Pelé e Garrincha: A maior dupla do futebol mundial!
Índice
- 1 Dois símbolos de uma seleção e de um país
- 2 Onde foi o primeiro encontro entre Pelé e Garrincha?
- 3 Copa do Mundo 1958: Pelé e Garrincha surgem para o mundo!
- 4 Sul-Americano de 1959: Uma grande batalha para a dupla
- 5 Copa do Mundo 1962: Com Pelé machucado, Mané é quem brilha
- 6 Pelé e Garrincha se reencontram apenas em 1965!
- 7 Copa 1966: Último Mundial da dupla, com despedida em tons dramáticos
- 8 Pelé e Garrincha: Amistoso em homenagem a Mané marca reencontro e adeus!
- 9 Pelé e Garrincha: Como era a relação entre os gênios?
Dois símbolos de uma seleção e de um país
Para muitos a maior dupla na história do futebol mundial, Pelé e Garrincha foram dois gênios contemporâneos que atuaram e viveram grande parte do auge juntos, conquistando todos os títulos possíveis. Juntos em duas conquistas de Copa do Mundo, quando a dupla esteve junta nas quatro linhas, o Brasil jamais perdeu. Porém, o fim da parceria também se daria em um Mundial, no de 1966, numa desastrosa campanha da seleção canarinho.
Dois símbolos de uma geração e de um país, atuando juntos ou separados, o futebol nunca mais foi o mesmo. Aqui vamos contar um pouco desta parceria lendária!
Onde foi o primeiro encontro entre Pelé e Garrincha?
Mané Garrincha estreou pela seleção brasileira em amistoso contra o Chile em 1955, aos 22 anos de idade. Já Pelé estreou diante da Argentina, com apenas 17 anos, pela Copa Roca de 1957. Inclusive, naquele mesmo ano, os dois jogadores vestiram a amarelinha mas não chegaram a jogar juntos, pois Mané disputou o Torneio Sul-americano, mas não a Copa Roca.
Tal desencontro entre ambos foi desfeito em 18 de maio de 1958, no Pacaembu, em amistoso contra a Bulgária, às vésperas da Copa do Mundo daquele ano. No primeiro jogo da história com a parceria de Pelé e Garrincha, a seleção canarinho venceu pelo placar de 2 a 1, com direito a dois gols do Rei do Futebol.
Compartilhe a notícia pelo WhatsApp
Compartilhe a notícia pelo Telegram
Copa do Mundo 1958: Pelé e Garrincha surgem para o mundo!
Garrincha ampara Pelé no choro após o quinto gol contra a Suécia na final da copa de 1958. pic.twitter.com/t9HT8xZr3g
— sigam @curiosidadesbrl (@CuriosidadesBL) February 14, 2018
Coincidentemente, Pelé e Garrincha ficaram de fora dos dois primeiros jogos do mundial de 1958, na Suécia, por opção do técnico Vicente Feola. O futuro Rei do Futebol ainda era muito jovem e Mané ainda não era o grande fenômeno do qual conhecemos hoje. Porém, só após a participação dos dois, que o escrete canarinho começou a deslanchar naquela Copa.
O Brasil havia vencido o primeiro jogo do mundial por 3 a 0 contra a Áustria, mas empatou em 0 a 0 contra a Inglaterra, fazendo com que Feola promovesse mudanças na equipe. Portanto, no terceiro jogo, contra a União Soviética, Pelé e Garrinha entraram em campo e o Brasil venceu por 2 a 0, com direito a uma assistência do jovem santista. Inclusive, aquele foi o jogo em que uma célebre frase de Garrincha se popularizou, após receber instruções de seu treinador.
“Tudo bem, Feola, mas o senhor já combinou com os russos?”
Na sequência da competição, Pelé desandou em fazer gols e anotou um contra o País de Galês, nas quartas de final, três contra a França na semifinal e mais dois na decisão contra a Suécia. Enquanto isso, Garrincha deu duas para os gols de Vavá, naquele jogo em que o mundo passou a conhecer o jovem craque que estava surgindo.
Sul-Americano de 1959: Uma grande batalha para a dupla
Pelé e Didi na vitória do Brasil por 3 a 1 sobre o Uruguai pelo Campeonato Sul-Americano de 1959. pic.twitter.com/Sd8LPIBeQ7
— Procópio Cardozo (@procopiocardozo) November 7, 2020
No início do Torneio Sul-americano de 1959, Garrincha ficou de fora das duas primeiras partidas contra Peru e Chile. Contudo, Pelé tratou de assumir o protagonismo da equipe e anotou um gol em empate de 2 a 2 contra os peruanos e anotou mais dois em vitória por 3 a 0 contra os chilenos.
Na sequência do torneio, o Rei do Futebol continuou balançando as redes e Garrincha assumiu a responsabilidade de fazer jogadas geniais pela ponta-direita. Em meio a esses jogos, ambos só não esperavam que o jogo contra o Uruguai fosse uma verdadeira batalha. Com vitória por 3 a 1 e duas assistência de Pelé, o próprio jogador foi empurrado após uma confusão generalizada entre jogadores com direito a troca de socos e pontapés.
E sobre quem ganhou a briga, Didi, o “Folha Seca”, não poderia ser mais preciso.
“Hoje nós ganhamos na bola e no braço”.
Contudo, apesar de todas as batalhas, o Brasil sucumbiu diante da Argentina e apenas empatou em 1 a 1, perdendo o título da competição nos pontos corridos para os Hermanos. Inclusive, aquele é tido como o jogo em que Pelé e Garrincha mais correram o risco de perder, dada as inúmeras oportunidades dos argentinos e um gol impedido.
Copa do Mundo 1962: Com Pelé machucado, Mané é quem brilha
O ano de 1962 marcava o auge das carreiras de Pelé e Garrincha em seus respectivos clubes. Ambos foram as principais estrelas de um épica final de Campeonato Brasileiro entre duas das maiores equipes de todos os tempos, Santos e Botafogo. Em três jogos, sendo que no primeiro Mané não esteve em campo, o Rei do Futebol levou a melhor ao vencer as duas partidas.
Por conta de todo esse auge dos jogadores, na Copa do Mundo de 1962, no Chile, era esperado um grande desempenho da dupla. No primeiro jogo do mundial, não deu outra, e Pele anotou um gol e deu uma assistência, enquanto Garrincha desfilava seus dribles com suas pernas tortas. Contudo, no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, a dupla foi desfeita, pois ao efetuar uma finalização, Pelé sofreu um estiramento muscular da virilha que o tirou da Copa.
Sendo assim, coube a Mané, a estrela solitária, brilhar naquele mundial. E isso ele conseguiu fazer muito bem, pois anotou dois gols diante da Inglaterra em vitória por 3 a 1, nas quartas de final, e anotou mais dois em triunfo contra o Chile por 4 a 2, na semifinal. Já na decisão, Garrincha foi participativo e comandou a vitória do Brasil contra a própria Tchecoslováquia por 3 a 1 e se tornou o símbolo máximo do bicampeonato mundial do time canarinho.
Pelé e Garrincha se reencontram apenas em 1965!
Após o triunfo de 1962, a seleção brasileira passou por algumas mudanças, após a saída do bicampeão Aymoré Moreira e volta de Vicente Feola. Nesse meio tempo, tanto Pelé, quanto Garrincha, foram poupados para a disputa do Torneio Sul-americano de 1963.
O Rei do Futebol ainda disputou alguns amistosos naquele mesmo ano, até às vésperas do mundial de 1966. Por outro lado, Mané só retornou ao escrete em 1965, em sua reta final de carreira no Botafogo. Ambos se reencontraram em amistoso entre Brasil e Bélgica, em que o time canarinho aplicou uma sonora goleada por 5 a 0, com três gols de Pelé, que naquele dia atuou como centroavante.
Copa 1966: Último Mundial da dupla, com despedida em tons dramáticos
Mais uma da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. 📷
Em Liverpool, onde seleção atual faz o amistoso hoje, Pelé é caçado em campo contra a Bulgária 🇧🇬. No fim, 2 a 0 para o Brasil 🇧🇷 no último jogo do Rei do Futrbol ao lado de Garrincha. pic.twitter.com/KO5R7Pa9ze
— Thales Machado (@thalescmachado) June 3, 2018
Na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, Garrincha, aos 32 anos de idade, já não reunia melhores condições físicas, por conta de seus problemas com a bebida. Naquele ano, o jogador já estava atuando pelo Corinthians, em uma passagem que era para se esquecer.
Enquanto isso, Pelé ainda estava no auge da carreira, prestes a completar 26 anos de idade. Contudo, para aquela Copa em especial, o Rei do Futebol vinha de problemas físicos e não estava 100% para a disputa do mundial.
Como resultado dos problemas físicos vividos pela dupla, o Brasil teve uma Copa do Mundo decepcionante, quebrando toda a expectativa depositada no time atual bicampeão mundial. Com isso, o jogo de estreia do torneio foi último da dupla Pelé e Garrincha de modo oficial, em um 2 a 0, diante da Bulgária. Quis os Deuses do Futebol que os dois jogadores anotassem os gols da vitória com dois golaços de falta naquele 12 de julho de 1966.
Na sequência do torneio, Pelé não conseguiu atuar diante da Hungria na segunda partida, perdida por 3 a 1. Enquanto isso, Garrincha ficou de fora do fatídico duelo contra Portugal de Eusébio, em derrota também por 3 a 1.
Pelé e Garrincha:
Amistoso em homenagem a Mané marca reencontro e adeus!
A despedida de Pelé da seleção brasileira ocorreu em 1971, em amistoso diante da Iugoslávia. Contudo, Garrincha que havia encerrado a sua participação ainda em 1966, não havia recebido uma partida de despedida e por isso, em 1973, o jogador recebeu as devidas homenagens, mesmo que com atraso.
Naquele ano, Garrincha completara 40 anos de idade e já estava aposentado, com sua última passagem em clubes se encerrando em 1972 pelo Olaria. Mais de 155 mil torcedores sacudiram o Maracanã para reverenciar um dos maiores jogadores de todos. A partida de homenagem a Mané foi entre Brasil, que na época contou com a presença do próprio Pelé e de outros craques brasileiros e um combinado de estrangeiros. O resultado final foi de 2 a 1 para o escrete canarinho, de virada, com direito a um belo gol do Rei do Futebol, que driblou dois adversários.
Em jogos oficiais, os dois jogadores atuaram juntos em 40 partidas e venceram 36 e empataram apenas 4, jamais tendo perdido um jogo. Ambos anotaram juntos 55 gols pelo escrete canarinho, com Pelé anotando 44 e Garrincha anotando os outros 11.
Pelé e Garrincha: Como era a relação entre os gênios?
Pelé e Garrincha jogavam por música, um parecia entender o outro dentro de campo. Enquanto o Rei do Futebol tinha mais força física e poder de finalização, além de outras qualidades, Mané era mais magistral, com uma capacidade drible ainda maior, nos levando ao êxtase do espetáculo.
Contudo, fora dos gramados os dois jogadores nunca foram muito próximos. A exemplo disso, Garrincha fez algumas críticas a Pelé em sua última grande entrevista, realizada em 1981 para um repórter argentino. Perguntado sobre se o Rei do Futebol o visitava, ele não fez questão de esconder as mágoas.
“Que nada! Ele é um safado, virou estrela agora”
Pelé também foi perguntado sobre a relação de amizade com Garrincha e fez questão de deixar bem claro que nunca foi muito próximo de Mané fora dos gramados em entrevista para a revista Época em 2000.
“Nos entendíamos bem durante os jogos, isso é tudo. Quando morreu , me censuraram porque não fui ao enterro. Não fui porque não gosto de enterros e porque não estava ligado ao Garrincha”.
📲 Conheça a Loja Ofical Lendas do Futebol
➡️ Siga o Lendas do Futebol no Facebook e Instagram
1 Comments
Eu estava participando como escritor da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto na época que havia a pesquisa na Internet quem era o melhor Pelé ou Garrincha e no domigo o último dia da Feira Internacional do Livro chegou um Norte-americano no estande dos Escritores de Ribeirão Preto e Região e me perguntou Pelé or Maradona e eu respondi o seguinte: primeiro Pelé e segundo Garrincha e depois conversamos sobre os outros jogadores. Ele saiu de manssinho. Fato acontecido em Ribeirão Preto SP na Feura Internacional do Livro.
Obrigado.