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Dois dos maiores times brasileiros, tiveram uma década de 1990 intensa, com grande conquistas, esquadrões e rivalidades. Palmeiras e Grêmio conquistaram alguns dos principais títulos de suas histórias no período como, Copa Libertadores, Campeonatos Brasileiros, Copa do Brasil e os respectivos estaduais. E o grande momento desta rivalidade aconteceu em um período de seis anos, com seis decisões nas mais diversas competições.
Vivendo momento de relevância no futebol brasileiro, os dois times contavam com verdadeiros esquadrões que tinham nomes como: Evair, Edmundo, Rivaldo e Roberto Carlos, além de Danrlei, Paulo Nunes e Jardel, entre outros. No banco de reservas, dois comandantes de peso e que entrariam para a história como dois dos maiores técnicos brasileiros, Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari.
A rivalidade entre Palmeiras e Grêmio se intensificou na metade dos anos 90, quando as duas equipes brigavam sempre pelos principais títulos. Foram seis decisões (duelos de ida e volta) no período, e muito equilíbrio. Cada equipe saiu vitoriosa em quatro oportunidades, além de outros quatro empates, totalizando assim 12 confrontos históricos. O Verdão anotou 19 gols, enquanto o Imortal foi às redes por 18 vezes. No geral, os gaúchos levaram a melhor sobre o Palmeiras, avançando em cinco dos seis confrontos.
Porém, uma dessas decisões ficou marcada e é lembrada até os dias de hoje, por qualquer amante do futebol. Trata-se das quartas de finais da Copa Libertadores da América, do ano de 1995. Em casa, o Tricolor Gaúcho venceu por 5 a 0 em partida que também ficou marcada pela briga entre Dinho e Válber, fora de campo. Após a goleada, parecia que o Grêmio teria vida fácil na partida de volta. E, em São Paulo, os gaúchos ainda abriram 1 a 0, mas o Verdão quase conseguiu o que parecia impossível. Em um ritmo alucinante anotou cinco gols e ainda deu muitas esperanças ao torcedor alviverde, mas parou por aí. Os dois confrontos ficaram marcados como um dos melhores da Copa Libertadores e entre equipes do Brasil.
Ainda em 1996, pela Copa do Brasil, o Verdão deu o troco ao avançar vencendo por 3 a 1 em São Paulo, e sendo derrotado por 2 a 1 no estádio Olímpico. A partida ainda teve polêmica no final, com um gol gremista anulado nos acréscimos, aos 50 minutos da etapa final.
Palmeiras e Grêmio nos anos 1990, eram sempre esperado partidas duras, e com grandes craques. E por mais que o Grêmio fosse considerado um time mais casca dura, e de forte marcação, também contava com muitos jogadores técnicos e especiais, como Paulo Nunes (que ainda faria muito sucesso no Verdão) e o homem gol Jardel, um cabeceador implacável. Já o Palmeiras, nos anos 90, era sempre uma máquina. Evair, Edmundo, Rivaldo, Djalminha, Luizão, RIncón, Cafú, Muller, são alguns dos nomes.
Mário Jardel foi o principal artilheiro destes confrontos, tendo anotado cinco gols, antes de partir para uma carreira internacional consagrada no Porto e no Galatasaray. Em seguida, temos Rivaldo, pentacampeão do mundo, que anotou três gols nos duelos.
Nestas partidas, sempre marcadas por muita provocação, mas também um futebol bem jogado, esta rivalidade a flor da pele foi colocada à prova numa troca clube por dois dos principais jogadores do Grêmio: Arce e Paulo Nunes.
Após passar três anos no Tricolor Gaúcho, o lateral-direito paraguaio Chiqui Arce, foi direto para o Verdão. Ali, atuou de 1998 até 2002, e também cravou seu nome na história do time paulista. Arce sempre é lembrado pela facilidade e bater na bola, seja nos cruzamentos, faltas e escanteios.
Já Paulo Nunes não teve o mesmo rumo de Arce. Antes de ir para o Palmeiras, o Diabo Loiro, teve uma passagem pelo Benfica, de Portugal, na temporada de 1997. Em 1998 acertou com o Palmeiras, e atuou por duas temporadas, o suficiente para se tornar um ídolo eterno da torcida. Em 2000, ainda voltou para o Grêmio, mas já sem tanto sucesso.
Quando falamos de Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari, estamos elevando o nível da conversa para dois dos principais técnicos brasileiros, e que tiveram seus melhores momentos na década de 1990, quando surgiram como treinadores. O curioso é que ambos têm passagens e história nos dois times, com Felipão sendo mais relevante para ambos com muitas conquistas.
Enquanto Luxa teve um destaque estrondoso nos anos 1990 com o Palmeiras. Formou verdadeiros esquadrões e conquistou campeonato atrás de campeonato,. Já a passagem pelo Grêmio não é assim tão recordada, e também estava em um momento de decadência como treinador.
Do outro lado, Felipão teve conquistas gigantes pelo Grêmio e também pelo Palmeiras, destaque para a Copa Libertadores com ambos os clubes, em 1995 e 1999, respectivamente. Isso, entre muitas outras conquistas.