Quais são os maiores ídolos na história do EC Bahia?
Índice
- 1 Clube é um gigante brasileiro com muitos ídolos!
- 2 . Carlito (1946-1959)
- 3 . Nadinho (1958-1968)
- 4 . Biriba (1957-1968)
- 5 . Roberto Rebouças (1963-1977)
- 6 . Beijoca (1969-1978)
- 7 . Douglas (1972-1979)
- 8 . Osni (1978-1984)
- 9 . Bobô (1985-1989)
- 10 . Charles (1988-1991)
- 11 . Uéslei (1991-1994 e 1998-1999)
- 12 . Nonato (1998-2003)
Clube é um gigante brasileiro com muitos ídolos!
Popularmente conhecido como o Tricolor de Aço, o Esporte Clube Bahia é um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro. Fundado no ano de 1931, o clube fez bom uso de sua história e conquistou alguns dos títulos mais importantes do futebol nacional. Entre eles, destaque para o bicampeonato brasileiro, conquistado nos anos de 1959 e 1988, além dos 49 títulos do Campeonato Baiano. Porém, essas conquistas jamais seriam possíveis se não fossem por importantes jogadores que passaram e fizeram a sua história no clube.
E foi pensando justamente nesses ídolos que fizeram o Bahia ser o que é hoje, nós viajamos pela história e montamos uma lista dos dez principais destaques na história do clube. Dessa forma, vale a leitura do artigo para relembrar de grandes craques do Tricolor Baiano, além para conhecer um pouco mais da história daqueles que são pouco mencionados.
. Carlito (1946-1959)
O maior goleador da história do Bahia, Carlito jogou toda sua carreira no clube e marcou 253 gols. Famoso por ter sido um atacante raçudo, exímio cabeceador e com excelente poder de finalização.#BahiaClubeDoPovo #NãoAoFutebolModerno #GrupoAvanteEsquadrão pic.twitter.com/udxgxhO65U
— Avante Esquadrão (@avantesquadrao) April 11, 2019
Geralmente, o maior artilheiro na história de um clube não pode ficar de fora da lista dos maiores ídolos. E com Carlito não é diferente, até porque ele é um dos grandes ídolos na história do EC Bahia e, também, maior artilheiro do clube. Em 341 partidas disputadas pelo Tricolor de Aço ele anotou 253 gols.
Mais conhecido como “O Matador”, Carlito era um centroavante que fazia gol de tudo quanto era jeito. Com uma finalização precisa e um cabeceio potente, sua raça dentro de campo também era uma marca registrada.
Trajetória de títulos e muitos gols
Revelado pelo Bahia, Carlito estreou com as cores tricolor na goleada por 6 a 1 sobre o Botafogo/BA, e logo tratou de deixar sua marca ao anotar dois gols. Dali em diante, o jogador deslanchou em balançar as redes, tanto que foi artilheiro do Campeonato Baiano de 1951, o que fez até mesmo despertar o interesse do CR Flamengo. Porém, reza a lenda que, ao receber a proposta dos rubro-negros, o atacante fez questão de recusar, ganhando ainda mais moral com a torcida baiana.
Curiosamente, aquele ano de 1951 seria o único que o jogador não conquistaria o título estadual com o clube, em uma sequência de nove conquistas em dez anos. Além disso, Carlito fez parte do elenco que faturou o título da Taça Brasil de 1959, mesmo que na reserva, já estava em final de carreira.
Sua despedida dos gramados viria a ocorrer dois anos depois, em 1961, com apenas 32 anos de idade, por conta de problemas físicos. Contudo, Carlito deixou sua marca no Bahia, inclusive na história do Ba-Vi, confronto no qual é o maior artilheiro até os dias de hoje, com 21 gols anotados.
. Nadinho (1958-1968)
🎂 Campeão brasileiro de 1959 pelo Esquadrão, o ex-goleiro Nadinho é o #AniversarianteDoDia! Parabéns, ídolo! #BBMP pic.twitter.com/OTkqZBGFe6
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) August 25, 2019
Tido como um dos maiores goleiros de todos os tempos do Esporte Clube Bahia, Nadinho fez história no clube entre os anos de 1958 e 1968. Com passagens pelo rival Vitória e Bangu/BA, o arqueiro fechou o gol na conquista da Taça Brasil de 1959, quando ficou conhecido por parar o Santos FC de Pelé na decisão.
No ano seguinte, por conta do título de 1959, o Bahia se classificou para a Copa Libertadores da América de 1960, com Nadinho fazendo história ao ser o primeiro goleiro brasileiro na competição. Isso, embora a campanha do Tricolor de Aço tenha sido modesta, com a eliminação ainda na primeira fase. Dois anos mais tarde, ele ainda seria pré-convocado para a Copa do Mundo de 1962, e ficou perto de fazer parte do bicampeonato mundial da seleção brasileira.
O “Macho”
Ao longo de seus dez anos no Esporte Clube Bahia, Nadinho também conquistou seis títulos estaduais, se tornando um dos goleiros mais vitoriosos do clube. Além de vencedor, ele também tinha um perfil de liderança, sempre muito sério e de pouco sorriso, fato que lhe rendeu o apelido de “O Macho”.
Exímio pegador de pênaltis e excelente na saída de bola, o arqueiro também exibia muita classe em campo, tanto que evitava ao máximo sujar o uniforme. E foi com toda essa classe que Nadinho se despediu do Bahia em 1968, após 421 jogos, já em final de carreira, e aos 38 anos de idade.
. Biriba (1957-1968)
27/7/57@ECBahia goleia @SLBenfica
Jornal da época:"Exibindo-se, ontem, em gramados baianos o quadro de futebol do Benfica de Portugal, vindo com um bom cartaz, caiu espetacularmente diante do Esporte Clube Bahia pela contagem de 4 a 1“
⚽️ Aduce,Careca,Rui Tanus e Biriba (foto) pic.twitter.com/cst6OxNthC— FRED DO CHAME-CHAME 🏃♂️ (@FREDCHAMECHAME) April 25, 2018
Mais um campeão brasileiro em 1959 com o Bahia, Biriba é considerado um dos maiores pontas da história do clube. Ponta direita de origem – onde gostava de atuar – o jogador aceitou se deslocar para a ponta esquerda durante a Taça Brasil de 1959, onde se destacou.
Vindo do futebol de areia, Biriba chamou a atenção desde cedo por ser um jogador insinuante e de muita velocidade. Por isso, ele foi convencido a fazer um teste no Bahia e logo passou. Sua estreia aconteceria em 1957, no jovem time do Tricolor de Aço, que inclusive, bateu o SLBenfica de Portugal naquele ano, pelo placar de 4 a 1, com direito a gol do próprio Biriba.
Dedicado e vencedor
Em seus onze anos no profissional do clube, o jogador conquistou seis campeonatos estaduais, além do título brasileiro de 1959. Em todas essas competições, Biriba fez questão de marcar gols importantes, tanto que balançou as redes com a camisa do Bahia em 113 oportunidades, até 1968, quando encerrou a carreira. Muito identificado com o tricolor, o ponta esquerda é mais um exemplo de atleta que se dedicou a carreira toda ao clube.
. Roberto Rebouças (1963-1977)
Conhecido como “Xerife”, Roberto Rebouças era um famoso zagueiro “raiz”, com um porte físico viril e sempre muito duro nas dividas com os atacantes. Foi atuando dessa forma em que ele conquistou o torcedor do EC Bahia em suas duas passagens pelo clube entre 1963 e 1965, além de 1970 e 1978.
Recém-chegado do Vitória/BA, o zagueiro fez parte da lista dos jogadores que vestiu as camisas dos dois rivais do futebol baiano, mas foi pelo Bahia que ele se destacou. Tanto que conquistou sete títulos estaduais, mais precisamente em sua segunda passagem pelo clube, entre 1970 e 1977.
Em seu período pelo tricolor baiano, Rebouças também ficou marcado pelo seu temperamento forte dentro e fora de campo. Tanto que ele já chegou a se desentender com o então presidente do clube Osório Vilas Boas e com o treinador Fleitas Solich. Porém, mesmo com esse jeitão polêmico, o zagueiro é um dos maiores ídolos da história do Tricolor de Aço.
. Beijoca (1969-1978)
Em 1978, Bahia atropelou o Santos com show de Beijoca e Douglas https://t.co/AZIjyIdV8Y #ecbahia #bbmp #ecbahiapontocom pic.twitter.com/UoEmakJTI6
— ecbahia.com (@ecbahiapontocom) June 4, 2020
Jorge Augusto Ferreira de Aragão, mais conhecido como Beijoca, é considerado um dos jogadores mais folclóricos da história do Bahia. Centroavante brigador e desengonçado, Beijoca se destacou por balançar as redes e também por suas comemorações icônicas, regadas a beijos para a torcida, daí o apelido.
Apesar de ser um dos principais jogadores da história do clube, Beijoca teve algumas idas e vindas com a camisa do Bahia. Revelado em 1969 pelo próprio tricolor, ele deixou a equipe em 1970 e depois teve mais duas passagens entre 1975 e 1977, além de 1978.
Em todas essas passagens, o jogador não passou em branco e conquistou um heptacampeonato baiano – maior sequencia da história do Bahia – participando ativamente de cinco conquistas. Em todas elas, ele fez questão de balançar as redes, sua principal qualidade, tanto que anotou 102 gols com a camisa tricolor, sendo o 12º maior artilheiro da história. Após deixar o clube pela última vez, Beijoca ainda passou por diversas equipes até se aposentar em 1990.
. Douglas (1972-1979)
Douglas chegou ao Bahia de uma maneira um tanto curiosa. Após deixar o Santos Futebol Clube no final 1971, o jogador recebeu duas propostas: uma do América, do Rio de Janeiro, e outra do Bahia. Na ocasião, os cariocas chegaram a lhe dar uma passagem de avião, mas Douglas optou em ir para clube baiano, o que acabou salvando sua vida. Até porque, o voo no qual ele pegaria, que tinha como destino a Cidade Maravilha, caiu e não deixou sobreviventes.
Praticamente com uma segunda vida, o jogador fez questão de aproveitá-la enquanto esteve no Bahia. Extremamente inteligente no meio-campo, Douglas foi protagonista na maioria dos títulos do heptacampeonato baiano entre os anos de 1973 e 1979, de maneira invicta.
O lorde adotado pela Bahia
Além de se dedicar ao Bahia, o jogador também se destacou por adotar o estilo da região em que vivia. De faixa branca na cabeça e cabelos longos, Douglas passou a se vestir de acordo com o estilo que ficou conhecido como “Os Novos Baianos”, muito popular na década de 1970. Sem contar que esse estilo ainda combinava com toda a sua classe em campo, que lhe restou o apelido de “O Lorde”
Com toda essa irreverência e títulos, não faltaram gols para Douglas com a camisa tricolor, tanto que ele anotou 184 tentos em 456 jogos pelo clube. Sua despedida da equipe ocorreu em 1979, justamente após seu último título baiano. Naquele ano, o jogador completara apenas 30 anos, mas já não possuía o mesmo vigor físico de outrora, passando por diversas outras equipes até se aposentar em 1988.
. Osni (1978-1984)
Osni em confronto entre Bahia x Bangu pelo campeonato Brasileiro de 1984. 🔵🔴 pic.twitter.com/pWegKP9pwM
— Baú tricolor (@BauTricolor) October 10, 2020
Osni é mais um jogador da lista daqueles que passaram tanto por Bahia, quanto Vitória. Contudo, ele conseguiu se destacar pelas duas equipes, sendo inclusive, o maior artilheiro da história da Arena Fonte Nova com 160 gols. Lembrando que até 1986, a dupla BaVi dividia o mesmo estádio, ano em que o Barradão foi inaugurado.
O “Baixinho Infernal”, como era conhecido, foi um ponta-direita de muita habilidade, que incomodava as defesas adversárias, com muitos dribles e jogadas rápidas. Com esse estilo de jogo, Osni faturou um tetracampeonato estadual seguido pelo tricolor, entre 1981 e 1984.
Com três passagens pelo clube, entre os anos de 1978 e 1984, o jogador aproveitou esse tempo para se tornar o quinto maior artilheiro da história do Bahia com 138 gols.
. Bobô (1985-1989)
PARABÉNS, BOBÔ! 🇫🇷
Raimundo Nonato Tavares da Silva, mais conhecido como Bobô, está fazendo aniversário neste dia 28!
Meia-atacante campeão brasileiro pelo Bahia em 1988, Bobô é um dos maiores ídolos do Esquadrão, clube que defendeu entre 1984 a 1989, retornando em 1995. pic.twitter.com/AbjaOU5BdT
— ecbahia.com (@ecbahiapontocom) November 28, 2019
Quando perguntado sobre o maior ídolo da história do clube, o torcedor do Bahia logo vai lembrar-se de Bobô, o grande herói da conquista do título do Campeonato Brasileiro de 1988. E com muita razão, pois na competição, o jogador fez história ao decidir a grande final contra o SC Internacional marcando dois gols em vitória por 2 a 1. Essa que é considerada uma das conquistas mais improváveis da história do futebol brasileiro, o que aumentou a façanha do time comandado pelo lendário Evaristo de Macedo.
Bobô chegou ao Tricolor de Aço em 1985, vindo da modesta Catuense, clube originário da cidade de Catu, na Bahia. Dali em diante, o meia que ficou conhecido por sua classe e poder de decisão, além do título brasileiro, ainda faturou três estaduais entre 1986 e 1988. Em meio a suas grandes atuações nesse tempo, o jogador ainda foi convocado pela seleção brasileira, atuando em apenas três oportunidades.
Dono de duas Bolas de Prata
Por conta de sua brilhante atuação na final do Campeonato Brasileiro de 1988, Bobô conquistou o prêmio Bola de Prata da Revista Placar. Como se não bastasse, ele repetiu o mesmo feito na temporada seguinte, em 1989, conquistando o seu segundo prêmio.
Após a sua última conquista de prêmio, o jogador deixou o Bahia rumo a outras grandes equipes do futebol brasileiro, como São Paulo, Flamengo, Corinthians, Internacional e Fluminense. Porém, em nenhuma dessas equipes Bobô conseguiu repetir as mesmas boas atuações que obteve no Bahia. Tanto que ele retornou ao clube em 1995, encerrando a carreira em 1996, com apenas 34 anos e 80 gols com a camisa tricolor.
. Charles (1988-1991)
O Bahia de 1990: um time que chegou perto da terceira estrela
Tricolor tinha feras como Charles, Luís Henrique e Mailson https://t.co/MvNJxpLha8 #correio24h pic.twitter.com/nQzosm2InY
— Jornal Correio (@correio24horas) September 26, 2020
Charles surgiu das categorias de base do Bahia em um dos melhores momentos do clube, após o título brasileiro de 1988. Naquele período ele teve como missão continuar o legado do time, que viria a perder alguns de seus principais jogadores pouco depois, dentre eles o ídolo Bobô.
Logo em sua estreia, com apenas 20 anos, o centroavante não fez feio e ao entrar no final da partida contra o SC Corinthians, anotou um golaço aos 45 minutos do segundo tempo. Por conta desse feito, Charles caiu nas graças da torcida e recebeu o apelido de Anjo 45.
Caminhos de títulos e artilharias
Dali em diante, o jogador se firmou de vez como um dos principais protagonistas do clube, tanto que conquistou um tricampeonato baiano entre os anos de 1987 e 1991. Como se não bastasse, ele se tornou o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1990 com 11 gols e ainda faturou a Bola de Prata.
Após essas conquistas, Charles ainda se aventurou por grandes equipes como Cruzeiro EC, Flamengo e até mesmo o Boca Juniors. Em 1996, o jogador retornou ao tricolor para uma última passagem, encerrando sua trajetória pelo clube com 64 gols.
. Uéslei (1991-1994 e 1998-1999)
Quarto maior artilheiro na história do Esporte Clube Bahia, com 140 gols anotados, Uéslei fez história no futebol brasileiro durante a década de 1990. Na sua passagem pelo EC Bahia (de 1991 a 1994, e em 1998-1999), o meia atacante conquistou o Campeonato Baiano por 5 vezes (1991, 1993, 1994, 1998 e 1999). Além de ter sido o artilheiro nos anos de 1998 e 2000.
Com passagens por outros gigantes do futebol brasileiro como Flamengo, Cruzeiro, São Paulo, Internacional e, até o rival Vitória, Uéslei também fez história no futebol japonês. Se destacaria principalmente no Nagoya Grampus, onde atuaria por 5 temporadas (2000-2005) e se tornaria um dos principais artilheiros estrangeiros do país durante o período.
Anotaria um total de 126 gols em solo japonês, além de ter sido o artilheiro em 2003. Mas é no Bahia que o ex-jogador mantém proximidade até os dias de hoje, onde é um eterno ídolo do clube!
. Nonato (1998-2003)
Nonato é um dos mais recentes ídolos da história do Bahia. Revelado pelo clube em 1998, aos 19 anos de idade, o camisa 9 começou impressionando desde o cedo, mostrando muita categoria e um aguçado faro de gol. Seu primeiro título não demoraria em chegar, sendo ele o Campeonato Baiano de 1999, no qual Nonato foi um dos destaques na conquista. Na temporada seguinte, ele voltaria a faturar a competição, sendo mais uma vez um dos principais jogadores.
Em 2003, o jogador provou que o seu aguçado faro de gol poderia ir além e conquistou a artilharia da Copa do Brasil daquele ano, com 9 gols. Tal feito logo despertou a atenção de equipes estrangeiras, sendo que Nonato foi parar no futebol sul-coreano ainda naquele ano. Em 2007, o jogador retornou ao Bahia, mas sem o mesmo brilho de antigamente, obtendo uma passagem apagada.
Atualmente, Nonato é o 7º maior artilheiro da história do Bahia, com 126 gols anotados em 214 partidas.
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