Maradona 1986: Quando o mundo conheceu um gênio!
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Uma das principais estrelas na história do futebol mundial e, sem dúvidas, o maior ídolo argentino de todos os tempos é Diego Armando Maradona. Com quatro Copas do Mundo no currículo, o ex-camisa 10 chocou o mundo do esporte com sua participação na histórica Copa em 1986, quando conduziu a seleção da Argentina no bicampeonato mundial.
Ainda brigando pelo reconhecimento mundial, após uma conturbada passagem pelo Barcelona, e uma Copa de 1982 lembrada pela expulsão contra a seleção brasileira, a partir de 1986, Maradona colocaria para sempre seu nome na história das copas. A partir dali teria o reconhecimento do maior talento de sua geração. Um grande popstar dentro, e fora de campo, naqueles anos.
Início de Don Diego Maradona
Assim como a maioiria dos gênios deste apaixonante esporte, Maradona foi criado em periferias da Argentina. Nescido em 30 de outubro de 1960, no Hospital Policlínico Evita, em Lanús, Província de Buenos Aires, era de uma família de origem pobre, e a sua criação foi desenvolvida na Villa Fiorito, uma favela na periferia sul de Buenos Aires.
Com uma complicada infância, Diego ganhou a primeira bola de futebol aos três anos de idade, e desde então mostrou uma apitidão única para este esporte. Tanto que, aos oito anos, já se destacava no futebol dos bairros onde atuava, principalmente pelo time de sua vizinhança, a Estrella Roja e, aos 9 anos, recebeu a oportunidade de vestir a camisa do Argentino Juniors.
O nível de Maradona era tão alto para a idade na época que o técnico do time argentino na ocasião, Francis Cornejo, pediu a documentação aos pais do craque, que realmente comprovou a idade do jovem destaque. Dessa forma, iniciou sua trajetória nas categorias de base de um time profissional.
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Com 17 anos, Maradona estrearia na seleção Argentina
Após ser aprovado no Argentinos Juniors, Maradona começou enfrentar jovens de alto nível, porém, não comparado ao do camisa 10. Aos 15 anos começou a levar multidões para os jogos nas categorias de base do clube, tanto que não demoraria para chamar a atenção do técnico do time profissional, que logo o levaria para treinar entre os profissionais.
Desde que virou profissional, Don Diego simplesmente demonstrava um repertório sem fim, fazendo magia com a perna esquerda. Eram lançamentos, passes, dribles curtos, chutes certeiros de curta e longa distância, cobranças de falta, escanteios, que logo o colocaram como a maior promessa argentina. Com uma carreira meteórica, com 17 anos receberia a primeira oportunidade na Seleção Argentina.
Já um ídolo do futebol argentino, e ainda que não estivesse sempre nas convocações da Argentina, um clamor popular pedia Maradona na Copa de 1978, porém, preterido, e assitindo de casa a seleção nacional conquistar a sua primeira Copa do Mundo, em competição realizada na própria Argentina.
Trajetória vitoriosa no futebol argentino
Mesmo ficando de fora do Mundial, Maradona não desanimou e aumentaria seu nível de apresentação no campeonato local, pelo Argentino Juniors. Inclusive, na temporada de 1978 e 1979, acabaria como o principal artilheiro do Campeonato Argentino, e do Campeonato Metropolitano (em 1979). Torneio que reunia os clubes da Grande Buenos Aires.
Em 1979, seria o principal destaque da Copa do Mundo sub-20, disputada no Japão, levando a Argentina ao título mundial. Se destacou com 4 gols em 5 jogos. A partir deste momento, começou a receber oportunidades na seleção principal, seu nome certo em todas as convocações e escalações.
Copa 1986: A explosão de um Gênio!
Em 1986, Diego Maradona chegava como um dos principais destaques para a disputa do Mundial. Além dele, estariam no México craques do nível de Zico, Michel Platini, Sócrates, Rummenige, Gary Lineker, entre outros.
Mais maduro, já com com a conturbada passagem pelo Barcelona, e após uma primeira temporada no Napoli, o meia atacante chegava para apagar a imagem deixada na Copa do Mundo 1982.
Na Espanha, Dieguito marcou dois gols, mas na partida decisiva contra o Brasil, viu o arqui-rival se sobressair pelo placar de 3 a 1, além de ter sido expulso.
Após boa temporada pelo clube italiano onde havia disputado 41 jogos, com 17 gols e 6 assistências (isso até o mundial), Maradona chegaria para o México-1986 no seu auge físico e técnico. Além de capitão da seleção após contusão do experiente zagueiro, Daniel Passarela.
Argentina na Copa do Mundo 1986
Na primeira fase da Copa do Mundo 1986, a Argentina deslanchou e dominou os adversários, fechando como o líder da chave, que contou ainda com: Itália, Bulgária e Coreia do Sul. Ao fim da fase inicial, a seleção sul-americana terminou com 5 pontos, com duas vitórias e um empate. Maradona marcoria um gol, porém, era a peça fundamental do time. Ele guardaria o principal para a fase seguinte.
Nas oitavas de finais viria pela frente um clássico: o adversário foi o Uruguai. Vitória de 1-0. De fato, era impressionante assistir Maradona, em dado momento parecia que o camisa 10 estava desligado em campo, porém, quando a bola chegava em seus pés, era impossível pará-lo.
Nas fases ainda mais decisivas, Don Diego brilharia como nunca, em algumas das partidas – e com lances – que entraria de vez para a história do futebol mundial.
El mano de Dios e a classificação para a final
Nas quartas de final, a Argentina teria pela frente o “English Team”, a Inglaterra. A partir desta partida o “mito” de Don Diego começaria a se transformar. Nesta partida aconteceram dois dos lances mais lembrados do craque argentina em copas do mundo. Na vitória por 2 a 1, Maradona fez mais do que marcar os dois gols.
Marcou dois gols antológicos. O primeiro de mão, batizado pelo craque como a “mão de Deus“, e o segunda em uma das maiores pinturas na história do futebol, dirblando todo o time inglês, praticamente entrando de bola e tudo no gol.
A partir deste momento, os olhares do mundo eram todos para Diego Maradona. Diante disso, o gênio não parou e, na semifinal, diante da Bélgica, voltou a balançar duas vezes as redes em outra partida mágica. A Argentina estaria novamente em uma final de Copa do Mundo, e os olhos estariam no camisa 10.
Com show de Maradona 1986, Argentina é campeã do mundo!
O rival da final na Copa 1986 seria a poderosa Alemanha, então atual campeã do mundo. Com mais de 114 mil torcedores no Estádio Azteca, Diego Armando Maradona simplesmente dominou o jogo, sendo decisivo na vitória por 2 a 1.
Na partida, que aconteceu no dia 29 de junho de 1986, na Cidade do México, Argentina e Alemanha realizaram um grande embate. Aos 23 minutos da primeira etapa a Argentina abriu o placar com Brown. Na etapa complementar, Valdano ampliou para 2-0. Entretanto, a Alemanha começou a reagir e com gols de Rummenigge e Völler, empataram o jogo.
Porém, na reta final da partida, o camisa 10 voltou a aparecer e, numa assistência genial, deixou Burruchaga na cara do gol para desempatar o jogo e dar o bicampeonato mundial para a Argentina.
Quem foi o artilheiro da Copa 1986?
Apesar de ter sido eliminada nas quartas de finais da Copa do Mundo, a Inglaterra foi uma seleção que se destacou naquele mundial. Tanto que o principal artilheiro da competição foi Gary Lineker, que anotou 6 gols. O camisa 9 do “English Team” anotou 3 gols contra a Polônia, na fase de grupos, mais dois contra o Paraguai (nas oitavas de finais), e encerrou sua trajetória marcando o gol na derrota contra a Argentina.
Maradona é o 2º maior artilheiro argentino em Copas
Após disputar quatro Copas do Mundo com a Argentina (1982, 1986, 1990 e 1994), Diego Armando Maradona encerrou sua participação em mundiais anotando 8 gols em 21 jogos. Segundo maior goleador da Argentina na história da competição, está atrás apenas do lendário atacante Gabriel Batistuta, que marcou dez vezes.
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Copa do Mundo 1982: 2 gols
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Copa do Mundo 1986: 5 gols
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Copa do Mundo 1990: 0 gols
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Copa do Mundo 1994: 1 gol
Diego Maradona: Números na Seleção Argentina
Até então maior ídolo do futebol argentino – ao lado de Lionel Messi – Maradona finalizou sua carreira com números brilhantes na seleção. Em um total de 116 jogos com a camisa albiceleste, com 48 gols e 55 assistências, deixando uma marca histórica. Ainda vale recordar que, em 2010, a Associação Argentina de Futebol (AFA) convidou Maradona para ser o técnico da seleção na Copa do Mundo da África do Sul.
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