Em 1992, Dener parou a Máquina Tricolor de Telê, Raí e cia!
Craque da Portuguesa conseguiu frear o São Paulo, em partida histórica
No começo da década de 1990, no Brasil tínhamos dois assuntos em alta no futebol brasileiro: o São Paulo, comandando pelo mestre Telê Santana, e a revelação da Portuguesa, o endiabrado Dener. E, em 1992, com um time recheado de craques como Raí, Müller, Palhinha, Cafú, Zetti e Toninho Cerezo, o São Paulo era conhecido como a “Máquina Mortífera”.
Atual campeão brasileiro, a equipe também já havia conquistado a Copa Libertadores da América pela primeira vez, e já se preparava para enfrentar o Barcelona, no Mundial de clubes. Além disso, o clube também estava na disputa do Campeonato Paulista de 1992, que o São Paulo também conquistaria, mas uma partida que ficou marcada naquela competição, foi quando Dener parou a Máquina Tricolor.
Portuguesa e São Paulo duelam no Canindé!
Diferente dos tempos atuais, o Paulistão era decido apenas nos últimos meses do ano. São Paulo e Portuguesa estavam na segunda fase, inclusive, disputando uma das vagas para a final. Favorito, os comandados de Telê Santa foram até ao Estádio do Canindé com a seguinte escalação: Zetti; Vítor, Adílson, Válber e Marcos Adriano (Dinho); Pintado, Toninho Cerezo, Raí e Palhinha; Catê e Müller.
Pelo lado da Portuguesa, e escalados por outra lenda, José Poy, entrou em campo assim: Ênio; Zé Maria, Vladimir, Eder e Silva; Capitão, Baiano, Dener e Cristóvão (Tico); Bentinho e Adil.
Em partida disputada e num tempo que o futebol brasileiro tinha a maioria de seus craques atuando no país, o resultado terminou em 2 a 2, com Müller e Palhinha fazendo os gols do São Paulo, e Dener anotando os dois tentos da Lusa. Com atuação magnifica do jovem meia-atacante, o mesmo ganhou destaque, ficando marcado como “o jogador que parou a Máquina Tricolor”.
Então com 21 anos, Dener seguiu brilhando na Portuguesa, passando uma temporada no Grêmio e outra no Vasco da Gama, por empréstimo. Com um futebol irreverente, rápido e cheio de ousadia, o jogador era apontado como uma das maiores revelações do futebol brasileiro da década. Porém, em 1994, com apenas 23 anos, perdeu a vida em um acidente automobilístico no Rio de Janeiro.