Luis Figo

Meio campista, Ponta-direita
962 Jogos Oficiais
24 Títulos Oficiais
205 Gols Marcados
Figo brilhou durante a carreira.
Luis Filipe Figo Portugal - Lisboa
Nascimento 04 de novembro de 1972
Falecimento -
Apelidos -
Carreira Início: Sporting (1989)
Término: Internazionale (2009)
Características 1,80m
Destro
Posição / Outras posições Ponta-direita
Meio campista
Melhor do Mundo/Bola de ouro

2000

UEFA Champions League

Real Madrid - 2002

Mundial de Clubes

2002

Perfil / Estilo do jogador

Vencedor da Bola de Ouro em 2000, Luís Figo é um dos grandes jogadores portugueses de todos os tempos. Sem nunca ser um goleador, Figo pode ser considerado também, o que se chama nos dias de hoje, de jogador moderno, pela inteligência tática. No auge da sua carreira, no Barcelona e no Real Madrid, jogando como ponta-direita, Figo foi um jogador forte, veloz, com excelente aceleração e técnica , seja para conduzindo a bola, driblar ou fornecer excelentes assistências para os seus companheiros. Posteriormente, quando não estava mais no seu auge físico,na Inter de Milão, Figo passou a jogar como um meia-atacante um pouco mais recuado, às vezes até mais defensivo, ajudando a construir jogadas e explorando sua exímia visão de jogo.

Categoria de base

Data Clube    
1985-1989 Sporting Lisboa    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1989-1995 Sporting Lisboa 129 16
1995-2000 Barcelona 172 30
2000-2005 Real Madrid 164 37
2005-2009 Internazionale de Milão 105 9

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1991-2006 Seleção Portuguesa 127 32

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Sporting Lisboa Taça de Portugual 1994-95
Barcelona Campeonato Espanhol (La Liga) 1997-98, 1998-99
Barcelona Copa do Rei (Copa del Rey) 1997, 1998
Barcelona Supercopa da Espanha 1996
Barcelona Copa dos Campeões da Europa (UEFA Cup Winners' Cup) 1997
Barcelona Supercopa da Europa 1997
Real Madrid Campeonato Espanhol (La Liga) 2000-01, 2002-03
Real Madrid Supercopa da Espanha 2001, 2003
Real Madrid UEFA Champions League 2002
Real Madrid Supercopa da UEFA 2002
Real Madrid Mundial de Clubes (Copa Intercontinental) 2002
Internazionale de Milão Campeonato Italiano (Série A) 2005–06, 2006–07, 2007–08, 2008–09
Internazionale de Milão Copa da Itália (Coppa Italia) 2006
Internazionale de Milão Supercopa da Itália (Supercoppa italiana) 2006, 2008

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Jogador português do ano 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 Barcelona
Bola de Ouro (Ballon d'or) 2000 Real Madrid
Melhor jogador do mundo da FIFA 2001 Real Madrid
Equipe do ano UEFA 2003 Real Madrid

Desempenho

0,22
Média
Gols por jogo
1,2
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
5
Controle de Bola
5
Drible
4
Velocidade
3
Técnica
5
Finalização
4
Condicionamento Físico
4
Fundamentos Defensivos
3

Biografia

Luis Figo: Sucesso no Barcelona e no Real Madrid

Luis Figo brilhou no Real Madrid.

Um dos mais reconhecidos jogadores da década de 1990 e do início dos anos 2000, Luis Filipe Figo marcou época principalmente em sua passagem pelo Real Madrid. Contratação mais cara à época, em 2000, Figo se transferiu do Barcelona para o arquirrival Real Madrid pelo valor recorde de 60 milhões de euros. Sua contratação é um marco no futebol mundial, inaugurando as contratações com cifras milionários, além de marcar também o início da Era Galática do Real Madrid, maior time do mundo naquele período e que, anos depois contrataria ainda Zidane, Ronaldo Fenômeno e David Beckham. Também em 2000, Luis Figo foi reconhecido como o melhor jogador do mundo, ganhando a Bola de Ouro .

Em Portugal, Figo já seria considerado o grande sucessor de Eusébio, não só pela sua atuação dentro dos clubes que atuou durante a carreira mas devido às atuações e liderança à frente da seleção portuguesa.  Mesmo sem conquistas, conseguiu colocar a seleção portuguesa  como protagonista nas principais competições , além de fazer uma transição para aquele que seria e é considerado o maior jogador português da história: Cristiano Ronaldo.

Luis Figo: Membro da Geração de Ouro de Portugal

Portugal campeã mundial sub-20 em 1991, com jovens promissores como Luís Figo e Rui Costa

A trajetória de Luis Figo pela seleção portuguesa começa antes mesmo dele se destacar nos profissionais. Em 1991, aos 18 anos de idade, conquistou o Mundial sub-20 e já entrou para a história do selecionado português. É a primeira grande conquista de uma seleção portuguesa que, até então, tinha como grande destaque a conquista da 3ª colocação na Copa do Mundo de 1966, jogando sob a maestria de Eusébio.

Figo começou a fazer parte da chamada Geração de Ouro ao conquistar o título do mundial da base que disputou. Dois anos antes, Portugal também havia conquistado o mundial da categoria, e com isso muitos jogadores foram revelados ao mundo. Assim como Luís Figo, também fizeram parte Fernando Couto e Rui Costa, entre os principais e mais lembrados. Muitos desta geração chegaram a seleção principal que, vieram ser, anos depois, vice-campeão da Eurocopa-2004. Inclusive disputada no próprio país.

1989-1995: Luis Figo começa a carreira no Sporting

Infância e início da carreira

Figo no Sporting em 1990.

A brilhante carreira de Luís Filipe Madeira Caeiro Figo, ou apenas Luís Figo, começou em um pequeno clube em Cova da Piedade, distrito de Lisboa (capital de Portugal), onde Figo nasceu no ano de 1972. Desde 1985 atuando nesta equipe, logo o jovem foi se destacando e chamando a atenção de outros clubes, que viam  potencial no jovem português. Um dos clubes que passou a monitorá-lo de perto e logo o contratou foi o Sporting Clube , um dos maiores clubes de Portugal. A carreira de Figo no Sporting foi meteórica, sendo que, aos 17 anos, já estava entre os profissionais. Em pouco tempo, se tornou um dos principais atletas do elenco.

Sua estreia na equipe principal do Sporting foi na temporada 1989/90. Luis Figo ajudou o clube da capital lusitana a ficar entre os primeiros colocados da principal liga do país, o Campeonato Português. O Sporting ficou na 3ª colocação, atrás apenas dos principais rivais, Porto e Benfica.

Passagem marcada por apenas uma conquista

Sporting em 1994.

Embora tenha se destacado em sua passagem pelo Sporting, Luís Figo nunca conquistou a Primeira Liga de Portugal, a primeira divisão nacional. Em todas suas participações, o máximo que o atacante conseguiu na liga foi a segunda colocação, isso em sua última temporada na equipe verde e branco, na temporada 1994-1995. Nas temporadas anteriores, acumulou terceiros lugares e um quarto lugar.

Apesar da dificuldade, a trajetória de Figo no Sporting, primeiro clube como profissional, não passou em branco. Na temporada 1994-1995, o clube chegou à decisão da Taça de Portugal e Luís Filipe Figo foi o grande nome decisão, disputada contra o Marítimo. Anotou os dois gols que decidiram o campeonato a favor de seu time, e levantou o único, mas especial troféu, pelo Sporting.

Polêmica da quase transferência para o Parma e a Juventus

O futebol promissor apresentado pelo jovem Figo, chamou a atenção de diversos gigantes da Europa. Um deles que apareceu como possível destino foi o clube italiano Parma. Impulsionado pelo dinheiro da Parmalat, empresa da cidade e que estava investindo muito no clube, o Parma  quase conseguiu concretizar a negociação para a transferência do jovem craque português. Inclusive, Luis Figo chegou até mesmo a assinar um pré-acordo com os italianos.

Porém, a negociação acabou não se concretizando. Luis Figo também chegou a assinar um acordo prévio com a Juventus de Turim, também da Itália. Assim, com os dois pré-contratos assinados com as duas equipes italianas, a federação italiana de futebol proibiu que o jogador atuasse ou fechasse acordo com qualquer clube do país por dois anos. Tal impasse mudou totalmente o destino do craque português.

1995-2000: No Barcelona, Figo é um dos destaques

Com a transferência frustada ao futebol italiano , Luís Figo chamou a atenção de outro gigante do futebol europeu. O Barcelona, comandado à época por Johan Cruyff, demonstrou muito interesse em contar com o português e negociou junto ao Parma, já que o clube italiano tinha  a prioridade na contratação do atleta com o pré-contrato assinado e pela relação com o Sporting.  Figo já havia recusado diversas propostas de renovação do contrato com o Sporting, estando decidido a seguir sua carreira em outra liga.

Assim, chegou à Catalunha onde despontou como um dos melhores jogadores de sua geração. Supriu a saída de grandes estrelas do clube azul grená como Hristo Stoichkov, Michael Laudrup e Romário. Além de Cruyff, foi comandado por Bobby Robson e Louis Van Gaal.

Temporada 1996-1997: Com o, ainda Ronaldinho, conquistam a Europa

Estrelado Barcelona com Ronaldinho.

Logo após sua chegada ao Barcelona, Luís Figo já se torna peça fundamental no elenco catalão. Ele também foi protagonista na conquista da Copa del Rey, em que marcou dois gols na final contra o Real Bétis.

Mas a grande conquista com o Barcelona viria na Recopa Europeia, durante a temporada 1996-1997, também conhecida como Copa dos Campeões de Copas. A competição reunia os campeões da Copas nacionais de cada país da Europa, e a vitória na Copa del Rey credenciou os catalães ao torneio europeu, extinto anos depois e se fundindo com a Copa da UEFA. No caminho até a  final, Luís Figo e seus companheiros passaram por adversários como a Fiorentina e o Estrela Vermelha. Na grande final ,baterem o PSG , em jogo único disputado na cidade de Roterdã na Holanda. Assim, Figo conquistou seu primeiro título importante na Europa, no poderoso time do Barcelona, em elenco estrelado que ainda tinha Ronaldo fenômeno (à época, “Ronaldinho”), Iván de la Peña, Pep Guardiola e Luis Enrique.

Parceria com Ronaldo Fenômeno (“Ronaldinho”)

Ainda na Catalunha, Luis Figo encontrou pela primeira vez um de seus maiores companheiros na carreira. Ainda um craque em ascensão, Ronaldo (ainda Ronaldinho) chegou uma temporada depois do português, vindo de excelente passagem pelo PSV Eindhoven, da Holanda. Juntos, Luis Figo e Ronaldo fizeram excelente parceria e se completavam dentro de campo. Luís Figo com a armação do jogo, fornecendo excelentes passes para deixar Ronaldinho na cara do gol. A arrancada de Ronaldo nessa época eram insuperáveis e marcaram a  carreira no jogador, principalmente, durante este período. Era implacável.

Figo e Ronaldinho no Barcelona.

Porém, a parceria entre Luis Figo e Ronaldo no Barcelona durou pouco. Logo, após apenas uma temporada, Ronaldo se transferiria para a Internazionale de Milão, dexando um gostinho de quero mais para os apaixonados por futebol, já que pareciam formar a dupla perfeita. A parceria fora interrompida, mas não encerrada. Anos depois, os dois jogadores vieram a se encontrar novamente , agora, no grande rival dos catalães, o Real Madrid. Reeditavam uma parceria, agora ao lado de outros craques como Zinedine Zidane, Raúl e Roberto Carlos. Era a vez dos Galáticos.

2000 – No adeus ao Barcelona, polêmica transferência para o Real Madrid

Figo era ídolo em Barcelona.

Depois de conquistar títulos e muito sucesso atuando pelo Barcelona, o Luis Figo se envolveu em mais uma polêmica transferência. Após a disputa da Eurocopa no ano de 2000, o astro português assinou contato com o Real Madrid, maior rival dos azuis grená. Os merengues pagaram a multa rescisória contratual de 60 milhões de Euros e começaram a montar um elenco com diversas estrelas, no início do que seria chamada de a “Era dos Galáticos”.

O valor da transferência foi o maior até aquela época, o que aumentou ainda mais a polêmica da transação. Luis Figo não se sentia valorizado como achava que merecia, por ser considerado um dos melhores jogadores do mundo. Assim, o clube da capital espanhola ofereceu um alto salário que seduziu o jogador a trocar de ares.

2000 – 2005: Com Figo, Real Madrid inicia Era dos Galáticos

Pode-se dizer que Luis Figo inaugurou a Era dos Galáticos no Real Madrid, elenco que reuniu algumas dos principais jogadores de futebol mundial. Figo foi o primeiro das grandes estrelas a ser contratada pelo Real Madrid na primeira metade da década de 2000. Figo contratado em 2000. Zinedine Zidane em 2001. Ronaldo em 2002.  Beckham em 2003. Michael Owen em 2004.

O time talvez não tenha sido o mais vencedor, mas conseguiu desfilar grande classe nos gramados.

No retorno ao Camp Nou, uma raivosa recepção a Luis Figo

Figo retorna ao Camp Nou.

Obviamente a torcida do Barcelona passou a odiar o craque antes unanimidade no Camp Nou. Luís Figo saiu do clube para receber um salário maior em Madrid, além de trocar diretamente um rival por outro, em uma das maiores rivalidades do futebol mundial.

Os ânimos se acentuavam cada vez que enfrentava o ex-clube. Em especial, em sua primeira partida contra o seu ex-clube vestindo o uniforme do clube merengue. Durante o jogo, a torcida catalã arremessava diversos objetos em campo na direção do português toda vez que ele se aproximava das arquibancadas para cobrar escanteios.

Entre os objetos jogados, estavam garrafas de vidro, bolas de golfe e até mesmo uma cabeça de porco assada. Muitos torcedores levaram faixas para hostilizar o português por conta da troca de equipe. Entre alguns dizeres, estava a frase “não sou ‘madridista’, sou mercenário”.

Bola de Ouro 2000 e jogador do ano 2001

O sucesso de Luis Figo em Madrid foi muito grande, tendo atuado com alguns dos maiores jogadores do mundo no período. Ter companheiros com um nível tão alto potencializou seu jogo e levou o clube a conquistas de grande proporção no país e no continente. O futebol apresentado por Figo era tão espetacular, que foi impossível não o compararem a lenda Eusébio, seu compatriota que atuou em nível alto na década de 1960 e comparado a Pelé.

Desta forma, o jogador recebeu as maiores premiações individuais que um jogador de futebol pode ganhar. Em 2000, foi eleito o melhor jogador em eleição realizada pela France Football, e assim conquistou o Ballon d’Or. A conquista também pode ser atribuída ao grande futebol jogado no Barcelona no 1º semestre de 2000.

No ano seguinte, em 2001, foi eleito também como melhor jogador do planeta em eleição realizada pela FIFA, consagrando ainda mais o jogador português. Depois de décadas, Portugal voltou a ter um atleta no topo do mundo no esporte, como acontecera com Eusébio.

Gênios de Portugal: Figo e Eusébio.

Já com Zidane, conquista da Champions League 2002

O sucesso de Luis Figo em Madrid foi rápido. Em sua primeira temporada, 2000-2001, Figo conquistou a liga espanhola sendo um dos protagonistas do elenco. No total, anotou 10 gols e deu 11 assistências. Mas o grande momento de sua carreira em Madrid foi em 2002, quando conquistou a Champions League na temporada 2001-2002.

Após ser premiado como melhor do mundo, Luis Figo foi fundamental para o Real Madrid conquistar novamente a Champions League de 2001-2002. Com a parceria do craque Zinedine Zidane, Luis Figo liderou os merengues na conquista da sua nona taça da Champions League após uma seca de 10 anos. Diante dos maiores clubes do continente, bateu o Bayer Leverkusen na final por 2 a 1. Luis Figo conquistava o troféu mais importante da sua carreira.

Figo, Zidane, Ronaldo e Beckham: Time mais galáctico da história?

Galáticos do Real Madrid.

O Real Madrid montou um verdadeiro esquadrão, e reuniu os grandes destaques da época de suas seleções nacionais. Além de Luis Figo, Zinedine Zidane da França, David Beckham da Inglaterra, Ronaldo e Roberto Carlos do Brasil, Raul e Hierro da Espanha e outros astros ao longo da permanência do português em Madrid.

Certamente, esse elenco dos merengues pode ser considerado um dos melhores já montados por um clube, ainda mais nos tempos atuais, onde o dinheiro é fundamental para atrair os grandes jogadores, e o Madrid é um dos clubes mais ricos do mundo.

Em 2005, Figo é liberado de graça pelo Real

Depois de conquistar dois Campeonatos Espanhóis, duas Super Copas da Espanha, uma Champions League, uma Supercopa da UEFA e um Mundial Interclubes, aos 32 anos, o craque português Luís Figo daria adeus à cidade de Madrid. No final de seu contrato, em 2005, o clube e os dirigentes espanhóis optaram por não renovarem o contrato. Figo havia passado várias partidas no banco de reserva do time, comando à época pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, na parte final da temporada.

Com isso, Luis Figo saiu de Madrid a um custo zero, abrindo caminho para a negociação com outros clubes.

Após receber sondagens do Liverpool, a escolha de Figo foi por atuar na Itália, na Internazionale de Milão, selando sua ida a um clube italiano após as frustadas transações no início de sua carreira.. Luis Figo chegou sem custos à Milão, no ano de 2005, onde continuaria com sua carreira de sucesso e com altas performances, até o ano de 2009.

2005-2009: Na Internazionale, dominam o Calcio

Figo escolhe a Inter de Milão para atuar.

Figo ajuda Inter a reencontrar as conquistas

Depois de um período conturbado no futebol italiano, por conta de escândalos envolvendo manipulações de resultados envolvendo alguns clubes do país como Juventus e Milan, a Internazionale buscava retomar o protagonismo no cenário nacional. Para tal, contratou o craque português, que mesmo aos 33 anos ainda tinha muita lenha para queimar a Itália. Vestindo a camisa número 7, abriu uma sequência de títulos pela Nerazurri, ajudando o clube a retomar a hegemonia no país.

Tetracampeonato italiano

Jogando na Itália, Luis Figo viveu seu período mais vencedor com uma equipe.  E isso ocorreu logo em sua primeira temporada, a temporada 2005-2006. Em 2006, a Inter foi beneficiada por conta do escândalo conhecido como “Calciopoli”, e após o encerramento do campeonato em seu primeiro ano em Milão, os Nerazurri receberam o “Scudetto”, após a desclassificação da Juventus. Esse título, definido nos bastidores, abriu caminho para conquista de outros troféus. O clube se reforçou e viu seus maiores rivais serem punidos por conta do escândalo, o que facilitou o caminho para o tetracampeonato italiano, nos anos de 2005/06, 2006/07, 2007/08 e 2008/09.

Figo se desentende com Roberto Mancini

Figo não se deu bem com Mancini.

Nem tudo ocorreu de forma perfeita durante sua passagem por Milão. Após grande liberdade dada por Roberto Mancini em sua primeira temporada, ora jogando como ponta, ora jogando como meia central. Na temporada 2006-2007, o treinador Roberto Mancini mudou o posicionamento do português em campo, o que gerou certa insatisfação do camisa 7. Passou a atuar mais recuado no meio de campo, sendo que seus passes continuavam com ótima precisão, continuando a municiar grandes craques como Hernán Crespo, Zlatan Ibrahimovic e Adriano Imperador. Além disso, de certa forma, era sacrificado para que outros meias aprimorassem o seu jogo, como o sérvio Dejan Stankovic, outra lenda da Internazionale.

Além disso, Luis Figo passou a ser substituído constantemente pelo treinador, o que o frustrava muito. O auge do desconforto entre os dois personagens foi em uma partida de oitvas de final contra o Liverpool pela Champions League  na temporada 2007-2008, em que Figo estava no banco de reservas e foi chamado pelo treinador a entrar no jogo faltando 20 minutos para o fim do jogo, diante de um placar agregado desfavorável de quatro gols. Figo se recusou a se aquecer e gerou um clima pesado na equipe.

Após o episódio, Figo chegou a quase se transferir para o Al-Attihad da Arábia Saudita, assinou um pré-contrato com os árabes, mas desfez o acordo após pressão da torcida interista para continuar em Milão.

2009 – Com gol em final, Figo se aposenta em grande estilo

Figo parou de jogar na Internazionale.

Após o “fico” em Milão, e com a saída de Mancini do comando técnico da Inter, o astro português atuou por uma temporada comandado pelo técnico português José Mourinho. A parceria rendeu uma amizade com seu compatriota e juntos conquistaram mais um campeonato italiano. Em sua última partida, depois de anunciada a aposentadoria dos campos , Figo marcou um gol usando a braçadeira de capitão, cedida por Javier Zanetti.

Sua maior atuação pelo clube foi na final da Supercoppa Itália na temporada 2006/07, onde os Nerazurri reverteram um placar de 3 a 0 contra a Roma. O gol de desempate foi anotado pelo português em uma linda cobrança de falta, fechando o placar em 4 a 3 para a Inter.

Luís Filipe Figo e a seleção de Portugal

Eurocopa 2004: a dramática derrota para Grécia na final

A Seleção Portuguesa disputou a Eurocopa em casa em 2004. Dirigida por Luiz Felipe Scolari, o elenco contava com jogadores veteranos e consagrados em diversos clubes europeus como Rui Costa, Deco, Pauleta e a revelação Cristiano Ronaldo. Entre eles, claro, a grande estrela desta seleção, Luís Figo.

Por ser disputada em casa, a expectativa nos lusitanos era muito alta. Logo na estreia, uma derrota em Lisboa para a Grécia por 2 a 1. Mas, logo houve a recuperação com duas vitórias nos jogos seguintes e classificação assegurada às quartas de final. Contra a Inglaterra, um grande jogo terminado em 2 a 2 e na disputa de pênaltis o goleiro Ricardo tirou as luvas e decidiu o confronto.

Nas semifinais, vitória suada contra a Holanda e novamente enfrentaria a Grécia, agora valendo o inédito título europeu. Os gregos possuíam uma estratégia muito conservadora de jogo, atuando quase que todo o tempo na defesa.

Assim, conseguiram segurar a pressão portuguesa e após uma cobrança de escanteio, Charisteas marcou de cabeça o único gol da final. A decepção foi muito grande, novamente derrotada pela modesta e defensiva seleção grega dentro de casa.

Copa 2006: Melhor colocação de Portugal desde 1966

Na Copa do Mundo disputada em 2006 na Alemanha, os portugueses chegaram com a volta de Figo, que havia se aposentado da seleção, mas voltou atrás para a disputa do mundial. Seria sua última chance de conseguir uma conquista pela seleção principal.

A seleção fez uma ótima campanha e conseguiu repetir o feito do time liderado por Eusébio em 1966,  chegando às semifinais da competição. Na disputa contra a França liderada por Zidane, antigo companheiro de Figo, melhor para os franceses que chegaram à decisão. Na disputa de terceiro lugar, derrota para os donos da casa, mas a campanha foi muito comemorada e Figo encerrou sua participação na seleção, com um quarto lugar e capitão do selecionado.

Parceria e passagem de bastão para Cristiano Ronaldo

A relação entre Luís Figo e Cristiano Ronaldo sempre foi muito boa. Figo, esteve com o compatriota na disputa da Eurocopa de 2004, que terminou com o vice-campeonato português atuando em casa. Cristiano atuou com a camisa número 17 na época, pois a 7 pertencia ao companheiro. Mesmo sem usar o número que o consagrou e lhe rendeu seu apelido de CR7, Ronaldo foi importante na campanha. Era muito jovem na competição, mas já se destacava ao lado do capitão e craque Figo.

Após a campanha do quarto lugar na Copa do Mundo de 2006, Luis Figo não mais jogou pela seleção do país, e passou oficialmente o bastão para o jovem craque português em ascensão, Cristiano Ronaldo, que herdou a camisa número 7. O astro não decepcionou e futuramente se tornaria o maior artilheiro da seleção portuguesa e lideraria  o elenco na campanha que conquistou o título mais importante do país, a Eurocopa de 2016.

2009 – Aposentadoria e adeus ao futebol

Após diversas desavenças com o treinador da Internazionale, Roberto Mancini, Luis Figo ficou perto de sair do clube. Mas a pressão dos torcedores o convenceu a ficar em Milão, agora dirigidos por José Mourinho. A relação entre técnico e jogador português foi muito boa e Luís Figo terminou sua carreira em alta, ainda que sem o brilho outrora.

Conquistou o tetracampeonato italiano e, em sua última partida, Luis Figo recebeu do capitão Zanetti a braçadeira de capitão como forma de homenagem.

Depois de encerrar a carreira, Figo atuou como embaixador das cores da equipe azul de Milão, e ainda se candidatou à presidência da FIFA, mas abandonou a candidatura para apoiar a chapa de Gianni Infantino.

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