Apesar de polêmico e briguento, Renato Gaúcho era habilidoso. Sendo mais do que um simples ponta-direita, pois conseguia voltar para o meio e organizar o jogo, ao mesmo tempo em que aparecia na área para mostrar seu lado artilheiro. Seus dribles mostravam sua irreverência com a bola nos pés, deixando diversos zagueiros de joelhos e destruindo qualquer sistema defensivo. Suas arrancadas eram capazes de puxar a defesa adversária, tendo velocidade impressionante para um jogador considerado alto, com 1,84 m.
Maior ídolo na história do Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, Renato Gaúcho colecionou importantes conquistas pelo clube. Seja como jogador ou treinador, fez uma trajetória vitoriosa. Até hoje, no Brasil, é o único a conseguir tal feito.
Surgiu como um furacão no Imortal, levando o time a conquista do inédito Mundial de Clubes, destruindo o Hamburgo/ALE aos 21 anos de idade.
Também construiria vitoriosa passagem pelo CR Flamengo, levando o clube Rubro Negro ao campeonato brasileiro de 1987, escolhido o melhor jogador da competição, atuando ao lado de Zico, Bebeto, Zinho, Leonardo, entre outros, de um histórico time.
O Rei do Rio, como também ficou conhecido, e com passagens por grandes clubes brasileiros, Renato Portaluppi não teve a mesma sorte com a camisa da seleção brasileira, sendo, inclusive, cortado da convocação final em 1986, em melhor momento com a amarelinha. Ainda assim foi a uma Copa do Mundo.
Vem conhecer essa fantástica história de um dos mais carismáticos jogadores brasileiros de todos os tempos, também um boêmio e galã, com nome sempre atrelado a belas mulheres, praia e ao futevôlei!
Ainda jovem, Renato quase foi Colorado
Renato Portaluppi nasceu em Guaporé/RS em 9 de setembro de 1962, em meio a uma humilde família de 12 irmãos. Com necessidades para trabalhar desde cedo, Renato Gaúcho jovem teve outros empregos antes de chegar ao Esportivo, time de sua cidade.
No clube, Renato fez parte do elenco que ganhou a Taça do Interior Gaúcho, e chegou na final do Gaúchão contra o Grêmio.
No mesmo ano, e a pedido de seu pai, que era torcedor do Internacional de Porto Alegre – o único da família – Renato fez testes nas categorias de base do Colorado. Mas as condições para permanecer não foi favorável para o jovem e para a sua família. Ele não teria onde morar, e não poderia ficar nas instalações do clube.
Para mudar o curso da história, receberia a oportunidade de integrar as categorias de base do Grêmio em 1980, com 18 anos.
Renato Portaluppi – Surge um fenômeno no Grêmio
Por indicação do técnico Valdir Espinosa, Renato Portaluppi foi fazer parte das categorias de base do Grêmio. Em 1981, o jovem ficou na equipe principal, mas pouco foi aproveitado pelo técnico Ênio de Andrade, entrando em campo por apenas duas partidas.
Jovem Renato Gaucho, um dos maiores ídolos do Grêmio – Foto: Reprodução/Internet
Já na temporada de 1982, o jogador brigou por posição na ponta-direita e ajudou sua equipe a chegar na grande decisão do Campeonato Brasileiro, diante do Flamengo de Zico. Na ocasião, os cariocas levaram a melhor.
Em seguida, no ano de 1983 seria, talvez, o principal ano da carreira do rápido atacante durante sua passagem e início de carreira pelo Grêmio. Com o retorno de Valdir Espinosa ao comando técnico do clube, o atacante passou a ser ainda mais importante para as conquistas daquele período.
Em 1983, leva o Grêmio a conquista do mundo!
Com apenas 21 anos e ainda considerado promessa, Renato Gaúcho ajudou seu time a conquistar a Copa Libertadores daAmérica, mesmo que não tenha sido titular absoluto. Porém, no Torneio Intercontinental, o talisã gremista parou a cidade de Tóquio.
Diante do Hamburgo, da Alemanha, o jovem atacante anotou dois gols que garantiram a vitória do Grêmio pelo placar de 2 a 1.
O primeiro adeus de Renato ao Grêmio
Em 1984, o Grêmio passou em branco em relação à títulos, mas no ano seguinte, com Renato Portaluppi como a principal estrela, o clube faturou o Campeonato Gaúcho de 1985. Naquele ano de 1984, o jogador ainda iria faturar a Bola de Prata do Brasileirão, levando o Imortal até a semifinal da competição.
Nos dois anos seguintes, o atacante conquistou mais dois título gaúchos, nos anos de 1985 e 1986. Ambos em cima do maior rival, que tornou-se um freguês do Tricolor Gaúcho naquele período.
Em 1986, o jogador queria novos ares e acertou sua ida ao Flamengo, onde atuaria ao lado de seu maior ídolo, Zico, formando, nos anos seguintes, um dos maiores Flamengos de todos os tempos.
Retornos nada marcantes pelo Imortal
Os retornos de Renato Gaucho jogador ao Grêmio não foram felizes.
Em 1991, o craque teve uma breve passagem, por empréstimo. Porém, nada inspirador e encerrando-se sem grandes lembranças. Com a missão de salvar o clube do rebaixamento, e com contrato de apenas 3 meses, Renato não conseguiu tal proeza. Retornaria ao Botafogo/RJ, clube no qual pertencia seu passe naqueles anos.
Em 1995, Renato Portaluppi voltaria para vestir a camisa do Imortal, mas por apenas 30 minutos. Em torneio amistoso, disputado entre as equipes campeãs mundiais, o craque representou o Grêmio campeão de 1983. Vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo.
Nas três passagens pelo Tricolor Gaúcho, Renato Portaluppi conta com 261 jogos e 75 gols, em jogos oficiais.
Chega ao Flamengo para atuar em esquadrão
Renato Gaúcho jogou no Flamengo pela primeira vez na temporada de 1986. Aos 25 anos, chegava ao principal centro do futebol brasileiro para aumentar as suas chances de convocações para a seleção. E seria naquele momento que ele deixaria o sobrenome Portaluppi, para ser Gaúcho.
Renato Gáucho jovem torna-se grande ídolo do Flamengo: Foto: Reprodução/Internet
Já no Campeonato Carioca o atacante passaria a ser uma das referências daquela equipe, mas anotando apenas dois gols no torneio. Ainda assim o Flamengo foi campeão do terceiro turno da competição, indo para o quadrangular final em clima de festa. Porém, perdeu para o rival Vasco da Gama no último jogo, ficando com o vice campeonato.
Mas o principal momento viria no ano seguinte, com um timaço histórico que conquistaria a Copa União, com Renato Gaúcho jogando muito.
No Brasileiro 1987, Renato Gaucho é o Bola de Ouro
O Flamengo já contava com a presença de Zico em 1986, mas seria no ano seguinte que a equipe deslancharia. Com o Galinho ainda baleado por contusões, coube aoRenato Gaúcho jovem conduzir o time rubro-negro.
Isso ao lado de uma equipe inesquecível formado por: Zé Carlos; Jorginho, Edinho, Leandro, Leonardo; Ailton, Andrade, Zinho, Zico; Bebeto e Renato Gaúcho.
Na semifinal acaba com o Galo
Na semifinal do Copa União 87, Renato Gaúcho colocou uma cereja no bolo de sua grande temporada, marcando gol decisivo contra o Atlético Mineiro.
O Flamengo havia vencido a partida de ida por 1 a 0, mas no jogo de volta, os mineiros assustaram os cariocas. No Mineirão lotado, rubro-negros e atleticanos empatavam por 2 a 2, mas aos 34 do segundo tempo, o craque marcou gol e decidiu o confronto.
Contra o Inter, partidas duras
Já na grande final o encontro seria contra o Internacional. Após empate em 1 a 1 no jogo de ida, foi o atacante quem roubaria a bola para originar o gol de seu parceiro Bebeto, na partida de volta, na vtória por 1 a 0, que garantiu o título brasileiro. Porém, com mundanças do regulamento, os rubro-negros deveriam enfrentar o Sport Recife em mais uma decisão, no que se transformou em uma das grandes polêmicas na história do futebol brasileiro.
Bola de Ouro no Brasileirão de 1987 – Foto: Reprodução/Internet
Assim, o grande desempenho de Renato gaúcho no Campeonato Brasileiro lhe rendeu sua maior conquista individual, o prêmio de Bola de Ouro da Revista Placar de 1987.
Em 1988 vai para a Itália, jogar pela Roma
Em 1988, Renato Gaúcho buscou dar um passo a mais na carreira e se transferiu para a Roma, que já tinha o histórico de contar com importantes jogadores brasileiros, como Falcão e Toninho Cerezo.
O atacante se transferiu para a equipe italiana ao lado de Andrade e deixou os torcedores empolgados. E embora começasse bem no time, com 3 gols em apenas 5 jogos na Copa Itália, em 23 jogos da Série A passou em branco.
Renato havia chegado com status de craque, foi comparado a Ruud Gullit, pelo técnico da equipe, Nils Liedholm, por causa de seu estilo de jogo. Mas fato é que o ponta-direita não foi nem sombra do lendário jogador holandês.
Renato absuou da noite enquanto estava na Roma. Foto: Reprodução/Internet
As noites de Roma, com muitas festas e bebidas foram mais convidativas para Renato Gaúcho do que o futebol. O jogador muitas vezes era visto com diversas mulheres, além de chegar bêbado nos treinamentos.
O pífio desempenho do atleta irritou o então presidente da Roma, Dino Viola, que disse estar arrependido de ter contratado Renato Gaúcho ao invés de Muller, atacante do São Paulo.
Em uma temporada pela Roma, Renato Gaúcho entrou em campo por 33 partidas e anotou apenas 4 gols. Seu desempenho o forçou a retornar ao Brasil para reencontrar seu futebol.
(1989) Retorna ao Flamengo como maior astro do Brasil
Na metade do ano de 1989, Renato Gaúcho retorna ao Flamengo e jogou com a responsabilidade de ter o maior salário do futebol brasileiro. No Brasileirão do ano seguinte, o jogador teve boas atuações e com isso conquistou a Bola de Prata da Revista Placar. Só o que faltou foi o título, já que sua equipe não passou da primeira fase.
Renato Gaúcho campeão da copa do Brasil de 1990 – Foto: Reprodução/Internet
Mas para Renato ficou reservado o título da Copa do Brasil de 1990. Seu único gol na competição foi marcado no segundo jogo da semifinal contra o Náutico. Mesmo com um tento marcado, o jogador foi importante na caminhada rumo ao primeiro título rubro-negro do torneio.
(1991) Renato Gaúcho Botafogo
O camisa 7 não conseguiu renovar seu contrato com o Flamengo em 1991. A diretoria rubro-negra não via a renovação do jogador com bons olhos, pois era considerado muito caro e polêmico. Assim, o Botafogo/RJ abriu as portas para Renato Gaúcho, em uma contratação de 450 mil dólares.
Renato Gaúcho jogou no Botafogo com regularidade em 1991, com 6 gols em 22 jogos, mas logo foi emprestado para o Grêmio, a fim de terminar a temporada.
Renato Gaúcho teve boa passagem, mas conturbada no Botafogo – Foto: Reprodução/Internet
Em sua volta para o Rio de Janeiro, Renato Gaúcho encontrou um forte time do Botafogo, que fez uma boa primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1992. O jogador atuou muito bem na competição, anotou 6 gols e ainda conquistou a Bola de Prata.
O bom desempenho do jogador e do clube rendeu a estrela solitária a chance de chegar até a grande final da competição. Porém, o clube sofreu dura goleada para o rival Flamengo por 3 a 0. Mesmo com a derrota, a relação de Renato com o Botafogo ainda era boa. Porém, ao ser flagrado em um churrasco de comemoração do titulo flamenguista, foi convidado a se retirar a Estrela Solitária.
Com uma saída amarga, o jogador deixou o clube com bons número, pois em 48 jogos e marcou 20 gols.
(1992) Renato Gaúcho Cruzeiro
Após período difícil, se reencontra em Minas Gerais
Após sua passagem frustrada pelo Botafogo, Renato Gaúcho se apresenta ao Cruzeiro EC, no segundo semestre de 1992. Sua rápida passagem na equipe foi o suficiente para encantar os cruzeirenses.
Renato se destacou no Campeonato Mineiro de 1992, sendo fundamental na conquista da competição. Ele mostrou seu lado artilheiro e em duas oportunidades, marcou 3 gols em uma mesma partida, contra América Mineiro e em goleada por 8 a 1 sobre o Rio Branco. No torneio, o jogador marcou 11 gols, sendo o seu recorde dentro de uma mesma edição de campeonato.
Renato Gaúcho teve boa e breve passagem no Cruzeiro – Foto: Reprodução/Internet
O jogador brilhou ainda mais na Supercopa Sul-Americana, ao conduzir sua equipe até a grande decisão e marcar dois gols na grande decisão contra o Racing no Mineirão, em goleada por 4 a 0. Na volta, ao administrar o resultado, o Cabuloso conquistou o título da competição.
Apesar de estar feliz no Cruzeiro, Renato veio a receber uma proposta do Flamengo e deixou a toca da raposa com apenas 6 meses. Em sua passagem meteórica, o jogador conseguiu marca impressionante de 18 gols em 17 partidas.
1993: Renato Gaucho volta ao Flamengo
Apaixonado pelo Flamengo, Renato Gaucho se sentiu seduzido a voltar ao clube em 1993. Porém, sua terceira passagem pela equipe foi apagada e sem títulos. O que mais chamou a atenção do jogador pelo clube naquela temporada, foi a discussão com o meia-atacante Djalminha, seu colega de equipe, dentro de campo.
Assim, o craque deixou o Flamengo no final de 1993, apesar de bons números, com 21 gols em 33 jogos.
(1994) Retorna a BH para fazer parte da SeleGalo
Em sua passagem pelo Atlético Mineiro, Renato Gaucho não teve o mesmo desempenho do que no rival Cruzeiro. Com o clube, o jogador passou em branco, sem conquistar títulos. Na época, o Galo montava um projeto conhecido como Selegalo, contratando jogadores consagrados como Neto, Adilson Batista, o atacante Gaúcho, além de Renato Gaúcho.
Selegalo formado por medalhões do futebol brasileiro. – Foto: Reprodução/Internet
O time não embalou e se tornou uma verdadeira bagunça, com Renato Gaúcho comandando o vestiário. O jogador chegou a indicar até mesmo treinador, Valdir Espinosa, para dirigir a equipe.
Sua preocupação com os bastidores da equipe fez com que Renato se desligasse do campo. Mesmo entre altos e baixos, o jogador chegou a marcar 10 gols em 36 jogos, ficando durante uma temporada no Galo.
Passagem Histórica – No Fluminense, torna-se o Rei do Rio
Em 1995, Renato Gaúcho se transfere para o Fluminense na procura de reencontrar seu futebol na cidade maravilhosa. O tricolor das laranjeiras estava há nove anos sem conquistar um título e o camisa 7 se tornou uma esperança.
Famoso título carioca com gol de barriga
Curiosamente, seu primeiro gol com a camisa do Fluminense Football Club foi no clássico contra seu ex-time, o Flamengo, em vitória por 3 a 1. Assim, o jogador caiu nas graças da torcida e liderou seu time à decisão do Cariocão.
Em mais outra incrível coincidência, no octogonal final da competição, Flamengo e Fluminense eram os únicos com chances de títulos.
Renato Gaúcho marca gol na final do carioca de 1995. Foto: Reprodução/Internet
Na grande decisão entre os dois times, o primeiro gol saiu aos 30 minutos pelos pés de Renato Gaúcho. Na sequencia do jogo, o tricolor carioca fez 2 a 0, mas teve um jogador expulso e viu o rubro-negro empatar. Porém, nos instantes finais, o time das laranjeiras fez o terceiro nos minutos finais.
O meia Ailton driblou o defensor do CR Flamengo e cruzou na área, a bola bate na barriga de Renato e entra. Era o gol do título do Fluminense, que encerrava um jejum de conquistas.
Esse gol foi também a consagração de Renato Gaúcho como ídolo do Fluminense, que mesmo se recuperando lesão ainda foi decisivo no jogo. A partir desse dia, o craque recebeu a alcunha de Rei do Rio.
Renato Gaucho e Romário pelo título de Rei do Rio
Nos grandes duelos do Campeonato Carioca, dois jogadores se destacavam no clássico Fla-Flu. De um lado jogava Renato Gaúcho e do outro Romário, considerado melhor do mundo naquela temporada.
Ambos ficaram conhecidos em uma disputa simbólica, de quem seria o Rei do Rio. Os dois jogadores quando perguntados de um para o outro, brincam e fazem provocações. Há boatos de que Romário pensava em se aposentar, caso o Flamengo vencesse o Carioca de 1995, mas a derrota o fez mudar de ideia.
Da glória ao fracasso: Renato cai junto com Fluminense
O Fluminense havia feito boa campanha no Brasileirão de 1995, chegando à semifinal, embora tenha caído diante do Santos FC. O bom desempenho do jogador lhe rendeu a Bola de Prata naquele ano.
Mas no ano seguinte toda a euforia atrapalhou a equipe carioca, que fez uma má campanha no Campeonato Brasileiro. Porém o clima ainda parecia ser de tranquilidade.
Para tentar salvar o Fluminense, Renato Gaúcho se tornou técnico e jogador da equipe. Nas últimas rodadas, o tricolor carioca passava por situação critica, mas o atacante tentou mostrar otimismo e disse que desfilaria nu, caso seu time fosse rebaixado. Pouco tempo depois, o clube caiu para a segunda divisão.
Com momentos bons e ruins, o jogador encerrou sua passagem pelo Fluminense, disputando 66 partidas e marcando 26 gols, com um titulo conquistado.
Em clima de aposentadoria, a última passagem na Gávea
Aos 35 anos, Renato Gaúcho já não tinha o mesmo vigor físico, mas acertou sua ida para o Flamengo em 1997. O jogador abandonou o Fluminense no meio do Campeonato Brasileiro e se mudou para o rival. Porém essa sua última passagem pela gávea foi a mais apagada de todas, mesmo em duas temporadas disputadas.
Foram apenas 24 partidas e seis gols anotados. O mal momento da equipe rubro-negra pode ter contribuído com essa fraca passagem do jogador.
Antes de parar, Renato passa pelo Bangu
Após deixar o Flamengo, Renato gaúcho decidiu se aposentar, mas em 1999 mudou de ideia e foi jogar no Bangu. Aos 36 anos, o jogador estava a seis meses parado, mas queria um último desafio.
Renato tem passagem rápida no Bangu, antes de se aposentar. Foto: Reprodução/Internet
Chegou à equipe para receber apenas 5 mil reais de salários, um valor simbólico para encerrar a carreira como jogador. Além disso, Renato Gaúcho chegou fazendo marketing e disse que traria seu amigo Diego Maradona para assistir um jogo do Bangú, algo que nã se realizou.
Apesar de toda sua propaganda, Renato pouco atuou com a camisa do Bangú, pois foram apenas duas partidas disputadas, sem nenhum gol marcado. Assim, o craque não conseguiu ajudar o clube em sua campanha no Campeonato Carioca e a equipe ficou apenas na oitava colocação, entre 10 times.
Renato Gaúcho Seleção – Atacante não encontra seu espaço
Na seleção brasileira, Renato Gaúcho não obteve o mesmo sucesso que teve em clubes. Com um número razoável de oportunidades atuou com regularidade na Copa América de 1983 e faturou o título em 1989. Porém, na conquista do torneio sul-america, sequer foi titular.
Na Copa do mundo de 1990, o jogador foi convocado, mas ficou na reserva e parte da imprensa acreditava que em 1986 ele seria chamado, mas desavença com Telê Santana teria o deixado de fora.
A forte concorrência com outros jogadores no ataque, fez com que Renato não fosse titular absoluto na seleção brasileira. Entre 1982 e 1992, outros grandes jogadores estavam em melhor fase. Romário era um dos melhores do mundo, Bebeto estava se destacando muito e Careca era um artilheiro nato.
Com isso, Renato Gaúcho conseguiu entrar em campo por 43 vezes, durante seus dez anos de seleção. Mas o número de gols foi abaixo do espera, sendo apenas 5 tentos marcados.
Resenha Renato Gaúcho: As Polêmicas do Craque
Polêmico e bom de resenha, Renato protagonizou famosos e curiosos episódios ao longo de sua carreira.
– Em 1984 discutiu com um grupo de gremistas no estacionamento do estádio Olímpico. E o fato curioso é que o jogador foi encarar os torcedores vestindo a camisa de outro tricolor, o São Paulo. O manto da equipe paulista foi um presente dado por seu amigo e lateral-direito Paulo Roberto.
– Com o Tricolor Paulista, Renato Gaucho teve mais uma história curiosa. Ele chegou a ser apresentado como jogador da equipe em 1997, quando tinha 34 anos, mas em seguida deu um chapéu no clube e permaneceu no Fluminense.
– Além de polêmico, o ídolo do Grêmio gostava muito de pegar uma boa praia, ainda mais após conhecer o Rio de Janeiro. Por causa disso, ele tomou gosto por outro esporte, o futevôlei. O ex-jogador chegou a ganhar por duas vezes o mundial da modalidade.
Carreira bem sucedida como treinador
Com uma vitoriosa carreira de jogador, após pendurar as chuteiras, Renato Gaúcho decidiu ir para o banco de reservas comandar os jogadores. E após início de carreira com parte de imprensa não botando fé no comando do ex-folclórico jogador, os anos vem colocando Renato Portaluppi como um dos principais e mais vitoriosos treinadores das últimas décadas. Em um estilo único, vem colecionando boas passagens por diversos dos principais clubes brasileiros.
Entre os principais títulos do treinador Renato Gaúcho, estão:
CLUBE
TÍTULO (ANO)
Fluminense:
Copa do Brasil 2007
Grêmio:
Copa do Brasil 2016
Copa Libertadores da América 2017
Recopa Sul-Americana 2018
Campeonato Gaúcho: 2018, 2019, 2020, 2023 e 2024
Recopa Gaúcha: 2019 e 2023
Vale destacar que antes de sua chegada ao Grêmio no ano de 2016, Renato passou por momentos difíceis como treinador. Teve duas passagens mal sucedidas pelo clube, além de ter trabalhado no Atlhético Paraense e Bahia, sem sucesso.
Porém, em 2016, o técnico faturou a Copa do Brasil daquele ano e o melhor, faturou a Libertadores do ano seguinte pelo clube que o consagrou. No mundial, acabou sendo derrotado pelo Real Madrid pelo placar de 1 a 0 na grade decisão.
Sua passagem vitoriosa como treinador, fez os torcedores gremistas relembrarem das grandes glórias em que ele teve pelo clube como jogador. Suas contribuições lhe renderam uma honra de ter sua estátua na Arena Grêmio, mostrando seu status de ídolo com dentro da da equipe.
Entre recordes, é o treinador com mais partidas no comando do Imortal Tricolor!
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