Luís Pereira

Zagueiro
1000 Jogos Oficiais
20 Títulos Oficiais
67 Gols Marcados
Luís Pereira Brasil - Juazeiro - Bahia
Nascimento 21 de junho de 1949
Falecimento -
Apelidos Luís Chevrolet, El Mago, Zagueiro Espetáculo, Maestro
Carreira Início: (1967) São Bento
Término: (1997): São Caetano
Características Altura: 1,81 m
Destro
Posição / Outras posições Zagueiro

Perfil / Estilo do jogador

Zagueiro extremamente técnico, Luís Pereira não apenas desarmava, como também tinha um bom cabeceio e muita qualidade para sair jogando. Dessa forma, marcou muitos gols e revolucionou a sua função em campo, em um período em que os defensores pouco saiam para o jogo. Além disso, sua forma física robusta e sua altura de 1,81 lhe renderam o apelido de Luís Chevrolet, culminando também com o seu estilo ofensivo, subindo muitas vezes para o ataque em uma velocidade muito semelhante a de um potente carro.

Categoria de base

Data Clube    
1965 Barcelona de São Caetano    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1967–1968 / 1994 São Bento - -
1968–1975 / 1981–1984 Palmeiras 576 36
1975–1980 Atlético de Madrid 161 16
1980–1981 Flamengo 35 1
1985 Portuguesa 59 3
1986–1988 Santo André 82 11
1986 Corinthians 24 0
1990–1992 / 1997 São Caetano 31 0
1993 São Bernardo - -

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1973–1983 Brasil 32 0

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Palmeiras Campeonato Brasileiro 1969, 1972, 1973
Palmeiras Campeonato Paulista 1972, 1974
Palmeiras Troféu Ramón de Carranza 1969, 1974, 1975
Palmeiras Copa del Atlántico 1972
Palmeiras Torneio Laudo Nate 1972
Atlético de Madrid Copa do Rei da Espanha 1975–76
Atlético de Madrid Campeonato Espanhol 1976–77
Atlético de Madrid Troféu Ramón de Carranza 1976, 1977, 1978
Flamengo Campeonato Carioca 1981
São Caetano Campeonato Paulista - Série A3 1991

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Mundialito de Cáli 1977

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
37º melhor jogador sulamericano de futebol do século XX, pela IFFHS
melhor zagueiro central do Brasil pela IFFHS

Desempenho

0,0067
Média
Gols por jogo
0,60
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
3
Controle de Bola
4
Drible
3
Velocidade
4
Técnica
5
Finalização
3
Condicionamento Físico
4
Fundamentos Defensivos
5

Biografia

Luís Pereira: Ídolo de Palmeiras e Atlético de Madrid e um dos maiores zagueiros da história

Luís Pereira: um dos melhores zagueiros da história.

Considerado um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro, Luís Pereira esbanjava muita técnica em campo ao ser muito preciso nos desarmes e um excelente cabeceador. Além disso, subia constantemente ao ataque, fazendo muito mais do que a sua posição exige, demonstrando muita confiança e habilidade. Foi dessa maneira em que anotou mais de 100 gols em toda sua carreira, contando jogos não oficiais, um número elevado para um defensor.

Atuando em clubes, suas passagens mais marcantes foram na SE Palmeiras e Atlético de Madrid. No alviverde, fez parte da famosa segunda Academia de futebol do clube, conquistando um histórico tricampeonato brasileiro. Já no time espanhol, marcou uma geração ao lado do meio-campista Leivinha, seu companheiro dos tempos de Palmeiras e conseguiu o feito de faturar uma Copa do Rei e um Campeonato Espanhol.

Na seleção brasileira, Luís Pereira também não decepcionou e esbanjou toda a sua categoria atuando com a amarelinha. No entanto, apesar de ser um craque na defesa, participou apenas de uma Copa do Mundo com o escrete brasileiro, em 1974, na fraca campanha do 4º lugar. Naquele mundial, ficou lembrado por ter sido o primeiro jogador brasileiro da história a ter recebido um cartão vermelho.

Outro fato que também marcou sua carreira foi a sua longevidade dentro dos gramados, se aposentando apenas em 1997. Na época, o jogador pendurou as chuteiras enquanto jogava no São Caetano aos 47 anos de idade.

Infância, histórico e inspirações

Luís Edmundo Pereira nasceu no dia 21 de junho de 1949, em Juazeiro, na Bahia. Ainda recém-nascido veio com a família para morar em uma casa simples na cidade de São Caetano, em um bairro chamado Vila Barcelos. Logo aos 14 anos de idade começou a trabalhar como torneiro mecânico e foi justamente nesse período em que o futebol passou a fazer parte de sua vida.

Enquanto trabalhava, o garoto jogava futebol no time de sua empresa, em uma função pouco imaginada, como centroavante. Foi nessa posição em que passou a atuar no juvenil do Barcelona de São Caetano do Sul e logo depois  foi levado ao São Bento de Sorocaba por um amigo.

O jogador só resolveu mudou de posição em campo para integrar o time profissional do São Bento. Na ocasião, a equipe só tinha vaga para volante e zagueiro, e Luís aceitou prontamente mudar de função e passou a jogar na defesa. No futuro, essa experiência como atacante marcaria sua carreira como zagueiro goleador e defensor que gostava de subir ao ataque.

Sua estreia como profissional ocorreu em 1967 aos 18 anos de idade e justamente nesse período teve a missão de encarar o Santos de Pelé no Campeonato Paulista, mostrando muita frieza.

Ao continuar se destacando e mostrando sua categoria com a camisa de seu clube, o jovem jogador logo despertou o interesse dos rivais Corinthians e Palmeiras. Então, optou por jogar no alviverde e acertou com o clube na segunda metade de 1968, quando tinha apenas 19 anos.

 

Apelidos: Luis Chevrolet e tendência de subir para o ataque


Por ser um jogador muito técnico, Luís Pereira também possuía qualidades ofensivas, tanto que antes do profissional jogava centroavante. Por conta disso, enquanto vestia a camisa da SE Palmeiras, o zagueiro não se contentava em ficar apenas no campo de defesa e passava a se aventurar no ataque.

Esse fato deixava o então treinador, Oswaldo Brandão, completamente estressado, que por algumas vezes até ameaçava a tirar o jogador do time caso passasse da linha do meio campo. Luís Pereira não ligava para tais ameaças e mesmo assim subia para o ataque em algumas ocasiões, ostentando todo o seu bom futebol. Dessa forma, passou a receber a sua famosa alcunha, Luís Chevrolet, em alusão ao carro, por conta de seu arranque e velocidade e por seu porte físico.

Tal característica deu a Luís Pereira a capacidade de marcar muitos, algo muito raro em um zagueiro ainda mais naquele período.

 

1968–1975: Luís Pereira chega ao Palmeiras para formar a Segunda Academia


Luís Pereira ao lado de Leivinha, Ademir da Guia e Leão.

Chegando ao Palmeiras, ainda magro e tímido, Luís Pereira teve que esperar sua vez para ser titular da equipe. Na segunda metade de 1968 e em 1969, entrava em campo esporadicamente como reserva do lendário zagueiro Baldochi. Nesse período, logo faturou dois títulos,  o troféu internacional Ramon Carranza e o Campeonato Brasileiro.

Sua oportunidade de agarrar a titularidade na equipe do Palmeiras surgiu durante a Copa do Mundo de 1970, quando Baldochi foi representar a seleção brasileira. A partir dali, Luís Pereira não perdeu mais a vaga na zaga do Vedão, ainda mais quando o então titular da posição deixou a equipe no inicio de 1971.

Naquele período, se formava a segunda academia de futebol do Palmeiras e Luís Pereira seria um dos grandes pilares daquela nova geração de jogadores. Dessa forma, o zagueiro contava com a parceria de outros craques como Emerson Leão, Ademir da Guia, Leivinha, Edu Bala, César Maluco e Nei. Seu treinador passou a ser o lendário Oswaldo Brandão.

Assim, como titular absoluto, Luís Pereira teve um ano iluminado com a camisa do Palmeiras, ganhando todos os títulos possíveis em 1972. Na ocasião, o zagueiro faturou o Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista, Copa del Atlántico e o Torneio Laudo Natel. Sendo que nas conquistas tanto da competição nacional, quanto na competição estadual, o zagueiro foi essencial nas finais de ambas, ajudando sua equipe a não tomar gols.

Na temporada seguinte, o jogador ainda faturou mais um título brasileiro e em 1974 e um título paulista. Sua última taça levantada foi em 1975, com a conquista do Troféu Ramon Carranza, justamente em seu último ano pela sua primeira passagem no Palmeiras. Na ocasião, devido ao seu desempenho, o jogador recebeu uma boa proposta para jogar no Atlético de Madrid.

 

1975–1980: Luís Pereira chega ao Atlético de Madrid para fazer história


Ao vencer o Troféu Ramon Carranza em 1975 em cima do Real Madrid, na cidade de Cádis, Luís Pereira chamou a atenção do rival dos merengues, o Atlético de Madrid. Na ocasião, os colchoneros ficaram impressionados com o desempenho do jogador e o contrataram após o término do torneio junto com seu companheiro Leivinha.

Ambos o jogadores chegavam com a missão de manter um forte time do Atlético de Madrid que havia sido campeão espanhol em 1973-74, vice-campeão da Champions League de 1974 e terceiro lugar no Campeonato Espanhol de 1975.

Tal missão foi cumprida com maestria e logo em sua primeira temporada, 1975-76, Luís Pereira faturou a Copa do Rei, mesmo sem ter jogado uma única partida. Tudo porque, o seu lendário treinador Luís Aragonés, costumava usar a competição para rodar o elenco e na ocasião o zagueiro brasileiro era considerado titular absoluto.

Porém, na temporada seguinte e jogando a maioria das partidas, o zagueiro foi campeão espanhol com sua equipe. Esse título é um dos mais memoráveis na história do torcedor colchonero, justamente por ter sido conquistado em pleno Santiago Bernabéu. Na competição, Luís Pereira foi essencial no comando da zaga, sendo que em muitas vezes subia ao ataque esbanajando habilidade, o que lhe rendeu as alcunhas de “El Mago” e “Zagueiro Espetáculo”.

Mas, esse seu estilo de jogo ofensivo lhe causou problemas na equipe, pois na temporada 1978-79, o jogador teve um desentendimento com o então treinador Hector Nuñez. Na ocasião, o comandante do time entendeu que o zagueiro havia sido responsável por dois gols tomados contra a Real Sociedad, por conta de seu estilo ofensivo. Ambos trocaram xingamentos nos vestiários e Nuñez foi demitido. Porém, não demorou muito para que Luís Pereira deixasse o clube pelo mesmo motivo e sua saída se deu em 1980.

Até hoje é reverenciado no Atlético de Madrid

Mesmo não saindo de uma maneira muito amistosa do Atlético de Madrid, Luís Pereira é considerado um dos maiores ídolos do clube. Até porque, enquanto esteve em campo fez grandes atuações e foi o pilar de uma geração que faturou o último título espanhol antes de uma seca que duraria até os anos 1990. Tal feito foi conseguido em meio as suas 161 partidas disputadas com 16 gols marcados, números impressionantes.

Por conta disso, Luís Pereira é reverenciado no Atlético de Madrid até os dias atuais, fazendo parte inclusive, dos bastidores da equipe. Atuando em novas funções, se tornou coordenador e técnico das divisões de base do time. Além disso, participou de momentos icônicos do clube colchonero, como por exemplo, a apresentação do zagueiro Miranda e a despedida do ídolo Diego Godín.

Inclusive, a sua passagem pelo time de Madrid foi tão icônica que abriu as portas para que outros defensores brasileiros atuassem por lá. Como o próprio Miranda, o também zagueiro Felipe e os laterais esquerdos Renan Lodi e Filipe Luís.

 

1980–1981: Breve passagem de Luís Pereira pelo Flamengo


Após deixar o Atlético de Madrid, Luís Pereira chegava ao CR Flamengo em 1980, como uma grande contratação, por conta de tudo o que fez na Espanha e também no Palmeiras. Logo de cara, o zagueiro se deparou com uma constelação de craques que haviam sido campeões nacionais na temporada passada, como o lateral Junior, o volante Andrade, os meias Zico e Carpegiani e o atacante Tita. Além disso, ainda chegou o lateral Carlos Alberto Torres para coroar um grande elenco.

Porém, esse time que era bom no papel não funcionou na prática e isso refletiu na atuação de Luís Pereira que não teve um grande desempenho. Tanto que no decorrer de sua passagem pelo Flamengo, o zagueiro perdeu a condição de titular na equipe e foi afastado pelo técnico Claudio Coutinho. Mais lento do que o normal e longe de sua melhor forma, o conhecido Chevrolet já não era mais o mesmo.

Por tamanha decepção, uma das maiores atuando em um grande clube do Brasil, o jogador deixou o Flamengo com apenas uma temporada disputada. Ainda assim, faturou o título carioca com a camisa do clube, ainda que não como titular.

Portanto, em sua breve passagem pelo rubro-negro, Luís Pereira atuou em 35 jogos e anotou apenas um gol. Na sequência, o zagueiro retornou ao Palmeiras, clube que o projetou para o futebol mundial.

 

1981-1984: segunda passagem pelo Palmeiras sem o mesmo brilho


Em 1981, Luís Pereira retornou ao SE Palmeiras mais experiente, quando tinha 32 anos de idade. Chegou à equipe para ser titular absoluto e assim se manteve durante 3 anos, até 1984, quando se despediu do alviverde.  Sua segunda passagem não foi tão brilhante quanto a primeira e o zagueiro não conquistou títulos em sua volta ao clube.

Por conta disso, o jogador que já não estava em seu auge técnico, deixou o clube, encerrando a sua trajetória no Palmeiras. Portanto, em 576 jogos no alviverde, Luís Pereira anotou 36 gols e entrou para a história como o maior zagueiro artilheiro de todos os tempos da equipe.

É o melhor zagueiro da história do Palmeiras?

Com números impressionantes com a camisa do alviverde, certamente Luís Pereira é apontado por muitos como o maior zagueiro da história do Palmeiras. Até porque é o maior zagueiro artilheiro da história do clube, conquistando importantes títulos e com um estilo de jogo que esbanjava muita qualidade técnica. Inclusive, seu icônico gol de cobertura marcado sobre o Grêmio FP em 1971, está na memória dos palmeirenses até hoje.

Por conta desses fatos, Luís Pereira se destaca entre tantos jogadores de sua posição, uma missão muito difícil com a camisa alviverde. Até porque, em sua história, o Palmeiras sempre teve grandes zagueiros como Junqueira nos anos 1930, Valdemar Carabina nos anos 1960 e recentemente Cléber, Roque Junior e Gamarra entre os anos 1990 e anos 2000.

 

1985 – 1997: Luís Pereira roda por alguns times até se aposentar com 47 anos


Em reta final de carreira com a camisa do Santo André.

Ao deixar o Palmeiras, Luís Pereira se transferiu para a Portuguesa em 1985 e por lá conseguiu jogar relativamente bem na campanha do vice-campeonato paulista. Enquanto esteve na lusa, atuou em 59 partidas e anotou 3 gols.

Após sua passagem pela Portuguesa, acertou com o Santo André na temporada seguinte e por lá teve um bom desempenho, anotando 11 gols em 82 partidas. Nesse meio tempo, em 1986, ainda atuou com a camisa do  SC Corinthians por empréstimo, fazendo parceria com grandes craques como Jacenir, Wilson Mano e Biro Biro. Porém, sua passagem no clube foi breve e muito apagada, se resumindo a apenas 24 partidas, sem gols anotados.

Nos anos seguintes, o jogador teve uma breve passagem no Central de Cotia, jogou por São Bernardo e retornou ao São Bento, até se aposentar no São Caetano. Com a camisa do Azulão, o jogador pendurou as chuteiras em 1997, quando estava com 47 anos de idade, sendo um dos jogadores mais velhos da história do futebol brasileiro.

 

Luís Pereira na seleção brasileira


Luís Pereira ao lado de outros craques da seleção brasileira.

Em grande fase com a camisa do Palmeiras, Luís Pereira foi convocado para representar a seleção brasileira em 1973. Mas antes de seu jogo de estreia, o zagueiro passou por algumas dificuldades, pois sua esposa havia perdido seu filho no parto e uma lesão na coxa o afastou dos gramados. Assim, sua estreia ocorreu no mês de junho daquele ano em jogo amistoso contra a Tunísia, em vitória brasileira por 4 a 1.

Não tardou para que Luís Pereira assumisse a titularidade do escrete brasileiro, sendo dono absoluto de sua posição na Copa do Mundo de 1974. Porém, a campanha da seleção naquele ano foi razoável, resultando em um amargo 4º lugar da então campeã mundial.

Na sequência, o zagueiro ainda vestiu a amarelinha na Copa América de 1975, atuando em apenas duas partidas. Inclusive, em uma delas, na goleada por 6 a 0 contra a Venezuela, foi capitão. Porém, sua seleção não chegou muito longe e parou na semifinal contra o Peru.

Naquele período, o jogador já não era mais unanimidade na zaga da seleção brasileira e começou a perder espaço já com o técnico Oswaldo Brandão. Mas foi com a chegada de Claudio Coutinho, que o zagueiro de fato foi preterido no escrete brasileiro. Tanto que não foi convocado para o mundial de 1978, numa situação em que muitos acreditam que seria por implicância do então treinador ou até mesmo por questões políticas, em plena ditadura militar. Nessa levada, até mesmo Paulo Roberto Falcão havia sido cortado do time.

Assim, sua última partida com o escrete brasileiro se deu em 1977, nas eliminatórias contra a Bolívia, em goleada brasileira por 8 a 0. Luís Pereira se despediu do time canarinho com 32 partidas e sem balançar as redes, algo atípico em sua carreira.

Copa de 1974: Luís Pereira como titular da copa

Como titular absoluto na seleção brasileira, Luís Pereira chegava como um dos grandes destaques do time na Copa do Mundo de 1974, realizada na Alemanha. Além dele, o escrete brasileiro depositava suas esperanças em outros craques como Piazza, Paulo Cézar Caju, Rivellino, Jairzinho e seu companheiro de Palmeiras e Atlético de Madrid, Leivinha. Esse estrelado elenco foi comando por Zagallo, atual campeão mundial.

Assim, já no inicio daquela Copa, Luís Pereira se destacou nos primeiros jogos e evitou que a seleção tomasse gols, mesmo que não tivesse feito nenhum. Portanto, o Brasil patinou nos dois primeiros jogos e empatou em 0 a 0 contra Iugoslávia e Escócia.

Mas na terceira partida, o escrete brasileiro venceu o Zaire por 3 a 0, contando com mais uma boa atuação defensiva do zagueiro. Assim, o Brasil se classificou para a segunda fase de grupos e venceu a seleção argentina e Alemanha Oriental, por 2 a 1 e 1 a 0 respectivamente. Até aquela altura da competição a zaga brasileira tomou apenas um gol, por tamanha importância de Luís Pereira.

Porém, no jogo seguinte contra a seleção holandesa, o jogador sofreu uma dura baixa, ao ser expulso depois de dar uma entrada em seu adversário. Curiosamente, Luís Pereira foi o primeiro jogador brasileiro da história a ser expulso de uma partida ao tomar cartão vermelho, recurso implementado dentro do futebol a partir da copa de 1970 (expulsões existiam, mas seguiam outras regras). Dessa forma, a seleção brasileira perdeu para os holandeses por 2 a 0 e na sequência foi derrotada por 1 a 0 para a Polônia, ficando apenas em 4º lugar.

 

Aposentadoria e carreira pós-aposentadoria


Luís Pereira na comissão técnica do Atlético de Madrid.

Ainda como jogador de futebol, Luís Pereira assumiu também a função de treinador em 1994, enquanto atuava no São Bento. No ano seguinte assumiu o São Carlense e por lá ficou durante um breve período.

Na sequência, o lendário zagueiro assumiu a função de auxiliar técnico do São Caetano, enquanto atuava como jogador em 1997, ano de sua aposentadoria. Anos depois, em 2002, assumiu o trabalho de supervisor técnico do Força, equipe que representa a Força Sindical em São Paulo.

Porém, seu trabalho mais marcante nos bastidores do futebol foi no Atlético de Madrid, ao ser convidado para ser treinador o time B. Em tal função, trabalhou entre os anos de 2002 e 2005, até se tornar coordenador técnico das divisões de base posteriormente, ajudando a revelar talentos. Luís Pereira também integrou a comissão técnica da equipe principal e até os dias atuais tem seu nome ligado ao clube colchonero.

Tanto que passou a morar na Espanha desde o início dos anos 2000, na cidade de Majadahonda, ao redor da capital Madrid. Inclusive, nos dias de hoje, o lendário ídolo de Palmeiras e Atlético de Madrid, não tem previsão de retornar ao Brasil.

 

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