Brasil x Holanda: Tudo sobre uma das maiores rivalidades em Mundiais!
Índice
- 1 Em Copas do Mundo foram cinco duelos, inclusive com duas semifinais!
- 2 Copa 1974: Laranja Mecânica bate o Brasil de Rivellino
- 3 Rumo ao Tetra: 20 anos depois, Brasil dá o troco na Holanda
- 4 Copa do Mundo 1998: Sai que é tua Taffarel!
- 5 Copa de 2010: Brasil cai nas quartas, outra vez!
- 6 Copa do Mundo 2014: Após o vexame, uma seleção abatida
Em Copas do Mundo foram cinco duelos, inclusive com duas semifinais!
Duas das maiores seleções do mundo, Brasil e Holanda são referências quando falamos sem seleções de futebol. E por mais que a Laranja Mecânica nunca tenha conquistado uma Copa do Mundo , ela também tem, assim como a seleção brasileira, um histórico revolucionário dentro das quatro linhas.
Em toda a história, as duas seleções se enfrentaram em 12 oportunidades, com um retrospecto desfavorável para a seleção do Brasil, que conta com apenas 3 vitórias, 5 empates e 4 vitórias para o lado holandês. Num total de 33 gols nestas partidas, 15 foram marcados seleção brasileira e 18 pela holandesa.
Já no maior torneio de seleções do mundo, a Copa do Mundo, a vantagem também é do lado holandês. Em 5 jogos são três vitórias para a Holanda, uma vitória do Brasil e um empate. Os artilheiros deste clássico mundial são Giovanni (Brasil), Kluivert e Bergkamp (Holanda), com dois gols marcados cada.
A história deste confronto começou no ano de 1963, em um amistoso realizado no estádio Olímpico de Amsterdã e que terminou com a vitória holandesa por 1 a 0. As duas equipes se enfrentariam mais sete vezes em jogos amistosos, mas a rivalidade entre as duas seleções ficou marcada mesmo pelos embates em Copas do Mundo. Então vamos lá!
Copa 1974: Laranja Mecânica bate o Brasil de Rivellino
O primeiro confronto em Mundiais entre Holanda e Brasil aconteceu na Copa do Mundo de 1974. Competição realizada na, então, Alemanha Ocidental, foi o primeiro mundial do Brasil sem a presença de Pelé, desde 1954. A seleção brasileira defendia o título após incrível conquista, quatro anos antes, contra a Itália. Já a seleção holandesa encantava o mundo com o Carrossel Holandês, com o gênio Johan Cruyff, craque do Ajax/HOL, e detentor do prêmio de melhor jogador do mundo.
Além de Pelé, o Brasil sofreu com o desfalque de outros destaques da campanha do Tricampeonato, em 1970. Não estiveram no Mundial, Clodoaldo, Gérson, Tostão e até o capitão Carlos Alberto Torres, que ficou de fora, por conta de uma lesão. Ainda comandados por Zagallo, o Brasil contava com, entre outros, Emerson Leão, Luis Pereira, Jairzinho e Roberto Rivellino.
Treinada por Rinus Michels, a Holanda era formada pela base do Ajax/HOL, tricampeão europeu, com um futebol envolvente e revolucionário que ficou conhecido como Carrossel Holandês.
Em grupo composto por Brasil, Holanda e Argentina, para avançar até a final do Mundial de 1974, o Brasil chegava na última rodada com a obrigação de vencer a Holanda. Isso devido a uma diferença no saldo de gols, que era inferior ao do adversário.
O sonho do tetra começou a ruir no início do segundo tempo, em uma cobrança de falta rápida que culminou em lindo voleio de Neeskens. Sem chances para o goleiro Leão.
Pouco tempo depois veio o segundo da Holanda. Ruud Krol avançou pela esquerda e cruzou para Cruyff completar. O Brasil ainda perderia Luís Pereira expulso após falta em Neeskens.
Naquele Mundial a Holanda seria derrotada pela Alemanha Ocidental, de Franz Beckenbauer, na grande final.
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Rumo ao Tetra: 20 anos depois, Brasil dá o troco na Holanda
As duas seleções voltaram se encontrar 20 anos depois, agora nas quartas de final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. A seleção brasileira não vinha de um Mundial muito convincente, mas contra a Holanda, a seleção de Romário e cia, faria a sua melhor exibição naquela competição.
Com a vitória por 3 a 2, o Brasil enfrentaria a Suécia nas semifinais, e na grande final bateria a Itália, de Roberto Baggio, nos pênaltis. Porém, Brasil e Holanda seria, para muitos, a maior partida daquele mundial.
Se de um lado o Brasil contava com Taffarel, Dunga, Romário e Bebeto, a seleção holandesa por outro lado tinha uma geração fantástica com destaque para Frank Rijkaard, Ronald de Boer, Dennis Bergkamp, Mark Overmars, entre outros. A história daquela partida, porém, merece um destaque especial para o lateral-esquerdo Branco.
Branco, de desacreditado a fundamental!
Branco que perdeu a vaga de titular na Copa de 1994 por problemas físicos, era um dos mais experientes daquele elenco. Ele participou e foi titular do Brasil nas duas copas anteriores, de 1986 e 1990. Porém, não atravessava boa fase.
Leonardo, que até então vinha sendo o titular, estava em seu auge e fazia uma excelente Copa do Mundo. Porém, pelas quartas de finais contra os EUA, em uma disputa com o americano Tab Ramos, acertou uma cotovelada e foi expulso da partida. Também banido do mundial. Era a deixa para a estrela de Branco surgir.
Contra a Holanda, nas quartas, o Brasil abriu 2 a 0, com gols de Bebeto e Romário. Mas a seleção holandesa mostrou sua força, reagiu e empatou a partida, com gols de Dennis Bergkamp e Aron Winter. A partida se mostrava equilibrada, e com uma prorrogação a vista. E foi quando Branco, aos 36 minutos da etapa final surgiu.
Ele recebeu a bola na lateral-esquerda, partiu para cima dos defensores e cavou uma falta na intermediária. Em um ponto onde ele era especialista, ajeitou a bola com carinho e soltou seu canhão, de três dedos, numa das cobranças de falta mais incríveis na história dos mundiais. A bola ainda fez uma curva que passou raspando nas costas do baixinho Romário, antes entrar de bater no pé da trave, no canto esquerdo do gol do goleiro De Goeij.
A comemoração de Branco foi uma explosão de emoções e sentimentos. O time todo foi atrás do lateral, e seria o momento de afirmação do atleta que ainda seria muito importante naquela conquista do tetracampeonato mundial. Branco também seria um dos brasileiros a converter o pênalti na grande final contra a poderosa Itália.
Copa do Mundo 1998: Sai que é tua Taffarel!
Em um duelo que colocava lado a lado as duas seleções mais técnicas daquela Copa do Mundo, Brasil e Holanda protagonizaram um jogo dramático que só seria decidido na disputa por pênaltis.
Na semifinal da Copa da França, em 1998, as duas seleções passaram em branco no primeiro tempo. E logo no início da segunda etapa, no primeiro minuto, Ronaldo recebeu incrível passe para se antecipar na saída do goleiro Van der Sar.
A seleção de Zagalo perdeu várias chances de ampliar, mas com a Holanda também chegando com perigo, na busca pelo empate. Empate esse que aconteceu há poucos minutos do fim, com Patrick Kluivert, de cabeça.
Na prorrogação, mais tensão e chances de cada lado, mas nada de gols e a decisão foi para a disputa por pênaltis. E foi aí que brilhou a estrela do goleiro Taffarel, que defendeu as cobranças de Cocu e Ronald de Boer, classificando a seleção brasileira para mais uma final de Mundial.
Copa de 2010: Brasil cai nas quartas, outra vez!
A seleção brasileira que foi a Copa da África do Sul não tinha a mesma qualidade técnica das Copas anteriores. Com ausências de muito medalhões como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, a seleção era comandada por Dunga, que valoriza muito a disciplina de seus atletas.
Na primeira fase o Brasil conseguiu se classificar em primeiro do grupo. Nas oitavas de final não teve problemas para despachar o Chile, e se mostrava como favorito para o encontro diante da Holanda.
Com a bola rolando, o Brasil saiu na frente com Robinho, após ótimo passe de Felipe Melo. A seleção brasileira dominou as ações no primeiro tempo, mas não conseguiu aproveitar as chances para ampliar.
Já na segunda etapa, porém, a história começou a mudar. Wesley Sneijder, grande craque holandês, levantou a bola na área, Júlio Cesar e Felipe Melo trombaram na pequena área e a bola acabou morrendo no fundo do gol. Era o empate da Holanda.
Os holandeses viraram o jogo 15 minutos depois, novamente com Sneijder, mas desta vez o baixinho completou de cabeça jogada ensaiada de escanteio.
O nervosismo tomou conta da seleção e Felipe Melo ainda seria expulso de maneira infantil, o que dificultou ainda mais as chances de classificação da seleção brasileira.
Copa do Mundo 2014: Após o vexame, uma seleção abatida
A última vez que Brasil e Holanda se encontraram numa partida de Copa do Mundo foi no mundial de 2014, na disputa do 3º lugar. Depois de passar pelo maior vexame de sua história, quando foi derrotada nas semifinais pela Alemanha, por 7 a 1, em casa, a seleção brasileira estava abatida. Reencontrava uma seleção que havia sido finalista em 2010 e por pouco não chegava a mais uma final. Foi derrotada pela Argentina de Lionel Messi.
Sem Neymar contundindo e visivelmente abalados, os comandados de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, não demonstraram em nenhum momento uma reação, e acabaram facilmente superados pela Holanda.
Se a seleção holandesa não era tão incrível como as anteriores, ainda contava com o tridente formado por Van Persie, Arjenn Robben e Wesley Sneijder. A partida mal começou e Van Persie já abriu o placar, de pênalti. Não demorou muito para Blind pegar uma sobra de bola na área e ampliar aos 15 minutos. Nos acréscimos do segundo tempo Wijnaldum faria o terceiro, fechando o placar e encerrando de maneira melancólica a participação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014.
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1 Comments
Boas Lembranças , ainda bem que o Brasil sempre levou vantagens nas copas contra Holanda né …