Futebol brasileiro já foi centro dos maiores gols do mundo!

Em décadas passadas o futebol brasileiro já foi um dos centros principais do futebol mundial. Grandes times, com os maiores craques, desfilavam nos estádios do país. Sorte para o torcedor brasileiro que teve uma oportunidade de ouro de ver jogos, lances, que ficariam marcados para sempre na memória de todos.

Quem ai não se lembra nas décadas de 1970, 1980 ou 1990, quando surgia um jovem craque e logo viria lances e gols que seriam eternizados por estas terras. Era um outro e saudoso tempo!

Dener, Denilson, Marcelinho Carioca, Craque Neto, Rivellino, Dodô, são alguns dos gols que listamos nesse artigo pra gente matar a saudade de grandes e históricos gols que aconteceram no futebol brasileiro. Vale a pena relembrar ou acompanhar pela primeira vez esses gols incríveis que marcaram época. Obs: se você acha que faltou algum na lista, deixa pra gente nos comentários. Obs 2: os gols estão em ordem cronológica.

 

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GOL 1. O elástico de Roberto Rivelino para cima da defesa do Vasco!

Foi em junho de 1975, num clássico entre Vasco da Gama e Fluminense, no Maracanã, válido pela 2ª fase do Campeonato Carioca que Roberto Rivellino fez um de seus lances mais históricos. Na ocasião, a Máquina Tricolor de Felix, Marco Antônio, Erivelton, Mário Sérgio e Rivelino, enfrentava o time capitaneado pelo goleiro Andrada. Esse jogo ficou marcado por um dos gols e lances mais incríveis na história do mítico estádio.

Aos 21 minutos do segundo tempo, o Príncipe das Laranjeiras, Roberto Rivelino, parou a bola quase na intermediária, chamou o volante vascaíno Alcir Portela para dançar e, com um belo elástico, iniciou um jogada que terminaria com a bola dentro do gol.

Esse gol ficou marcado como um dos mais marcantes da história do Maracanã e o mais bonito da carreira de Rivelino, que sempre foi reconhecido por seu elástico. Inclusive, este episódio foi um dos principais da campanha do Fluminense, campeão carioca daquele ano.

 

 

GOL 2. Chapéu e gol de Roberto Dinamite, eternizados em uma foto!

Foi em maio do ano de 1976 que o Maracanã mais uma vez foi palco de um dos gols mais incríveis na história do futebol brasileiro. Em campo, estavam os rivais Vasco e Botafogo/RJ, em mais um “Clássico da Amizade”. Jogo válido pela Taça Guanabara, naquela partida, o Botafogo/RJ de Marinho Chagas, abriu o placar com gol do meia Ademir. Por outro lado, o Vasco contava com estrelas como o lateral Marco Antônio – que havia deixado o Fluminense – o meia Zé Mário, e o ainda jovem atacante Roberto Dinamite, que mais tarde se eternizaria como um dos maiores na história do Cruz Maltino. E o craque tratou de empatar o jogo.

Porém, o que marcou aquele duelo estaria por vir apenas nos minutos finais. Aos 45 minutos da segunda etapa, Roberto Dinamite virou o jogo em um gol para colocar o Maracanã para baixo. O atacante vascaíno recebeu a bola de Zanata na entrada da grande área, deu um belo lençol no zagueiro Osmar e chutou de primeira sem chances para o goleiro Wendel.

Esse gol foi tão bonito, que na época a imprensa o apelidou com um verdadeiro “gol de Pelé”.

 

GOL 3. Golaço de falta de Zico no Maracanã

Zico marcando gol no Maracanã, e de falta, sempre foi algo normal durante toda a carreira do Galinho. Em sua segunda passagem pelo CR Flamengo, após passagem pela Udinese/ITA, Zico mostrava porque – já naquele momento – era considerado o maior ídolo da história Rubro-Negra. Em 1987, ele foi um dos principais responsáveis pela conquista do polêmico título do Campeonato Brasileiro/Copa União de 1987.

Uma de suas grandes atuações na competição aconteceu contra o Santa Cruz/PE, em jogo válido pelo segundo turno do módulo verde. Até porque, nesse dia, o Galinho estava inspirado e anotou 3 tentos que deram a vitória, para o Flamengo, por 3 a 1. Inclusive, um desses gols obteve destaque, por ter sido um dos mais bonitos da história do futebol brasileiro e também do Maracanã.

Quando o jogo já estava 2 a 1 para o Flamengo, o ponta direita Alcindo recebeu falta na entrada da área, aos 45º do segundo tempo. Zico e Zinho estavam próximos da bola, mas foi o Galinho que partiu para a cobrança e marcou um verdadeiro golaço. Na ocasião, a bola fez uma curva inesperada e parou no ângulo do gol.

Aquele incrível gol marcou o inicio de uma trajetória do tetracampeonato flamenguista e a coroação de uma nova geração rubro-negra. Até porque, a equipe daquela temporada contava com novos craques no elenco como Bebeto, Zinho, Leonardo e Renato Gaúcho. Dos mais antigos, ao lado do Galinho Zico apenas Andrade e Leandro.

 

GOL 4. No Maracanã: Neto marca mais um de seus incríveis gols de falta

Há exatos 30 anos eu fazia um dos gols mais bonitos da minha carreira. Era um Corinthians x Flamengo em pleno Maracanã. Jogo válido pelo Brasileirão de 1991. Ganhamos, é óbvio! #vaicorinthians pic.twitter.com/0r2n37vwqt

— Craque Neto 10 (@10neto) May 5, 2021

Não é a tôa que o Estádio Mário Filho, ou simplesmente Maracanã, é um verdadeiro templo do futebol mundial. Foi o palco dos principais momentos do futebol brasileiro, só com a nata do Brasil desfilando o maior futebol da época. Em maio de 1991, SC Corinthians e Flamengo se enfrentavam pela 16º rodada do Campeonato Brasileiro, e o atual campeão da competição contou mais uma vez com um Neto inspirado.

Aos 26 minutos do primeiro tempo, o Camisa 10 alvinegro bateu mais uma de suas famosas faltas e o resultado foi incrível. Com um recém Zico aposentado, a busca pelo maior Camisa 10 do Brasil estava aberto. E Neto lutava para entrar definitivamente neste rol, que é para poucos. Em uma pancada no meio da rua, Neto mandou bola no ângulo, sem chance para a elasticidade do goleiro Gilmar Rinaldi. Esse é considerado um dos tentos mais lembrados dacarreira do jogador, especialista nas bolas paradas.

Na ocasião, o meia marcava o segundo gol do Corinthians na partida, que terminaria com a vitória dos alvinegros por 3 a 2. No entanto, o Flamengo de Júnior já pensava na Copa Libertadores e se despedia do Brasileirão. Já o Corinthians, campeão de 1990, também não terminou na zona de classificação da competição.

 

 

GOL 5. Em final do Paulista contra o Corinthians, Raí deu show com gol antológico

Quando lemos "final do Paulistão contra o Corinthians", essa é a primeira imagem que nos vem a cabeça: São Paulo 3 a 0 na primeira partida de 1991, com show do Rei Raí, marcando os três gols!! pic.twitter.com/cA2mNLzWin

— Arquibancada Tricolor (@arqtricolor) April 11, 2019

Pela final do Campeonato Paulista de 1991, São Paulo e Corinthians faziam a grande final no mês de dezembro, já que o Brasileirão foi disputado no primeiro semestre da temporada. Em confrontos realizados no estádio do Morumbi, assim como o Brasileirão, ficariam nas mão do Tricolor Paulista, de Telê Santana e cia.

Porém, mesmo se tratando de apenas o primeiro jogo da final, Raí tratou de definir o confronto com um verdadeiro show. Três gols anotados, sendo que o primeiro deles foi gol para selar de vez o momento mágico que time e o seu Camisa 10 viviam naquele período, que ainda chegaria na conquista de duas Copa Libertadores e dois Mundial de Clube.

No meio de campo, Raí começou toda a jogada e passou a bola para Macedo, que lhe devolveu. Decisão mais do que acertada! Ao receber a pelota, o camisa 10 são-paulino deu um belo chute de fora área, pegou na veia, para marcar um golaço, no ângulo do mítico goleiro Ronaldo Giovanelli.

Em seus outros dois gols, Raí ainda marcou de pênalti e de cabeça, para fechar o placar a favor do São Paulo. No jogo de volta, também no Morumbi, os tricolores seguraram o empate em 0 a 0 e faturaram o título paulista. Essa seria a segunda conquista da geração comandada por Telê Santana que contava, entre outros, com Zetti, Cafú, Ronaldão e Muller, além de Raí.

 

GOL 6. No Mogi Mirim, Rivaldo marca o “gol que Pelé não fez”

Ainda jovem e promissor na temporada de 1993, Rivaldo ainda vestia a camisa do modesto Mogi Mirim, time do interior de São Paulo. Porém, naquela época o meia atacante já dava demonstrações de que se tornaria um dos grandes craques do futebol brasileiro.

A prova disso aconteceu em uma partida do Mogi Mirim contra o Noroeste, válida pelo primeiro turno do Campeonato Paulista de 1993, no mês de abril. Assim que o Noroeste marcou o primeiro gol da partida, na saída de bola, Rivaldo surpreendeu a todos. O meia atacante deu um poderoso chute da linha do meio de campo e acertou o ângulo do goleiro adversário. Gol que tem a marca da famosa frase do “gol que Pelé não fez”, em alusão a um lance do Rei do Futebol na Copa de 1970, no México.

No fim da partida, o “Carrossel Caipira”, expressão que marcou aquele time do Mogi Mirim, saiu de campo com vitória por 4 a 2, mas mesmo assim não conseguiu se classificar para a fase seguinte do Paulista de 1993. Já Rivaldo, começava a chamar a atenção dos grandes times do futebol brasileiro, sendo, em seguida, emprestado para o SC Corinthians.

 

GOL 7. Denner faz gol de craque contra o Santos

Foi no dia 1º de maio de 1993, que o estádio do Canindé foi o palco de um dos melhores jogos daquele histórico Campeonato Brasileiro de 1993. Naquela partida Portuguesa e Santos FC fizeram a penúltima rodada da primeira fase da competição. Na ocasião, o Peixe já estava com a classificação para a fase seguinte praticamente assegurada, enquanto a Lusa já entrava eliminada para o confronto.

Porém, mesmo sem chances de classificação, a Portuguesa tinha um grande time, que contava principalmente com o mágico Dener. Um grande e rápido cometa que passou pelo futebol brasileiro. Com ele, o time lusitano venceu a partida por 4 a 2, com direito a um dos maiores golaços da curta carreira do craque.

Naquela partida, o Santos estava vencendo por 2×0, com a Portuguesa indo buscar uma vitória histórica e consagrada com um golaço do rápido e endiabrado camisa 10. Quando o marcador já anotava 3×2 para a Lusa, Dener fechou o placar de maneira antológica. Após receber a bola no meio campo, deu bela caneta pra cima do lateral Índio. Imparável, o jogador partiu em velocidade para cima dos zagueiros, finalizando a jogada driblando o goleiro santista, para empurrar a bola ao gol.

Esse gol incrível era a prova do que Dener já fazia nos gramados brasileiros. Driblador nato, daqueles que preferia dar um drible ao anotar um gol, sofreu um trágico acidente de carro um ano depois, em 1994, que acabou por tirar a sua vida.

 

GOL 8. Marcelinho Carioca e seu “Gol de Placa” na Vila Belmiro

A partida era válida pela 5º rodada do Campeonato Paulista em 1996. O Santos Futebol Clube recebia na Vila Belmiro o arqui-rival Corinthians, o mês era março de 1996. No confronto as duas equipes estavam bastantes desfalcadas, além do Timão ter tido dois atletas expulso.

Henrique, histórico zagueiro corintiano na década de 1990, foi expulso após falta violenta. Outro que foi expulso foi o atacante Edmundo, que teve rápida passagem pelo clube naquele ano. Nesta partida ele mostrou mais uma vez o seu lado explosivo, recebendo cartão vermelho após agressão. Assim, coube a Marcelinho Carioca tomar o protagonismo da partida. E não foi com qualquer lance. Quando o jogo estava 2 a 1 para o Peixe, o Pé de Anjo marcou um dos gols mais incríveis de sua carreira.

Após receber passe de Tupãzinho, na entrada da grande área, o meia deu um belo e irreverente chapéu para cima do zagueiro Ronaldo, para chutar de primeira. A bola explodiu no canto esquerdo do gol de Edinho, para a explosão do pequeno notável, já um ídolo máximo do Corinthians.

Esse gol de Marcelinho entrou para a história, sendo considerado um verdadeiro “gol de placa”. Inclusive, o próprio jogador revelou ter sido cumprimentado até mesmo por seus adversários, por tamanha façanha.

 

GOL 9. Denilson passa por todo time e anota golaço pelo SPFC!

Em fevereiro do ano de 1997, o São Paulo FC recebia o Rio Branco, no estádio do Morumbi, em partida válida pelo Campeonato Paulista. Os tricolores construíram uma tranquila vitória por 3 a 0. Mas não foi isso que chamou a atenção de todos, e sim um golaço marcado por sua principal estrela, da época.

Denilson, desde que surgiu nas primeiras partidas pelo time profissional do Morumbi, com 17 anos, já chamava a atenção. Driblador nato, era um autêntico ponta-esquerda, daqueles para reviver os melhores na história do futebol brasileiro. Vivia ano de confirmação e já era um dos melhores jogadores do país, sendo, inclusive, convocado para a seleção principal do Brasil.

Naquele confronto de 1997, quando o confronto já estava resolvido, Denilson resolveu dar mais um de seu show de dribles. Mais do que isso, marcou um de seus mais incríveis gols na carreira. Arrancando com a bola do meio de campo, passou por três adversários, deixando alguns no chão, para driblar até mesmo o goleiro e tocar a bola para o fundo do gol.

 

GOL 10. Edmundo inspirado na semifinal do Brasileirão 1997

Um dos assuntos mais discutidos em 1997 era sobre a nomeação de melhor jogador do mundo. Ronaldo fenômeno foi quem conquistou a Bola de Ouro, mas, para muitos brasileiros, era Edmundo quem deveria ter recebido tal prêmio, já que o atacante aprontou de tudo pelos gramados brasileiros. Grande artilheiro do ano no Campeonato Brasileiro, anotou incríveis 29 gols para quebrar marca histórica de outro lendário atacante. No ano de 1977, Reinaldo, do Atlético Mineiro, havia anotado 28 gols na competição.

Edmundo levou o Vasco da Gama até o título Brasileiro de 1997, em partida contra o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari. Mas foi na semifinal, contra o rival  Flamengo, de Romário e companhia, que o Animal brilhou. Ainda disputada em fase de grupos, os rivais cariocas disputavam uma vaga para a grande decisão. A classificação vascaína veio com goleada e show de Edmundo.

Aos 16 minutos do primeiro tempo, o camisa 10 abriu o marcador ao passar pelo goleiro Clemer. No segundo tempo, o Vasco ficou com um jogador a menos, após expulsão do volante Nelson “Patola”, porém, isso não foi impedimento para que Edmundo continuasse seu show. Aos 9 minutos da segunda etapa ele ampliou o placar, após receber um lançamento longo.

Mas o melhor estava por vir. O CR Flamengo havia diminuído o marcador com gol de pênalti de Junior Baiano. Então, Edmundo, marcou um de seus gols mais incríveis daquele mágico ano de 1997, já no final de jogo, aos 45 minutos. Ao receber a bola dolado esquerdo da grande área, chamou os zagueiros para dançar e, em um único corte, driblou dois defensores. Finalizou com um belo chute de perna esquerda para anotar o seu hat-trick. A partida terminou com vitória do Vasco por 4 a 1.

 

GOL 11. O elástico de Romário para cima de Amaral

E no GOL 11 não poderia ser outro jogador que o baixinho Romário. Era fevereiro de 1999 quando o Flamengo chegava ao Pacaembu para enfrentar o atual campeão brasileiro, SC Corinthians. A partida era válida pela primeira fase do torneio Rio-São Paulo. Na ocasião, os alvinegros contavam com um timaço que tinha, entre outros, com Gamarra, Vampeta, Marcelinho Carioca, Ricardinho e Edilson Capetinha.

Porém, esse time não foi capaz de intimar o já consagrado atacante Romário que comandou uma expressiva vitória rubro-negra por 3 a 0. Logo no início da partida o meia Beto abriu o placar para o Flamengo. Em seguida, o baixinho marcou mais um de seus gols incríveis!

Ao receber a bola na esquerda a grande área, o craque flamenguista deu um elástico desconcertante e histórico para cima de Amaral. O jogador corintiano ficou desnorteado, enquanto o baixinho chutou sem ângulo e anotou um golaço. Em seguida, ele mesmo tratou de ampliar o placar, já no final partida, para fechar os 3 a 0 para o Flamengo.

 

GOL 12. Ronaldinho Gaúcho baila contra o Internacional

Pela decisão do Campeonato Gaúcho de 1999, Grêmio e Internacional novamente se encontravam, após já duas partidas realizadas, com uma vitória para cada lado. No terceiro jogo, que seria realizado no estádio Olímpico, seria também uma das melhores recordações dos torcedores tricolores com um, ainda jovem, Ronaldinho Gaúcho.

Prodígio, o craque tricolor já dava demonstrações ao mundo do que ele seria capaz de fazer. Então, aos 44 minutos do primeiro tempo, Ronaldinho fez mais uma de suas famosas “bruxarias” e deu uma bela caneta para cima do volante Anderson Luís na intermediária. Em seguida, deu um passe para o volante Capitão, e recebeu a bola de volta na entrada da área para tocar com categoria para o fundo do gol do goleiro André.

A partir dali, o mundo passava a conhecer a magia de Ronaldinho Gaúcho, um dos jogadores mais icônicos do futebol brasileiro. Dias depois, o meia recebia a sua primeira convocação para representar a seleção brasileira.

 

GOL 13. Dodô, o artilheiro dos gols bonitos, faz sua obra de arte

Internacional 1×2 Santos – Brasileirão 1999

⚽️ Dodo

Mais uma pintura do artilheiro dos gols bonitos! pic.twitter.com/C1yDBg0Ijg

— Gols do Santos (@GolsSFC) November 14, 2020

Quando falamos em golaços, não podemos nos esquecer de Dodô: o artilheiro dos gols bonitos. Vestindo a camisa do Santos, no ano de 1999, o atacante fez mais uma de suas pinturas. Era outubro de 1999 e o SC Internacional recebia o Peixe no Beira Rio, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro.

Muitos já apontavam os colorados como os favoritos da partida, porém, tal favoritismo não foi confirmado dentro de campo. Mesmo que Celso tenha aberto o placar para o Internacional, o volante Élson empatou para o Santos. Foi então que, aos 37 minutos do segundo tempo, Dodô marcou mais um de seus golaços.

Após receber um belo lançamento na entrada da grande área, Dodô deu lindo chapéu para cima do zagueiro Lúcio (que seria pentacampeão do mundo) e, sem deixar a bola cair, pegou de primeira para acertar no canto do gol de João Gabriel. Para tristeza de santistas e colorados, nenhuma das duas equipes conseguiu se classificar para a fase mata-mata do Brasileiro daquele ano.

 

GOL 14. Em falta, Petkovic dá Tri-Carioca para o Flamengo

Era mais uma final de Campeonato Carioca que envolvia o “Clássico dos Milhões” entre CR Flamengo e Vasco da Gama. Com dois grandes times em campo, quem brilhou na finalíssima foi o sérvio Derjan Petkovic, que roubou a cena na edição de 2001. O meia, que na época era um dos principais jogadores do futebol brasileiro, era reconhecido como um exímio cobrador de falta.

Naquela partida, Edílson “O Capetinha” havia notado dois gols a favor do time rubro-negro e Juninho Pernambucano tinha marcado o gol do Vasco. Com o placar favorável de 2 a 1 ao Flamengo, a decisão da competição se arrastava para os pênaltis. Até porque o time cruzmaltino havia vencido o primeiro jogo da final pelo mesmo marcador.

Com apenas dois minutos para o fim do confronto, foi então que Petkovic apareceu para resolver aquela final e entrar de vez na história Rubro-Negra. Em falta na intermediária, o camisa 10 bateu forte e a bola fez uma insinuante curva por fora da barreira para parar no ângulo do gol de Hélton. Um verdadeiro golaço que deixou os torcedores vascaínos incrédulos, e a torcida flamenguista em êxtase.

 

GOL 15. Chapéu de Alex para cima de Rogério Ceni, em pleno Morumbi

Num certo 20/03/2002 Alex abria uma chapelaria no Morumbi, inesquecível é pouco. pic.twitter.com/uEFyyXC1sQ

— Renɑto Eichenberger (@RenatoEichen) March 20, 2018

Alex já era um dos principais jogadores do país e, após passagem frustrada pela Europa, buscava novo reconhecimento em busca da Copa do Mundo de 2002. Ele havia retornado para atuar com a camisa da SE Palmeiras, dessa vez por empréstimo. E como aconteceu nas vezes anteriores, o meia brilhou com o manto alviverde. A prova disso aconteceu em partida válida pelo torneio Rio-São Paulo de 2002, contra o São Paulo e em pleno Morumbi.

Na ocasião, o Tricolor Paulista levava um certo favoritismo, até porque, o Palmeiras vivia período e relação complicada com a Parmalat. Porém, dentro de campo tudo mudou e o time alviverde terminou o primeiro tempo com a vantagem em 3 a 0. Sendo que, o terceiro gol, foi uma pintura de Alex.

Ao receber a bola na meia lua, o camisa 10 deu belo chapéu para cima do zagueiro Emerson e, como se não bastasse, ainda deu outro chapéu agora para cima do ídolo Rogério Ceni. Com o gol livre, o craque palmeirense apenas empurrou a bola para o fundo do gol.

Esse foi considerado um verdadeiro gol de placa e eleito por muitos, o mais bonito da carreira de Alex. Inclusive, o próprio jogador concorda, quando questionado sobre esse assunto.

 

GOL 16. Ronaldo Fenômeno cala a Vila Belmiro com cobertura

Em abril de 2009, Santos e Corinthians se enfrentavam pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, em confronto na Vila Belmiro. Na época, o alvinegro da capital passava por uma fase de reestruturação, ao ser recém-promovido da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. E como símbolo de uma renovação, o clube apostou todas as fichas na contratação de Ronaldo Fenômeno.

Naquela partida final, o atacante provou porque é considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos. Fora da melhor forma de outros tempos, o Fenômeno estava ainda muito acima da maioria dos atletas adversários. E quando a partida já estava 2 a 1 para o Corinthians, com um dos gols do próprio fenômeno, ele assinou uma verdadeira pintura.

Ao receber passe pela meia direita do volante Elias, Ronaldo fez um jogada de gênio e que ninguém esperava. Se livrou do marcador e tocou por cobertura para o fundo do gol. O goleiro Fábio Costa nada pôde fazer, a não ser olhar a bola passar por cima de sua de cabeça. É um daqueles lances que todo o estádio deve ter ficado em silêncio, tamanha foi a delicadeza do lance.

Na partida de volta, o Sport Club Corinthians conseguiu segurar o empate em 1 a 1 e levantou o troféu de campeão paulista.

 

GOL 17. Adriano Imperador encobre goleiro do Coritiba

Em jogo válido pela 25º rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, o CR Flamengo recebia o Coritiba no Estádio do Maracanã. Na ocasião, os rubro-negros trilhavam a sua caminhada rumo a um improvável título brasileiro, que só viria a ser conquistado na última rodada. O time comandado por Adriano Imperador e Petkovic ganhou confiança ao bater o Coritiba, por 3 a 0. Além disso, a partida também ficou marcada por um dos gols mais emblemáticos do atacante no time Rubro Negro.

Aos 12 minutos da segunda etapa, Adriano Imperador recebeu passe de Petkovic e, em velocidade e com a perna esquerda, deu um toque sútil para encobrir o goleiro Edson Bastos. Um verdadeiro golaço, que levou a torcida Rubro-Negra ao delírio, sob o empolgado canto de “O Imperador voltou!”.

 

GOL 18. Neymar marca gol “Prêmio Puskas”

Era julho de 2011  e o Santos Futebol Clube era o atual campeão da Copa Libertadores da América. O time de Neymar e cia recebia o Flamengo de, ninguém menos que, Ronaldinho Gaúcho, em partida válida pelo Brasileirão. E o que se viu foi uma partida épica, daquelas que ouvimos falar quando atuavam no futebol brasileiros craques como Pelé, Ademir da Guia, Tostão, Garrincha, entre outros.

Até porque a partida foi muito disputada e com muitos gols, que contou com uma virada flamenguista por 5 a 4 – isso após o Santos Futebol Clube ter aberto 3 a 0 de diferença. E o terceiro gol santista, de Neymar, foi uma verdadeira pintura.

O atacante arrastou a defesa flamenguista desde a meia esquerda para, em seguida, dar um passe para Borges e receber a bola de volta próximo a área. Na meia lua o jogador deu um belo “drible da vaca” em cima de Ronaldo Angelim e avançou para tocar na saída do goleiro Felipe. A bola foi parar no meio do gol, deixando toda a defesa rubro-negra atônita.

Não era para menos, tanto é que esse gol de Neymar receberia ao final do ano o Prêmio Puskas, como o gol mais bonito do mundo eleito pela FIFA.

 

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