Olympique de Marselha

28 Títulos Oficiais
10 Milhões de Torcedores
Olympique de Marselha Marselha - França
Fundação 31 de agosto de 1899
Estádio / Capacidade Vélodrome / 67.395
Apelidos L'OM
Principais rivais Paris Saint-Germain, Lyon, Bordeaux
Apelido da torcida Les Phocéens (Os Focenses), Les Olympiens (Os Olímpicos)
Mascote Nino (Garoto)
UEFA Champions League

1992–93

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Liga dos Campeões 1 1992–93
Copa Intertoto da UEFA 1 2005

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Francês 9 1936–37, 1947–48, 1970–71, 1971–72, 1988–89, 1989–90, 1990–91, 1991–92, 2009–10
Copa da França 10 1923–24, 1925–26, 1926–27, 1934–35, 1937–38, 1942–43, 1968–69, 1971–72, 1975–76, 1988–89
Supercopa da França 3 1971, 2010, 2011
Copa da Liga Francesa 3 2009–10, 2010–11, 2011–12
Campeonato Francês - Ligue 2 1 1994-95

História

Olympique de Marselha: único clube francês campeão da Champions League

Olympique de Marselha: o único francês campeão da Liga dos Campeões.

Tradicional clube francês situado na cidade de Marselha, o Olympique de Marselha é um dos maiores clubes de seu país e com uma rica história no continente europeu. Por muito tempo, ficou conhecido como o clube mais bem sucedido do futebol francês, mas recentemente vê o seu reinado em risco por conta do milionário elenco do PSG.

Enquanto isso não ocorre, o Olympique de Marseille (em português, Marselha), é o único clube do país a ostentar o título da UEFA Champions League. Além disso, é o segundo maior campeão nacional, com nove títulos, atrás do Saint-Etienne, que possui um a mais.

Porém, para o próprio Olympique, as edições de 1928/29 e 1992/93 não contadas oficialmente, deveriam valer. Sendo que a edição 1928/29 é considerada amadora pela Federação Francesa e a edição de 1992/93 foi anulada por um esquema de manipulação de resultados.

Dono de uma torcida apaixonada, o L’OM possui a maior média de público da história do futebol francês, com quase toda a lotação máxima jogando como mandante. O Stade Vélodrome é um dos mais modernos e imponentes do continente, contando com capacidade para mais de 67.000 pessoas e pertence à cidade de Marselha. O estádio ainda abrigou partidas dos mundiais de 1938 e 1998, quando a França foi sede da Copa do Mundo nestes anos.

E para formar essa rica história, os Les Olympiens tiveram nomes importantes em seu elenco ao longo da história. Dentre os mais consagrados, nos anos 1980 e 1990, podemos citar Abedi Pelé, Didier Deschamps, Jean-Pierre Papin, Eric Cantona, Rudi Völler, Enzo Francescoli, Marcel Desailly, Fabien Barthez, Jocelyn Angloma, Alen Bokšić, Dragan Stojkovic, Didier Drogba, Franck Ribery e muitos outros que fizeram história no gigante francês.

Fundação do Olympique de Marselha

Em uma época em que o futebol estava tomando forma e buscando a consolidação, surgiram muitos clubes para praticá-lo no fim do século XIX. Na França, assim como na Inglaterra, muitas instituições foram criadas para praticar, além do futebol, o rugby. Como era uma fase inicial dos dois esportes, muitos dos novos clubes duraram pouco tempo ou se fundiram a outros para continuarem suas atividades.

A história do Olympique de Marselha é derivada de outros clubes, como era comum na época, fundamental para a sobrevivência dos novos clubes. Como uma das cidades mais importantes da França, a cidade de Marselha crescia como um dos principais centros esportivos do país. Sendo assim, muitos clubes apareceram e fizeram parcerias na cidade para continuarem abertos ou para crescerem e se consolidarem.

O principal responsável pela fundação da instituição que conhecemos hoje em dia, foi Réné Dufaure de Montmirail, que era o principal expoente dos esportes na cidade, e responsável pelo surgimento de outras instituições. Descendente do Football Club de Marseille, criado em 1897, pelo mesmo Réné, o Olympique de Marselha foi criado oficialmente em 31 de agosto de 1899, tendo o rugby como principal modalidade do clube.

Ainda como esporte secundário, o futebol começou suas atividades no clube pouco depois de sua fundação. A primeira partida de futebol realizada pelo Olympique de Marselha ocorreu em 1900, contra l’Union Sportive Phocéenne, onde o L’OM foi goleado por 4 a 0. Em seus primeiros anos, até a construção do Stade Vélodrome, atuou no Stade de l’Huveaune , onde passou a mandar suas partidas a partir de 1937.

Símbolo, escudo e cores: significado

Após a fundação do clube, o primeiro presidente foi seu próprio fundador, Réné Dufaure de Montmirail. O cartola era muito influente e se identificou prontamente com a nova instituição, tanto que o logo que passou a estampar as camisas do L’OM foi inspirada na marca pessoal de Réné, com o “D” de seu nome substituído pelo “O” se juntando ao “M”, fechando o “OM” do brasão da equipe.

O nome Olympique remete à fundação da cidade, que teve influência grega. O uniforme do clube sempre teve a camisa branca como predominante, com detalhes em azul claro, como das letras “OM”. Os calções nos primeiros anos eram pretos, mas depois foram substituídos pelo branco, e as meais na mesma cor, com detalhes sempre em azul claro.

O escudo do Olympique de Marselha, possui traços simples, mas suas características o tornam um dos mais lembrados e reconhecidos em todo mundo. A sigla “OM” está em destaque e com uma letra sobrepondo a outra, e uma estrela dourada acima delas, que simboliza a conquista da Champions League de 1992/93. Abaixo está o lema do clube, “Droit au But”, que significa “Direto ao Gol”, que ficou durante muitos anos sobrepondo as letras OM, e passou à parte inferior recentemente.

1900 a 1940: Primeiras décadas do Olympique de Marselha

Cumprindo seu objetivo de fundação, o Olympique de Marselha conseguiu diversas glórias e conquistas desde seus primeiros anos. Na era amadora do futebol, o OM participava de torneios municipais e regionais, realizando boas participações e algumas conquistas. Como por exemplo, no antigo Campeonato do Litoral de 1908, e chamando a atenção pelo rápido crescimento.

Na Copa da França, o mais antigo torneio de clubes do país, o Olympique ganhou seus primeiros troféus na década de 1920. Engatou três títulos do campeonato nas temporadas 1923/24 e um bicampeonato 1925/26 e 1926/27, em um período que consagrou alguns nomes como Edouard Crut, Jean Boyer, Jean Cabassu, Louis Jacquier e Maurice Galley.

No fim da década, na temporada 1928/29, o L’OM conquistou seu primeiro título nacional. Mesmo que não reconhecido como uma conquista do Campeonato Francês oficialmente, o Olympique considera o título do Francês Amador como o primeiro de grande importância de sua história.

Após a profissionalização do futebol no país, o Olympique de Marselha venceu o primeiro Campeonato Francês do formato atual, na temporada 1936/37. Com o mesmo número de pontos que o Sochaux, o OM acabou conquistando o título pelo critério de desempate de número de vitórias.

Na Copa da França vieram mais dois títulos, das temporadas 1934/35 e 1937/38, mostrando a ascensão do Olympique de Marselha nos primeiros anos de futebol profissional da França. Nomes como Emmanuel Aznar, Willy Kohut, Jean Bastien, Ferdinand Bruhin e o treinador József Eisenhoffer marcaram seus nomes no período.

Décadas de 1940 a 1970: Das conquistas até a maior crise de sua vida

Anos 1940: período de títulos.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o futebol retomou suas atividades na Europa, e o Olympique realizou uma campanha cheia de recordes em 1942/43. O ataque avassalador do clube marcou 100 gols em 30 jogos, inclusive 20 deles em apenas uma partida, na goleada histórica contra o Avignon, em que o placar final ficou em 20 a 2. Emmanuel Aznar foi um dos grandes destaques da década de 1940, e nesta temporada marcou 45 gols em 30 partidas, que somados aos 11 nos jogos de Copa, em que o OM foi campeão em cima do Bordeaux, chegou a incríveis 56 tentos na temporada.

Na temporada 1947/48 o Olympique de Marselha venceu novamente o Campeonato Francês, em mais uma disputa apertada contra o segundo colocado, desta vez o Lille, e com vitórias fundamentais no Vélodrome nas últimas rodadas. Depois desta conquista, o L’OM passou por um período muito complicado em sua história que culminou com algumas temporadas na segunda divisão e jejum de títulos.

Mesmo com alguns ídolos de sua história no elenco, o Olympique de Marselha não conseguiu manter o bom futebol. O clube acabou salvo na temporada 1951/52 graças ao talento individual de Gunnar Andersson, que com seu faro de goleador marcou gols que ajudaram a livrar o time do rebaixamento.

Decada de 1960: período de grande instabilidade

Mas, o rebaixamento veio algumas temporadas depois. Com uma campanha muito ruim na temporada 1958/59, o descenso à segunda divisão foi inevitável, uma vez que o L’OM acabou o campeonato na última colocação. O clube conseguiu retornar à elite após ficar em quarto lugar em 1961/62, mas, na temporada seguinte, amargou a lanterna da competição e voltou para a segunda divisão.

Para retornar novamente à primeira divisão, o clube passou por mudanças em sua direção, e com isso Marcel Leclerc assumiu a presidência e reestruturou as políticas do OM. Com isso, as ambições da equipe se elevaram e a equipe voltou a conquistar um título, da Copa da França da temporada 1968/69, contando com a estrela de Roger Magnunsson um dos ídolos históricos em Marselha.

1970-1980: Novos títulos e outro declínio do Olympique de Marselha 

A nova gestão trouxe novos ares a Marselha, que conseguiu voltar ao eixo vencedor no qual o clube esteve anos antes das quedas para a segunda divisão. Logo no início da década, o Olympique de Marselha engatou um bicampeonato da liga, nas temporadas 1970/71 e 1971/72, temporada na qual venceu também a Copa da França em cima do Bastia na grande final

Nestas conquistas, o L’OM apresentou alguns destaques relevantes, como Josip Skoblar que ganhou o prêmio da Chuteira de Ouro, de maior artilheiro da Europa em 1971. Outros nomes importantes foram Roger Magnunsson, George Carnus e Bernard Bosquier. De quebra, o clube pôde participar de suas primeiras Champions League, que tinham o formato antigo chamada de Copa dos Campeões, mas não foi longe nas primeiras participações.

Mas, uma nova crise se instaurou em Marselha ainda em 1972, com a confusão que o presidente Marcel Leclerc causou ao tentar contratar mais um estrangeiro, extrapolando o limite permitido pela Ligue 1, e com isso ameaçou deixar a competição. Para não ocorrerem sanções pesadas, o clube o demitiu, mas o estrago já havia sido feito. Assim,  o clube voltou a ganhar outro troféu somente na temporada 1975-76, vencendo a Copa da França sobre o Olympique Lyonnais com gols de Saar Boubacar e Raoul Noguès.

Depois, o Olympique de Marselha acabou retornando à segunda divisão. Com uma campanha que terminou o Campeonato Francês na penúltima posição, a crise que perdurava alguns anos, atingiu o seu ápice, e novamente o Marselha se viu diante de um rebaixamento.

1980-2000: O retorno à primeira divisão e elenco recheado de craques

Forte elenco do Olympique de Marselha nos anos 1990.

Em meio à crise que levou o OM para a disputa da Ligue 2, o clube passou algumas temporadas tentando se reerguer. Foi então que com um elenco cheio de jovens talentos, os Minots (as crianças) a equipe liderou seu grupo de acesso e conseguiu voltar a Ligue 1 em 1984. Inclusive, nesse time que subiu à elite, estava o jovem Éric de Meco, que faria história com as cores do clube anos mais tarde.

Dois anos depois, um novo presidente que revolucionou o Olympique de Marselha assumiu o cargo, Bernard Tapie. Com ele vieram muitos jogadores talentosos e renomados, para a montagem de um elenco de respeito que fosse capaz de brigar novamente por todos os títulos possíveis.

Dentre eles, Didier Deschamps, Jean-Pierre Papin, Enzo Francescoli, Abedi Pelé, Rudo Völler, Eric Cantona, Marcel Desailly, Abdoulaye Diallo, Yvon Le Roux, Jean Tigana, Carlos Mozer, Dragan Stojkovic, Jocelyn Angloma, Fabien Barthez, Alen Boksic e outros mais. Esses jogadores estiveram presentes, em sua maioria, até a conquista do tetracampeonato francês (1992) e da conquista da Champions League (1993).

Além disso, durante este período vencedor, o clube teve três treinadores destacados, que foram Gérard Gilli, Franz Beckenbauer e Raymond Goethals. Com tantas estrelas e treinadores competentes, o L’OM conquistou o tetracampeonato francês das temporadas 1988/89, 1989/90, 1990/91 e 1991/92. Além da Copa da França de 1988/89, em cima do Mônaco por 4 a 3 com três gols marcados por Jean-Pierre Papin e um de Allofs, sendo esta a última conquista do clube no torneio.

Mas, a coroação desta geração se deu na temporada 1992/93, que após alguns fracassos da equipe, finalmente chegou ao título do cobiçado troféu da Champions League. A conquista de maneira invicta teve um dos melhores elencos que já venceu o importante torneio, e é até hoje lembrado como um dos maiores títulos da história da UEFA.

O Olympique de Marselha fatura o Tetracampeonato Francês

Os primeiros frutos do grande elenco formado a partir da gestão de Bernard Tapie começaram a ser colhidos. Na Ligue 1 de 1988/89 o Olympique de Marselha disputou o título de forma acirrada com o Paris Saint-Germain até as rodadas finais, terminando a competição três pontos à frente dos parisienses no final e com Jean-Pierre Papin como artilheiro do campeonato.

Em outra competição muito disputada, com o campeão conhecido apenas no fim do torneio, o L’OM superou o Bordeaux em 1989/90, com Papin novamente sendo coroado o artilheiro do Francês. Na temporada seguinte, o Olympique conseguiu o terceiro título em sequência, desta vez com um pouco mais de folga, superando o Mônaco e o Auxerre, e Papin manteve a performance dos anos anteriores sendo novamente o artilheiro.

Para fechar o tetracampeonato do Francês, o Olympique de Marselha superou novamente o Mônaco. Com um pouco mais de vantagem do que nos anos anteriores, o L’OM fechou a inédita sequência novamente com Papin como grande artilheiro do campeonato da temporada 1991/92.

Do quase ao triunfo na Champions League

A taça mais cobiçada pelos clubes europeus, a UEFA Champions League, ficou próxima do Olympique de Marselha na temporada 1990/91. Em uma campanha onde os franceses eliminaram o poderoso Milan nas quartas de final, o adversário na grande final foi o Estrela Vermelha da extinta Iugoslávia. Na partida disputada em Bari, o placar seguiu inalterado até a disputa de pênaltis. Mas com a cobrança não convertida por Manuel Amoros e com as cinco cobranças convertidas pelos adversários, o Olympique de Marselha foi vice-campeão europeu.

Duas temporadas depois, o L’OM teve a chance de finalmente levantar o tão almejado troféu europeu. Na fase preliminar, os franceses eliminaram o Glentoran da Irlanda do Norte e em seguida o Dínamo Bucareste da Romênia, dando direito de disputar a fase de grupos. Nela estavam o Rangers da Escócia, o Club Brugge da Bélgica e o CSKA Moscou da Rússia, sendo que o campeão do grupo ganharia a vaga na grande final.

Sólido, o Olympique de Marselha terminou a fase com 9 pontos, um a frente do Rangers e com isso foi a Munique encontrar o poderoso Milan na final. O nome do estádio Olympiastadion era o mais propício para que o Olympique conquistasse o inédito troféu. E com um gol de Basile Boli aos 43 minutos do primeiro tempo, o clube conseguiu tal façanha. O título consagrou a geração, mas principalmente os integrantes daquele time como Barthez, Angloma, Di Meco, Desailly, Bokšić, Rudi Völler, Abedi Pelé e Didier Deschamps.

O treinador Raymond Goethals foi o responsável por encaixar tantas estrelas e montar um time bastante entrosado, como nos anos anteriores. Um fato curioso, é que o segundo maior artilheiro da história do clube, Jean-Pierre Papin estava no elenco do Milan na grande final, e acabou entrando no segundo tempo para enfrentar sua ex-equipe.

Escândalo de manipulação de resultados e segunda divisão

Escândalo de manipulação de resultados que tirou o lube de grandes disputas.

Toda empolgação em volta da grande conquista da Champions League durou pouco. Em 1994, um escândalo envolvendo o então presidente Bernard Tapie levou o Les Olympiens novamente para a segunda divisão. Desta vez, porque o cartola ofereceu uma quantia para atletas do Valenciennes que expuseram o caso, para deixar o Olympique vencer a partida e de quebra não colocarem a integridade física dos atletas de Marselha em riscos de lesões antes da final da Champions League.

O escândalo chamado de l’affaire VA-OM, teve como intermediário o jogador do clube Jean-Jacques Eydelie após o caso vir à tona. O título do Campeonato Francês de 1992/93 foi cassado, evitando o pentacampeonato da equipe, uma vez que terminou o torneio a frente do Paris Saint-Germain, que se recusou a ser coroado como campeão do manchado campeonato.

Além da perda do título, o L’OM foi impedido de disputar a Champions League da temporada seguinte, a Supercopa da Europa e o Campeonato Intercontinental de Clubes, conhecido como o Mundial de Clubes da época. Embora tenha disputado a edição e 1993/94 do Campeonato Francês, e terminado na segunda posição, o Les Olympiens acabou rebaixado para a edição 1994/95, onde saíram com o título da Ligue 2 e voltaram à elite.

Em nova reconstrução da diretoria, com Robert Louis-Dreyfus assumindo o comando, no retorno a Ligue 1, o elenco foi reformulado com a aquisição alguns jogadores importantes. Chegaram Laurent Blanc, Fabrizio Ravanelli, e Andreas Köpke, mas o time não saiu do meio da tabela no Campeonato Francês.

Na temporada 1998/99, no centenário do Olympique de Marselha, o treinador Rolland Courbis recebeu mais reforços importantes. Dentre eles, Christophe Dugarry, Robert Pires e Florian Maurice, que levaram a equipe ao vice-campeonato francês e à decisão da Copa da UEFA, sendo derrotado pelo Parma por 3 a 0.

Anos 2000 em busca do antigo prestígio e novos títulos

Craques dos anos 2000 do Olympique de Marselha.

O agora centenário Olympique de Marselha seguiu em busca de novas conquistas, após se recuperar do rebaixamento nos anos 1990. Com isso, apostava em um elenco com bons jogadores na virada do milênio, como William Gallas, Fernandão, Daniel Van Buyten, Cédirc Carrasso, George Weah, Marcelinho Paraíba, Mido, Didier Drogba, Bixente Lizarazu, Samir Nasri e a revelação Franck Ribery.

Aos poucos, o Les Olympiens conseguiram alguns bons resultados, como quando alcançaram a final da Copa da UEFA novamente na temporada 2003/04. Depois de eliminarem o Dnipro da Ucânia, a Internazionale de Milão, o Liverpool e o Newcastle da Inglaterra, os franceses encararam a sensação e atuais campeões espanhóis, o Valência. O clube da Galícia levou a melhor sobre os franceses que tinha Barthez e Drogba no elenco, por 2 a 0.

Para a temporada 2005/06, o Olympique venceu a Taça Intertoto da UEFA, competição na qual dava direito a vagas na Copa da UEFA. O clube venceu o Young Boys da Suiça, a Lazio da Itália e no último round, reverteu o confronto contra o Deportivo La Coruña da Espanha, após perder por 2 a 0 na primeira partida e vencer a segunda por 5 a 1.

Na temporada 2006/07 o Olympique chegou perto de mais um título da Copa da França. Mas, o clube parou nas penalidades contra o Sochaux, depois do empate em 2 a 2 no tempo normal. Assim, o clube voltava a disputar de igual para igual as competições domésticas e continentais, inclusive com participações constantes Champions League e na Copa da UEFA.

Últimas conquistas e novo jejum de títulos

Última conquista da Ligue 1 em 2009-10.

Os bons resultados de outrora pareciam estar de volta em Marselha. Na Copa da Liga Francesa de 2009/10, com Didier Deschamps, seu antigo capitão como treinador, o Olympique de Marselha voltou a alevantar um troféu. Bateu o Bordeaux na grande final por 3 a 1 com gols de Souleymane Diawara, Mathieu Valbuena e gol contra Matthieu Chalmé.

Na mesma temporada, o clube quebrou o jejum de 18 anos sem conquistar o Campeonato Francês. Com 6 pontos a frente do Olympique Lyonnais, o jejum de conquistas foi encerrado com um título de Copa e Liga, contando com Mamadou Niang coroado como artilheiro do Campeonato Francês.

Na Copa da Liga, o clube engatou mais duas conquistas na sequência, fechando o tricampeonato, e batendo respectivamente o Montpellier e o Olympique Lyonnais, ambos pelo placar mínimo de 1 a 0. Estas foram às últimas conquistas do Olympique de Marselha, que amarga um novo jejum de títulos atualmente.

Nos últimos anos, o L’OM conseguiu montar boas equipes sob o comando de Marcelo Bielsa, que incluisve, se tornou um ídolo do clube. Além disso, ainda contou atletas como André-Pierre Gignac, André Ayew, Michy Batshuayi, Nicolas N’Koulou, Steve Mandanda e Dimitri Payet.

Posteriormente, o clube ainda teve como treinadores o espanhol Míchel, o português André Villas-Boas e mais recentemente o polêmico e irreverente argentino Jorge Sampaoli. Sem contar que na temporada 2014/15, Olympique chegou a nova final da Copa da França, mas foi derrotado por 4 a 2 pelo Paris Saint-Germain (PSG). Mas, o melhor resultado recente do clube foi o vice-campeonato da UEFA Europa League de 2017/18.

Uma nova esperança para o futuro do Olympique de Marselha

Hoje, o clube possui um proprietário americano, o empresário Franck McCourt, que adquiriu o Olympique de Marselha a Margarita Louies-Dreyfus, em agosto de 2016. O clube tenta sair das sombras do PSG, que domina o futebol francês desde que foi adquirido pelo fundo bilionário do Qatar, e segue em busca de campanhas sólidas e regulares com a aquisição de jovens atletas com potencial e de alto investimento.

Inclusive, com a contratação do técnico Jorge Sampaoli, o clube tem se mostrado bastante ativo no mercado da bola, contratando alguns nomes já conhecidos no futebol brasileiro. Dentre eles, o volante Gérson, que teve passagem notável pelo Flamengo e o zagueiro Luan Peres, ex-Santos.

 

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