Zetti

Goleiro
839 Jogos Oficiais
17 Títulos Oficiais
0 Gols Marcados
Zetti - Goleiro do São Paulo.
Armelindo Donizetti Quagliato Brasil - Porto Feliz - São Paulo
Nascimento 10 de janeiro de 1965
Falecimento -
Apelidos Zetti
Carreira 1983 - Palmeiras
2001 - Sport Recife
Características Altura: 1,88m
Destro
Posição / Outras posições Goleiro
Copa do Mundo

1994

Mundial de Clubes

1992 e 1993

Libertadores

1992 e 1993

Perfil / Estilo do jogador

Com uma grave lesão no início de sua carreira, por pouco Zetti não abandonou o futebol. E essa é uma característica que marcaria a carreira deste ícone do futebol brasileiro na década de 1990. Conquistou tudo no São Paulo, sempre brilhando e passando uma segurança como poucos goleiros fizeram ao longo de sua carreira. Desde o bom posicionamento até as defesas mais acrobáticas, Zetti foi um precursor na posição de goleiro.

Categoria de base

Data Clube    
1980-1982 Guarani/SP    
1983 Palmeiras    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1983-1989 Palmeiras 98 -
1983 Toledo/PR 31 -
1985 Londrina/PR 29 -
1990-1997 São Paulo 432 -
1997-1999 Santos 188 -
2000 Fluminense 28 -
2001 União Barbarense 10 -
2001 Sport Recife 6 -

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1992-1999 Brasileira 17 -

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
São Paulo Mundial de Clubes 1992 e 1993
São Paulo Copa Libertadores da América 1992 e 1993
São Paulo Campeonato Brasileiro 1991
São Paulo Campeonato Paulista 1991 e 1992
São Paulo Recopa Sul-Americana 1993 e 1994
São Paulo Supercopa da Libertadores da América 1993
Santos Torneio Rio-São Paulo 1997
Santos Copa Conmebol 1998

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Copa do Mundo 1994
Copa Umbro 1995

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
5º Melhor Goleiro do Mundo 1993 São Paulo

Desempenho

-
Média
Gols por jogo
1
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
3
Velocidade
4
Técnica
4
Condicionamento Físico
5
Fundamentos Defensivos
5

Biografia

Zetti

Goleiro bicampeão do Mundo com o São Paulo Futebol Clube

Zetti foi um dos melhores goleiros brasileiros na década de 1990. Bicampeão do mundo com o São Paulo e campeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, também tem o reconhecimento pelo seu caráter dentro do futebol. Com uma carreira vitoriosa, principalmente dentro do Tricolor Paulista, teve poucas chances na seleção durante a carreira, muito por conta da presença de Cláudio Taffarel.

Surgiu no Palmeiras para o futebol nacional durante a década de 1980, mas uma grave lesão quase encerrou a carreira do goleiro, que foi se reencontrar na profissão no time do Morumbi. Ali passaria seus maiores momentos dentro do futebol, com muitos títulos e defesas memoráveis e, inclusive, entrando em listas de melhores goleiros do mundo no período.

Viveu o auge de sua carreira no ano de 1993, com o bicampeonato mundial com São Paulo e já fazendo parte do grupo que seria campeão da Copa do Mundo de 1994.

 

O início da carreira no futebol

Armelindo Donizetti Quagliato nasceu no dia 10 de janeiro de 1965, em Porto Feliz, interior de São Paulo. Alto e com facilidade de atuar com as mãos, muito por conta de jogar vôlei, começou a jogar no gol aos 13 anos de idade. Já na juventude, aos 15 anos, fez o seu primeiro teste no Guarani/SP e passou.

No time de Campinas, no interior de São Paulo, participou de duas Taça São Paulo de Futebol Júnior, ambas no banco de reservas. Com a mudança da diretoria bugrina, acabou dispensado em dezembro de 1982.

Quando chegou o ano de 1983, um amigo de Capivari indicaria Zetti para fazer uma peneira no Palmeiras. Passou alguns meses treinando na base do time alviverde, sendo emprestado para o Toledo/PR, onde disputaria o Campeonato Paranaense de 1983.

 

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Iniciou a competição no banco de reservas, mas logo foi alçado ao time titular, onde foi muito bem, sendo inclusive considerado o melhor goleiro do estado do Paraná e convocado para a seleção paranaense de júnior. Ainda teve uma passagem pelo Londrina/PR, antes de Zetti retornar ao Palmeiras em 1986 para “disputar” a posição com o experiente Emerson Leão.

Apesar do complicado temperamento do experiente arqueiro alviverde, um dos maiores ídolos do clube e parte da vitoriosa Academia Alviverde da década de 1970, treinar ao lado de Emerson Leão seria um grande aprendizado para o jovem Zetti. Isso em uma época quando não havia treinadores de goleiros.

 

A estreia de Zetti no Palmeiras

Zetti faz parte da Academia de Goleiros do Palmeiras.

No ano de 1987, Emerson Leão foi para o Sport Recife, deixando para Zetti e Martorelli a briga pela vaga de titular no gol do Palmeiras. E após Martorelli ser expulso contra o Guarani, em partida válida pelo Campeonato Paulista, Zetti finalmente assumiria a posição de titular no gol do Verdão.

Rapidamente torna-se um ídolo da torcida palmeirense, ficando incríveis 13 jogos sem tomar gol, marca interrompida pelo zagueiro e ídolo palmeirense Luis Pereira, na vitória do São Bento por 1 a 0.

Mas a história no Palmeiras seria interrompida na temporada seguinte, no dia 17 de novembro de 1988, em partida contra o Flamengo, de Zico, no Estádio do Maracanã. O alviverde vencia por 1 a 0 quando, já nos acréscimos, Zetti, que estava com 23 anos, foi para uma dividida com outro jovem, o atacante Bebeto, e acabou levando a pior, quebrando a perna.

“Uma dor muito grande. Eu vi todo mundo chegando em volta e na hora falei “quebrou”. Os maqueiros me levaram na maca até o vestiário, mas quando estava chegando na escada eu vi a torcida comemorando. O Flamengo empatou o jogo”, recordou Zetti, décadas depois.

 

Difícil momento de recuperação e litígio com o Palmeiras

“A medicina em 1988 era muito diferente. Precisei engessar a perna inteira, fiquei 45 dias com o gesso, atrofiou a minha perna. A perna parecia o meu braço e eu sempre tive a musculatura forte. E vinha pensamentos se eu conseguiria voltar a jogar futebol”.

Sem contrato e sem amparo psicológico, Zetti se viu no momento derradeiro de sua carreira. Ficou um ano e meio apenas treinando depois da fratura, apenas jogando pelos aspirantes e ainda sentindo dores. Vale recordar que no período também não havia fisioterapeutas no meio do futebol.

Anos depois, Zetti ainda afirmaria que, inclusive, entrou em depressão a ponto de pensar em parar sua carreira no futebol. Para preencher o vazio daquele momento, o arqueiro começou a pintar quadros como forma de terapia.

Surgem nomes de times como Grêmio e Flamengo, que no período era comandado por Telê Santana, para contar com o jovem e lesionado goleiro. Porém, com a alta inflação da época, o negócio torna-se inviável aos clubes. Dessa forma, Zetti opta por negociar e comprar o próprio passe do Palmeiras e ter o caminho livre na escolha do recomeço para o seu próximo destino.

 

Busca nova equipe para recomeçar

Aparece uma proposta da Suíça para fazer um “teste” em um clube do país, inclusive levando recortes de jornal para se “apresentar” aos interessados, que pouco sabiam da carreira do arqueiro. Passa 28 dias, com 13 graus abaixo de zero, e opta por retornar e buscar um clube no Brasil para continuar a sua carreira.

Ainda vai até Barcelona para uma possível negociação com o presidente do Atlético de Madrid/ESP, mas que também queria um período de testes com Zetti. Passa uma semana em Madrid e retorna desiludido ao Brasil, mas decidido a assinar com “qualquer” clube brasileiro.

Waldir Joaquim de Moraes, que havia trabalhado com Zetti no Palmeiras, o indica para o São Paulo, que estava em busca de um goleiro. Fernando Casal Del Rey, então diretor do clube à época, firma contrato “de risco” com o goleiro. E após chegar sob muita desconfiança, finalmente transforma-se em Zetti, goleiro do São Paulo.

 

Zetti – Goleiro do São Paulo

Zetti - Goleiro do São Paulo.

No São Paulo Futebol Clube, Zetti fica de 1990 a 1997 para se transformar em um dos maiores ídolos na história do tricolor. Vive não somente o seu melhor momento como, para muitos, o melhor momento na história do clube. Após serem vice-campeões brasileiros em 1990, a partir de 1991 o tricolor transformaria-se em uma verdadeira máquina de conquistas. E tudo sob Zetti como goleiro titular e um dos líderes daquele estrelado elenco.

Entre os principais títulos estão: Campeonato Brasileiro (1991), Copa Libertadores e Mundial de Clubes (1992 e 1993), Campeonato Paulista (1991, 1992). Isso em meio a muitas partidas e competições amistosas fora do país, como maior representante do futebol brasileiro no período.

E em meio aos grandes jogos e conquistas, são muitos os grandes momentos e defesas históricas do goleiro com a camisa do São Paulo. Mas a que ficaria marcada para sempre seria a defesa na disputa por pênaltis, contra o News Old Boys, e que deu a primeira Copa Libertadores para o tricolor, em 1992.

Após o título mundial com a seleção brasileira em 1994, Zetti ficou valorizado e era um dos jogadores mais caros do elenco são paulino. Fica mais dois anos como titular absoluto do gol tricolor, mas o alto salário, aliado ao surgimento de um jovem goleiro que pedia passagem, no caso, Rogério Ceni, aceleraram a saída de Zetti do São Paulo.

Com o término do contrato com o clube em dezembro de 1996, faz sua última partida contra o Paraná Clube, Zetti se despede do time onde conquistou muitos títulos e cravou o nome no futebol. Ainda em alto nível, surge a proposta para atuar no rival Santos.

Durante todos os anos pelo São Paulo, Zetti disputou 432 partidas, sofrendo 438 gols. Uma incrível média de 0,99 gols por jogo.

 

 

Zetti na Seleção Brasileira

Em grande fase na carreira com a chegada no São Paulo, a partir de 1992, Zetti passa a fazer parte do grupo da seleção brasileira. Isso em meio a uma briga pela titularidade com Claudio Taffarel, que não vivia bom momento no futebol da Europa no período.

Convocado pela primeira vez no ano de 1992 para um jogo amistoso contra a Islândia, fez sua estreia na partida contra a Alemanha. Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, que aconteceu em 1993, esteve praticamente em todas as convocações. Porém, se Zetti era o favorito de torcida e crítica, Taffarel era o favorito da comissão técnica, formada por Carlos Alberto Parreira e Zagallo.

Para se ter uma ideia, no ano de 1993, com o bicampeonato mundial do São Paulo, Zetti é escolhido como o 5º melhor goleiro do mundo.

Perde a disputa pela titularidade da seleção, mas ainda assim vai para a Copa do Mundo de 1994 como reserva imediato de Taffarel. Pelo Brasil atuou em 17 oportunidades.

 

Boa passagem pelo Santos e término de carreira

Zetti chega ao Santos no ano de 1997, como a grande contratação do clube para aquele ano, e isso em um clube que estava na seca de conquistas. Lá conquista dois títulos, Rio São Paulo e Copa Conmebol, jogando um total de quase 200 partidas pelo clube da baixada santista

Permanece até o ano de 1999, quando por declínio físico não conseguia mais ter a consistência para uma carreira mais prolongada. Ainda teve rápidas passagens por Fluminense, União Barbarense e Sport Recife, encerrando a carreira no ano de 2001, aos 36 anos de idade.

 

Tenta carreira como técnico

Ainda em 2001, com a recém carreira encerrada, aceita proposta para trabalhar como técnico dos juniores do São Paulo. Teve como grande momento o vice-campeonato paulista de 2004, pelo Paulista, de Jundiaí, quando foram derrotados na final pelo São Caetano, de Muricy Ramalho. Seguiu na carreira de treinador até o ano de 2010, desiludido com a profissão.

 

Fechando o Gol – Academia de Goleiros

Desde 2009 tem projeto voltado a ensinar pessoas interessadas em jogar no gol, chamado de Fechando o Gol. Neste projeto ensina desde crianças até pessoas mais velhas a atuar no gol.

 

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