Mario Jorge Lobo Zagallo Brasil - Atalaia - Alagoas
Nascimento 09 de agosto de 1931
Falecimento 25 de janeiro de 2024
Apelidos Velho Lobo, Formiguinha
Carreira Início: Flamengo (1951)
Término: Botafogo/RJ (1965)
Características Canhoto
Altura: 1,72m
Posição / Outras posições Ponta-esquerda / Meia-esquerda
Copa do Mundo
1958 e 1962
Perfil / Estilo do jogador
Como jogador, Zagallo foi um ponta-esquerda à frente de seu tempo, desempenhando funções táticas consideradas incomuns para a posição e época. Durante a partida, quando necessário, voltava para compor o meio-campo e ajudar na marcação. Além da qualidade para construir jogadas ofensivas. O Velho Lobo nunca teve o estilo driblador, mas tinha velocidade e muita inteligência tática que o permitia transitar da defesa ao ataque com facilidade e cumprir funções importantes para os companheiros.
É impossível citar o nome de Mario Jorge Lobo Zagallo e não lembrar de sua dedicação durante toda a vida para a seleção brasileira de futebol, tanto de jogador como de técnico. Com o sangue verde e amarelo pulsando em suas veias, o Velho Lobo foi um revolucionário do futebol brasileiro e mundial dentro e fora das quatro linhas.
Revelado como jogador pelo Flamengo, Zagallo marcaria seu nome no time rubro-negro, mas seria no Botafogo/RJ onde se participaria de um dos maiores esquadrões do futebol das décadas de 1960 e 1970. Ali atuaria ao lado de base da seleção brasileira bicampeã do mundo (1958 e 1962). Gênios como Garrincha, Didi, Vavá e Nilton Santos. Rivalizaram com o Santos de Pelé durante aqueles anos.
Um pouco da história de Zagallo jogador talvez ficaria apagada pelo tamanho dele como técnico revolcionário de futebol. Comandante do time tricampeão do mundo, em 1970. Escalaria aquele que, para muitos, é a maior seleção da história do futebol mundial, e um dos poucos que o venceram uma Copa do Mundo como jogador e técnico – ao lado de Franz Beckenbauer (Alemanha) e Didier Deschamps (França).
Aqui você vai conhecer toda a trajetória de Zagallo jogador!
O futebol escolheu Zagallo e o Velho Lobo escolheu o futebol
Zagallo jogou a base no América-RJ – Foto: Reprodução/ Internet
Desde criança, em seus tempos de escola, Zagallo mostrou ser um bom jogador de futebol e decidiu que seu futuro seria no esporte. Porém, por conta dos riscos que uma carreira de atleta poderia apresentar, seu pai, Aroldo, preferiu que o filho fizesse contabilidade para ajudá-lo em sua fábrica de tecidos.
Mesmo com o apelo de seu pai, Zagallo já havia escolhido o futebol e convenceu Seu Aroldo para seguir no esporte. Com isso, entrou para o time de jovens do América/RJ em 1948, clube de coração na infância, no qual já era sócio. Por lá, se mostrou ser um multiesportista, com conquistas no vôlei e no tênis de mesa na categoria de juvenis.
Seu ápice pela equipe americana foi já no ano seguinte, quando conquistou o torneio de amadores do Rio De Janeiro e o Torneio de Início do Campeonato Carioca. Com tal destaque, passou a chamar a atenção de grandes clubes cariocas e o América/RJ já não conseguia segurá-lo.
(1951-1958) No Flamengo o histórico tri-carioca
Zagallo chegou ao Flamengo em 1950 para compor o time de juniores. Mas logo na temporada seguinte foi promovido para a equipe principal. Como um habilidoso ponta-esquerda formou o poderoso ataque ao lado de Dida, Evaristo de Macedo e Paulinho, treinados pelo paraguaio Fleitas Solich. Junto a essas lendas, o Velho Lobo fez história ao conquistar o tricampeonato carioca (1953, 1954 e 1955).
O jogador permaneceu na equipe rubro-negra até 1958, pouco depois da conquista da Copa do Mundo daquele ano. Com um status ainda maior por conta do título mundial, Zagallo esperava renovar com o Flamengo. Mas a demora do clube pela renovação, se viu seduzido por propostas de Portuguesa, Palmeiras e Botafogo/RJ, optando pela Estrela Solitária.
Dessa forma, o ponta-esquerda se despediu da Gávea com 205 jogos e 29 gols marcados.
Morreu Zagallo ex jogador e treinador do Flamengo. Tri Carioca em 1953, 1954 e 1955 como jogador e bi Carioca 1972, 2001 e Copa dos Campeões de 2001 como treinador. pic.twitter.com/j2rMuGBCNU
Chega ao Botafogo/RJ para participar de “esquadrão”
Já na segunda metade de 1958, Zagallo chegava ao Botafogo/RJ para compor um dos maiores times de todos os tempos. Em sua passagem pelo Glorioso, ele atuou ao lado de lendas como a “Enciclopédia”Nilton Santos, Didi “Folha Seca” e Mané Garrincha, o maior ídolo na história do clube.
Seu papel neste seleto grupo era atuar pela ponta-esquerda não apenas atacando, mas também compondo o meio-campo para ajudar na marcação. À época, isto foi considerado como algo revolucionário no futebol.Em meio a esta histórica equipe, o Velho Lobo conquistou o bicampeonato carioca (1961 e 1962), o Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964), além de outros campeonatos internacionais conquistados em excursões.
Se foi uma das maiores lendas da história do futebol e do Botafogo.
Com tantas conquistas e pela identificação com o torcedor do Botafogo, Zagallo é considerado um dos maiores ídolos da história do clube. Tanto que no dia de seu aniversário, 9 de agosto, é comemorado o “Dia do Botafoguense”.Em sua carreira de apenas dois clubes, foi pelo Glorioso em que o jogador atuou por mais vezes, com 300 partidas e 46 gols, até sua despedida em 1965. Meses depois, ele já assinava com o clube para ser treinador do juniores. O resto é história!
Zagallo jogador na seleção brasileira
Zagallo conquistou duas Copas como jogador – Foto: Reprodução/ Internet
Zagallo foi convocado como jogador da seleção brasileira apenas um mês antes do início da Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Logo em sua estreia diante do Paraguai, em goleada por 5 a 1, marcou dois gols e garantiu sua vaga no escrete canarinho.
Dono da ponta-esquerda e meio a uma concorrência que tinha, entre outros, Pepe, histórico ídolo santista.
Zagallo foi titular durante todo o mundial, com missão semelhante a que desempenhava pelo Botafogo/RJ, de compor No meio-campo para que Pelé, Garrincha e companhia se soltassem no ataque. Mesmo com essa função, marcou um gol e deu uma assistência na grande final contra os donos da casa em vitória por 5 a 2.
Quatro anos depois, o jogador também foi essencial na conquista do bicampeonato mundial no Chile, em 1962. Desta vez, se tornou ainda mais participativo no ataque com quatro assistências ao longo da competição.
Sua despedida pela seleção brasileira aconteceu em 1964, em goleada por 4 a 1 contra Portugal, que encerrou uma trajetória de 36 jogos oficiais e cinco gols.
Zagallo e a superstição com o “número 13”
Zagallo Eterno tem 13 letras – Foto: Reprodução/ Internet
O Velho Lobo Zagallo sempre foi supersticioso tanto como jogador, quanto como treinador de futebol. E o 13 foi o seu número da sorte ao longo de sua carreira no futebol. Enquanto jogador, ele carregava a numeração nas costas e como treinador sempre fez questão de enfatizar o seu apego ao número. A origem desta relação de Zagallo com o número é que ele é devoto de Santo Antônio, que tem seu dia comemorado em 13 de junho. Até mesmo seu casamento foi realizado num 13 de janeiro, em 1955.