Mário Jorge Zagallo foi um treinador revolucionário?
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Dentro de um futebol já considerado revolucionário, o brasileiro, Mário Jorge Lobo Zagallo foi a constante evolução dentro das quatro linhas. Comandou e soube explorar o melhor de uma geração fantástica e únicas de craques. Na Copa do Mundo de 1970 mostrou ao mundo um futebol livre, leve e solto, campeã do mundo com uma seleção brasileira que é, até hoje, considerada uma referência e inspiração no planeta. Pelé desfilou em campo, mas Zagallo foi o homem por trás de tudo.
Zagallo foi um jogador e técnico vencedor. Campeão do mundo como jogador em 1958 e 1962, e como técnico em 1970, também esteve presente na conquista do tetracampeonato, em 1994, como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira.
Parte do seleto grupo de profissionais que venceram o mundial dentro e na beira dos gramados, ao lado apenas de Franz Beckenbauer (Alemanha) e Didier Deschamps (França), o Velho Lobo é o maior vencedor de Copas do Mundo.
Em outros trabalhos como treinador, Zagallo passou pelo mundo árabe, mas obteve sucesso principalmente no futebol do Rio de Janeiro, onde até hoje tem o respeito dos quatro grandes do estado.
Início de carreira como treinador
Zagallo iniciou sua carreira de técnico meses após se despedir dos gramados, em 1965. E a trajetória na nova função começou onde terminou como jogador, no Botafogo/RJ. A estreia como técnico do Glorioso ocorreu em 1966, sendo que já na temporada seguinte conquistou o título carioca.
Contudo, o ano que marcou o início de sua nova carreira foi o de 1968, quando faturou o bicampeonato carioca e o Campeonato Brasileiro.
1969: Chamado as pressas para comandar a seleção brasileira
Após sucesso no Botafogo/RJ, o Velho Lobo foi convidado para substituir João Saldanha na seleção do Brasil em 1969. Na ocasião, a missão de Zagallo era preparar o escrete canarinho o mais rápido possível para a disputa da Copa do Mundo de 1970 que realizaria no México. Em pouco tempo, o novo treinador fez o que parecia o mais simples, mas de uma maneira perspicaz. Zagallo armou a seleção brasileira para que seus maiores talentos pudessem jogar juntos, e da maneira mais livre possível.
Essa ideia funcionou e o Brasil jogou o futebol mais vistoso do mundo, no que culminou na conquista do tricampeonato mundial, também o terceiro de Zagallo. A vitória por 4 a 1 sobre a Itália foi o puro reflexo de um time cheio de talentos e que tinha fome de jogar.
Zagallo era o comandante da brilhante seleção de 1970.
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Como jogava a seleção de Zagallo em 1970?
A novidade no time de Zagallo foi conseguir escalar cinco camisas 10 de times brasileiros. Eram eles, Roberto Rivellino (Corinthians), Jairzinho (Botafogo/RJ), Tostão (Cruzeiro), Gérson (São Paulo), e é claro que o Rei do Futebol, Pelé (Santos Futebol Clube). O meio para trás foi formado da seguinte maneira: Felix, Carlos Alberto Torres, Piazza, Brito, Everaldo e Clodoaldo.
Foi uma seleção muito ofensiva, recheada de craques, mas com improvisos e escalações que deixaram a equipe também consistente na parte defensiva, para todo o poderio ofensivo poder brilhar. A campanha na Copa do Mundo de 1970 foi perfeita, passando por cima de grandes rivais como Uruguai, Inglaterra e a própria Itália, já citada.
Zagallo treinou o Brasil em mais duas Copas do Mundo
Em 1974, Zagallo também era o treinador da seleção brasileira na Copa do Mundo da Alemanha. Como uma seleção praticamente reformulada, contou principalmente com as presenças de Rivellino e Jairzinho, mas acabou parando nas “semifinais”, com a derrota para a Holanda, de Johan Cruyff e o Carrossel Holandês, por 2 a 0.
Dessa forma, o treinador deixou o escrete brasileiro para retornar quase 20 anos depois, agora como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira. Seu retorno foi triunfal, com direito ao tetracampeonato mundial.
Após a conquista, Parreira foi buscar novos desafios e coube ao Velho Lobo assumir o comando técnico da seleção até o mundial de 1998 na França. E ficou no quase.
Com um time que tinha, entre outros, Taffarel, Cafu, Roberto Carlos, Dunga, Leonardo, Bebeto, além de Ronaldo e Rivaldo, chegou até a final do mundial, quando foram derrotados pela França, a dona da casa. Ainda assim, e nesse meio tempo, venceu a Copa das Confederações e a Copa América (ambas em 1997), quando durante o último torneio soltou a celébre frase “Vocês vão ter que me engolir”.
Seu último momento na seleção brasileira aconteceu na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, quando Zagallo reeditou a velha parceria com Parreira. Na ocasião, viu a seleção cair nas quartas de finais, novamente para os franceses.
Zagallo treinador de clubes: Sucesso no Rio de Janeiro!
Mário Jorge Lobo Zagallo teve o seu melhor momento treinando clubes no início de carreira pelo Botafogo/RJ. Treinando clubes, treinou praticamente equipes cariocas (os quatro grandes, mais o Bangu), com a excessão da Portuguesa/SP, já no final de carreira, em 1999.
Pelo Flamengo, o treinador Zagallo teve dois trabalhos de destaque, nos anos 1970 e início dos anos 2000. Em meio a estas duas passagens, conquistou o Campeonato Carioca de 1972, além de 2001. Também conquistou o Carioca de 1971 pelo Fluminense.
Já na passagem pelo Vasco da Gama faturou títulos menores, como o Torneio João Havelange de 1981.
Teve ainda passagens pelo futebol árabe, além de ter treinado seleções do eixo como Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes.
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