Renato Gaúcho

Atacante, Ponta-direita
609 Jogos Oficiais
9 Títulos Oficiais
187 Gols Marcados
Renato Portaluppi Brasil - Guaporé - Rio Grande do Sul
Nascimento 09 de setembro de 1962
Falecimento -
Apelidos Rei do Rio / Renight
Carreira Inicio: (1981) Grêmio
Término: (1999) Bangu
Características Altura: 1,84 m
Destro
Posição / Outras posições Ponta-direita / Atacante
Mundial de Clubes

Grêmio: 1983

Libertadores

Grêmio: 1983

Bola de prata

Grêmio: 1984
Flamengo: 1987
Flamengo: 1990
Botafogo: 1992
Fluminense: 1995

bola de ouro

Flamengo: 1987

Perfil / Estilo do jogador

Apesar de polêmico e briguento, Renato Gaúcho era habilidoso. Sendo mais do que um simples ponta-direita, pois conseguia voltar para o meio e organizar o jogo, ao mesmo tempo em que aparecia na área para mostrar seu lado artilheiro.
Seus dribles mostravam sua irreverência com a bola nos pés, deixando diversos zagueiros de joelhos e destruindo qualquer sistema defensivo. Suas arrancadas eram capazes de puxar a defesa adversária, tendo velocidade impressionante para um jogador considerado alto, com 1,84 m.

Categoria de base

Data Clube    
1979 Esportivo    
1980 Grêmio    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1981-1986 / 1991 Grêmio 179 50
1987-1988 / 1989-1990 / 1993 / 1997-1998 Flamengo 165 52
1988-1989 Roma 33 4
1991-1992 Botafogo 48 20
1992 Cruzeiro 17 17
1994 Atlético Mineiro 37 10
1995-1997 Fluminense 66 26
1999 Bangu 2 0

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1982-1992 Brasileira 43 5

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Grêmio Libertadores 1983
Grêmio Intercontinental 1983
Grêmio Campeonato Gaúcho 1985 / 1986
Flamengo Campeonato Brasileiro (Módulo Verde) 1987
Flamengo Copa do Brasil 1990
Cruzeiro Campeonato Mineiro 1992
Cruzeiro Supercopa Sul-Americana 1992
Fluminense Campeonato Carioca 1995

Conquistas pela Seleção

Título Ano
Copa América 1989

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Bola de Prata 1984 / 1987 / 1990 / 1992 / 1995 Grêmio / Flamengo / Flamengo / Botafogo / Fluminense
Bola de ouro 1987 Flamengo

Desempenho

0,30
Média
Gols por jogo
0,50
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
3
Passe
4
Controle de Bola
4
Drible
5
Velocidade
5
Técnica
4
Finalização
4
Condicionamento Físico
4
Fundamentos Defensivos
1

Biografia

Índice

Renato Gaúcho: Craque, irreverente, e com muita marra!

Renato Gaúcho é considerado o maior ídolo da história do Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense. No Imortal Gaúcho ele brilhou dentro e fora de campo, tendo ganho uma Copa Libertadores como jogador e como técnico. Mas foi no Mundial de Clubes em 1983 que o então jovem de apenas 21 anos brilhou. Renato Gaúcho anotou os dois gols contra o Hamburgo/ALE, na vitória por 2 a 1. Até hoje, no Brasil, é o único brasileiro a ser campeão da Libertadores como jogador e também como técnico.

Personagem brilhante do futebol brasileiro, a carreira de Renato Gaúcho como jogador foi de muitas conquistas e polêmicas. No CR Flamengo, em um time estrelado que tinha, entre outros, Zico, Bebeto, Jorginho e Leonardo, venceu a Bola de Ouro, da Revista Placar, na temporada de 1987. Por onde passou, eternizou a camisa 7 com sua personalidade, arrancada e muitos gols, tanto que foi escolhido Bola Prata do Campeonato Brasileiro por cinco vezes, quase sempre por equipes diferentes, algo inédito na história do futebol brasileiro.

E apesar do grande destaque nos clubes brasileiros, Renato Portaluppi  não repetiu a mesma dose com a camisa da seleção brasileira. O jogador teve 43 jogos com a amarelinha, até que um número razoável de partidas, mas só conseguiu deixar a sua marca 5 vezes. Se a sua Copa do Mundo era para ser a de 1986, quando estava no auge da forma, na Copa do Mundo que foi convocado, em 1990, ficou apenas no banco de reservas.

Craque dentro dos gramados, polêmico fora. Renato era também conhecido por causa de festas e mulheres, algo que nunca procurou esconder. Ao longo de toda carreira, o atacante também passou a ficar conhecido, principalmente nos anos 1990 pelas famosas faixas que utilizava na cabeça, usadas para prender a longa cabeleira. Para cada partida ele utilizada uma faixa diferente, com cores e símbolo do time em que ele representava.

Ainda jovem, Renato Gaúcho quase foi Colorado

Nascido em Guaporé/RS, no dia 9 de setembro de 1962, Renato Portaluppi passou a maior parte da sua infância na cidade de Bento Gonçalves. De família humilde, foi criado junto com mais 12 irmãos no interior do Rio Grande do Sul. Antes de se destacar no futebol, o jovem trabalhou em uma padaria e logo em seguida passou a trabalhar em uma fabrica de móveis. Para a surpresa de sua família, ele passava apenas meio turno no emprego e, no restante do tempo, treinava escondido no clube da cidade, o Esportivo.

No Esportivo de Bento Gonçalves, o jovem jogador fez parte de um elenco histórico para o clube. Em 1979, a equipe conseguiu a proeza de se tornar campeã do interior do Campeonato Gaúcho, chegando a grande final da competição, quando perderam para o Grêmio. Com a camisa do Esportivo, Renato realizou apenas uma partida.

No mesmo ano, e a pedido de seu pai, que era um torcedor Colorado – o único da família – Renato Gaúcho fez testes nas categorias de base do Internacional de Porto Alegre. Mas as condições para permanecer no clube não foram favoráveis para o jovem e sua família, já que ele não tinha onde morar e não poderia ficar nas instalações do gigante gaúcho.

Após desistir de ir para o Internacional, Renato recebeu a oportunidade de integrar as categorias de base do Grêmio no ano de 1980, com 18 anos. A partir daquele dia começava uma trajetória de sucesso que culminaria em grandes conquistas.

 

1981 – 1986: Renato Gaúcho escreve sua história no Grêmio


Renato Gaúcho, um dos maiores ídolos do Grêmio.

Por indicação do técnico Valdir Espinosa, Renato Gaúcho foi fazer parte das categorias de base do Grêmio. E naquele mesmo ano o jogador foi testado em apenas um amistoso, contra o Comercial, do Mato Grosso do Sul. Em 1981, o jovem ficou na equipe principal, mas pouco foi aproveitado pelo técnico Ênio de Andrade, entrando em campo por apenas duas partidas.

Foi na temporada de 1982 que a vida de Renato Gaúcho mudou drasticamente no Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, quando começou a aparecer mais entre os titulares. Ainda um ponta-direita clássico, teve mais oportunidades e marcou seu primeiro gol contra o Novo Hamburgo, pelo Campeonato Gaúcho de 1982. No mesmo ano o Grêmio chegou a grande decisão do Brasileirão e, na terceira partida da final, contra o Flamengo de Zico e cia, foi a a aposta para surpreender, porém os cariocas levaram a melhor.

E o ano de 1983 seria, talvez, o principal ano da carreira de Renato Portaluppi durante sua passagem e início de carreira pelo Grêmio. Com o retorno de Valdir Espinosa ao comando técnico do clube, o atacante passou a ser ainda mais importante na equipe, se tornando um dos destaques do futebol brasileiro e também do continente. Junto do Grêmio conquistaram dois dos mais gloriosos títulos naa história do clube, a Libertadores e o Intercontinental (o Mundial de Clubes).

1983: A Explosão de um jovem rebelde!

Com ainda 21 anos e no auge de sua explosão física, Renato Portaluppi ainda estava se firmando entre os titulares do Grêmio na temporada de 1983. Era uma promessa do futebol brasileiro. Na Copa Libertadores da América, o craque começou bem na fase de grupos da competição, quando marcou dois gols contra o Blooming da Bolivia. Flamengo e Bolivar também estavam no mesmo grupo.

Na semifinal, num grupo com Estudiantes e América de Cali, o time gaúcho levou a melhor e garantiu uma das vagas para a final da competição. Renato voltou a deixar sua marca em complicada partida contra os argentinos dos Estudiantes, em empate por 3 a 3. A partida ficou conhecida como a Batalha de La Plata. Na grande final, o Tricolor Gaúcho bateu o uruguaio do Penãrol para garantir o primeiro título da Copa Libertadores. Após empate por 1 a 1 no Uruguai, vitória em Porto Alegre por 2 a 1.

Mundial de 1983: Capítulo histórico na vida de Renato Portaluppi

Gol de Renato Gaúcho na final do Mundial 1983.

Campeão da Libertadores, o Grêmio se classificou automaticamente para a final da Copa Intercontinental, o Mundial de 1983, em partida única realizada na cidade de Tóquio, no Japão. O adversário era o Hamburgo, da Alemanha, que na Champions League da temporada (ou como era chamada à época, Taça dos Campeões Europeus) bateu a fortíssima Juventus de Turim, por 1 a 0. Gol da lenda alemã, Felix Magath.

E na grande decisão Renato Portaluppi mostrou personalidade. Foi nessa partida que o camisa 7 se apresentou ao mundo e escreveu de vez seu nome na história gremista. Na vitória por 2 a 1 sobre o campeão europeu, ele anotou os dois gols e decidiu a competição para o clube brasileiro. E foram dois gols antológicos. O primeiro aconteceu através de dois dribles em velocidade de Renato pra cima dos zagueiros e um chute sem ângulo para o fundo da rede.

Já o segundo gol veio na prorrogação. A bola sobrou para o jovem craque gremista dentro da área, que após cortar para a esquerda, bateu no contrapé do goleiro alemão. E a comemoração foi icônica e até hoje uma das imagens mais marcantes na carreira de Renato Portaluppi. O mundo estava aos seus pés!

Encerra primeira passagem no Grêmio com conquista de Estaduais

Após o mágico ano de 1983, o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense passou em branco em relação a títulos na temporada seguinte. Ainda assim a equipe chegou a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1984, com Renato Gaúcho como o principal jogador do time, e levando a Bola de Prata, como um dos melhores jogadores da competição.

Os títulos do Campeonato Gaúcho vieram a partir de 1985, após um período de hegemonia do arqui-rival SC Internacional. Renato liderou a equipe nas conquistas e também no bicampeonato, quando marcou três gols. Na conquista de 1986, o jogador foi ainda mais importante para o Grêmio. Foram quatro gols anotados na competição, com direito a gol no quadrangular final, contra o Juventude e em goleada por 7 a 0 sobre o Novo Hamburgo.

Outros craques que atuaram ao lado de Renato no Grêmio

Na conquista da Libertadores e do Intercontinental de 1983, Renato Gaúcho esteve ao lado de outros craques da história gremista. Tarcisio, que é um dos maiores ídolos do Grêmio, era o centroavante e artilheiro do time. Na ponta esquerda, Paulo César Caju era um dos mais habilidosos da equipe.

Mário Sergio jogava com classe no meio-campo, Mazaropi era o goleiro e o uruguaio De Leon era o zagueiro e líder daquele elenco. No banco de reservas, os meias Caio Junior e Bonamigo eram ótimas opções para a equipe, e por vezes foram titulares.Valdir Espinosa dirigiu o time nas conquistas de 1983 e no título do Campeonato Gaúcho de 1986.

Desempenho na primeira passagem pelo Imortal

Em sua primeira passagem pelo Grêmio, Renato Gaúcho eternizou seu nome na equipe. Em seis anos com a camisa gremista, foram 4 títulos conquistados, em 179 partidas, com 50 gols marcados. O jogador foi o grande responsável pela única conquista de um título mundial do tricolor gaúcho.

Passagens nada lembradas pelo Grêmio

Em 1991, o craque teve uma breve passagem pelo Grêmio, por empréstimo. Porém, não foi nada inspiradora, comparada aos anteriores em que esteve no imortal.

A missão era de salvar o clube do rebaixado e com contrato de apenas 3 meses, Renato Gaúcho não conseguiu tal proeza e viu seu clube ser rebaixado. Logo depois ele retornaria ao Botafogo/ RJ, clube no qual pertencia seu passe.

Em 1995, Renato Gaúcho vestiu a camisa do Grêmio, mas por apenas 30 minutos, em torneio amistoso disputado entre as equipes campeãs mundiais. O craque representou o Grêmio por ter sido campeão em 1983 e entrou em campo contra a equipe do Flamengo, em vitória por 2 a 0.

 

1986: Renato Gaúcho chega ao Flamengo para atuar em esquadrão


Renato foi muito feliz no Flamengo.

Após comandar o bicampeonato Gaúcho do Grêmio, Renato esperava ser convocado para a Copa do Mundo de 1986, mas após polêmicas foi cortado. Aos 25 anos, o jogador estava no auge e precisou mudar de equipe para tentar um passo a mais em sua carreira.

O CR Flamengo já possuía uma equipe muito forte, mesclando juventude e experiência. Mas para completar seu projeto ambicioso faltava uma peça importante e Renato Gaúcho foi contrato em 1987, com status de craque.

Renato deixou o sobrenome Portaluppi assim que chegou ao Rio de Janeiro, passando a ser chamado de Renato Gaúcho. Passou da transição de garoto para o homem que viria conquistar o Rio de Janeiro, com mais personalidade e marra.

No Campeonato Carioca, o craque passou a ser uma das referências da equipe e anotou dois gols no torneio. O Flamengo foi campeão do terceiro turno da competição e foi para o quadrangular final em clima de festa. Mas perdeu para o Vasco da Gama no último jogo, ficando com o vice.

Em sua primeira passagem no rubro-negro, Renato Gaúcho atuou em 56 jogos oficiais e marcou 9 gols. O craque conquistou um título, que foi o Campeonato Brasileiro de 1987.

Campeonato Brasileiro em 1987: Renato Gaúcho vence o Bola de Ouro

Bola de Ouro no Brasileirão de 1987.

Mesmo com boas atuações no Campeonato Carioca, o melhor estaria por vir para o craque da camisa 7. O Flamengo contava com bons jogadores e o principal deles era o craque Zico, mas o galinho estava se recuperando de lesões, então as atenções se voltaram para Renato Gaúcho.

No Brasileirão Renato marcou seu primeiro gol em vitória por 2 a 0 contra o SE Palmeiras, ainda no primeiro turno. O craque foi decisivo em boa parte dos jogos, protagonizando grandes jogadas para a equipe rubro-negra.

Na semifinal do torneio, Renato Gaúcho colocou uma cereja no bolo de sua grande temporada, marcando um gol decisivo contra o Atlético Mineiro na semifinal. O Flamengo havia vencido a partida de ida por 1 a 0, mas no jogo de volta, os mineiros assustaram os cariocas. No Mineirão lotado, rubro-negros e atleticanos empatavam por 2 a 2, mas aos 34 do segundo tempo, o craque da camisa 7 marcou gol e decidiu o confronto.

Na grande decisão, o Flamengo empatou no jogo de ida por 1 a 1, contra o Internacional, no Beira-Rio. Mas no jogo de volta, a estrela de Renato brilhou mais uma vez. Foi ele que roubou a bola que iniciou a jogada para o único da partida, marcado por Bebeto. Os cariocas faturaram o titulo da competição, apesar das polemicas que perduram até hoje, de que essa conquista seria do Sport.

O grande desempenho de Renato gaúcho no Campeonato Brasileiro lhe rendeu sua maior conquista individual, o prêmio de Bola de Ouro de 1987.

No Flamengo, parceria com Zico, Bebeto e outros astros

Parceria entre Bebeto e Renato em 1987.

Bebeto foi o principal artilheiro do Flamengo em 1987 e Renato Gaúcho era o craque habilidoso que começava as jogadas. A dupla foi protagonista daquele time campeão, sendo decisiva em diversos jogos, ainda mais na fase final, quando centroavante marcou 4 gols.

Além de Bebeto e Renato, Zico era o grande nome daquele time, mas não apareceu tantas vezes como em anos anteriores. Zinho era o meia pensador e assistente da equipe. Andrade, ídolo do Flamengo, era um volante que jogava com classe. Nas laterais, dois craques jogavam pela equipe, Jorginho e Leandro, que são um dos melhores de todos os tempos em suas posições.

 

1988: Renato Gaúcho chega a Itália para atuar na Roma


Em 1988, Renato Gaúcho ainda estava no auge e tentou um passo a diante na carreira, com objetivos de ganhar o mundo, o craque se transfere para a Roma. A equipe já contou com importantes jogadores brasileiros, como Falcão e Toninho Cerezo.

O jogador se transferiu para a equipe italiana ao lado de Andrade e deixou os torcedores empolgados. Renato começou bem no time, marcando 3 gols em apenas 5 jogos na Copa Itália. Mas na principal competição, que era a Serie A, em 23 jogos não marcou nenhum gol. 

Renato havia chegado com status de craque, foi comparado a Ruud Gullit, pelo técnico da equipe, Nils Liedholm, por causa de seu estilo de jogo. Mas fato é que o ponta-direita não foi nem sombra do lendário jogador holandês. 

Renato absuou da noite enquanto estava na Roma.

As noites de Roma, com muitas festas e bebidas foram mais convidativas para Renato Gaúcho do que o futebol. O jogador muitas vezes era visto com diversas mulheres, além de chegar bêbado nos treinamentos. Ele mesmo dizia que era atacante e não precisava voltar para marcar.

O pífio desempenho do atleta irritou o então presidente da Roma, Dino Viola, que disse estar arrependido de ter contratado Renato Gaúcho ao invés de Muller, atacante do São Paulo. 

Em uma temporada pela Roma, Renato Gaúcho entrou em campo por 33 partidas e anotou apenas 4 gols. Seu desempenho o forçou a retornar ao Brasil para reencontrar seu futebol.

Retorna ao Flamengo como maior astro do Brasil

Renato Gaúcho campeão da copa do Brasil de 1990.

Na metade do ano de 1989, Renato Gaúcho retorna ao Flamengo, com o maior salário do futebol brasileiro. Chegou a marcar um gol em goleada por 5 a 0 contra o Fluminense Football Club no Campeonato Brasileiro, já no final do ano. 

Na virada do ano, o Flamengo estava passando por uma reformulação, mas Renato conseguiu atuar com regularidade. O jogador chegou a marcar 6 gols com a camisa rubro-negra no Campeonato Carioca. No Brasileirão ele também fez o mesmo número de tentos e conquistou a Bola de Prata, mesmo sem vencer ambos os títulos.

Mas para Renato ficou reservado o título da Copa do Brasil de 1990. Seu único gol na competição foi marcado no segundo jogo da semifinal contra o Náutico. Mesmo com um tento marcado, o jogador foi importante na caminhada rumo ao primeiro título rubro-negro do torneio.

 

1991: Renato Gaúcho sai pela porta dos fundos no Fogão


Renato Gaúcho teve boa passagem, mas conturbada no Botafogo.

O camisa 7 não conseguiu renovar seu contrato com o Flamengo em 1991. A diretoria rubro-negra não via a renovação do jogador com bons olhos, pois era considerado  muito caro e polêmico. Assim, o Botafogo/ RJ abriu as portas para o atleta, o contratando por 450 mil dólares.

O jogador agarrou a oportunidade e atuou com regularidade em 1991, marcando 6 gols em 22 jogos, mas logo foi emprestado para o Grêmio, a fim de terminar a temporada.

Em sua volta para o Rio de Janeiro, Renato Gaúcho encontrou um forte time do Botafogo, que fez uma boa primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1992. O jogador atuou muito bem na competição, anotou 6 gols e ainda conquistou a Bola de Prata.

O bom desempenho do jogador e do clube rendeu a  estrela solitária a chance de chegar até a grande final da competição. Porém, o clube sofreu dura goleada para o rival Flamengo por 3 a 0. Mesmo com a  derrota, a relação de Renato com o Botafogo ainda era boa, mas ele foi flagrado em um churrasco de comemoração do titulo flamenguista. Era o fim de sua passagem pelo Fogão.

Esse polêmico episódio marcou o fim da passagem de Renato Gaúcho pelo Fogão, deixando o clube mesmo com bom desempenho. Ele atuou em 48 jogos e marcou 20 gols.

 

1993: Após período difícil, Renato Gaúcho se reencontra no Cruzeiro


Após sua passagem frustrada pelo Botafogo, Renato Gaúcho se apresenta ao Cruzeiro EC, no segundo semestre de 1992. Sua rápida passagem na equipe foi o suficiente para encantar os cruzeirenses.

Renato se destacou no Campeonato Mineiro, sendo fundamental na conquista da competição. Ele mostrou seu lado artilheiro e em duas oportunidades, marcou 3 gols em uma mesma partida, contra América Mineiro e em goleada por 8 a 1 sobre o Rio Branco. No torneio, o jogador marcou 11 gols, sendo o seu recorde dentro de uma mesma edição de campeonato.

O jogador brilhou ainda mais na Supercopa Sul-Americana, sendo o principal jogador da competição. O craque só não fez chover dentro de campo. Já que logo de cara anotou o gol de empate contra Atlético Nacional na Colômbia, em jogo de ida da primeira fase.

Renato Gaúcho teve grande passagem no Cruzeiro.

No jogo de volta contra os colombianos, Renato Gaúcho estava iluminado, pois ele não jogou apenas bem, como anotou 5 tentos na partida, algo inédito em sua carreira. Um de seus gols foi muito curioso, já que o jogador empurrou a bola para rede enquanto estava sentado, após ter caído na área.

Na competição, Renato continuou jogando bem nas quartas de finais contra o River Plate e na semifinal contra o Olímpia. Na grande decisão, o jogador voltou a brilhar e marcou dois gols em goleada contra o Racing no Mineirão. No jogo de volta os mineiros apenas administraram a vantagem e perderam por 1 a 0, conquistando a competição. O craque da camisa 7 foi o artilheiro e melhor jogador do campeonato.

Apesar de estar feliz no Cruzeiro, o jogador veio a receber uma proposta do Flamengo e deixou a toca da raposa com apenas 6 meses. Em sua passagem meteórica, o jogador conseguiu marca impressionante de 18 gols em 17 partidas.

 

1993: Renato Gaúcho volta ao Flamengo


Renato Gaúcho nunca escondeu a sua boa relação com o clube rubro-negro, que inclusive foi pivô de sua saída do Botafogo. Após boa atuação no Cruzeiro, o jogador foi chamado pelo Flamengo.

Mesmo assim, o craque não conseguiu ter o mesmo brilho de outras vezes em que esteve no Flamengo, e não ganhou títulos em sua terceira passagem pelo rubro-negro. Apesar da boa campanha dos cariocas na Libertadores, parando nas quartas de finais contra o São Paulo FC.

Em um ano muito abaixo do esperado, em uma equipe muito apagada, Renato conseguiu obter alguns lampejos de grande jogador, como em jogo contra o Fluminense. O camisa 7 chegou a anotar dois gols contra os tricolores no campeonato carioca, mas não conseguiu evitar a virada por 3 a 2.

Irritado, Renato Gaúcho teve um desentendimento com Djalminha, seu colega de equipe e ambos trocaram empurrões dentro de campo. Essa briga acabou afastando o jogador de uma possível permanência na Gávea. Assim, o craque deixou o Flamengo no final  de 1993, apesar de bons números, marcando 21 gols em 33 jogos, mesmo sem títulos.

 

1994: retorno à Belo Horizonte para formar a SeleGalo


Renato não conseguiu jogar bem no Galo.

Em sua passagem pelo Atlético Mineiro, Renato Gaúcho não teve o mesmo desempenho do que no rival Cruzeiro. Com o clube, o jogador passou em branco, sem conquistar títulos. O Atlético Mineiro montava um projeto conhecido como selegalo, contratando jogadores consagrados como Neto, Adilson Batista, o atacante Gaúcho, além de Renato Gaúcho.  

O time não embalou e se tornou uma verdadeira bagunça, com Renato Gaúcho comandando o vestiário. O jogador chegou a indicar Valdir Espinosa para ser treinador da equipe.

Sua preocupação com os bastidores da equipe fez com que Renato se desligasse do campo. Mesmo entre altos e baixos, o jogador chegou a marcar 10 gols em 36 jogos, ficando durante uma temporada no Galo.

 

No Fluminense, Renato Gaúcho se torna Rei do Rio


Em 1995, Renato Gaúcho se transfere para o Fluminense, procurando reencontrar seu futebol na cidade maravilhosa. O tricolor das laranjeiras estava há nove anos sem conquistar um título e o camisa 7 se tornou uma esperança.

Título carioca com gol de barriga

Seu primeiro gol com a camisa do Fluminense Football Club foi no clássico contra seu ex-time, o Flamengo, em vitória por 3 a 1. Em seguida, o jogador continuou se destacando no Campeonato Carioca e marcou um tento contra o Friburguense e mais um contra os rubro-negros, se tornando uma pedra no sapato.

Mas a consagração de Renato Gaúcho como carrasco de seu ex-time veio acontecer na grande decisão do Campeonato Carioca.  No octogonal final da competição Flamengo e Fluminense eram os únicos com chances de títulos. 

Renato Gaúcho marca gol na final do carioca de 1995..

Na grande decisão entre os dois times,  o primeiro gol saiu aos 30 minutos pelos pés de Renato Gaúcho. Na sequencia do jogo, o tricolor carioca fez 2 a 0, mas teve um jogador expulso e viu o rubro-negro empatar. Porém, nos instantes finais, o time das laranjeiras fez o terceiro nos minutos finais.

O meia Ailton driblou o defensor do CR Flamengo e cruzou na área, a bola bate na barriga de Renato e entra. Era o gol do título do Fluminense, encerrando um jejum de conquistas.

Esse gol foi também a consagração de Renato Gaúcho como ídolo do Fluminense, que mesmo se recuperando lesão ainda foi decisivo no jogo. A partir desse dia, o craque recebeu a alcunha de Rei do Rio.

Renato Gaúcho vs Romário

Nos grandes duelos do Campeonato Carioca, dois jogadores se destacavam no clássico Fla-Flu. De um lado jogava Renato Gaúcho e do outro Romário, considerado melhor do mundo naquela temporada.

Ambos ficaram conhecidos em uma disputa simbólica, de quem seria o Rei do Rio. Os dois jogadores quando perguntados de um para o outro, brincam e fazem provocações. Há boatos de que Romário pensava em se aposentar, caso o Flamengo vencesse o Carioca de 1995, mas a derrota o fez mudar de ideia.

Da glória ao fracasso: Renato cai junto com Fluminense

O Fluminense havia feito boa campanha no Brasileirão de 1995, chegando à semifinal, parando diante do Santos FC.  O tricolor carioca foi eliminado no critério dos saldos de gols e Renato com status de ídolos comandou aquela equipe. O bom desempenho do jogador lhe rendeu a Bola de Prata naquele ano.

Mas no ano seguinte toda a euforia atrapalhou a equipe carioca, que fez uma má campanha no Campeonato Brasileiro. Porém o clima ainda parecia ser de tranquilidade.

Para tentar salvar o Fluminense, Renato Gaúcho se tornou técnico e jogador da equipe. Nas últimas rodadas, o tricolor carioca passava por situação critica, mas Renato Gaúcho tentou mostrar otimismo e disse que desfilaria nu, caso seu time fosse rebaixado. Pouco tempo depois, o clube caiu para a segunda divisão.

Guardando momentos bons e ruins, o jogador encerrou sua passagem pelo Fluminense, disputando 66 partidas e marcando 26 gols, com um titulo conquistado.

 

Em clima de aposentadoria, sua última passagem na gávea


Aos 35 anos, Renato Gaúcho já não tinha o mesmo vigor físico, mas acertou sua ida para o Flamengo em 1997. O jogador abandonou o Fluminense no meio do Campeonato Brasileiro e se mudou para o rival. Porém essa sua última passagem pela gávea foi a mais apagada de todas, mesmo em duas temporadas disputadas.

Foram apenas 24 partidas e seis gols anotados. O mal momento da equipe rubro-negra pode ter contribuído com essa fraca passagem do jogador.

 

Antes de parar, Renato passa pelo Bangu


Renato tem passagem rápida no Bangu, antes de se aposentar.

Após deixar a equipe do Flamengo, Renato gaúcho decidiu se aposentar, mas em 1999 mudou de ideia e foi jogar no Bangu.  Aos 36 anos, o jogador estava a seis meses parado, mas queria um último desafio.

Chegou a equipe para receber apenas 5 mil reais de salários, um valor simbólico para encerrar a carreira como jogador. Além disso, Renato Gaúcho chegou fazendo marketing e disse que traria seu amigo Diego Maradona para assistir um jogo do Bangú, algo que nã se realizou.

Apesar de toda sua propaganda, Renato pouco atuou com a camisa do Bangú, pois foram apenas duas partidas disputadas, sem nenhum gol marcado. Assim, o craque não conseguiu ajudar o Bangu em sua campanha no Campeonato Carioca e a equipe ficou apenas na oitava colocação, entre 10 times.

 

Na Seleção Brasileira: Renato Gaúcho não encontra espaço


Renato Gaúcho teve grande sucesso na maioria dos clubes em que passou, mas não conseguiu repetir a mesma dose na seleção brasileira. Muitas vezes, por causa do seu jeito indisciplinado e festeiro.

O jogador recebeu um número razoável de oportunidades com a amarelinha, mas jogou com regularidade apenas na Copa América 1983. Nos outros anos, o jogador passou por altos e baixos, não sendo utilizado na competição sul-americana em 1987 e apesar do título de 1989, não foi titular da equipe.

A forte concorrência com outros jogadores no ataque, fez com que Renato não fosse titular absoluto na seleção brasileira. Entre 1982 e 1992, outros grandes jogadores estavam em melhor fase. Romário era um dos melhores do mundo, Bebeto estava se destacando muito e Careca era um artilheiro nato.

Apesar de não ser titular absoluto, Renato Gaúcho conseguiu entrar em campo por 43 vezes, durante seus dez anos de seleção. Mas o número de gols foi abaixo do espera, sendo apenas 5 tentos marcados.

Desafeto com técnico Telê, afasta Renato da Copa de 1986

 

Em 1986, Renato Gaúcho tinha 24 anos, em pleno auge na carreira como jogador. Ele vinha sendo convocado com frequência para os jogos que antecediam a Copa do Mundo 1986. Mas um ato indisciplinar o afastou do torneio.

O jogador saiu com o lateral direito Leandro e ambos retornaram de madrugada, após o horário permitido por Telê Santana. Muitos jogadores sabiam pular o muro, para não serem vistos, mas Leandro tinha medo de altura. Ele pediu para que Renato pulasse sozinho, mas o atacante não quis deixar o colega e entrou com ele pela porta da frente. 

Os dois jogadores foram vistos pelos seguranças, que logo avisaram a Telê Santana sobre o ocorrido. Por causa dessa polemica, Renato gaúcho e Leandro foram cortados da Copa do Mundo de 1986. Nesse mundial, a seleção brasileira caiu nas quartas de finais para a França nos pênaltis. 

Renato Gaúcho fica na reserva da Copa do Mundo 1990

Em 1990, Renato Gaúcho estava fazendo boa temporada com a camisa do CR Flamengo. Isso lhe rendeu a convocação para a sua primeira Copa do Mundo.

Porém, com uma grande concorrência de jogadores que estavam em melhor momento, Renato atuou apenas em uma partida da Copa do Mundo de 1990. O jogador entrou em campo apenas na fase oitavas de final, em derrota para Argentina, com gol de Caniggia. O atacante brasileiro atuou apenas em 7 minutos naquela competição.

 

Carreira bem sucedida como técnico


A carreira de Renato como treinador começa em 1996, quando ele ainda era jogador. Foi designado para essa função para tentar salvar o Fluminense da zona de rebaixamento.

Após a sua aposentaria, Renato Gaúcho comandou a equipe do Madureira em 2000, fazendo campanhas razoáveis com a equipe durante dois anos. Em 2002, Renato retorna ao Fluminense para ser técnico de maneira permanente. Por lá ele começou bem, chegando até a semifinal do Brasileirão, caindo para o Corinthians.  Após sequencia ruim de resultados, ele deixa a equipe em 2003, mas meses depois é recontratado, ficando até o final do ano.

Em 2005, Renato consegue seu primeiro grande trabalho como treinador. No comando do Vasco da Gama, o ex-jogador conseguiu levar a equipe para a grande decisão da Copa do Brasil de 2006, perdendo para o rival Flamengo. No ano seguinte, ele deixa o clube, após maus resultados no Campeonato Carioca.

Primeiro título e boa campanha com o Fluminense

Renato Gaúcho fez bom trabalho diante do Fluminense.

Em 2007, Renato Gaúcho assume o Fluminense mais uma vez, conseguindo fazer um dos seus melhores trabalhos. De cara o treinador conquistou o título da Copa do Brasil daquele ano em cima do Figueirense. 

Mas sua passagem pelo tricolor carioca é muito lembrada pela grande campanha da Libertadores de 2008. A equipe das laranjeiras conseguiu eliminar o grande favorito São Paulo em emocionante semifinal e chegou até a final contra a LDU. Porém, contra os equatorianos, os cariocas não levaram a melhor e ficaram com o vice.

Após a decisão da Libertadores de 2008, o ano de Renato foi por água abaixo, já que o treinador foi demitido por má campanha no Brasileirão. Na mesma temporada, ele assumiu o Vasco da Gama, mas não conseguiu bons resultados na equipe, que logo depois viria a ser rebaixada.

Chega ao Grêmio para se reafirmar como ídolo

 

Antes de sua chegada ao Grêmio em 2016, Renato passou por momentos difíceis como treinador. Teve duas passagens mal sucedidas pelo clube, além de ter trabalhado no Atlhético Paraense e Bahia, mas sem sucesso.

Porém, em 2016, o técnico faturou a Copa do Brasil daquele ano. O Grêmio ficou conhecido por jogar um futebol bonito e na temporada seguinte se sagrou campeão da Libertadores em cima do Lanús da Argentina. 

No mesmo ano, a equipe não se deu bem no mundial contra o Real Madrid, mas  os comandados de Renato continuaram em grande fase e chegaram à semifinal da Libertadores 2018, caindo para o River Plate. No ano seguinte a equipe chegou à mesma fase da competição, mas parou no forte time do Flamengo, com direito a dura derrota por 5 a 0.

Sua passagem vitoriosa como treinador, fez os torcedores gremistas relembrarem das grandes glórias em que ele teve pelo clube como jogador. Suas contribuições lhe renderam uma honra de ter sua estátua na Arena Grêmio, mostrando seu status de ídolo com dentro da da equipe.

Reencontro na Gávea sem sucesso

No início de 2021, Renato Gaúcho deixou o Grêmio após uma sequência ruim de resultados. Em seguida, ele recebeu propostas de Santos e SC Corinthians, mas recusou as duas ofertas para quem sabe esperar o Flamengo, que estava em má fase com o técnico Rogério Ceni. A espera até que deu certo, pois pouco tempo depois, Portaluppi retornou à Gávea.

Porém, a sua volta ao Flamengo não foi bem sucedida, já que o ídolo da equipe decepcionou frente ao comando rubro-negro, principalmente após a derrota na final da Libertadores para o Palmeiras.

Bom de resenha e bom de noite: Polêmicas de Renato Portaluppi

Temperamento forte, estilo festeiro e polêmicas, são as marcas registradas de Renato Gaúcho em sua carreira no futebol. Além da briga com Djalminha, ele protagonizou outros momentos curiosos.

Em uma polemica muito famosa em 1984, Renato Gaúcho discutiu com um grupo de gremistas no estacionamento do estádio Olímpico. Mas um fato curioso é que o jogador foi encarar os torcedores vestindo a camisa de outro tricolor, o São Paulo. O manto da equipe paulista foi um presente dado por seu amigo e lateral direito Paulo Roberto.

Com o tricolor paulista, Renato teve mais uma história curiosa. Ele chegou a ser apresentado como jogador da equipe em 1997, quando tinha 34 anos, mas em seguida deu um chapéu no clube e permaneceu no Fluminense. 

Seu estilo sincero lhe rendeu algumas frases polêmicas. “Romário me chamou de bissexual, manda a mulher dele ir lá em casa”. “Quando tem agito lá em casa, até Cristo Redentor fecha os olhos”. “Quem precisa estudar, estuda. Quem não precisa pode tirar férias na praia”.

Além de polêmico, o ídolo do Grêmio gostava muito de pegar uma boa praia, ainda mais após conhecer o Rio de Janeiro. Por causa disso, ele tomou gosto por outro esporte, o futevôlei. O ex-jogador chegou a ganhar por duas vezes o mundial da modalidade em 4 por 4, nos anos de 2012 e 2013.

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