalhar em 2014, em uma nova comissão técnica que chegou após o vexame da Copa do Mundo. Tal função, o ex-goleiro exerce até hoje e nesse meio tempo, passaram por suas mãos importantes arqueiros como Júlio César e Alisson.

 

Claudio Taffarel: o maior goleiro brasileiro da história?


Para a maioria dos brasileiros, Claudio Taffarel é o maior goleiro da história do país.

Apesar de não ser o goleiro mais técnico da história seleção brasileira que contou com nomes como Dida, Gilmar, Leão e Júlio César, Taffarel conseguiu ser maior que todos eles. Até porque, o arqueiro do tetra, obteve feitos históricos que nenhum outro foi capaz de conseguir, como número de títulos, competições disputadas e jogos.

Inclusive, em 1994, Taffarel foi o grande protagonista da conquista da Copa do Mundo, ao lado de Romário, repetindo tamanha atuação em 1998. Um feito e tanto, pois raramente os goleiros são lembrados como os atacantes quando se trata do protagonismo em um mundial, ainda mais em duas edições.

Por conta de tantos feitos conquistados, na maioria das pesquisas de opinião, Taffarel é frequentemente eleito o melhor goleiro brasileiro de todos os tempos em pesquisas de opinião. Sejam por especialistas ou torcedores, o herói tetra leva vantagem sobre outros grandes goleiros. Nomes como Marcos, Dida, Leão, Barbosa e Félix também são lembrados, mas não conseguem superar Cláudio Taffarel.

 

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