Éder Aleixo

Atacante, Meia-atacante, Ponta-esquerda, Segundo Atacante
813 Jogos Oficiais
10 Títulos Oficiais
262 Gols Marcados
Éder Aleixo Brasil - Vespasiano - Minas Gerais
Nascimento 25 de maio de 1957
Falecimento -
Apelidos A bomba de Vespasiano, Canhão
Carreira Início: (1973) América Mineiro
Término: (1997) Montes Claros
Características Altura: 1,76 m
Canhoto
Posição / Outras posições Ponta-esquerda/ Segundo Atacante/ Meia-atacante
Bola de prata

1983

Perfil / Estilo do jogador

Explosivo tanto na personalidade, quanto com a bola nos pés, Éder Aleixo era conhecido por ter um potente chute na perna esquerda, que lhe rendeu verdadeiros golaços na carreira. Inclusive, muitos deles foram de falta, o que mostrava a grande habilidade do jogador na bola parada. Com ela rolando, o craque de Grêmio e Atlético Mineiro, se destacava por sua impressionante velocidade, principalmente pelos lados do campo, o que era um verdadeiro terror para as defesas adversárias. Além disso, seu poder de criação também era notório, o que lhe garantiu vaga como meio-campista já no final de sua carreira.

Categoria de base

Data Clube    
1970 América Mineiro    

Clubes em que atuou

Data Clube Jogos Gols
1974-1976 América Mineiro 81 23
1977–1979 Grêmio 159 70
1980–1985 / 1989–1990 / 1994-1995 Atlético Mineiro 368 122
1985 / 1992 Inter de Limeira 18 2
1986 Palmeiras 30 5
1987 Santos 17 7
1987 Sport 14 7
1988 Botafogo 14 1
1988 Cerro Porteño 2 2
1988 Malatyaspor 0 0
1991 Atlético Paranaense 10 3
1991–1992 / 1995 União São João 46 10
1993 Cruzeiro 7 1
1996 CR Guará 11 1
1997 Montes Claros 2 0

Histórico pela Seleção

Ano Seleção Jogos Gols
1979-1986 Brasil 52 8

Conquistas por Clubes

Clube Título Temporada
Grêmio Campeonato Gaúcho 1977, 1979
Atlético Mineiro Campeonato Mineiro 1980, 1981, 1982, 1983, 1985, 1989, 1995
Cruzeiro Copa do Brasil 1993

Conquistas Individuais

Prêmio Ano Representando
Revelação do Campeonato Brasileiro 1980 Atlético Mineiro
Bola de Prata do Campeonato Brasileiro 1983 Atlético Mineiro
3º Maior Futebolista Sulamericano do ano - El Mundo (VEN) 1983 Atlético Mineiro

Desempenho

0,32
Média
Gols por jogo
0,43
Média
Títulos / Anos de carreira (Profissional)
Força
4
Passe
4
Controle de Bola
4
Drible
3
Velocidade
4
Técnica
3
Finalização
4
Condicionamento Físico
4

Biografia

Éder Aleixo: o explosivo craque, ídolo de Grêmio e Atlético Mineiro

Éder Aleixo: Dono de um potente chute e ídolo de Grêmio e Atlético Mineiro.

Éder Aleixo é tido como um dos grandes meteoros que passaram pelo futebol brasileiro, se levarmos em consideração o seu curto período atuando em alto nível. Explosivo na personalidade por conta de suas confusões com treinadores e cartolas, também era explosivo com a bola nos pés, por ser um jogador rápido com um chute potente. O que resultou em suas eximias cobranças de falta com a canhota que lhe renderam os apelidos de “O Canhão” e a “Bomba de Vespariano”. Esse último apelido em referência ao seu local de nascimento.

Sua carreira começou no América Mineiro no inicio dos anos 1970, mas quis o destino que o jogador fizesse sucesso no Grêmio e no Atlético Mineiro. No Galo, participou parcialmente da equipe que conquistaria o hexacampeonato mineiro, entre 1978 e 1983, maior recorde do clube e segunda maior sequência do futebol mineiro até hoje. Justamente em uma grande geração que contava com craques como Reinaldo e Toninho Cerezo.

Com a equipe, Aleixo também se destacou individualmente, recebendo o prêmio de jogador revelação do Campeonato Brasileiro de 1980 e a Bola de Prata de 1983. Porém, como uma bomba de pavio curto, o jogador teve um auge de carreira relativamente curto, que sequer chegou a 10 anos. Sendo que após sua saída do Atlético, o craque não se encontrou no futebol.

Mas, em meio ao seu auge técnico, Aleixo aproveitou e como titular, vestiu a camisa da seleção brasileira, no estrelado escrete da Copa de 1982. Decisivo como era, atuou como atacante, posição diferente da qual vinha atuando normalmente, que era como ponta-esquerda.

Infância, histórico e inspirações

Éder Aleixo de Assis nasceu no dia 25 de março de 1957, no município de Vespasiano, Minas Gerais. Logo em seus primeiros anos, começou a tomar gosto pelo futebol dentro de casa, por causa de seu pai, que foi goleiro de equipes  de menor expressão em Minas Gerais. Inclusive, era ele quem levava Aleixo aos estádios de futebol para acompanhar grandes jogos. Algo que sua mãe não aceitava desde o inicio, mas por perceber a empolgação do filho, ela passou a aceitar mais.

Foi em uma dessas andanças pelos estádios de futebol que o garoto despertou o seu amor pelo Atlético MG. Sendo que um dos grandes responsáveis por esse amor foi o atacante Buião, que atuou no Galo durante os anos 1960.

Procurando imitar o icônico atacante do Galo, o pequeno garoto logo começou a demonstrar o seu talento para o futebol. E por coincidência, ao jogar o seu futebol nos campos de Vespasiano, Aleixo foi observado por profissionais do América MG, enquanto a equipe treinava na cidade. Assim, o jovem impressionou a comissão técnica do clube e foi convidado para integrar as categorias de base com apenas 13 anos.

Na equipe, Aleixo provou que todos aqueles que apostaram nele estavam certos e logo mostrou sua categoria com a bola nos pés e seu potente chute. Aos poucos, o jovem jogador foi cavando o seu espaço nas categorias de base até chegar ao time principal do América em 1974.

1974-1977: Início promissor no América Mineiro

Início promissor no América Mineiro.

Por se mostrar um jogador muito promissor, Éder Aleixo passou a integrar o time profissional do América em 1974 com apenas 16 anos. Tanto que naquela época ele já era frequentemente convocado para a seleção brasileira juvenil.

Não demorou muito para que ele conquistasse a vaga de titular do América, algo que aconteceu ainda no mesmo ano de sua estreia pelo profissional. A partir dali, Aleixo passou a chamar a atenção no cenário do futebol nacional, ao jogar três Campeonatos Brasileiros com a camisa do América. Sua habilidade e velocidade pelos lados do campo e, sobretudo os seus chutes potentes despertaram o interesse de grandes clubes do Brasil.

Inclusive, Aleixo passou a ser reconhecido como um dos principais batedores do falta do país em 1976. Foi com toda essa fama que o jogador encarou o Grêmio naquele ano, chamando a atenção do então técnico do clube Telê Santana. Sendo assim, não demorou muito para que o Grêmio efetivasse a sua contratação.

Com sua ida ao tricolor gaúcho, Aleixo deixou o América Mineiro após 81 jogos realizados e 23 gols marcados.

1977-1979: No Grêmio, Éder Aleixo se torna um dos principais jogadores do país

Ilustre passagem pelo Grêmio com dois títulos gaúchos.

Após impressionar os tricolores ainda em 1976, Éder Aleixo foi contratado pelo clube no início de 1977. Por incrível coincidência, estreou com a camisa gremista em março daquele ano, justamente contra sua ex-equipe, o América Mineiro. Na ocasião, os dois times se encontravam em um amistoso, com vitória dos gaúchos por 4 a 1, contando com um gol de Aleixo.

Aquela estreia seria o prenúncio do que estaria por vir em relação a Aleixo com a camisa do Grêmio. Pois ainda em 1977, o jogador foi essencial na conquista do histórico título gaúcho daquele ano, pondo fim à hegemonia de 8 anos do rival Internacional. Além disso, os seus potentes chutes de perna esquerda foram destaque naquela conquista, o que logo lhe rendeu o apelido de “Canhão do Olímpico”.

Sua perna esquerda voltaria a brilhar mais uma vez em 1979, justamente no jogo decisivo do título gaúcho daquele ano. Na ocasião, Aleixo marcou um golaço de falta em potente chute, que fechou o placar em 3 a 0 para o Grêmio contra o Brasil de Pelotas. Inclusive, aquela conquista foi marcada por uma grande geração que além de Éder contava com Paulo Cézar Caju, Baltazar e Tarcísio.

Mas a passagem de Éder no Grêmio teve um fim justamente por conta de seu jeito explosivo. Já que ele havia discutido com Telê Santana em 1980 em pleno estádio Olímpico e ainda foi acusado pelo próprio treinador de um trote promovido pelos jogadores. Na ocasião, Telê estava descansando em uma rede e aos se levantar calçou suas pantufas que estavam repletas de fezes.

Esse clima ruim ocasionou a saída do jogador que foi envolvido em uma troca com o meia Paulo Isidoro. Assim, Aleixo deixou o Grêmio com 159 jogos e 70 gols.

1980–1985: Éder Aleixo chega ao Atlético Mineiro para entrar na história

Sabendo da situação de Éder Aleixo no Grêmio, o presidente do Atlético Mineiro fez uma de suas manobras para contar com o jogador. O mandatário do clube ofereceu Paulo Isidoro para trazer o craque gremista, em uma das transações mais bem sucedidas da história do Galo.

Até porque, logo em sua primeira temporada, o jogador faturou o Campeonato Mineiro com a equipe atleticana. Feito esse que ele voltaria a cumprir em mais quatro oportunidades, nos anos de nos anos de 1981, 1982, 1983 e 1985, em sua primeira passagem pelo clube. Ambas essas conquistas, o jogador faturou em meio à histórica geração hexacampeã mineira, que contou com verdadeiros craques como Toninho Cerezo, Reinaldo e Dadá Maravilha. Ambos que tiveram o comando de Procópio Cardoso, treinador importante na carreira de Aleixo.

Ainda em 1980, o novo craque do Galo participou de importante campanha da equipe até a final do Campeonato Brasileiro daquele ano. Em mais uma coincidência na carreira de Aleixo, seu novo time perdeu a decisão justamente para o Grêmio, seu ex-clube. Porém, mesmo com essa baixa, o atacante foi eleito revelação da competição e ainda recebeu a alcunha de “A Bomba de Vespasiano”, em alusão à sua marca registrada.

Já em 1983, Aleixo recebeu mais uma premiação, essa ainda mais importante, a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro daquele ano. Tal desempenho na competição rendeu o interesse de equipes estrangeiras como o Hajmn dos Emirados Árabes, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid, Milan e Roma. Todas elas tiveram suas propostas prontamente recusadas pelo presidente do Galo, Elias Kalil, algo que futuramente não se mostrou muito vantajoso para o clube.

Primeira saída do Galo e retornos não muito brilhantes

Em 1985, a relação entre o mandatário do Atlético Mineiro e Éder Aleixo ficou cada vez mais desgastada por conta de tantas propostas recusadas. Além disso, o jogador vinha sido punido frequentemente por conta de seu jeito explosivo e confusões em campo. Algo que não agradou Telê Santana – seu também treinador no período de Grêmio – que presava pelo fair-play dentro de campo.

Assim, Aleixo deixava o Atlético Mineiro como um grande ídolo ainda naquele ano e inclusive, com diversos títulos conquistados. Tanto que além de faturar 4 Campeonatos Mineiros em sua primeira passagem pelo clube, o jogador ainda conquistou diversos títulos em amistosos internacionais.

Mas, a saída do craque atleticano não foi um “adeus” e sim um “até logo”, pois ele retornou ao clube 1989 para uma breve passagem. Na ocasião, Aleixo faturou o Campeonato Mineiro daquele ano e permaneceu até 1990. Anos depois, ele ainda retornaria à equipe para sua terceira passagem, entre 1994 e 1995, conquistando mais um título estadual em 1995.

Assim, contando as suas três passagens e muitos títulos, Aleixo se tornou um dos maiores ídolos da história do Galo. Com a camisa do clube, o craque atuou em 368 partidas e anotou 122 gols.

1983: Éder Aleixo recebe a Bola de Prata

Éder Aleixo recebe o prêmio Bola de Prata do Brasileirão de 1983.

Podemos considerar que 1983 foi o ano do auge técnico de Éder Aleixo. Até porque, naquele ano, ele conquistou o seu principal título individual na carreira, a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro.

Prêmio mais do que merecido para um jogador que foi fundamental na campanha do Atlético Mineiro rumo à semifinal da competição. Embora a sua equipe tenha sido eliminada pelo Santos, Aleixo conduziu a conduziu com maestria até aquela fase do campeonato. Seus 6 gols e suas atuações precisas nas jogadas de ataque, lhe fizeram com que se tornasse o principal jogador do Galo e um dos destaques Brasileirão de 1983.

Após deixar Atlético Mineiro passa por altos e baixos na carreira

Preterido pelos times europeus, principalmente por suas polêmicas no Atlético Mineiro, e já fora do auge, Éder Aleixo rodou o Brasil por diversas equipes. Ao deixar o Galo, o jogador passou a jogar na Inter de Limeira, onde teve duas breves passagens. A primeira aconteceu em 1985 e a segunda ocorreu em 1995, somando 18 partidas jogadas e dois gols.

Em 1986, o jogador chamou a atenção do Palmeiras, que acreditou em seu futebol para tentar superar uma época de seca de títulos. A passagem de Aleixo pelo clube, porém, foi muito breve. No Alviverde, Éder atuou em apenas 30 partidas e anotou 5 gols.

No ano seguinte, se transferiu para outro time grande de São Paulo, o Santos, onde realizou 17 partidas e anotou 7 gols. Sendo que ainda no mesmo ano passou a vestir a camisa do Sport, onde conseguiu uma média melhor de gols, num total de 7 em 14 partidas.

Em 1987, Aleixo teve mais uma de suas breves passagens no futebol e em mais um grande time do Brasil, dessa vez o Botafogo. Na Estrela Solitária, o atacante atuou em 14 partidas e anotou apenas um gol. Após deixar o clube, ele ainda jogaria fora do país pela primeira vez, em equipes como o Cerro Porteño do Paraguai e o Malatyaspor da Turquia, mas sem sucesso.

De volta o Brasil, em 1991, passou a vestir a camisa do Atlético Paranaense, onde realizou 10 partidas com 3 gols marcados. Em seguida, jogou no União São João de Araras e no Cruzeiro, até passar por times menos conhecidos em seus últimos anos como profissional. Sendo eles, o modesto Guará do Distrito Federal em 1996 e o Montes Claros de Minas Gerais em 1997, ano em que a carreira.

1988-1989: Passagem frustrada pelo Paraguai e Turquia

Após deixar o Botafogo, Éder Aleixo teve a sua primeira chance na carreira de jogar fora do país, algo que ele já pretendia nos tempos de Galo. Sua primeira passagem em terras estrangeiras foi com a camisa do Cerro Porteño do Paraguai. Porém, na equipe, o jogador não obteve sucesso e realizou apenas duas partidas, embora tenha anotado dois gols.

Sem a mesma forma e vigor de outrora, Aleixo foi dispensado do Cerro Porteño e foi buscar uma nova oportunidade no Malatyaspor da Turquia. Mas, a exemplo do que ocorreu no Paraguai, o atacante não obteve sucesso e sequer realizou uma partida oficial pela equipe.

1992: No União São João de Araras, joga com grandes craques

Depois de algumas andanças pelo futebol, Éder Aleixo obteve a chance de vestir a camisa do União São João de Araras em 1992. Na equipe, ele teve a oportunidade de jogar ao lado de grandes craques como o goleiro Velloso e o lateral esquerdo Roberto Carlos. Esse último em inicio de carreira.

Mas, ao contrário de muitas passagens breves pelo futebol, Aleixo conseguiu ter um bom número de jogos representando o União São João. Contando suas duas passagens, em 1992 e 1995, o jogador realizou 46 partidas e anotou 10 gols.

1993: No Cruzeiro, ajuda clube a conquistar sua 1ª Copa do Brasil

Em 1993, Éder Aleixo foi contratado justamente pelo grande rival de sua equipe do coração, o Cruzeiro. Na Raposa, o jogador integrou o elenco do primeiro título da Copa do Brasil do clube, ao lado de jogadores como Célio Lúcio, Nonato e Roberto Gaúcho.

Inclusive, na grande decisão contra o Grêmio, Aleixo esteve em campo na vitória cruzeirense por 2 a 1. Naquela partida, o então treinador do Cruzeiro, Pinheiro, aproveitou da experiência de Éder e utilizou o jogador como meia esquerda.

Mas apesar de sua participação nesse título, Aleixo vestiu a camisa do cruzeiro em apenas 7 oportunidades e marcou um gol.

Aposentadoria e carreira pós-aposentadoria

Mesmo não fazendo grandes participações em clubes desde que deixou o Atlético Mineiro, Éder Aleixo teve uma carreira considerada longa. Tanto que continuou atuando como atleta até 1997, quando encerrou a carreira aos 39 anos, com a camisa do Montes Claros, onde realizou apenas duas partidas.

Após deixar os gramados, Aleixo não se desvinculou do Atlético Mineiro e se tornou diretor da equipe em 2004. A partir daquele período, ele começou os seus empreendimentos fora do futebol e passou a trabalhar no ramo de postos de combustíveis.

Éder Aleixo como auxiliar técnico do Atlético Mineiro.

Depois de sua breve passagem na diretoria atleticana, o ex-jogador começou a investir também no futebol e se tornou dono de escolinhas. Ainda trabalhando no esporte, Aleixo passou a atuar usando os microfones da Globo Minas em meados de 2010. Dois anos depois, integrou o time de apresentadores do programa “Golasô” na TV Bandeirantes, emissora onde ficou até 2014.

Mas, em 2018, Aleixo voltou a se reencontrar com o Atlético e junto com a equipe, montou o projeto “Galo Forte”. Projeto esse que consiste em ajudar as categorias de base do clube, observando jovens por todo país.

Além de fazer parte desse ambicioso projeto, o ídolo do Galo ganhou ainda mais força na equipe, em 2019, quando se tornou assistente fixo da comissão técnica. Função na qual ele exerce até hoje, onde sua palavra possui muita influência em relação à tomada de decisões do time.

Éder Aleixo na Seleção Brasileira

Éder Aleixo com a camisa da seleção brasileira.

Em grande fase pelo Grêmio, Éder Aleixo recebeu a sua primeira oportunidade com a camisa da seleção brasileira em 1979. Sendo que logo em sua estreia, o jogador deixou sua marca e anotou um dos gols na goleada por 6 a 0, em amistoso contra o Paraguai.

Na temporada seguinte, Aleixo teve uma tímida participação na Copa América, com apenas uma partida disputada. Mas a partir de 1980, ele passou a receber mais oportunidades até se firmar como titular.

Sendo assim, chegou em 1982 como um dos principais jogadores do escrete canarinho na Copa do Mundo daquele ano. Na competição, Aleixo atuou ao lado de grandes lendas como Serginho Chulapa, Zico, Sócrates, Falcão e Júnior. Porém, aquela geração ficou marcada pela tragédia do Sarriá contra a seleção italiana de Paolo Rossi.

Após a decepção naquela Copa, Aleixo integrou o elenco da seleção brasileira na Copa América de 1983, onde parou na final contra o Uruguai. Nos anos seguintes, o jogador continuou obtendo bons desempenhos com a amarelinha. Tanto que era tido como figurinha carimbada para representar a seleção brasileira no mundial de 1986 no México.

Porém, às vésperas da competição, Éder deu um soco no rosto do lateral peruano Castro e foi expulso. Tal atitude, deixou o então treinador Evaristo de Macedo perplexo e posteriormente Telê Santana acabaria por deixar o jogador de fora do mundial de 1986.

Assim, aquele amistoso contra a seleção peruana foi o último jogo de Aleixo com a camisa do escrete brasileiro. O que decretou o fim de sua passagem com a amarelinha, num total de 52 jogos e 8 gols.

Copa de 1982: integra mítica seleção brasileira

Em 1982, Éder Aleixo estava prestes a ser convocado para integrar a seleção brasileira na Copa do Mundo daquele ano, na Espanha. Porém, por antigos problemas com o jogador, Telê Santana consultou o então treinador do Atlético Mineiro, Procópio Cardoso, para saber sobre o temperamento de Aleixo. Foi então que o treinador do Galo disse que o jogador havia amadurecido.

Assim, com o aval do treinador atleticano, Aleixo foi convocado para a disputa da competição. Na ocasião, ele faria parte de uma das gerações mais brilhantes da história da seleção brasileira, ao lado de verdadeir       as lendas do futebol mundial. Jogadores que dispensam apresentações como Júnior, Leandro, Falcão, Zico, Sócrates, Sérgio Chulapa e dentre outros, fizeram parte daquela mítica equipe.

Em meio a esses craques, Éder logo provou o seu valor e na estreia marcou um golaço em dura vitória por 2 a 1 contra a União Soviética. Na ocasião, ele meteu um belo chute de fora da área, marcando o tento que foi eleito o mais bonito daquela Copa. Já no segundo jogo, atuando como segundo atacante, o jogador anotou seu segundo e último gol na competição, em goleada por 4 a 1 sobre a Escócia.

Na sequência, comandando o ataque da seleção brasileira, Aleixo participou da vitória sobre a Nova Zelândia ainda na primeira fase. Logo depois, foi importante no triunfo sobre a Argentina na segunda fase de grupos pelo placar de 3 a 1. Sendo assim, só faltava o jogo contra a Itália para o Brasil garantir vaga na final.

Porém, aquela partida não emite boas lembranças para os brasileiros, sendo conhecida como a tragédia do Sarriá. Na ocasião, Paolo Rossi tomou conta do jogo e marcou 3 gols, em vitória dos italianos pelo placar de 3 a 2.

 

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