Quem são os maiores ídolos na história do Bragantino?
Índice
- 1 . Mauro Silva: Tetracampeão mundial, com passagem histórica pelo Massa Bruta
- 2 . Gil Baiano: Primeiro grande ídolo da geração campeã paulista
- 3 . Alberto: Para muitos, o maior craque que vestiu a carijó
- 4 . Mazinho: Do Braga para o Bayern de Munique
- 5 . Biro Biro: Raça e símbolo do time de 90
- 6 . Tiba: Autor do gol do título Paulista
- 7 . Luís Muller: Destaque do time campeão paulista, mas não jogous as decisivas
- 8 . Silvio: Camisa 9 matador
- 9 . Pintado: Prata da casa, que seria campeão do mundo pelo São Paulo
- 10 . Hélio Burini: Um dos primeiros ídolos do Bragantino
- 11 . Wilsinho Acedo: Artilheiro nas primeiras glórias do clube
- 12 Destaques mais recentes do Bragantino
Um dos maiores times do interior, o Bragantino já fez história no futebol brasileiro antes mesmo de ser comprado pela Red Bull. No início da década de 1990 fez uma verdadeiras revolução no futebol brasileiro e paulista. Campeão da 2ª divisão do Brasileiro em 1989, campeão Paulista em 1990, quase se tornou campeão brasileiro em 1991.
Derrotados pelo São Paulo de Telê Santana, Zetti, Muller, Raí e Cafú, praticamente colocou fim a um péríodo de glórias que foi rápido, mas intenso para a pacata cidade de Bragança Paulista.
E assim como o clube já existia antes da venda da a marca de eventos e energéticos em 2019, também antes da era dourada já existia um clube, meio semi amador, mas com muitas histórias e ídolos.
Aqui vamos relembrar alguns dos principais ídolos na história do Bragantino!
. Mauro Silva: Tetracampeão mundial, com passagem histórica pelo Massa Bruta
Na polêmica troca com o Guarani, Mauro Silva chegou ao Bragantino ao lado de outros nomes que também viriam a ser destaque no clube, naquele início de anos 1990.
No Massa Bruta, o volante atuou por três temporadas em altíssimo nível, com tempo suficiente para se tornar um dos maiores ídolos na história do clube paulista.
Marcador implacável, tinha força física descomunal, alinhado a um rara técnica para se impor diante dos times adversários.
Como se não bastasse, dois anos depois após ser negociado com o futebol europeu, em 1992, Mauro Silva seria peça fundamental no tetracampeonato brasileiro do mundo nos EUA.
. Gil Baiano: Primeiro grande ídolo da geração campeã paulista
3 de novembro de 1966: Nascimento de Gil Baiano @bragantino pic.twitter.com/zhEZ2IJW5L
— FRED DO CHAME-CHAME (@FREDCHAMECHAME) November 2, 2017
Após o atacante e também ídoldo Luís Muller, o lateral-direito Gil Baiano seria um dos primeiros daquela vitoriosa e história formação clássica do Massa Bruta, campeão paulista e vice-campeão brasileiro. Revelado pelo Guarani no ano de 1987, o jogador foi envolvido em uma troca para lá de curiosa entre Bugre e o time de Bragança.
Na época, o Guarani pretendia contar com o zagueiro Vitor Hugo, destaque e ídolo do Bragantino. Em troca, a equipe de Campinas cederia o lateral-direito, além dos zagueiros Júnior e Nei, o meia Zé Rubens e o – então “bixado” – Mauro Silva. No final da história quem se deu bem foi o Massa Bruta, que fortmaria a base da equipe histórica.
Gil Baiano foi um dos símbolos de liderança e do futebol ofensivo que marcou a equipe naquele período, comandados a princípio por Vanderlei Luxemburgo.
O lateral permaneceu no Bragantino até a temporada de 1993, quando foi negociado com o super Palmeiras da Parmalat, onde seria campeão brasileiro. Gil inda retornaria ao Massa Bruta para mais duas passagens, em 1999 e 2002.
. Alberto: Para muitos, o maior craque que vestiu a carijó
Alberto Carlos Félix da Silva com a camisa do Bragantino, Estádio Marcelo Stefani, 4 de outubro de 1992 #AlbertoFélix #Bragantino pic.twitter.com/7Sb6vmV4dG
— Juha Tamminen (@TamminenJuha) April 5, 2020
Alberto chegou ao Bragantino apenas em 1991, após ser indicado pelo treinador Vanderlei Luxemburgo, e em um momento que o clube colhia frutos do título paulista. Após passagens por Fluminense/RJ e Internacional/RS, o meia atacante chegava ao Massa Bruta para colocar em outro patamar a equipe. E ele não decepcionou. Ajudou na histórica campanha do Campeonato Brasileiro de 1991, quando acabaram derrotados pelo São Paulo, na final.
Jogador de técnica apurada e diferenciada, era um verdadeiro camisa 10, daqueles que somento o futebol mais antigo conseguia produzir. E Alberto era uma dessas jóias. Ele ainda permaneceu no clube até o ano de 1994, quando foi emprestado para a Ponte Preta, até retornar ao Massa Bruta por mais duas oportunidades, em 2000 e 2003.
. Mazinho: Do Braga para o Bayern de Munique
26/12/65: Mazinho Oliveira @bragantino_real pic.twitter.com/z5pDwYfOTM
— FRED DO CHAME-CHAME (@FREDCHAMECHAME) December 25, 2019
Mazinho (não confundir com aquele que foi tetracampeão do mundo em 1994 pela seleção brasileira), chegou ao Bragantino em 1990, como peça de reposição da equipe campeã do Brasileiro Série B em 1989. Porém, o atacante conquistou seu espaço na equipe como a referência do ataque, isso após a saída de Luís Muller.
Tanto que, ao término do Campeonato Paulista de 1990, no qual o clube foi campeão, foi ele quem terminou como o artilheiro do Massa Bruta.
Mazinho permaneceu na equipe apenas até 1991, quando foi contratado pelo gigante alemão Bayern Munich, que no período estavam de olho em grandes talentos do futebol brasileiro. Contudo, na equipe alemã, o atacante não conseguiu se firmar, rodando em seguida por equipes como o Internacional/RS, o Flamengo e também no futebol japonês. Até retornar para se aposentar no Bragantino, em 2001.
. Biro Biro: Raça e símbolo do time de 90
De cabeleira crespa e loira, que muito lembra a do Biro Biro mais famoso, aquele que fez história no Corinthians, o lateral-esquerdo era um dos jogadores mais queridos pelos torcedores de Bragança,. Símbolo da raça e da humildade. Revelado pelo Santos, o jogador teve breve passagem pelo Ituano até chegar ao Bragantino, ainda em 1990.
Pelo Massa Bruta, Biro Biro esteve em campo na conquista do Campeonato Paulista de 1990 e no vice-brasileiro de 1991. Dois anos depois ele acertaria uma transferência para o Corinthians, porém sem sucesso com a camisa alvinegra.
. Tiba: Autor do gol do título Paulista
Arione Ferreira Guedes, mais conhecido como Tiba, não teria como não estar na galeria de grandes ídolos do Bragantino. Na final do Campeonato Paulista de 1990 contra o Novorizontino, naquela que ficou conhecida como “A Final Caipira”, o Massa Bruta perdia a segunda partida da final por 1 a 0, em seu estádio. Quando seria o autor do gol que daria o empate e o título para o clube.
Tiba fez parte de ataque naquele Paulistão junto de Mazinho, Mário e João Santos, atuando um pouco mais recuado e mais no lado direito, em relação aos demais. Era reconhecido pela velocidade e habilidade. O jogador chegou ao Bragantino em 1989, após ser revelado pelo Vasco da Gama. Ele permaneceria no time de Bragança até 1991, retornando brevemente em 1992.
. Luís Muller: Destaque do time campeão paulista, mas não jogous as decisivas
Há exatos 30 anos, o Bragantino batia o São José por 2×1 (já havia vencido o jogo de ida por 1×0) e ficava com o título da Série B de 1989.
Em pé: Nei, Biro-Biro, Mauro Silva, Júnior, Gil Baiano e Nei
Agachados: Ivair, Valmir, Mário, Gatãozinho e Luís Muller.
📸: Gazeta Press pic.twitter.com/KfxdA0sSll
— Red Bull Bragantino (@RedBullBraga) December 20, 2019
Miguel Luís Muller foi revelado pelo São Paulo no ano de 1978, mas como a concorrência no ataque era grande naquele período, com craques como Serginho Chulapa e Zé Sérgio, o jogador pouco foi aproveitado. Tanto que, logo depois, ele rodaria por equipes como Criciúma, São Bento, Guarani, Portuguesa e Ponte Preta, até chegar no Bragantino em 1988.
Luís Muller foi o primeiro grande jogador a chegar naquela era de ouro do Massa Bruta, e logo seria um dos destaques na conquista da Série A2 do Campeonato Paulista e da Série B do Campeonato Brasileiro, anos de 1988 e 1989, respectivamente. Contudo, do título mais importante na história do clube, o Campeonato Paulista de 1990, ele ficaria de fora, mesmo sendo um dos destaques da equipe naquela competição. Durante o torneio ele acertou sua transferência para o Gamba Osaka, do Japão.
Ele ainda retornaria para mais algumas passagens pelo Bragantino, inclusive para a disputa do Campeonato Brasileiro de 1991, mas sem o mesmo destaque.
. Silvio: Camisa 9 matador
Outro que também seria revelado no Fluminense, mas que faria história em Bragança Paulista, Silvio chegou em 1990 e foi aos poucos ganhando seu espaço no time titular. Típico homem de área, com quase 1,90m de altura e canhoto, Silvio seria inclusive, convocado por Paulo Roberto Falcão, então técnico da seleção brasileira em 1991, numa reformulação que o ídolo do Internacional promoveria naquele momento na seleção.
No Campeonato Brasileiro de 1991, quando o clube chegou até a final, Silvio foi uma das principais peças daquele time que já não era tão espetacular como o de 1990, mas ainda sobrava no futebol brasileiro. O atacante atuou de 1990 a 1994, onde se tornaria ídolo no Bragantino – com um breve retorno em 2001. Do clube do interior de São Paulo partiu para o Logroñes/ESP, em 1994.
. Pintado: Prata da casa, que seria campeão do mundo pelo São Paulo
De temperamento forte e com muito espírito de liderança, Pintado não só foi foi revelado pelo próprio Bragantino (no ano de 1983), como nasceu em Bragança Paulista. Porém, por conta de salários atrasados deixou a equipe em 1984 rumo ao São Paulo. No Tricolor Paulista faria história com a conquista do bicampeonato da Copa Libertadores (1992 e 1993), além do Mundial de Clubes (1992). Sempre como titular.
Porém, antes dessas importantes conquistas o volante-zagueiro retornou a Bragança Paulista emprestado, onde atuaria entre os anos de 1987 e 1991, fazendo parte das conquistas do Brasileiro da Série B (1989) e do Campeonato Paulista em 1990.
. Hélio Burini: Um dos primeiros ídolos do Bragantino
Antes de se tornar um dos maiores ídolos da história do CA Bragantino, Hélio Burini fez parte do histórico time do Palmeiras, nos primórdios da Academia de Futebol do clube. Foi reserva de Chinesinho e atuou ao lado de Ademir da Guia, até se transferir para o Guarani, de Campinas, no ano de 1963.
Hélio chegou ao Massa Bruta em 1964, e em pouco tempo entrou para a história do clube. Como um meia de muita qualidade técnica, com uma canhota mágica, coordenou a equipe ao patamar mais alto de sua história, até então. Conquistaram o título da divisão de acesso do Campeonato Paulista em 1965. Inclusive, foi dele o gol no jogo de ida da decisão, contra o Barretos, em vitória por 1 a 0.
Autor do gol da vitória sobre o Barretos, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista de 65, Hélio Burini nos deixou nesta sexta-feira 😢. O Red Bull Bragantino presta sua homenagem ao eterno ídolo da torcida #MassaBruta e deseja força aos familiares e amigos do ex-jogador. pic.twitter.com/hc6kZHES19
— Red Bull Bragantino (@RedBullBraga) February 5, 2021
No ano seguinte, o jogador permaneceu no clube de Bragança para disputar a principal divisão do Estado de São Paulo. Contudo, a forte concorrência com as grandes equipes do futebol paulista, fez com que o Bragantino fosse rebaixado. Logo após o descenso, Hélio deixou o time rumo à Ponte Preta, mas retornaria em 1967, para se despedir novamente em 1969, quando se transferiu para o Náutico/PE.
. Wilsinho Acedo: Artilheiro nas primeiras glórias do clube
Meia letal e de muita qualidade técnica, Wilsinho Acedo começou a carreira como jogador profissional justamente no Bragantino, em 1964. Com apenas 17 anos, e logo no ano de sua estreia como profissional, o jogador foi vice-campeão da segunda divisão de acesso do futebol paulista, uma espécie de terceira divisão do Campeonato Paulista.
Já no ano seguinte, Wilsinho fez história e foi ali que entraria para o hall de maiores ídolos do Massa Bruta. O jogador se tornou campeão da divisão de acesso do futebol paulista, como artilheiro de sua equipe e vice-artilheiro do torneio.
Em 1966, mesmo com o rebaixamento do Braga na elite do Campeonato Paulista, o jogador fez questão deixar sua marca, e novamente foi o artilheiro do clube e vice-artilheiro de uma competição repleta de grandes craques no período. Inclusive, em um dos jogos do torneio, o meia enfrentou o Santos de Pelé e até chegou a marcar um dos gols em vitória parcial por 2 a 0. Contudo, a torcida do Massa Bruta provocou o Rei do Futebol que voltou endiabrado do intervalo, virando o jogo por 3 a 2.
Wilsinho permaneceu no Bragantino até 1967, quando se transferiu para a Portuguesa de Desportos. Contudo, ele ainda retornaria ao clube que o revelou em mais duas oportunidades: em 1975 e 1979. Sendo que, nesta última, selaria a sua aposentadoria.
Destaques mais recentes do Bragantino
Antes de virar Red Bull Bragantino, o clube teve alguns bons momentos, com jogadores que viriam a ter grande destaque no futebol brasileiro. Casos de Paulinho, Romarinho e Lincom, este último o maior artilheiro do século do Massa Bruta.
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Paulinho
Paulinho, que representou a seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018), foi revelado pela Juventus da Mooca, em 2006, tendo rodado por equipes como o Vilnius, da Lituânia, e Łódzki Klub, da Polônia. De volta ao Brasil, Paulinho ainda vestiu a camisa do modesto Pão de Açúcar, time de empresários, até acertar com o Bragantino em 2009. No Massa Bruta, a passagem do volante foi como um verdadeiro cometa, rápida, porém marcante.
Com a camisa da equipe, ele atuou no Campeonato Brasileiro da Série B de 2009 e no Campeonato Paulista de 2010, onde obteve notório destaque para chamar a atenção do Corinthians, onde faria história. Na sua breve passagem pelo Bragantino, Paulinho jogou apenas 45 partidas, anotou 14 gols, marca impressionante para um volante. Que seria sua marca registrada durante praticamente toda a carreira.
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Lincom
Lincom é um dos últimos ídolos recentes na história do Massa Bruta, antes da chegada da empresa Red Bull para gerir o clube. Ele passou por um momento de baixa da equipe, mas com muitos gols e uma dupla infernal com Romarinho, teve grandes momentos. No período que esteve no Massa Bruta, de 2011 a 2015, foi a referência no ataque e fundamental nas aparições da equipe no Campeonato Paulista e nas divisões inferiores do Campeonato Brasileiro.
O atacante teve, ao menos, duas temporadas excepcionais no Bragantino. No seu primeiro ano, terminou o Campeonato Brasileiro da Série B com 20 gols, na vice-artilharia da competição. Em 2013 faria nove gols no Campeonato Paulista e mais 12 no Brasileiro Série B. No total de suas passagens, o gigante artilheiro, ou Ibrahimolincom, como a torcida o chamava, fez um total de 73 gols pelo Massa Bruta.
Esse destaque também o levaria em 2015, por empréstimo, ao SC Corinthians, onde não conseguiria destaque.
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