Futebol Brasileiro: Times Galácticos que não deram certo!
Índice
- 1 . (1985) Corinthians da Pós-Democracia Corinthiana
- 2 . (1994) SELEGALO com Renato Gaúcho e Neto!
- 3 . (1995) Flamengo do “Melhor Ataque do Mundo”
- 4 . (2000) Santástico com Dodô, Rincón e Edmundo
- 5 . (2000) Flamengo de Petkovic, Alex, Denílson e um jovem Adriano
- 6 . (2002) Esquadrão Tricolor com Rogério Ceni, Kaká, Luis Fabiano e Ricardinho
- 7 . (2004) Cruzeiro da “Tríplice Coroa” tem chegada de Rivaldo
- 8 . (2004) Fluminense de Romário, Edmundo e Roger Flores
- 9 . (2006) O “Galáctico” Corinthians da MSI, e de Tevez
- 10 Lista Bônus: Seleções brasileiras que decepcionaram!
Na história do futebol brasileiro são muitos os esquadrões que tiveram grandes histórias de conquistas, em time com craques lendários que marcaram o Brasil como o país do futebol. Porém, não foram poucas as vezes que clubes tentaram juntar craques e formar veradeiros times galácticos.
Galácticos foi uma expressão cunhada pelo grande Real Madrid no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, que além de possuir um time já vencedor, foi atrás dos melhores jogadores do mundo para para formar uma verdadeira seleção mundial. E, pelo menos no papel, de outro mundo. Em uma base que já tinha Casillas, Hierro, Roberto Carlos e Raul, chegaram Luis Filipe Figo, Zinedine Zidane, Ronaldo Fenômeno e David Beckham. Porém, quando todos estes galácticos se juntaram acabou por não dar tão certo assim.
Neste artigo vamos voltar nossa atenção ao futebol brasileiro para listar alguns dos “times galácticos” que acabou não dando certo dentro de campo!
. (1985) Corinthians da Pós-Democracia Corinthiana
Com a venda de Doutor Sócrates para a Fiorentina/ITA no ano de 1984, se encerrava a marcante fase da Democracia Corinthiana dentro do futebol brasileiro. Período de grandes times e ídolos no Corinthians. Contudo, com esta negociação o clube adquiriu um bom dinheiro e pode investir em novos reforços, além de manter alguns dos seus principais craques. Dessa forma, o elenco do SC Corinthians para a temporada de 1985 se tornaria um verdadeiro esquadrão.
Do goleiro até o atacante o Timão investiu e trouxes jogadores como o goleiro Carlos (que seria titular na Copa do Mundo de 1986), além de outros como o zagueirão xerife Hugo De Leon, o jovem volante Dunga, e o já histórico atacante Serginho Chulapa.
E isso para um time que já contava com jogadores como Wladimir, Casagrande, Biro Biro e Zenon.
E se no papel se mostrava um timaço, dentro das quatro linhas o time não correspondeu às expectativas da Fiel Torcida Corinthiana.
No Campeonato Paulista de 1985, por exemplo, o Corinthians não conseguiu se classificar para a fase semifinal do torneio, caindo ainda na primeira fase. Já no Brasileirão 1985, a equipe alvinegra caiu ainda na segunda fase, dentro de um grupo considerado frágil com: Joinville/SC, Sport Recife e Coritiba.
Com tantas decepções, o Timão naquele ano conquistaria somente a Copa das Nações, competição de caráter amistoso, que foi realizada em Los Angeles/EUA.
. (1994) SELEGALO com Renato Gaúcho e Neto!
Em 1993 o Atlético Mineiro fez a pior campanha no Brasileiro daquele ano. Só acabou não sendo rebaixado porque, na ocasião, não havia descenso para equipes pertencentes ao Clube dos 13. Por conta disso, para a temporada de 1994 a diretoria do Galo não poupou esforços e foi atrás de jogadores consagrados para tirar a impressão ruim da temporada anterior.
Neto, Éder Aleixo, Renato Gaúcho, Gaúcho, Darci, Adilson Batista e Luís Carlos Wink foram os contratados, na expectativa de montar um dos maiores times na história do Atlético/MG. Á época, esse esquadrão ficou conhecido como “SELEGALO”. Seleção essa que acabou sendo uma decepção para os torcedores atleticanos.
Logo no Campeonato Mineiro, o Atlético/MG deixou a desejar nos clássicos contra o Cruzeiro EC, além de ver o rival ser campeão com 10 pontos de vantagem.
Já no Campeonato Brasileiro 1994, já sem algumas das estrelas como o Craque Neto, a equipe voltou a nutrir esperanças na torcida, chegando até a semifinal da competição. Mas a eliminação para o Corinthians não disfarçou a decepção. E com esse desfecho não teve jeito. Era o fim da Selegalo, que contou com muitos problemas de relacionamento entre os medalhões que queriam dominar o vestiário do clube.
. (1995) Flamengo do “Melhor Ataque do Mundo”
O radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, treinou o Flamengo de Sávio, Romário e Edmundo em 1995
Definiu seu esquema tático "Esses números de esquema tático (4-4-2, 4-3-3) parecem número de bonde aqui do RJ. É simples: com a bola o time ataca, sem a bola o time defende". pic.twitter.com/ScLeh4aOch
— Wikipedia Futebol Brasil Quiz (@wikipediafutbr) May 14, 2021
Em janeiro de 1995 o CR Flamengo conseguiu o que poucos acreditavam: contrataram o então melhor jogador do mundo na ocasião. Romário havia meses antes acabado de comandar a seleção brasileira na conquista do tetracampeonato mundial, escolhido como o melhor do mundo, além de ser a principal estrela do badalado Barcelona de Johan Cruyff. Porém, decidiu abandonar tudo para retornar ao Rio de Janeiro, para a Cidade Maravilhosa.
Contudo, se enganava quem acreditava que a contratação de Romário naquele ano de 1995 seria a única notícia bombástica da temporada par o Flamengo, que celebrava o centenário do clube. Já com o jovem Sávio em estado de graça no time Rubro-Negro e como uma das maiores promessas do futebol brasileiro, o Flamengo ainda decidiu trazer Edmundo, o Animal.
Melhor jogador do Brasil dos últimos anos, Edmundo surgiu no Vasco da Gama, mas explodiu no Palmeiras bicampeão brasileiro (1993 e 1994). Amigo do baixinho, Edmundo se mostrava como o parceiro ideial para Romário naquelee que seria detalhado com o melhor ataque do mundo. Para comandar esse estrelado time ninguém menos do que o principal técnico brasileiro na época, Vanderlei Luxemburgo.
Egos e falta de comando atrapalham esquadrão
Apesar da expectativa, na prática, esse time não funcionou como o esperado. A derrota para o Fluminense na final do Carioca 1995, com o fatídico gol de barriga de Renato Gaúcho, foi o primeiro balde de água fria naquele potente esquadrão rubro-negro. Na sequência a equipe não conseguiu empolgar para o restante da temporada, e no Campeonato Brasileiro de 1995 teve uma das piores campanhas no torneio.
E a explicação para esse super time não ter dado certo são várias. Além dos problemas internos entre as principais estrelas, casos de Romário, Luxemburgo e Edmundo, a parte administrativa também não ajudou muito, não conseguindo dar o mínimo de organização para time e comissão.
. (2000) Santástico com Dodô, Rincón e Edmundo
Com a década de 1990 considerado muito abaixo das expectativas para os torcedores do Santos, o novo presidente do clube, Marcelo Teixeira, passou a fazer contratações bombásticas para tentar resgatar as glórias. E na temporada 2000 foi uma com maiores investimentos. Jogadores já consagrados chegaram, casos do goleiro Carlos Germano, dos zagueiros Carlos Galván e Márcio Santos, além de Freddy Rincón, Valdo, Valdir Bigode e a cereja do bolo, o animal Edmundo.
Eles se juntaram a jogadores que já estavam no clube, casos de Robert e Dodô, além de jovens que já estavam no elenco santista, e anos mais tarde viriam a se consagrar. casos de Fábio Costa, Renato, Léo e Paulo Almeida.
Naquele ano de 2000 esse Santos estrelado até que fez um bom primeiro semestre, quando foram derrotados na final do Campeonato Paulista para o Sao Paulo. Porém, a decepção maior viria no segundo semestre quando no Brasileirão terminaram na 18º colocação. Problemas dentro e fora de campo se tornaram constantes, ainda mais pelo clube não conseguir deixar os salários em dia.
Anos depois, o atacante Dodô, então grande ídolo da torcida no período, disse que um dos principais problemas daquela equipe não ter dado certo foi por conta do técnico Carlos Alberto Parreira, sem pulso para comandar os estrelados jogadores.
. (2000) Flamengo de Petkovic, Alex, Denílson e um jovem Adriano
Cinco anos depois do “Melhor Ataque do Mundo” não ter dado certo na Gávea, o Flamengo voltou a fazer uma série de contratações para chocar o futebol brasileiro. Já com notáveis jogadores no elenco como Clemer, Iranildo, Juan, Leandro Ávila e Beto, além de jovens como Athirson, Júlio César e um jovem Adriano (que mais tarde seria conhecido como Imperador), chegaram Petkovic, Alex, Vampeta e Denílson.
Com um verdadeiro e forte time, o torcedor rubro-negro vivia período de vacas magras, com seca de títulos de nível nacional. E aquele ano as coisa até que começaram bem, com a conquista di bicampeonato do Campeonato Carioca. Mas o restante da temporada seria somente ladeira abaixo. Nas competições mais importantes, no Campeonato Brasileiro e a Copa Mercosul, fez péssima campanha.
Sobre esse time, os jogadores que atuavam na época diziam não haver organização, além de salários atrasados.
. (2002) Esquadrão Tricolor com Rogério Ceni, Kaká, Luis Fabiano e Ricardinho
Em 2002, os dirigentes do São Paulo FC surpreenderam ao contratar o meia Ricardinho, então campeão do mundo com a seleção brasileira e destaque no arquirival Corinthians. Em um já forte time que tinha, entre outros, Rogério Ceni, Julio Baptista, Kaká, Luis Fabiano e Reinaldo, não demorou muito para surgirem as comparações com o então galáctico Real Madrid.
E essa força se demonstrou principalmente no segundo semestre de 2002, quando liderou de cabo a rabo a primeira fase do Campeonato Brasileiro, terminando na 1ª colocação e muito a frente dos rivais. O quarteto de ataque formado por Ricardinho, Kaká, Reinaldo e Luis Fabiano pareciam uma máquina de marcar gols e, até então, imbatíveis. Porém, a decepção veio já nas quartas de final, contra o então 8º colocado Santos, de Robinho e Diego que, ainda jovens, despertariam para o futebol brasileiro naquela fase final de Brasileirão, levando o Peixe até a conquista para cima do Corinthians.
A derrota e eliminação foi um balde de água fria que logo colocou algumas rivalidades internas como ponto principal do desmanche. Além disso, Kaká seria negociado com o Milan, e Ricardinho também optaria por sair por não sentir prestígio de clube e torcedores.
. (2004) Cruzeiro da “Tríplice Coroa” tem chegada de Rivaldo
O Cruzeiro de 2003 é considerado um dos times mais vitoriosos na recente história do futebol brasileiro. Sob comando de Vanderley Luxemburgo e Alex, naquele ano a Raposa conquistaria a famosa Tríplice Coroa – Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Em um time fantástico que tinha, entre outros, Gomes, Maicon, Maldonado, Luisão, Deivid, Aristizábal, imagine acrescentar um gênio como Rivaldo? Mas como nada é fácil, a passagem de Rivaldo no Cruzeiro foi uma eterna decepção.
Favorito para conquistar mais uma Copa Libertadores da América, o sonho cruzeirense começou a virar pesadelo com a queda logo as oitavas de finais da competição. Rivaldo não teria vida longa no time de Belo Horizonte e após 11 partidas e dois gols decidiu deixar a Toca da Raposa rumo ao futebol grego.
A temporada não seria nada boa para o Cruzeiro e aquele fantástico time de 2003 também seria logo desfeito, com Vanderley Luxemburgo desembarcando em Santos, onde seria novamente campeão brasileiro, e Alex partindo para a Turquia, onde se tornaria um Deus no Fenerbahce.
. (2004) Fluminense de Romário, Edmundo e Roger Flores
Eternos rivais desde os tempos de CR Flamengo, Edmundo e Romário reeditaram a polêmica parceria que também se daria no Vasco da Gama, em 2000. E, no ano de 2004, sob forte influência da Unimed como patrocinadora do clube, o Tricolor das Laranjeiras acreditou que poderia unir os atacantes novamente.
Em um time que também tinha jovens promissores como Roger Flores, Diego Souza, Arouca e Léo Moura, além do meia Ramón, ex Vasco da Gama. Mas, assim como a relação entre Romário e Edmundo, a equipe também não deu química, com um vestiário conturbado que nenhum treinador foi capaz de dar jeito. Tanto é que três técnicos passaram pelo Fluzão em 2004: Valdir Espinosa, Ricardo Gomes e Alexandre Gama.
Com um time desajustado, os resultados não vieram e naquela temporada o Fluminense bateu na trave tanto na Taça Guanabara, quanto na Taça Rio. Na Copa do Brasil a equipe também decepcionou e caiu ainda nas oitavas de finais para o Grêmio. No Campeonato Brasileiro 2004 terminou no modesto 9º lugar. Após um decepcionante ano de 2004, Romário e Edmundo deixaram as Laranjeiras.
. (2006) O “Galáctico” Corinthians da MSI, e de Tevez
Após um conturbado ano de 2004, para 2005 o Corinthians cehgou forte e com a nova parceria da MSI, do polêmico Kia Joorabchian como homem forte dos negócios. Um elenco forte e estrelado foi formado, com valores considerados fora do normal até então, no futebol brasileiro.
Foram contratados para aquele ano de 2005 nomes como Roger Flores, Carlos Alberto e Nilmar, além dos argentinos Javier Mascherano e Carlos Tevez. Esse último ex-Boca Juniors e uma das maiores revelações do futebol argentino.
E se na temporada de 2005 tudo correu bem com o título brasileiro, para o ano de 2006 o time se mostrava ainda mais forte na busca da inédita Copa Libertadores da América. O eternos ídolos Ricardinho e Marcelinho Carioca retornavam.
Porém, o elenco estrelado já se mostrava rachado, com muitos problemas entre as principais jogadores, com as famosas panelinhas. A queda nas oitavas de final da Libertadores foi o ínicio do fim de um ano que se mostraria muito complicado ao Corinthians. Terminando na modesta 6ª posição do Campeonato Paulista, o time correu riscos de rebaixamento no Brasileiro 2006, sendo salvo por uma surpreendente arrancada na reta final, terminando na 9ª colocação.
O desastre da administração foi tamanha que, um ano depois, e já desmantelado sem os principais jogadores por uma parceria que deixou o clube a ver navios, o Corinthians acabaria rebaixado para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro.
Lista Bônus: Seleções brasileiras que decepcionaram!
Falar em grandes seleções brasileiras pode ser redundante, já que o escrete canarinho é a maior seleçao na história do futebol mundial, com equipes que encheram os olhos dos torcedores com um futebol envolvente e mágico. Porém, também com a seleção brasileira algumas decepções foram maiores, tamanha era a qualidade do time pentacampeão mundial.
. (1982) Brasil de Telê, Zico, Sócrates e Falcão
🇧🇷Seleção Brasileira de 1982 pic.twitter.com/0hcOSPvzZz
— Memórias Do Futebol (@MemoriasFutebol) October 8, 2018
Telê Santana é considerado um dos maiores treinadores na história do futebol brasileiro. Um terinador que sempre priorizou o futebol ofensivo e o fair play. O mestre Telê teve duas oportunidades de disputar a Copa do Mundo com a seleção brasileira, mas uma foi especial e ficaria marcada para sempre.
Na Copa do Mundo de 1982, realizada na Espanha, o time brasileiro começou com tudo a competição, encantando torcedores, mostrando que nada poderia parar aquela máquina que contava com, entre outros, Júnior, Leandro, Falcão, Sócrates e Zico. E todo o favoritismo pode ter feito a seleção perder um pouco o foco, sendo superados na fase final pela Itália de Paolo Rossi.
. (2006) “Quadrado Mágico” decepciona
Em 2006, a seleção brasileira era a ntão campeã do mundo e ampla favorita para conquistar o hecampeonato mundial. O time ainda contava com alguns dos heróis de 2002, como Cafú, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. E junto a esses últimos dois, para formar a linha de ataque, ou melhor, o “quadrado mágico”, Kaká (dessa vez titular) e o Imperador Adriano – que vivia a melhor fase na carreira. Esses quatro eram considerados os melhores do mundo nas respectivas posições e a esperança da torcida brasileira era gigante.
Era uma seleção muito forte, e que ainda tinha nomes como Dida, Lúcio, Juan, Zé Roberto, Juninho Pernambucano e Robinho. Se levássemos em conta somente os nomes no papel, talvez não tivesse para ninguém, mas a verdade é que o time, comandado por Carlos Alberto Parreira, estava desbalanceado.
Roberto Carlos, Cafú e Ronaldo Fenômeno já estavam na fase final do auge deles como atleta, além de haver um clima de oba-oba por parte da imprensa e torcedores, que os jogadores pareciam ter absorvido na preparação para o mundial-2006. Em campo, o que se viu foi um time desajustado e sem intensidade, com jogadores desinteressados. O resultado disso foi a eliminação para a França de Zinedine Zidane, nas quartas de finais da competição, pelo placar de 1 a 0, gol de Thierry Henry.