Com uma carreira vitoriosa, Denilson surgiu como um cometa no São Paulo Futebol Clube e rapidamente rumou para a Europa. Em 2000, retornaria para o Brasil para uma rápida e frustrada passagem pelo Flamengo, pouco lembrada pelos torcedores.

Uma das maiores promessas do futebol brasileiro na década de 1990, Denilson surgiu aos 16 anos no Tricolor Paulista, em 1994, onde não demoraria para se tornar titular e rapidamente também fazer parte da seleção brasileira. Com muita habilidade e dribles desconcertantes, o atacante chamaria a atenção do futebol europeu, sendo contratado pelo Real Bétis em 1998 pelo valor de R$30 milhões. Então valor recorde para o mercado do Brasil.

Real Betis 1999/2000 🇪🇸
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Denilson, once upon a time the world’s most expensive player at 21.5m 🇧🇷 pic.twitter.com/rk0j9Uk1A8

— Kitcyclopedia ⚽️ (@kitcyclopedia) September 28, 2020

2000: Retorna ao Brasil para ser valorizado

Denílson chegou ao Real Bétis da Espanha em 1998, isso após conquistar o Campeonato Paulista e ter boa participação na Copa do Mundo 1998, quando a seleção brasileira acabou derrotada na final para a França. Sob grande expectativa, porém, o novo time não ajudava muito e. na temporada 1999-00, o time espanhol acabou rebaixado para a segunda divisão nacional. Dessa forma, o jovem atacante teve que buscar novos ares para não ser ainda mais desvalorizado. 

E a época, uma das opções foi acertar o retorno da ainda jovem jóia para o futebol brasileiro. O Flamengo/RJ se mostrou uma opção já que oferecia um ambicioso projeto.

Denílson chega em estrelado Flamengo

Alex e Denilson no Flamengo. Foto: Reprodução

No final de 1999, o Flamengo firmou uma parceria com a ISL, empresa suíça de marketing esportivo, para trazer grandes jogadores. Denílson chega ao Rubro-Negro para ser mais uma estrela em meio a constelação de jogadores.

Logo no início de 2000, o Flamengo acertou com Petkovic, Tuta, Catê, Jorge Soto e Lúcio Bala, resultando no título carioca daquele ano. Denílson chegaria no meio da temporada junto com outros nomes de peso. Casos de Gamarra, Alex e Edílson Capetinha.

Estrelas que também se juntavam a uma promissora geração de pratas da casa que tinha Júlio César, Athirson e Adriano Imperador.

Estreia promissora e com gol

Torcedores ansiosos aguardavam pela estreia de Denílson com a camisa do Flamengo. E pode-se afirmar que pela primeira impressão ficaram empolgados. Na fase de grupos da Copa Mercosul, o atacante anotou um dos gols na goleada por 4 a 0 diante da Universidad do Chile fora de casa. 

Contudo, o Flamengo não conseguiria chegar longe na competição, sendo eliminados pelo River Plate/ARG ainda nas quartas de finais. Com a eliminação, começava a derrocada de Denílson no Flamengo. 

Atuações abaixo do esperado

Apesar da decepção na Copa Mercosul, a expectativa do flamenguista era em torno da Copa João Havelange, o Campeonato Brasileiro de 2000. Porém, o Flamengo decepcionou mais uma vez e todo o seu elenco estrelado não funcionou, o que incluía Denílson. Ao longo da primeira fase, disputada em pontos corridos, o atacante anotou apenas dois gols, sendo eles contra Goiás e EC Bahia. O Mengão sequer se classificou para o mata-mata da competição, terminando na modesta 15ª posição da primeira fase. 

Despedida de Denílson no Flamengo não deixa saudades

A fracassada campanha no Brasileirão 2000 deu amostras que o projeto na Gávea não seguia o rumo certo. Segundo a imprensa na época, jogadores não se entendiam em meio a uma total desorganização da Diretoria Rubro-Negra, que não arcava com os salários dos jogadores. 

O rápido e habilidoso atacante se despediria da Gávea sem deixar saudades, com apenas 19 jogos e três gols pelo Flamengo. Retornaria ao Bétis, onde ficaria até 2005, para depois ser um nômade dentro do futebol, e ter passagens respeitáveis por Bourdeux/FRA (2006) e Palmeiras (2008).

Denilson ainda participaria da Copa do Mundo em 2002, quando se tornaria campeão do mundo com a seleção brasileira.

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