Alberto Spencer, o maior goleador da Libertadores da América!
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Foi destaque no Peñarol na década de 1960
Em um continente onde times uruguaios, argentinos e brasileiros ganharam espaço ao se destacar pela quantidade de títulos e craques que surgiam. Eram os protagonistas no futebol do continente. Neste meio é interessante lembrar que, na década de 1960, o Peñarol conseguiu conquistar três vezes o título da Copa Libertadores, com um bicampeonato da competição, anos 1960 e 1962.
Entre os principais jogadores da época estava Alberto Pedro Spencer, até hoje o maior artilheiro da Copa Libertadores da América. Atacante equatoriano, chegou no ano de 1955 no Everest de Guayaquil, com ajuda de seu irmão, que já atuava no clube.
A estreia de Alberto Spencer como profissional no clube equatoriano ocorreu em 22 de junho, onde permaneceu durante 5 anos. No Everest chegou a jogar 90 jogos, período em que conseguiu marcar incríveis 101 gols. Era um dos melhores atacantes no futebol do Equador, e queria mais.
A ida para o Uruguai
Em 1960, Alberto Spencer migrou para o Uruguai e passou a vestir a camisa do Peñarol. Realizou seu primeiro jogo em um amistoso, dia 3 de março, contra a equipe do Atlanta, onde marcou quatro de seis gols.
Pelo tradicional clube amarelo e preto de Montevidéu, o atacante brilhou: foi campeão da Copa Libertadores em 1960, 1961 e 1966 – e ainda chegou junto ao clube na final de 1962, 1965 e 1970.
Spencer: super campeão com muitos gols
Na primeira edição da Libertadores, em 1960, Alberto Spencer ficou já consagrado como o artilheiro da competição. Sua grande habilidade de marcar gols de cabeça rendeu o apelido de “cabeça mágica”.
Na final, contra a equipe Olímpia do Paraguai, o Peñarol entrou como o grande favorito. Na primeira, de duas partidas, realizada em Montevidéu, Spencer marcou o único gol do jogo. Como campeão o Peñarol disputou contra o Real Madrid a primeira edição do mundial de clubes, que também teve início em 1960.
No ano seguinte ao enfrentar a equipe do Palmeiras, de Djalma Santos, Juninho Botelho, Chinesinho e do técnico Oswaldo Brandao, o Peñarol venceu por 1 a 0, com gol de Spencer. Na volta, no Pacaembu, um empate em 1 a 1 garantiu o caneco ao time uruguaio. O título o possibilitou Spencer a novamente disputar o torneio intercontinental e vencer a equipe do Benfica por 2 a 1.
Seu terceiro, e último, título da taça Libertadores da América veio no ano de 1966. Depois de perder uma final para o Santos, de Pelé, o Peñarol bateu na final de 1966 o River Plate, tradicional time argentino. Em um jogo emocionante, terminou 4 a 2 para os equatorianos, com dois gols do artilheiro Spencer.
O título o possibilitou disputar novamente o torneio intercontinental, e novamente contra o Real Madrid. Porém, desta vez venceu os merengues. Alberto Spencer também foi o artilheiro do campeonato que juntava os campeões do continente europeu e da América do Sul.
É o maior artilheiro da Libertadores
No decorrer da carreira de Alberto Spencer, marcou 54 gols na Copa Libertadores da América, conquistando assim o posto de goleador máximo da competição. Sendo que 48 dos gols foi vestindo o manto do Peñarol.
O ano em que foi mais goleador aconteceu em 1968, quando mandou dez bolas para a rede. Para se ter ideia do feito de Spencer, o uruguaio Fernando Morena, 2º na lista, marcou 37 vezes na competição. O primeiro atacante brasileiro na lista é Luizão, atacante com história em Vasco, Corinthians e São Paulo, que aparece em 6º lugar, com 29 gols marcados.
Retornou ao seu país em 1971, para defender o Barcelona de Guayaquil. E no clube, Spencer teve ainda duas oportunidades de disputar a Libertadores da América, e balançar as redes por mais seis vezes.
Idolatria no Uruguai
A idolatria do equatoriano no Uruguai lhe gerou propostas de nacionalização, ideia que foi recusada pelo jogador. Porém, e mesmo assim, vestiu a “Celeste” em amistosos, sendo que marcou um gol na derrota por 2 a 1 para a Inglaterra. Partida esta que aconteceu em Wembley, no dia 6 de maio de 1964.
Sobre sua carreira Spencer disse: “Devo ser sincero, nos tempos do grande Peñarol de Abbadie, Joya, Rocha, todos jogavam pra mim. Eu só tinha que estar dentro da área e definir. Tinha muita facilidade com a cabeça. Era natural porque possuía uma grande virtude: do chão eu me elevava muito, e por outro lado os defensores tinham que tomar impulso para fazer o mesmo, com isso eu levava vantagem.”
Apesar do reconhecimento e de toda a mestria dentro de campo, Alberto Spencer não chegou a disputar uma Copa do Mundo. No entanto, ele foi o único jogador equatoriano a participar de seis finais da Copa Libertadores da América, sendo o maior goleador da competição continental.