Hungria

7 Títulos Oficiais
Seleção Húngara de Futebol
Principais rivais Áustria
Apelidos O Time de Ouro, Os Mágicos Magiares, Magiares Nemzeti Tizenegy (Os Onze Nacionais)
Mascote -

Títulos conquistados

Outros títulos

Competição Títulos Ano
Medalha de Ouro Jogos Olímpicos 3 1952, 1964, 1968
Copa Internacional da Europa Central 1 1958
Torneio Internacional de Toulon 2 1974, 1978
Copa Kirin 1 1993

História

Seleção Húngara de Futebol: uma das maiores potências do passado

Seleção Hungara de Futebol: uma das potências do passado.

Se hoje vemos uma Seleção Húngara de Futebol um tanto fragilizada e sem muita expressão. No passado, não era bem assim. Entre as décadas de 1930 e o final dos anos 1960, a Hungria foi uma grande potência do futebol, principalmente em meio aos anos 1950 e 1960.

Nesse período, os húngaros conseguiram chegar a final da Copa do Mundo de 1954, na Suíça, contando com craques como Ferenc Puskás, Zoltán Czibor, Sándor Kocsis, dentre outros. Feito que já haviam conseguido no mundial de 1938, na França. Como se não bastasse, os magiares – como são conhecidos os húngaros – conquistaram três medalhas de ouro nas olímpiadas nos anos de 1952, 1964 e 1968, naquele que ficou conhecido como o “Time de Ouro”.

Esse mágico time da Hungria do século passado também se destacava pelo jeito ofensivo de jogar, no famoso WM. Esse esquema era basicamente um 3-5-2, mas com muita movimentação dos jogadores em campo, principalmente do centroavante, que jogava um pouco mais recuado. Tal estilo de jogo foi tão importante, que revolucionou o jeito de se enxergar futebol.

Contudo, a derrocada da seleção húngara começou no início dos anos 1970, quando os magiares ficaram sem participar de duas Copas do Mundo. E mesmo participando de três mundiais seguidos entre o final dos anos 1970 e 1980, os húngaros jamais voltaram ao torneio, sendo que a última participação foi em 1986.

Hoje, o objetivo da seleção húngara é recuperar o seu prestígio do passado, primeiramente, voltando a participar de uma Copa do Mundo. Jogadores como Dominik Szoboszlai, Ádám Szalai e o goleiro Péter Gulácsi estão encarregados dessa missão. Justamente para honrar o passado de gênios, como Puskás, Czibor, Kocsis, József Bozsik, Laslo Kubala, László Budai e Florián Albert, que já tiveram participações icônicas pelo escrete, incluindo com a conquista de títulos.

Surgimento e primeiras décadas da Seleção Húngara de Futebol

Os magiares na Copa de 1934.

Quando a Hungria ainda fazia parte do Império Austro-húngaro, foi fundada a Federação Húngara de Futebol, em 1901, se desenvolvendo de maneira independente no esporte em relação ao império. Sua fundação se deu após a consolidação de algumas equipes no país, como o Ferencváros, por exemplo, o maior campeão à época.

No ano seguinte, o selecionado húngaro realizou o seu primeiro jogo de maneira oficial, contra a Áustria, seleção que viria a ser a sua maior rival após a dissolução do império – que ocorreria em 1918. Na ocasião, os húngaros sofreram uma acachapante derrota por 5 a 0, para uma equipe que já estava mais consolidada no futebol.

Anos depois, a seleção da Hungria começou a se desenvolver de acordo com as suas equipes, sob a influência dos britânicos que passaram a investir no futebol do país. Em 1906, a federação se filiou à FIFA e em 1912, a seleção húngara participou de sua primeira olimpíada, em Estocolmo, caindo nas quartas de finais ao ser derrotada por 7 a 0 pela Grã-Bretanha. Sua primeira grande participação em torneios internacionais ocorreria em 1934, ao se classificar para a sua primeira Copa do Mundo.

Primeiras participações em Copas do Mundo

Em 1930, como a Copa do Mundo foi realizada no Uruguai e as dificuldades em viagens de navio eram enormes, a Hungria não participou. O selecionado só viria a participar do mundial seguinte, em 1934, quando garantiu vaga após passar pelas eliminatórias.

Na competição, realizada na Itália, a Seleção Húngara de Futebol começou bem, eliminando o Egito pelo placar de 4 a 2. Porém, na fase quartas de finais, os húngaros caíram justamente para a Áustria, que era tida como a seleção que jogava o futebol mais vistoso naquela época, pelo placar de 2 a 1.

A final em 1938 na França

Quatro anos depois, em 1938, a Hungria voltava ainda mais forte a uma Copa do Mundo, dessa vez na França, com vários de seus jogadores, e treinadores do país, trabalhando em grandes centros europeus. Dentre seus principais destaques estavam o lateral-esquerdo, Antal Szalay, o meia Gyula Zsengellé e os atacantes Pál Titkos e György Sárosi, capitão da equipe. Szalay e Sárosi foram inclusive, eleitos para o time de melhores da Copa.

No torneio, a Hungria goleou a Índia na primeira fase e venceu a Suíça nas quartas de finais. Já na semifinal, mais uma goleada, dessa vez para cima dos suecos, pelo placar de 5 a 1, com grande atuação de Zsengellér, que anotou dois gols. Mas, na grande decisão, a adversária era a poderosa Itália de Giuseppe Meazza, que venceu o confronto pelo placar de 4 a 2.

1952 – 1968: O período do Time de Ouro

Após o fim da Copa do Mundo de 1938, o mundo se tornou palco de um outro evento, não muito feliz, a Segunda Guerra Mundial. Por conta disso, a próxima Copa do Mundo só aconteceria em 1950, mas sem a participação da Hungria, que ainda estava se reconstruindo diante dos prejuízos da guerra.

Quem também estava se reconstruindo era o futebol no país, através da influência da escola danubiana, da Áustria, desde a década de 1930. Sob o comando de Gustáv Sebes, a Hungria aprimorou um estilo de jogo ofensivo, que priorizava um futebol vistoso e coletivo.

O resultado foi o melhor possível e o pontapé inicial para o triunfo daquele time ocorreu em 1949, justamente contra a rival Áustria. Na ocasião, a Seleção Húngara de Futebol dominou totalmente o adversário e venceu por histórica goleada de 6 a 1. Aquela seria a primeira goleada de muitas, daqueles que mais tarde seria chamado de “O Time de Ouro”.

Tal apelido seria inventado justamente porque a Hungria conquistaria três medalhas de ouro nos jogos olímpicos de 1952, 1964 e 1968. Nesse meio tempo, o escrete também faturou a Copa Internacional da Europa Central (antiga Copa Dr. Gerö), competição que foi disputada entre os anos de 1948 e 1953.

O ápice desse time ocorreu em 1954, quando os húngaros até a final da Copa do Mundo daquele ano, mas perderam para a Alemanha. Essa que foi a melhor participação daquele Time de Ouro em competições internacionais, sendo comparada apenas com o terceiro lugar da Eurocopa de 1964.

Contudo, esse esquadrão começou a perder força em 1956, após séries de imposições do regime vigente no país depois do fracasso na Copa de 1954, que puniu alguns astros do Time de Ouro. A equipe ainda manteve uma certa força até 1968, quando foi ouro nas Olímpiadas pela última vez.

Três medalhas de Ouro nas Olímpiadas de: 1952, 1964 e 1968

Hungria nas Olimpíadas de 1952.

O primeiro grande triunfo da Seleção Húngara de Futebol foi nas olimpíadas de 1952, quando conquistou a medalha de ouro em Helsinque. Na competição, os magiares venceram a Itália por 3 a 0 na primeira fase e bateram a Turquia por 7 a 1 nas quartas de finais. Na semifinal, mais uma goleada, dessa vez diante da Suécia pelo placar de 6 a 0, e na grande decisão, o triunfo foi diante da Iugoslávia por 2 a 0.

Foi a partir daquela competição, que o mundo passou a conhecer as lendas Ferenc Puskás, Zoltán Czibor, Péter Palotás, Sándor Kocsis, József Bozsik, László Budai e outros mais.

Em jogos olímpicos, o escrete húngaro voltou a ter êxito em 1960, quando ficou com o bronze em Roma. Seu principal astro naquela competição foi Flórián Albert, que na época era um dos maiores craques do futebol mundial.

A Hungria voltou a conquistar o ouro olímpico em 1964, em Tóquio, após passar por Iugoslávia e Marrocos na fase de grupos. Nas quartas de finais, o triunfo foi diante da Romênia, pelo placar de 2 a 0 e na semifinal a vitória foi sobre o Irã, por 6 a 0. Na final, o triunfo foi sobre a Tchecoslováquia, pelo placar de 2 a 1.

Quatro anos depois, em 1968, a Hungria conquistaria a sua última medalha dourada no futebol, na Cidade do México. Na competição, os magiares passaram por Israel, Gana e El Salvador, ainda na fase de grupos e nas quartas de finais venceram a Guatemala por 1 a 0. Na semifinal, goleada por 5 a 0 diante do Japão e na final, mais uma goleada, dessa vez, por 4 a 1 sobre a Bulgária.

1954: Quando a Seleção Húngara de Futebol mais esteve próxima de conquistar o mundo

Após o triunfo nas Olimpíadas de 1952, a Seleção Húngara de Futebol passou a ser a mais temida do mundo. Com o elenco base da conquista olímpica e um futebol vistoso, a Hungria chegava para a Copa do Mundo de 1954 na Alemanha, como uma das principais favoritas. 

Em seu elenco, as maiores estrelas eram aquelas que haviam conquistado o ouro olímpico dois anos antes, como os meio-campistas Zoltán Czibor e József Bozsik, além dos atacantes Sándor Kocsis e Ferenc Puskás. Ambos comandados por Gusztáv Sebes, que também havia treinado a seleção húngara no triunfo de 1952. 

Na competição, a Hungria foi implacável, pois já na fase de grupos, passou com tranquilidade em um grupo que tinha Alemanha Ocidental, Turquia e Coréia do Sul. Contra os alemães, Puskas foi caçado e acabou se lesionando durante a partida, retornando aos gramados apenas na grande final. 

Já nas quartas de finais, o adversário foi o Brasil, que ainda brigava pelo seu primeiro título mundial. Na ocasião, mesmo vindos do vice-campeonato quatro anos antes, os brasileiros estavam com mais medo dos húngaros do que o contrário. E olha que o escrete brasileiro tinha Didi, Nilton Santos, Djalma Santos, Julinho Botelho e companhia. 

Mas dentro de campo, não deu outra e a Hungria venceu pelo placar de 4 a 2, naquela que ficou conhecida como a “Batalha de Berna”. Após o apito final, jogadores das duas equipes se desentenderam e até mesmo Puskas foi acusado de atirar uma garrafa no zagueiro Pinheiro. Uma pancadaria generalizada começou e três jogadores foram expulsos. 

Na semifinal, mais um triunfo por 4 a 2, dessa vez diante do atual campeão Uruguai, com o auxílio da prorrogação, após o resultado de 2 a 2 no tempo normal. Aquela seria a primeira derrota dos uruguaios em Copas. 

O Milagre de Berna

Na grande decisão contra Alemanha, em plena volta de Puskas, que não estava totalmente recuperado, a Seleção Húngara de Futebol, chagava com toda a pompa de favorita. Contudo, o jogo entre as duas equipes mais uma vez foi pegado, assim como na fase de grupos. Os alemães voltaram a fazer um jogo duro e burocrático, caçando mais uma vez o principal jogador da Hungria.

Por conta disso, o improvável aconteceu e a Alemanha conseguiu o triunfo diante da grande favorita daquela Copa do Mundo. De virada, pelo placar de 3 a 2, o escrete alemão desbancou a Hungria, que mesmo com Puskas anotando um gol, não resistiu ao duro jogo dos alemães. Por tamanho feito realizado, aquele ficou conhecido como o “Milagre de Berna”.

Como se não bastasse, esse jogo ainda quebrou uma invencibilidade de 32 partidas, que a Hungria conservava desde 1950.

O estilo “MW” que mudou o jeito de se enxergar futebol

No papel, aquele time da Hungria que teve o seu auge em 1954, atuava no esquema 3-5-2, que às vezes variava para um esquema 2-3-5, por tamanha mobilidade da equipe dentro do jogo. Dessa forma, o desenho tático da Hungria, por conta da movimentação dos jogadores, lembrava um MW.

Em determinados momentos, um dos zagueiros se projetava como volante, enquanto o centroavante voltava para jogar um pouco mais recuado, a fim de enganar os adversários. Puskas e Kocsis, por exemplo, atuavam por dentro e próximos do centroavante Hidegkuti. Czibor e Budai eram os pontas que ajudavam a formar um esquema de praticamente cinco atacantes, que era bastante inovador na época.

Esse jeito de jogar, que veio da escola danubiana, inspirou futuras gerações do futebol, como a seleção brasileira de 1958 e o Carrossel Holandês dos anos 1970. Para se ter uma ideia, foi o treinador húngaro Béla Guttmann, que deu ideias para o técnico Vicente Feola na primeira conquista mundial do Brasil, por tamanha influencia dos húngaros no futebol mundial.

Puskas, Kocsis e Czibor eram os craques daquele time?

Higekuti, Puskas e Kocsis, um dos craques daquele Time de Ouro.

Puskas ingressou na seleção da Hungria em 1945 e logo se tornou o grande craque e capitão da equipe. Seu protagonismo era indiscutível, pois ele reunia todas as qualidades de um craque, como boa finalização, bom passe, força física e habilidade. Na Copa de 1954, o húngaro foi eleito o melhor do torneio, mesmo que não recebesse o prêmio Bola de Ouro. E só para termos ideia de sua genialidade, no mundial, ele anotou 4 gols, mesmo estando lesionado em boa parte do torneio.

Ao lado de Puskas, Sándor Kocsis era o outro gênio. Foi ele quem assumiu o protagonismo dos magiares quando Ferenc se machucou. Tanto que se tornou o artilheiro da competição com 11 gols marcados.

Já Czibor, o craque da ponta-esquerda, também foi um dos pilares daquele time, sendo muito mais um construtor de jogadas do que mesmo um finalizador. Mas, mesmo assim, ele ainda anotou 3 gols no mundial de 1954.

Fim triste da era Puskas

O talento dos jogadores da geração de Puskas era notável, tanto que poderiam jogar as principais competições do mundo em clubes. Sendo assim, Kocsis e Czibor chegaram a vestir a camisa do Barcelona em 1958, no mesmo ano em que Ferenc Puskas acertou a sua transferência para o poderoso Real Madrid de Santiago Bernabéu.

Contudo, a transferência de ambos não foi nada fácil. Até porque, em 1956, os três jogadores se despediram da Hungria, ao não conseguirem voltar mais para casa, após uma série de imposições do governo húngaro, braço da União Soviética, que chegou até mesmo a ser alvo de protestos durante a famosa Revolução Húngara de 1956. Na época, os governistas ficaram extremamente irritados com a derrota na Copa de 1954 e começaram a retaliar alguns atletas, alegando falta de amor a pátria e espionagem . Puskas ainda se naturalizou espanhol em 1961 e vestiu as cores da Fúria por um ano.

1970-1986: o início da derrocada

Seleção Húngara de Futebol na Copa de 1982.

Após a saída de seus principais craques, a Seleção Húngara de Futebol começou a viver o inicio de sua derrocada. Contudo, a Hungria ainda viveu alguns períodos de glória, quando faturou o ouro olímpico em 1964 e 1968. Sendo assim, a sua queda como seleção começou de maneira efetiva a partir dos anos 1970, quando ficou de fora das Copas de 1970 e 1974.

A Hungria voltou uma Copa do Mundo em 1978, mas sequer passou da primeira fase da competição. Assim como nas Copas de 1982 e 1986, quando fez campanhas dignas de uma seleção mediana, mesmo aplicando uma goleada histórica por 6 a 1 contra El Salvador na fase de grupos de 1982.  Nesse meio tempo, o melhor que a seleção húngara conseguiu foi um quarto lugar na Eurocopa ainda no ano de 1972.

Nem mesmo a seleção de base, que era o forte da Hungria, se destacava mais. Tanto que o último título da base do selecionado húngaro ocorreu em 1984, quando o time sub-19 venceu a Euro daquele ano.

1986-2016: Seleção Húngara de Futebol entra em declínio

Se até meados dos anos 1980 a Seleção Húngara de Futebol ainda fazia campanhas medíocres na Copa do Mundo, depois dos anos de 1990, o escrete sequer conseguia isso. Tanto que amargou sucessivas temporadas fora do maior torneio de futebol do mundo até os dias atuais.

Até mesmo na Eurocopa, a Hungria não conseguiu marcar presença, desde o os anos 1970 até inicio dos anos 2000. Os magiares só conseguiram se classificar para a competição no ano de 2016, após quase quatro décadas.

Nesse meio tempo, os húngaros só conseguiram uma campanha de destaque, o título da inexpressiva Copa Kirin em 1993. O torneio, realizado anualmente no Japão,  foi conquistado justamente em cima dos donos da casa, o Japão.

2016 até os dias atuais: a nova geração húngara

Depois de ficar três décadas fora de uma grande competição internacional, enfim a Hungria se classificou para a Eurocopa de 2016, torneio no qual não participava desde 1972. Na competição, os húngaros surpreenderam e mesmo em um grupo com Portugal, Islândia e Áustria, conseguiram a classificação para as oitavas de finais. Contudo, nessa primeira fase mata-mata, os magiares não resistiram à nova geração belga e perderam pelo placar de 4 a 0.

Porém, mesmo com a derrota, a Hungria se manteve de pé para classificação da próxima edição da competição, que seria realizada em 2020, mas por conta da pandemia, foi realizada em 2021. Mas, diferente da surpreendente campanha de 2016, os húngaros não passaram da primeira fase do considerado grupo da morte que tinha França, Alemanha e Portugal.

Com essas duas participações em Euro e campanhas melhores nas eliminatórias para a Copa do Mundo, a expectativa é que a Hungria retorne ao principal torneio do planeta. Nessa nova geração, a esperança de dias melhores fica a cargo do goleiro Péter Gulácsi, do meia Dominik Szoboszlai e do atacante Ádám Szalai.

Porque a Seleção Húngara de Futebol não é mais uma potência?

A partir da década de 1930 e sob influência dos britânicos que ajudaram o futebol húngaro e da escola danubiana, a Seleção Húngara de Futebol passou a ser uma potência. Seu estilo de jogo foi pioneiro e influenciou outras grandes equipes do futebol mundial, obtendo seu auge na Copa do Mundo de 1954. Contudo, o escrete começou a cair drasticamente em seu futebol e para isso, existem possíveis explicações.

A primeira das explicações se dá pela saída dos craques Puskás, Kocsis e Czibor, em 1956. Ambos deixaram a seleção húngara para nunca mais representarem o escrete em pleno auge de suas carreiras. Esse foi um grande baque para uma equipe que contava essencialmente com esses jogadores.

Outra explicação se dá pela forma que a Hungria jogava, às vezes um pouco inocente, em um futebol que se desenvolveu taticamente para preservar o jogo físico e coletivo a partir dos anos 1980. Ou seja, apenas o futebol bonito dos húngaros não era mais o suficiente para competir e outras inovações táticas estavam sendo implantadas no meio do futebol.

Os 5 maiores destaques que já passaram pelo escrete húngaro

Que Ferenc Puskás é a maior estrela que já passou pela Seleção Húngara de Futebol, isso é fato. No escrete, ele atuou entre os anos de 1949 e 1956, conquistando a medalha olímpica de 1952 e o título da Copa Dr. Gerö de 1953. Enquanto vestiu a camisa da Hungria, o jogador atuou em 85 partidas e anotou impressionantes 84 gols.

Junto com Puskas, quem conquistou a medalha olímpica e o título da Copa Dr. Gerö foram Sándor Kocsis e József Bozsik. Kocsis chegou ao escrete húngaro em 1948 e realizou 68 partidas, com incríveis 75 gols marcados. Enquanto isso, Bozsik ingressou ao escrete um pouco mais cedo, em 1947, permanecendo até 1962, com 101 jogos e 11 tentos anotados.

Ainda no Time de Ouro, porém um pouco mais tarde, outro destaque da história da Hungria foi Florián Albert, que ingressou no selecionado húngaro em 1959. Ele faturou apenas uma medalha de bronze nas olimpíadas de 1960, mas destacou em 75 jogos com 35 gols marcados, até o ano de 1974.

Por fim, um dos grandes nomes lembrados na história do futebol húngaro é o de László Kubala, que mesmo atuando por apenas uma temporada na seleção húngara, deixou sua marca por tamanha genialidade. Kubala atuou pelo escrete apenas em 1948, após ter representado a seleção da Tchecoslováquia. Como um andarilho do futebol, por conta de questões politicas e exílios, o jogador ainda vestiu a camisa da seleção espanhola em 1953 e por lá fez a maior parte de sua carreira em seleções.

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