Maior atleta de todos os tempos, até hoje os feitos de Edson Arantes do Nascimento, ou simplesmente Pelé, são colocados em debate para tentar entender o tamanho da grandiosidade deste, que foi mais do que um jogador de futebol: é um símbolo do Brasil. Vencedor de três Copas do Mundo, campeão de tudo com o Santos Futebol Clube, a carreira de Pelé é marcada por vitórias (também derrotas) e muitos gols. Mais precisamente 1281, um recorde mundial.
Com direção de dois ingleses, Ben Nicholas e David Tryhorn, o documentário “Pelé” foi lançado no último dia 23 de fevereiro, no canal de streaming Netflix. Os 108 minutos de duração é pouco para conseguir contar a trajetória do eterno camisa 10 do Santos e da seleção brasileira. Os diretores foram os mesmos da produção “Tudo ou Nada: Seleção Brasileira”, sobre a Copa América de 2019.
Para quem assistiu ao documentário (minissérie) “The Last Dance”, que conta a última temporada e a carreira de Michael Jordan nos Bulls (em dez episódios!), o documentário “Pelé” deixa um gosto de quero mais. “Ok, mas acabou o trailer?”. A sensação é de que naqueles pouco mais de dez anos que foca o documentário – 1958 até 1970 – tudo foi passado como uma apresentação para o que esta por vir. Dá para entender que talvez seja necessário nos dias atuais ter que rememorar e lembrar quem foi Pelé.
Ainda assim, o filme prima por interessantes imagens de arquivos do Rei do Futebol, com diversas entrevistas das épocas em questão, assim como relatos de jornalistas e companheiros de time e de seleção do maior do Século XX.
Outro ponto a destacar, é o paralelo que os diretores fazem com a situação política e social do Brasil naquele período de grandes transformações, de um país que estava sendo reconhecido par cair numa sangrenta Ditadura Militar e como os militares se aproveitavam do mito de Pelé. Futebol e política se conectam, por mais que o Rei se diga e se mostre um ser totalmente apolítico.
Só que Pelé é muito grande, é um símbolo gigante do Brasil para o mundo. E por mais que tentem, ao longo das décadas, diminuir seus feitos, e até colocar no mesmo degrau badaladas estrelas dos dias atuais o documentário chega para mostrar que Rei do futebol só é um.