Como o Brasil se tornou campeão da Copa do Mundo 2002!
Índice
- 1 Título consagrou geração histórica do futebol brasileiro
- 2 Copa do Mundo 2002: A primeira disputada na Ásia
- 3 Quem era a Seleção Brasileira campeã 2002?
- 4 Como jogou o Brasil no Mundial 2002?
- 5 Ronaldo e Rivaldo: A dupla imparável de 2002!
- 6 Final da Copa do Mundo 2002: Brasil x Alemanha
- 7 O Brasil na Copa do Mundo 2002
- 8 5 fatos que marcaram a Copa do Mundo de 2002
- 9 Outros títulos Mundiais da seleção brasileira:
Título consagrou geração histórica do futebol brasileiro
Após vencer a Copa do Mundo 1994, e ser derrotada na final do Mundial de 1998, a Seleção Brasileira de futebol chegaria a sua terceira final consecutiva na Copa do Mundo de 2002, para consagrar uma geração histórica. Mas o caminho até o título mundial foi longo e tortuoso, com muitas crises ao longo das eliminatórias, mudanças de técnicos e a classificação vindo apenas na última rodada da competição.
E com todos estes percalços, Luis Felipe Scolari, o Felipão, conseguiu fechar o grupo e transformar a Família Scolari como algo positivo e sem vaidades entre os atletas. Era uma seleção estrelada, com muitos jogadores de renome mundial, e que chegaria ao ponto mais alto do futebol!
Copa do Mundo 2002: A primeira disputada na Ásia
A Copa do Mundo 2022 teve algumas novidades em relação às edições anteriores. Além de ser a primeira disputada na Ásia, ela seria dividida em duas sedes-países principais: Coréia do Sul e no Japão.
Desde o anúncio das sedes, as seleções anfitriãs já estavam automaticamente classificadas para a competição, além da França, campeã de 1998, também com vaga garantida sem precisar da disputa das eliminatórias, sendo esta a última edição que o campeão mundial garantia vaga direta a edição seguinte.
Ao lado da França se classificaram pela UEFA mais quatorze seleções. Pela América do Sul foram cinco seleções, e na América Central e do Norte mais três. Com as anfitriãs Japão e Coréia do Sul, mais duas seleções da Ásia garantira vaga pelas eliminatórias. Completando, mais cinco seleções da África também foram para a disputa do mundial.
A edição teve o mesmo regulamento da Copa do Mundo de 1998. Oito grupos com quatro integrantes em cada um. Os cabeças de chave eram, além dos donos da casa, também a França, Brasil, Alemanha, Argentina, Espanha e Itália. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançariam às oitavas de final.
Quem era a Seleção Brasileira campeã 2002?
Apesar da todos os percalços que a Seleção Brasileira campeã 2022 teria durante as eliminatórias da América do Sul, uma base havia sido formada naquele período, e eram eles: Cafú, Roberto Carlos, Emerson, Vampeta, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno.
O que dificultou realmente todo o processo foi a troca constante de técnicos, principalmente a saída de Vanderlei Luxemburgo, enrolado em problemas pessoais, mas no período o melhore treinador brasileiro. Depois dele passaria Emerson Leão, até a chegada de Luis Felipe Scolari.
Com essas mudanças, a rotatividade no elenco e entre jogadores foi maior, com cada técnico possuindo os seus preferidos. E a descrença passaria a aumentar após a contusão de Ronaldo Fenômeno, então principal jogador brasileiro, que a partir de 1999 passaria a conviver com sérias lesões. Que inclusive, quase o tirou da Copa do Mundo de 2002.
Para a disputa do mundial Felipão precisaria fechar os 23 convocados e muitas eram as dúvidas e incertezas.
E isso, sem alguns nomes que a torcida brasileira clamava, casos de Romário e Alex. O treinador convocou os atletas para a copa do mundo no dia 07 de maio de 2022.
A lista de convocados da seleção brasileira 2022:
- Goleiros: Marcos, Dida e Rogério Ceni.
- Zagueiros: Lúcio, Roque Júnior, Edmilson e Anderson Polga.
- Laterais: Cafú, Belletti, Roberto Carlos e Júnior.
- Meio-campistas: Gilberto Silva, Ricardinho, Kléberson, Denílson, Vampeta, Juninho Paulista, Kaká e Ronaldinho Gaúcho.
- Atacantes: Ronaldo, Rivaldo, Edilson e Luizão
Originalmente, o volante Emerson seria titular e o capitão da equipe. Já convocado e treinando para a disputa da competição, na disputa do tradicional “rachão”, o volante contundiu o ombro jogando como goleiro e acabou cortado do elenco. Ricardinho foi chamado as pressas para o seu lugar, e Cafú herdou a braçadeira de capitão.
Por que Romário não foi para a Copa de 2002?
Um grande clamor foi criado em todo o país nas semanas que antecederam a convocação final para o Copa do Mundo 2002, pedindo a presença de Romário na lista para a disputa do mundial. O baixinho esteve presente por alguns momentos durante as eliminatórias, inclusive com Felipão. Mas uma desavença entre os dois, até hoje muito mal explicada, praticamente tirou qualquer possibilidade do atacante estar presente em mais um mundial.
Entre tantas versões sobre os problemas entre Felipão e Romário, uma das versões alega que, após operação na vista do baixinho, ao invés de realizar a recuperação como indicado, o craque preferiu fazer uma excursão com o Vasco da Gama. Sem a presença de Romário, mais uma e a última oportunidade de ver o atacante atuando ao lado de Ronaldo em um mundial ficou para trás e para a imaginação dos torcedores.
Como jogou o Brasil no Mundial 2002?
🏆 Essa era a escalação da Seleção Brasileira que foi pentacampeã em 2002. ⭐⭐⭐⭐⭐
– Notaram alguma coisa?! O esquema era 3-5-2 pic.twitter.com/BxaATNV9LJ
— Penta 🇧🇷 (@Selecaoinfo) September 10, 2021
Ao longo da Copa do Mundo de 2002, o time titular do Brasil sofreu pequenas alterações. O esquema tático fixado por Luiz Felipe Scolari (o 3-5-2), foi motivo de muitas críticas por jornalistas e torcedores brasileiros, que viam a situação como uma retranca do técnico gaúcho. O time que iniciou a caminhada rumo ao penta foi composto por: Marcos; Lúcio, Edmilson e Roque Junior; Cafú, Gilberto Silva, Juninho Paulista, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo Fenômeno.
A surpresa foi a presença de Juninho Paulista, que teoricamente ocupou a vaga de Emerson. O meia não fez boas atuações, tendo um posicionamento mais defensivo, e acabou perdendo sua vaga após as primeiras partidas. O jovem Kléberson, destaque do futebol brasileiro, herdou a vaga. O meia-volante do Athlético Paranaense se firmou na equipe após assumir a posição nas quartas de final. Seguiu na equipe até a decisão sendo um dos destaques do escrete canarinho.
Ronaldo e Rivaldo: A dupla imparável de 2002!
Ronaldo e Rivaldo foram os dois principais atletas do Brasil na Copa de 2002. O Fenômeno vinha de uma grave lesão em seu joelho direito, tendo rompido seu tendão patelar em 12 de abril de 2000. O astro só voltou a jogar no segundo semestre de 2001, e o tempo de preparação para o mundial de 2002, e encontrar sua melhor forma física e técnica era curta.
Portanto, a desconfiança no atacante, que além de tudo já passava por problemas em manter a forma física, era muito grande. Mas, calando todos que duvidaram de seu potencial, Ronaldo chegou à Copa com 7 gols marcados em 10 partidas após a recuperação da grave lesão, para brilhar e muito no mundial.
Já Rivaldo, vinha voando nas temporadas que antecederam a Copa do Mundo de 2002. O atacante marcava gols belíssimos e decisivos. Foi considerado o melhor jogador do mundo em 1999, mas antes da Copa deixou o Barcelona, pois o clube catalão contratou novamente o treinador, desafeto de brasileiros, Louies van Gaal. Com isso o astro se transferiu ao Milan. Ainda pelo Barcelona, Rivaldo chegou ao mundial com 33 partidas e 14 gols marcados.
Final da Copa do Mundo 2002: Brasil x Alemanha
Ao encontrar com a seleção Alemã de Futebol na final, o Brasil encontraria a seleção – até então – mais consolidada da competição. Os alemães chegaram a fase final vencendo seus adversários pelo placar mínimo, sem sustos. Seria o primeiro confronto das recordistas de finais em Copa do Mundo, e foi um grande jogo. A Alemanha assustou muito a meta brasileira, mesmo sem seu principal jogador, Michael Ballack.
Os alemães tiveram mais posse de bola e chutes a gol, com 56% de posse e 12 finalizações, contra 44% e 9 dos brasileiros. Apesar disso, o Brasil teve uma bola no travessão em um chute de Kléberson e chances claras com Ronaldo no primeiro tempo. Na segunda etapa, a Alemanha carimbou a trave brasileira após Marcos desviar a cobrança de falta de Oliver Neuville.
O goleiro Oliver Kahn, vinha sendo impecável no mundial, mas após o Brasil recuperar a bola, Rivaldo finalizou e o alemão falhou, soltando a bola nos pés de Ronaldo Fenômeno que não perdoou. O segundo gol, foi após um contra-ataque puxado por Kléberson, que deu um passe para o meio na direção de Rivaldo, que deixou passar num belo corta-luz e Ronaldo dominou e guardou o segundo, fechando o placar e sacramentando o pentacampeonato do Brasil.
O Brasil na Copa do Mundo 2002
O elenco convocado por Felipão para a Copa do Mundo de 2002, conhecido como “Família Scolari” para unir os atletas, tinha nomes com passagens em clubes grandes e com experiência na Seleção Brasileira. Mas, na lista tiveram algumas novidades que o treinador trouxe baseado na confiança que tinha em alguns, além de dar oportunidades para outros atletas ganharem mais experiência.
A base da seleção brasileira:
. Marcos: Atuou como goleiro titular no mundial em todas as sete partidas, e teve papel fundamental em algumas delas, principalmente na grande final. Atuava no Palmeiras no período.
. Cafú: O lateral direito foi o capitão do time. Atuava na Roma no período, mas logo depois foi fazer história no AC Milan. Esteve em campo em todas as partidas do mundial.
. Lúcio: O zagueiro não era muito conhecido no futebol brasileiro quando foi chamado para o mundial. Atuava no Bayer Leverkusen e jogou todas as partidas no mundial.
. Roque Júnior: O zagueiro que fazia parte do elenco do Milan a época participou de seis partidas na Copa. Ficou de fora do terceiro jogo da fase de grupo contra a Costa Rica apenas, e foi um dos pilares da defesa da Seleção.
. Edmílson: Outro zagueiro que compôs o time titular era o mais versátil dos zagueiros do elenco. Fazia parte do vitorioso time do Olympique Lyonnais. Atuava a frente dos outros dois zagueiros, como um líbero e ajudava na saída de bola. Marcou um golaço contra a Costa Rica na fase de grupos.
. Roberto Carlos: Um dos principais laterais da história do futebol era titular absoluto na esquerda. Ídolo do Real Madrid atuou em seis partidas do mundial e marcou um belo gol contra a China, na primeira fase.
. Gilberto Silva: O volante do Atlético Mineiro assumiu a posição antes do início da Copa e não perdeu a vaga. Jogou as sete partidas e tomou conta do meio-campo, sendo negociado com o Arsenal logo depois do título mundial.
. Kléberson: Um dos destaques do título brasileiro do Athlético Paranaense em 2001, o volante ganhou espaço no time titular nas fases finais. Foi um dos destaques da Seleção depois que assumiu a titularidade e quase marcou um gol na grande final, mas parou no travessão.
Os destaques da seleção:
. Ronaldinho Gaúcho: O craque estava no Paris Saint-Germain, e mesmo sem conquistar títulos importantes era um dos destaques do time. Na Copa do Mundo, foi o principal meia do elenco, onde atuou com a camisa 11 em cinco partidas. Marcou dois gols, sendo um deles antológico contra a Inglaterra nas quartas de final, mas depois acabou expulso e perdeu a partida seguinte.
. Rivaldo: O craque estava de saída do FC Barcelona, onde foi eleito o melhor do mundo em 1999. Foi uma das grandes estrelas da seleção brasiliera naquela Copa, e esbanjava técnica, habilidade e gols decisivos. Marcou cinco gols e foi também decisivo na grande final, participando diretamente dos dois gols.
. Ronaldo Fenômeno: O grande craque do Brasil na Copa do Mundo de 2002, Ronaldo foi o artilheiro do mundial. Chegou com muita desconfiança após grave lesão no joelho, mas foi decisivo, principalmente na semifinal e na final. Terminou a competição com oito gols marcados nos sete jogos disputados.
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Os 12º jogadores:
. Juninho Paulista: O meia atuava no Flamengo, e foi titular em quatro partidas do mundial, até as oitavas de final, quando perdeu espaço para Kléberson. Ainda assim, entrou no decorrer da grande final e era peça importante para Felipão.
. Denílson: Possivelmente o principal reserva do time, o habilidoso atacante canhoto não vivia grande fase, mas era um jogador de confiança de Felipão. Atuou em cinco partidas do mundial, mas ficou marcado mesmo na partida da semifinal, quando foi perseguido por metade do time turco ao prender a bola na lateral do campo.
. Ricardinho: Então principal jogador em atividade no futebol brasileiro atundo pelo SC Corinthians, sua convocação partiu durante a preparação da seleção brasileira, para substituir o volante Emerson que acabou se machucando.
Os reservas:
. Dida: Goleiro do Milan a época, e titular da seleção quatro anos depois, na Copa do Mundo 2006, acabou não entrando em campo na disputa de 2002. Exímio pegador de pênaltis, era o substituto imediato do goleiro Marcos.
. Rogério Ceni: Eterno ídolo do São Paulo Futebol Clube, o Mito era o terceiro goleiro canarinho durante a competição. Também não entrou em campo, mas se destacou pela lidenrança e, principalmente, por não causar problemas durante aquele mundial, pelo temperamento explosivo.
. Belletti: O reserva imediato de Cafú na Copa, era jogador do São Paulo no período. Atuou apenas na partida contra a Turquia, nas semifinais, quando entrou no lugar de Kléberson para atuar no meio campo, aproveitando sua versatilidade.
. Anderson Polga: Então zagueiro do Grêmio era o reserva imediato da defesa brasileira. Jogou duas partidas na primeira fase e era um homem de confiança de Felipão.
. Júnior: O lateral que fez história no Palmeiras atuava no parma na época. O reserva imediato de Roberto Carlos foi titular contra a Costa Rica e marcou um gol na partida.
. Vampeta: Outro jogador do Timão, o volante foi um dos que mais participaram durante as eliminatórias. Além de talentoso, integrava o grupo com seu reconhecido alto astral. Entrou apenas na primeira partida.
. Edílson: O Capetinha era atleta do Cruzeiro durante a Copa. Atuou em três partidas do mundial, sendo uma delas como titular.
. Luizão: Reserva imediato de Ronaldo Fenômeno, Luizão teve duas oportunidades durante o mundial. Na primeira partida sofreu o polêmico pênalti que deu a vitória ao Brasil contra a Turquia.
. Kaká: Mais jovem atleta do elenco, havia despontado ainda há pouco tempo no São Paulo. Entrou na partida contra a Costa Rica e entraria na final, mas o juiz encerrou a partida antes de seu ingresso.
5 fatos que marcaram a Copa do Mundo de 2002
– Ronaldinho Gaúcho ficou marcado em sua carreira por usar a camisa 10, principalmente após o sucesso no Barcelona. Em 2002, o número foi usado por Rivaldo, que fez jus a mística da numeração com a camisa amarelinha.
– O Brasil conquistou a melhor campanha da história dos mundiais. Venceu todas as sete partidas disputadas. A outra campanha com 100% foi do Brasil em 1970, mas com seis jogos no formato daquele ano.
– Ronaldo bateu uma marca que não ocorria desde 1974. Nenhum jogador marcava mais que sete gols em uma Copa desde então, e o Fenômeno marcou oito.
– Contra a Alemanha, na Copa 2002, o Brasil emendou três decisões seguidas de Mundial. igualaram a seleção Alemã que, em 1982, 1986 e 1990, conseguiram tal marca. Porém, o time canarinho levou duas taças, enquanto os históricos rivais alemães somente em 1990.
– Com as três finais consecutivas da Seleção Brasileira, o lateral Cafú participou de todas elas. Foi o primeiro e único atleta a conseguir tal marca.
Outros títulos Mundiais da seleção brasileira:
Seleção Brasileira de 1958. 💫 pic.twitter.com/5M8hrmkoCJ
— Gols Clássicos (@GolsClassicos) June 26, 2018
O primeiro título Brasileiro em uma Copa do Mundo aconteceu no ano de 1958, na Copa da Suécia. Após o traumatizante vice em 1950, na Copa disputada no Brasil, acabaria com o chamado “complexo de vira-latas”. No elenco lendas do futebol brasileiro e mundial como: Nilton Santos, Zagallo, Bellini, Vavá, Djalma Santos e Gilmar. Além é claro dos geniais Garrincha e Pelé. O título veio com exibição de gala contra os donos da casa, em goleada por 5 a 2.
Já na edição seguinte, na Copa do Chile, em 1962,após lesão de Pelé logo na primeira partida do mundial, quem assumiu o protagonismo foi Mané Garrinha. O Anjo das Pernas Tortas fez um torneio exemplar, sendo o grande destaque, conduzindo o Brasil ao bicampeonato mundial.
Depois da campanha pífia na Copa de 1966, o Brasil montou um time que, para muitos, seria a melhor seleção de todos os tempos. Com Mário Jorge Lobo Zagallo já como treinador, a seleção brasileira teve “cinco camisas 10” no time titular e apresentou um futebol revolucionário. Gérson, Rivelino, Pelé, Jairzinho e Tostão formavam a linha de ataque, responsáveis por seis vitórias em seis jogos, destroçando a Itália, na final, por 4 a 1.
O tetracampeonato viria após 24 anos. Com uma campanha conturbada nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, Romário foi chamado para ser o grande salvador e conduzir o país ao título mundial, em comptição realizada nos EUA. Com um time considerado mais pragmático, chegou à final e bateu novamente a Itália, agora nos pênaltis.