Porquê Ronaldo Nazário se transformou em Fenômeno?
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Ronaldo revolucionou futebol nos anos 1990!
Ronaldo Nazário de Lima é um dos fenômenos mais raros do esporte mundial. É aquele tipo de atleta raro e que simboliza uma geração. Surgiu ainda jovem no Cruzeiro, aos 16 anos, demonstrando muita facilidade em fazer gols. Com o passar dos anos, evoluiu tanto fisicamente que colocou o futebol em um outro nível. Aos 20 e 21 anos já era o melhor jogador do mundo, brilhando e chamando a atenção do mundo no Barcelona. Com dribles, arrancadas e uma potente finalização ele se mostrava imparável.
Em 1996, Ronaldo chega ao Barça
No Barcelona, Ronaldo chegou em 1996, ainda jovem, prestes a completar 20 anos de idade. A espetacular temporada que fazia no PSV, rapidamente despertou o interesse de grandes equipes do futebol mundial, em cima daquele que se mostrava a maior promessa da década. E coube aos catalães a missão de contratar o jogador, num valor recorde na época. A equipe espanhola desembolsou cerca de 20 milhões de dólares.
Todo investimento valeu a pena, e Ronaldo obteve números impressionantes em sua passagem pelo clube Culé. Em sua única temporada pelo Barcelona, o atacante anotou 34 gols em 37 partidas, isso apenas no Campeonato Espanhol – média de quase um por jogo. Ele conquistou a Recopa Europeia, a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha.
Com esse desempenho avassalador, Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo no final de 1996, com apenas 20 anos de idade. O craque voltaria a repetir o feito no ano seguinte, mas agora com camisa da Internazionale de Milão. Não fosse as lesões nos anos conseguintes, o céu parecia ser o limite para aquele jogador tecnicamente e fisicamente imparável.
Antes de ser Fenômeno, Ronaldo era Ronaldinho
Antes de suas grandes atuações no Barcelona e também na Internazionale, Ronaldo era nada muito além do que um jovem promissor. Mesmo assim, conseguiu uma convocação para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, onde sagrou-se campeão do mundo com apenas 17 anos. Não chegou a entrar em campo, mas sem dúvida serviu de inspiração para aquele menino que ainda sonhava em ser uma estrela, ao poder ver de camarote as atuações mágicas de Bebeto e Romário.
E foi durante este período de seleção que ele recebeu seu primeiro apelido no futebol: Ronaldinho. O diminutivo era para não ser confundido com o zagueiro de nome semelhante, Ronaldão, que fez história com a camisa do São Paulo Futebol Clube. O jovem atacante era, naquele período, o jogador menos reconhecido em todo elenco e ainda esperava despontar no mundo da bola.
Depois de se tornar Ronaldinho, tiveram que, em 1999, voltar a chamá-lo de Ronaldo pelo surgimento de outro gênio e também com a camisa da seleção. Em um amistoso contra a Letônia, no ano de 1999, Wanderley Luxemburgo convocou um outro atacante também dentuço e que despontava como a nova sensação do futebol brasileiro e pelo Grêmio, Ronaldinho Gaúcho.
Assim, seu antigo apelido teve que ficar de lado, mas naquele momento, Ronaldo já era reconhecido por uma nova alcunha: fenômeno.
Como surge o apelido de fenômeno para Ronaldo?
Foi na Inter de Milão que Ronaldo recebeu o apelido de fenômeno, e como seria imortalizado durante toda a carreira do craque brasileiro. Ele chegou à equipe italiana com status de grande astro e logo recebendo a camisa 10, já que a número 9 era usada por outro consagrado jogador, Ivan “Bam Bam” Zamorano.
E foi com a número 10 que Ronaldo brilhou com a camisa da Internazionale, com atuações impressionantes, que fizeram os torcedores e a mídia italiana irem a loucura. Em sua primeira temporada pelos nerazzurri foi escolhido o melhor do mundo pela segunda vez, e teve uma marca impressionante. Em 47 partidas anotou 34 gols.
Contusões brecaram ascensão do craque
Para coroar a grande temporada, faltava apenas uma conquista, e ela veio pouco antes da Copa do Mundo de 1998. Na Copa UEFA daquela temporada, Ronaldinho ajudou sua equipe a chegar à grande final com atuações brilhantes Até a decisão ela já havia marcado cinco gols, e na final, contra a Lazio, fez uma exibição histórica, e digna de um fenômeno.
Em partida única, realizado no Parc dos Princes, a Inter de Milão tinha pela frente uma complicada Lazio, que contava na época com Alessandro Nesta e Pavel Nedved, entre outros. Mesmo assim, os nerazzurri tinham Zamorano, que marcou um gol, e Ronaldo que só faltou fazer chover na vitória por 3 a 0. Muitos datam esta partida como o momento que Ronaldo passou a ser chamado de Fenômeno, mas desde a época de Barcelona, com Bobby Robson no comando do time espanhol que o atacante brasileiro se mostrava fenomenal dentro de campo.