Paris Saint-Germain Football Club

45 Títulos Oficiais
12 Milhões de Torcedores
Paris Saint-Germain Paris - França
Fundação 12 de agosto de 1970
Estádio / Capacidade Parc des Princes
Apelidos Les Rouge-et-Bleu (O Vermelho e Azul), Paris
Principais rivais Olympique de Marseille, Lyon, Paris FC, Red Star
Apelido da torcida Les Parisiens
Mascote Lince

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Recopa Europeia 1 1995-96
Copa Intertoto da UEFA 1 2001

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Ligue 1 9 1985–86, 1993–94, 2012–13, 2013–14, 2014–15, 2015–16, 2017–18, 2018–19 e 2019–20
Copa da França 14 1981–82, 1982–83, 1992–93, 1994–95, 1997–98, 2003–04, 2005–06, 2009–10, 2014–15, 2015–16, 2016–17, 2017–18, 2019–20, 2020–21
Copa da Liga Francesa 9 1994-95, 1997-98, 2007-08, 2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17, 2017-18, 2019-20
Supercopa da França 10 1995, 1998, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020
Campeonato Francês - 2.ª Divisão 1 1970-71

História

Paris Saint-Germain FC: O “jovem” clube que se tornou uma potência mundial

Paris Saint-Germain: a nova potência do futebol.

Paris é conhecida como uma das cidades mais importantes do mundo, com uma das histórias mais ricas e bonitas de toda a civilização. Ao longo da história, muitas personalidades, pensadores, filósofos e atletas tem a capital francesa como cidade natal ou se instalaram por lá por se identificarem com sua importância. Porém, faltava algo para a “Cidade Luz”: um clube de futebol que representasse a grandeza da cidade, que só ocorreu na década de 1970. Esse clube é o Paris Saint-Germain (PSG).

O PSG nos últimos anos vem se consolidando como grande potência mundial, chegou até aqui apenas muitas décadas depois dos principais clubes do continente europeu. Mesmo mais jovem que a maioria , o PSG se tornou um dos maiores clubes do planeta e abrigou diversos craques da história do futebol mundial.

O Les Rouge-et-Bleu (“O Vermelho e Azul” em francês), é o segundo maior vencedor do Campeonato Francês (Ligue 1), ao lado do Olympique de Marseille com nove títulos, um atrás do maior vencedor, o Saint-Étienne. Pela Copa da França, o campeonato nacional com maior número de equipes participantes em todo o mundo, o PSG é o maior vencedor, com 14 conquistas.

Embora o clube esteja bem encaminhado no cenário doméstico, falta uma grande conquista no cenário internacional, para enfim, se colocar ao lado das maiores potências europeias. Chegou uma vez à final da Champions League, mas foi derrotado pelo Bayern Munich em 2019/20, e em outras duas oportunidades perdeu nas semifinais, em 1994/95 e na temporada 2020/2021.

Investimento que virou esperança

Porém, com o alto investimento que o clube passou nos últimos anos, ao ser comprado pela QSI (Qatar Sports Investment), grupo ligado ao governo do Qatar, o Paris Saint-Germain melhorou seu retrospecto nas últimas temporadas. Além disso, passou a contar com alguns dos principais nomes do futebol mundial, gastando muito dinheiro para dar qualidade ao elenco.

Assim, um clube com pouco tempo de história, vem construindo sua história ao longo dos anos, seja com times competitivos como nas décadas de 1980 e 1990, ou com o alto investimento que se deu a partir de 2011. Muitos craques passaram pelo clube, alguns deles brasileiros, que foram muito importantes durante suas passagens pela equipe parisiense.

Entre os maiores nomes da história do clube estão Safet Susic, Carlos Bianchi, Mustapha Dahleb, Dominique Rocheteau, Jean-Marc Pilorget, Pauleta, Jérôme Rothen, Nicolas Anelka, Jay-Jay Okocha, Jean Djorkaeff, Claude Makélélé, Sylvain Armand, Javier Pastore, Youri Djorkaeff, Leonardo, Maxwell, Paul Le Guen, Joël Bats, Valdo, Ricardo Gomes, David Ginola, Ronaldinho Gaúcho, Luis Fernández, Raí, Thiago Silva, Bernard Lama, George Weah, Edinson Cavani, Zlatan Ibrahimovic e mais recentemente Neymar e Messi.

Muitos deles tiveram outras funções além de jogadores do clube, como Luis Fernández que dirigiu a equipe após a aposentadoria dos campos. Assim como Ricardo Gomes, que logo após pendurar as chuteiras, se tornou treinador do clube. Outro brasileiro, Leonardo, atuou com destaque quando jogador e vem exercendo funções administrativas na direção do PSG, sendo responsável por negociar grandes nomes para o clube.

Fundação do Paris Saint-Germain

A capital da França, uma das cidades mais conhecidas e importantes do mundo, se destaca por sua rica história e beleza. Mas no futebol, que estava em grande ascensão na década de 1970 em todo mundo, ainda não contava com um clube de grande destaque. Os clubes que existiam à época, não faziam frente às equipes de outras cidades do país e do continente.

Os clubes da cidade que existiam na época, o Red Star, Racing Club de France, Stade Français e o Paris FC, embora tenham conquistado alguns títulos nacionais na era amadora do futebol do país, não conquistaram destaque e a cidade carecia de um clube que fizesse jus à sua fama. Assim, depois de algumas reuniões e deliberações, o Paris FC junto ao Stade de Saint-Germain se fundiram para formar o Paris Saint-Germain.

A fundação, oficializada pela Prefeitura de Polícia de Paris, ocorreu em 12 de agosto de 1970, sendo esta a data oficial adotada pelo clube, chamado de Paris Saint-Germain Football-Club. Porém após uma temporada de estreia decepcionante na primeira divisão, o Paris FC desfez a união com o PSG para poder receber a ajuda financeira do governo municipal. Assim, o PSG foi obrigado a disputar a terceira divisão, retornando à elite apenas em 1973/74.

Símbolo, escudo e cores: significado

Por se tratar de uma equipe que surgiu da fusão de outros clubes, o Paris Saint-Germain formou seu escudo e suas cores predominantes do uniforme unindo as principais características dos clubes que lhe deram origem.

Assim, o uniforme branco do Stade Sangermanois se uniu com o azul predominante do Paris FC e com o vermelho da Cidade Luz. O primeiro uniforme do clube tinha a camisa vermelha, os calções brancos e as meias azuis, tendo permanecido como oficial durante cerca de três anos. Em 1973, entãoo, o clube adotou as cores do uniforme que se assemelham aos atuais, com a camisa, short e meias predominantemente azuis e uma faixa vermelha na vertical rodeada de duas listras no mesmo sentido brancas na camisa.

Ao longo dos anos, o uniforme viria a sofrer algumas alterações, com tons do azul ficando mais claros e as vezes mais escuros e a faixa vermelha e branca mudando de posição, ora centralizada, ora no lado esquerdo junto ao escudo. Durante a década de 1980, o uniforme azul que conhecemos foi adotado como secundário e uma versão toda branca com uma faixa azul e vermelha se tornou o principal, o que ocorreu até o início dos anos 1990.

Detalhes do escudo

O escudo do PSG também é derivado da fusão dos escudos dos clubes que lhe originaram, com uma bola azul e um emblema de navio em vermelho dentro dela, originados do Paris FC com o nome de Paris St. Germain Football Club.

Depois da separação em que o Paris FC voltou a ser independente, o PSG adotou o formato que conhecemos atualmente, mas que passou por algumas mudanças nos últimos anos. O formato redondo com a emblemática Torre Eiffel no centro e abaixo dois símbolos históricos da França, a flor-de-lis e o berço de Luís XIV.

Abaixo do escudo, na década de 1980, o estádio Parc des Princes ficou abaixo do escudo. Nos anos 1990 houve uma mudança radical no escudo, e a sigla PSG, com o nome escrito abaixo ocupou a camisa do clube, com as letras das cores do clube, azul e vermelho. Depois de retornar ao escudo original, desta vez com o ano de 1970 abaixo dele, o escudo se manteve praticamente o mesmo, com poucas alterações e evoluções no design, sendo a principal a retirada do berço de Luís XIV (ainda que manutendo a flor-de-lis).

Década de 1970: duro início para o Paris Saint-Germain

Paris Saint-Germain nos anos 1970, sua primeira década.

O projeto da criação do Paris Saint-Germain era muito ambicioso e tinha o objetivo de colocar Paris em evidência no futebol mundial, com grandes conquistas. Mas no começo de sua história, o clube encontrou dificuldades dentro de campo e não realizou boas campanhas.

Em meio a conflitos dentro do elenco entre jogadores profissionais e amadores que compunham o time, em sua primeira temporada o PSG terminou a Liga em 16º lugar. Com isso, o racha no elenco resultou na separação dos clubes, e o Paris FC voltou a ser um clube independente e, com ajuda estatal, se manteve na primeira divisão.

Já o Saint-Germain, se manteve com o mesmo nome, mas foi deslocado à terceira divisão francesa. Em meio a isso, o clube se profissionalizou por completo e na temporada 1973/74 subiu primeira divisão da Liga. Naquele período, ainda teve como treinador a lenda francesa Just Fontaine, e por coincidência seu antigo parceiro, o Paris Football Club, foi rebaixado à segunda divisão.

Nas primeiras aparições no retorno à primeira divisão, na qual não mais saiu, o clube fez campanhas sem protagonismo, embora gradativamente melhores ao longo dos anos. Na temporada 1974/75, terminou em 14º lugar e a partir daí começou a se reforçar com nomes como do artilheiro Carlos Bianchi, Mustapha Dahleb e Dominique Bathenay, se mantendo na metade da tabela. Isso durou até a década de 1980, quando o PSG passou a ocupar as primeiras posições do Campeonato Francês.

Década de 1980: Primeiros títulos a afirmação nacional

Depois de algumas campanhas medianas no cenário do futebol francês durante sua primeira década de vida, o Paris Saint-Germain foi ganhando força e encorpando seu elenco. E logo a equipe começou a colher frutos de investimentos altos em atletas, e conseguiu seus primeiros troféus da história.

O primeiro título veio na Copa da França de 1982, ao derrotar o poderoso Saint-Etienne de Michel Platini na grande final. A partida foi disputada no Parc des Princes, que passou a ser a casa oficial do clube desde 1974, além de abrigar as partidas da final da Copa da França anualmente.

A decisão foi muito equilibrada, Toko abriu o placar para os parisienses na segunda etapa e Platini após alguns minutos empatou o jogo levando o jogo para a prorrogação. No tempo-extra, Platini marcou novamente e colocou o Saint-Etienne próximo de mais um título. Mas, no último minuto Dominique Rocheteau empatou, levando a partida para os pênaltis, quando o PSG converteu todas suas cobranças e viu seu rival perder a última cobrança. Sacramentou-se assim, a conquista do primeiro troféu de sua história.

Na temporada seguinte, o clube repetiu a dose na Copa da França, chegando novamente à final, encontrando o Nantes na partida decisiva. Depois de abrir o placar logo no começo com Pascal Zaremba, o rival marcou dois gols e ficou em vantagem até os 20 minutos da segunda etapa. Mas Susic empatou e Toko virou o marcador, conquistando mais uma Copa para o PSG, o bicampeonato.

Além de Rocheteau, o PSG teve outros grandes craques em seu elenco na década de 1980, como Ivica Surjak, Nabatingue Toko, Dominique Baratelli, Safet Susic, Luis Fernándes e Joel Bats. Eles, e outros nomes foram grandes responsáveis pela virada de patamar que o Paris Saint-Germain teve na década, e além das duas conquistas da Copa, veio o primeiro título da Ligue 1.

Primeira vez no topo da França, o título da Ligue 1 de 1985/86

Depois de engrenar duas conquistas da Copa da França e perder uma final da mesma competição para o Mônaco, o time estava “voando” na temporada 1985/86. O Paris Saint-Germain engatou uma sequência de 26 jogos sem derrotas, até ser batido pelo Lille na vigésima rodada do Campeonato Francês.

Até que em 25 de abril de 1986, ao derrotar o Bastia por 3 a 1 no Parc des Princes, o PSG conquistou seu primeiro Campeonato Francês. Foi o primeiro título de um clube da cidade na liga desde 1936, quando o RC Paris venceu naquele ano.

O clube recebeu o troféu dias depois das mãos de Jacques Chirac, emblemático político do país que ocuparia a cadeira de Presidente da França anos depois e que na época era prefeito da capital francesa. Rocheteau e Susic foram os grandes destaques do clube no torneio, com o primeiro marcando 20 gols na campanha.

Década de 1990: a primeira grande parceria do clube

Geração comandada por jogadores como Geroge Weah e Raí.

A pretensão em demonstrar poder sempre esteve enraizada no Paris Saint-Germain desde sua fundação. Com isso, a equipe fechou uma parceria com um canal fechado de televisão, o Canal+. Fruto dessa parceria, o poderio financeiro do clube cresceu muito. Com isso, o PSG trouxe grandes craques da época como David Ginola, George Weah, Valdo, Youri Djorkaeff, Raí e Bernard Lama, sob o comando do cartola Michel Denisot.

Como resultado, o PSG realizou boas campanhas domésticas que resultaram nos títulos da Copa da França de 1992/93, 1994/95 e 1997/98, da Copa da Liga de 1994/95, do Campeonato Francês de 1993/94 e ainda uma campanha que resultou nas semifinais da Champions League de 1994/95, até então a melhor campanha da história do clube. À frente da equipe no período estava  o ex-jogador Luis Fernández .

Em 1995/96 o PSG conquistou seu único troféu internacional. Foi na disputa da competição conhecida como Taça das Taças, que reunia os vencedores das Copas de cada país europeu. Eliminou o Molde da Noruega na segunda fase, o Parma da Itália nas quartas, o Deportivo La Coruña da Espanha nas semifinais antes de  bater o Rapid Viena da Áustria na decisão, com gol de Bruno N’Gotty.

Ainda com a parceria do canal pago da televisão francesa, o clube não manteve uma regularidade de vitórias que resultasse em uma soberania nacional. Muitos de seus jogadores renomados deixaram a equipe, para outros centros de maior referência do futebol europeu. Assim, naquela época, o PSG não se firmava no topo de seu país e muito menos do continente.

Década de 2000: fim da parceria e período de resultados modestos

O início dos anos 2000 pareciam promissores para o Paris Saint-Germain. Mesmo com a irregularidade dentro de campo nas temporadas que antecederam a virada do século, o clube seguia investindo em jovens promessas do futebol mundial e jogadores renomados. Ronaldinho Gaúcho foi um dos craques que desembarcaram em Paris, ao lado de Pauleta, Juan Pablo Sorín, Badiane e outros craques.

Porém, as expectativas em torno do elenco e de conquistas não se confirmaram, e o PSG teve como melhores resultados o vice-campeonato da Copa em 2002/03, o título da Copa da França e a segunda posição da Ligue 1 de 2003/04. Com a falta de resultados, muitos jogadores deixaram o elenco, assim como o Canal+ que vendeu o Paris Saint-Germain para um grupo de investidores. Ali se iniciou um período complicado para o clube.

As campanhas seguintes foram trágicas, e só não foram piores porque o clube conseguiu se manter na primeira divisão. Por duas vezes seguidas, o PSG ficou em nono lugar do Campeonato Francês, e nas temporadas 2006/07 e 2007/08 brigou até as últimas rodadas contra o rebaixamento. Sendo que nesta última, se livrou do rebaixamento a duas rodadas do fim da liga.

No entanto, ao passo que fazia campanhas ruins na Ligue 1, o Paris Saint-Germain conseguiu vencer dois títulos de Copas domésticas. Foram a Copa da Liga de 2007/08 e a Copa da França de 2005/06. Na temporada 2009/10 o clube alcançou novamente o título da Copa da França, mas terminou a Ligue 1 em 13º lugar. Até que, no ano seguinte, o clube se recuperou e terminou a liga em quarto lugar, abrindo espaço para uma nova era no clube, que adquirido pelo Qatar Sports Investments, mudou de patamar.

Pós-2011: Mudança de patamar do PSG com o dinheiro do Qatar

O forte elenco montado a partir do novo investimento.

Em 2011, em busca de retomar o caminho dos títulos e ser alçado ao topo do futebol francês e da Europa, um grande fundo de investimentos do Oriente Médio, a Qatar Sports Investments, adquiriu o Paris-Saint Germain. Presidido por Nasser Al-Khelaifi, indicado pela Qatar Sports, o PSG, desde então, começou a contratar jogadores de alto calibre do futebol mundial.

O clube já estava em busca de uma mudança de patamar, e contava com jogadores como Jérôme Rothen, Nenê, Mamadou Sakho, Claude Makélélé, Mateja Kezman, Sylvain Armand e Ludovic Giuly por exemplo. Aos poucos estes nomes foram deixando o clube e novos astros foram incorporados ao elenco, através do alto investimento que o clube passou a realizar.

O meia-brasileiro Nenê foi um dos poucos que ficaram e se destacaram no início do novo Paris Saint-Germain, inclusive sendo eleito o melhor jogador do Campeonato Francês na temporada 2011. No começo do investimento, chegaram alguns nomes com status de estrelas, como do meia argentino Javier Pastore, os brasileiros Alex, Maxwell e Thiago Motta, esse último naturalizado italiano.

O comandante escolhido no começo foi o italiano Carlo Ancelotti, com uma carreira consolidada à frente de outros cubes europeus, e logo em sua primeira temporada levou os Les Rouge-et-Bleu ao vice-campeonato da Ligue 1. Na temporada seguinte, chegaram mais reforços de peso como Zlatan Ibrahimovic, David Beckham, Thiago Silva, Marco Verratti, o jovem Lucas Moura e Ezequiel Lavezzi.

Com o recheado elenco, na temporada 2012-2013, o clube chegou à mais uma conquista da Ligue 1, apenas seu terceiro troféu da competição. Na Champions League, o PSG alcançou as quartas de final, mas acabou eliminado pelo Barcelona. Ao fim da temporada, Ancelotti deixou Paris para assumir o Real Madrid, e junto da sua saída, o diretor técnico, Leonado também renunciou ao cargo. Mas mesmo assim, o clube viu nascer o início de sua ampla hegemonia no território francês.

Domínio absoluto na França e busca por espaço na Europa

Em 2013, para substituir Ancelotti no comando da equipe, um nome muito conhecido e campeão mundial pela França em 1998 foi o escolhido. O ex-zagueiro Laurent Blanc chegou para comandar um elenco recheado de grandes astros e com a aquisição de outras estrelas emergentes do futebol. Chegaram principalmente Edinson Cavani e os jovens promissores Marquinhos e Lucas Digne, com destaque para o atacante uruguaio que posteriormente se tornou o maior artilheiro da história do PSG, ultrapassando o português Pauleta e Ibrahimovic.

Blanc continuou com o legado de Ancelotti e manteve o domínio na França, ao conquistar a Ligue 1 três vezes seguidas nas temporadas 2013/14, 2014/15, 2015/16. Assim, ele selou o tetracampeonato nacional, somando-se com o título que teve o italiano no comando técnico. Na Copa da França, o clube também teve títulos em sequência, em 2014/15, 2015/16, 2016/17 e 2017/18, os dois últimos com Unai Emery no comando técnico, após a saída de Blanc.

Zlatan Ibahimovic era a grande estrela do elenco até a temporada 2016/17, e se tornou o maior goleador da história do clube, marcando gols antológicos e acrobáticos, sua marca registrada. Mas, com seu ego inflado já conhecido, Zlatan não renovou o contrato e assim Cavani teve mais espaço para alcançar a artilharia do clube.

As recentes e badaladas contratações do Paris Saint-Germain

Ao longo das temporadas seguintes e com os cofres abertos e cheios, o Paris Saint-Germain seguiu contratando muitos jogadores, enchendo o elenco com grandes estrelas e destaques dos últimos anos. David Luiz, então titular da Seleção Brasileira e grande destaque do Chelsea, chegou como o zagueiro mais caro da história na temporada 2014/15. Na temporada seguinte, chegaram Ángel Di Maria, Layvin Kurzawa e o goleiro alemão Kevin Trapp.

Junto ao recém contratado técnico Unai Emery chegaram algumas estrelas como Julian Draxler, Thomas Meunier e Giovani Lo Celso. Para 2017/18, o PSG movimentou como nunca o mercado de transferências, com a chegada de Neymar, o jogador mais caro da história e novo grande astro do clube. Junto ao astro brasileiro, veio o jovem Kylian Mbappé, que havia feito estrago nos parisienses atuando pelo Mônaco na temporada anterior, e vinha com grande potencial e expectativa sobre ele.

Com isso, o clube manteve o domínio do futebol francês, apesar de algumas estrelas não terem rendido o que se esperava deles e terem deixado Paris. Foram mais três conquistas da Ligue 1 em sequência entre os anos 2018 e 2020 e duas Copas da França 2019/20 e 2020/2021. Porém, faltava o título continental, que bateu na trave na temporada 2019/20.

Champions League: a nova obsessão do PSG

Com o alto investimento vindo do Qatar para o Paris Saint-Germain, o clube buscou dar voos mais elevados, e se juntar ao grande rival local, o Olympique de Marseille único francês campeão do torneio. Além disso, os campeonatos nacionais já não oferecem tanto desafio para o clube parisiense. Assim, muito se cobrou do PSG, que vem mantendo um dos elencos mais caros e recheado de estrelas do mundo.

Na primeira aparição em 2012/13 o PSG acabou eliminado nas quartas de final diante do Barcelona, após dois empates, mas com os catalães marcando mais gols fora de casa. Na temporada seguinte, chegou novamente a mesma fase, e desta vez foi o Chelsea, quem eliminou o Paris Saint-Germain.

Em 2014/15, novo encontro com o Barcelona nas quartas de final, mas desta vez com amplo domínio catalão, com as duas partidas vencidas. De novo entre os oito melhores do continente, o PSG encontrou o Manchester City, que bateram os franceses na segunda partida, após empate na primeira.

Na temporada 2016/17, veio a eliminação mais traumática do clube. Nas oitavas de final encontrou de novo o Barcelona, e abriu uma larga vantagem de 4 a 0 em Paris na primeira partida, onde parecia tudo definido. Mas, no duelo de volta, em uma atuação de gala de Neymar, os catalães fizeram aquilo que parceria impossível. Com um gol no último, conseguiram bater os franceses por 6 a 1, em uma das viradas mais emblemáticas da história do futebol.

Novamente nas oitavas de final, o Paris Saint-Germain encontrou outro clube da Espanha na fase em 2017/18, o Real Madrid. Os merengues dominaram o confronto e despacharam o PSG com duas vitórias, aumentando o pesadelo francês na Champions. Na temporada seguinte, o algoz foi o Manchester United, que passou pelos franceses após perder em Manchester e reverter o placar.

2019-2020: PSG bate na trave pela primeira vez na Liga dos Campeões

Em 2019/20, em meio a pandemia da Covid-19, veio a melhor participação do Paris Saint-Germain na Champions League. O clube alcançou a grande final, após passar pelo Borussia Dortmund, a Atalanta da Itália e o RB Leipzig da Alemanha. Na decisão outro clube alemão, o poderoso Bayern Munich, que segurou o forte time do PSG liderado por Neymar e Mbappé. Inclusive, mesmo que ambos criassem boas chances, quem marcou foi Coman pelos alemães na etapa final, sacramentando o título do Bayern.

Na temporada 2020/21, o PSG chegou com a responsabilidade de buscar o título, depois da decepção da última temporada. Com isso, o clube alcançou novamente as semifinais, encontrando o Manchester City. Porém, os ingleses foram muito superiores nos dois jogos do confronto, e com duas vitórias eliminaram novamente o PSG.

Assim, o clube francês segue se reforçando, e trouxe o argentino Lionel Messi para compor o elenco em busca do título europeu. Além dele, ainda trouxe outras estrelas como o goleiro Gianluigi Donnarumma, Sérgio Ramos e Georginio Wijnaldum.

Principais brasileiros que jogaram no PSG

Thiago Silva, Marquinhos e Neymar: um dos três brasileiros que vestiram a camisa do Paris Saint-Germain.

Ao longo de sua história, o Paris Saint-Germain criou uma forte identificação com o Brasil. Isso se deu pelo grande número de atletas brasileiros que atuaram com a camisa azul e vermelha de Paris. Os primeiros a vestir as cores do paris foram Joel Camargo, campeão mundial em 1970 com a Seleção Brasileira e Armando Bombeiro.

O primeiro jogador a se destacar no PSG foi Abel Braga, que atuou entre 1979 e 1981 pelos parisienses. Em toda sua história, apenas em uma temporada o clube não teve brasileiros, e foi justamente no primeiro título da Liga, em 1985/86. Ao todo até 2021, 31 brasileiros tinham vestido a camisa do PSG, e muitos marcaram seus nomes na história do clube.

Raí foi eleito recentemente o maior ídolo da história do clube, em eleições populares realizadas entre torcedores, e até hoje é venerado em Paris. Ronaldinho Gaúcho, mesmo não estando em um período vencedor do Paris Saint-Germain é outro craque que é sempre lembrado pelos torcedores parisienses. Atualmente, Neymar é a grande estrela da companhia ao lado de um dos maiores líderes do elenco, o zagueiro Marquinhos.

Leonardo, Maxwell, Daniel Alves, Nenê, Ricardo Gomes, Valdo, Aloísio Chulapa, Geraldão, Alex, David Luiz, Thiago Silva, Thiago Motta (naturalizado italiano), Rafinha Alcantara, Ceará, Lucas Moura. Além deles, muitos levaram um pouco do Brasil para o clube, mantendo a tradição que perdura até hoje.

Representação brasileira também no futebol feminino

O Paris Saint-Germain, acompanha a evolução do futebol feminino no planeta, inclusive contando com algumas atletas de peso do Brasil. Entre as atletas brasileiras teve em seu elenco recentemente, nomes como Formiga, Cristiane, Érika, Daiane e Luana, todas com passagem na Seleção Brasileira.

Assim, o PSG busca protagonismo realizando altos investimentos em seus elencos, ainda que de forma desproporcional entre o masculino e o feminino. Dessa forma, há muito a se fazer para ter boas equipes em ambas as modalidades.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *