FC Barcelona

120 Títulos Oficiais
250 Milhões de Torcedores
FC Barcelona Barcelona - Espanha
Fundação 29 de outubro de 1899
Estádio / Capacidade Camp Nou / 99.789
Apelidos Barça, Blaugrana
Principais rivais Real Madrid, Espanyol, Atlético de Madrid
Apelido da torcida Culés, Barcelonistas
Mascote O avô do Barça
Mundial de Clubes

2009, 2011, 2015

UEFA Champions League

1991–92, 2005–06, 2008–09, 2010–11, 2014–15

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Mundiais

Competição Títulos Temporada
Mundial de Clubes 3 2009, 2011, 2015

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Liga dos Campeões 5 1991–92, 2005–06, 2008–09, 2010–11, 2014–15
Recopa Europeia 4 1978–79, 1981–82, 1988–89, 1996–97
Supercopa da UEFA 5 1992, 1997, 2009, 2011, 2015
Copa Latina 2 1949, 1952
Taça das Cidades com Feiras 3 1957–58, 1959–60, 1965–66

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Espanhol 26 1928–29, 1944–45, 1947–48, 1948–49, 1951–52, 1952–53, 1958–59, 1959–60, 1973–74, 1984–85, 1990–91, 1991–92, 1992–93, 1993–94, 1997–98, 1998–99, 2004–05, 2005–06, 2008–09, 2009–10, 2010–11, 2012–13, 2014–15, 2015–16, 2017–18, 2018–19
Copa do Rei 31 1909–10, 1911–12, 1912–13, 1919–20, 1921–22, 1924–25, 1925–26, 1927–28, 1941–42, 1950–51, 1951–52, 1952–53, 1956–57, 1958–59, 1962–63, 1967–68, 1970–71, 1977–78, 1980–81, 1982–83, 1987–88, 1989–90, 1996–97, 1997–98, 2008–09, 2011–12, 2014–15, 2015–16, 2016–17, 2017–18, 2020–21
Supercopa da Espanha 13 1983, 1991, 1992, 1994, 1996, 2005, 2006, 2009, 2010, 2011, 2013, 2016, 2018
Copa da Liga Espanhola 2 1982–83, 1985–86
Copa Eva Duarte 3 1949, 1952, 1953

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Catalão 23 1902, 1903, 1905, 1909, 1910, 1911, 1913, 1916, 1919, 1920, 1921, 1922, 1924, 1925, 1926, 1927, 1928, 1930, 1931, 1932, 1935, 1936 e 1938

História

Índice

28FC Barcelona: o time do futebol bonito

Barcelona time de história e futebol bonito.

Dentro do futebol, algumas equipes possuem um DNA de jogo que lhe é característico ao longo de sua história. No FC Barcelona, esse DNA sempre foi marcado pelo futebol bonito e trocas de passes envolventes capazes de encantar qualquer torcedor.

Foi com esse estilo de jogo, digno de poesia, que o clube catalão viveu os seus momentos mais mágicos de sua história. Como por exemplo, em 1990, período em que a equipe passou a ter grande ascensão internacional, com o Dream Team comandado por Johan Cruyff. O holandês, que levou o seu futebol encantador para fora dos gramados e revolucionou a forma de enxergar o esporte.

Inclusive, enquanto jogador, o holandês recebeu o prêmio Bola de Ouro, assim como uma legião de craques que passaram pelo clube. Maradona, Romário, Stoichkov, Rivaldo, Ronaldinho Gaucho, Ronaldo e Messi foram os outros jogadores, que assim como Cruyff, conquistaram tal prêmio. Dessa forma, ambos conquistaram 12 prêmios de melhor jogador do mundo, o maior recorde que uma equipe pôde contar.

Além disso, o clube ostenta o orgulho de ser o maior campeão da Copa do Rei com 31 títulos e o fato de nunca ter sido rebaixado ao lado de Athletic Bilbao e Real Madrid.

Por falar nos madrilenhos, são eles que formam ao lado do Barcelona, uma das maiores rivalidades do mundo, que deram origem ao “El Clássico”. Além de ter o Real Madrid como Rival, o time culé também possui uma rivalidade local com o Espanyol protagonizando o “Derbi Barceloni”.

Com tantas histórias e títulos, o Barcelona conquistou adeptos pelo mundo todo, além de possuir uma torcida muito apaixonada. Assim, o clube tem conseguido reverter todo esse prestigio em dinheiro, se tornando um dos mais ricos do planeta.

FC Barcelona: fundação

Clube em seu ano de fundação, 1899.

No dia 22 de outubro de 1899, o suíço Hans Gamper, um apaixonado por futebol, colocou um anúncio no jornal Los Deportes demonstrando a sua vontade de montar um clube de futebol. Muitos se interessaram com a publicação, no que resultou em uma reunião no ginásio Solé um pouco mais de um mês depois. Entusiastas das mais diversas nacionalidades como espanhóis, suíços e britânicos, estiveram presentes.

Dentre as pessoas interessadas, onze eram jogadores, sendo eles Walter Wild, Lluís d’Ossó, Bartomeu Terradas, Otto Kunzle, Otto Maier, Enric Ducal, Pere Cabot, Carles Pujol, Josep Llobet, John Parsons e William Parsons. Com a presença de ambos, o Futbol Club Barcelona foi fundado, sendo que Walter Wild foi eleito o primeiro diretor.

A partir dali, não nascia apenas um clube, mas também, um símbolo de uma nação, que através do futebol expressava a sua paixão pela Catalunha. Pois basta lembrar, que aquela é uma região que reivindica sua independência em relação à Espanha. Assim, esse fator histórico é um fator adicional às disputadas futebolísticas e como forma de resistência.

Apelido “Culé”: o que significa?

Em seus primeiros anos de fundação, mais precisamente entre 1906 e 1922, o FC Barcelona comandou seus jogos no estádio Carrer de La Industria. Mas, com o crescimento de sua torcida, o clube precisou aumentar a capacidade de seu estádio em 1916 e construiu a primeira arquibancada de um campo de futebol na Espanha.

Assim, a capacidade do estádio aumentou para 6 mil pessoas, porém um fato inusitado passou a chamar atenção daqueles que passavam pelas redondezas. Aqueles observavam o estádio pelo lado de fora, em dia de jogo, podiam avistar os torcedores sentados de costas nas extremidades da arquibancada.

Dessa forma, os moradores da região passaram a chamar os torcedores do Barcelona de “Culés” ou “Culers”, o que siginifca, aqueles que mostram as costas. Esse apelido foi bem recepcionado pelos adeptos da equipe, que em forma de bom humor, o adotou até os dias atuais.

Símbolo, escudo e cores: significado

Após a sua fundação, o FC Barcelona adotou as suas primeiras cores, Palácio Azul e Grená, popularmente conhecidas como blaugrana. Segundo relatos da época, essas cores foram adotadas em alusão as cores do Basel da Suíça, equipe da terra natal de Joan Gamper.

O primeiro símbolo adotado pela equipe era um losango com as bandeiras da Catalunha na parte interna, com cruzes e listras vermelhas. Em volta do escudo, dois ramos o adornavam, além de uma coroa dourada e um desenho de morcego logo acima. Esse símbolo continuou sendo utilizado pela equipe até 1910.

Naquele ano, o emblema do clube começou a tomar as formas como conhecemos. Com suas curvas e contornos em dourado, o escudo do Barcelona é dividido em três partes, com as iniciais do nome da equipe ao centro, uma bola de futebol dourada logo abaixo e bandeira da Catalunha acima. Ao longo do tempo, esse símbolo sofreu poucas alterações, nada que mudasse a sua essência.

A relação com a Catalunha, participação dos sócios e o termo “més que um club”

Desde a sua fundação, o FC Barcelona sempre foi administrado por torcedores e entusiastas do clube. Em uma forma de união, ambos cuidam da equipe como se fosse um lar, em uma nação independente que se sente desabrigada no campo geopolítico.

Dessa forma, o Barcelona não era apenas um clube para essas pessoas e sim, uma força de resistência cheia de simbologia. Em meio a movimentos separatistas, o clube tem sido utilizado como a expressão máxima cultural de um povo que luta pelo reconhecimento de sua nação. Inclusive, os administradores e adeptos do time culé jamais esconderam a sua insatisfação pelo fato de a Catalunha ser politica e administrativamente ligada à Espanha, principalmente por questões culturais.

Tanto que em seus primeiros anos, o Barcelona adotou o catalão como sua língua oficial, em detrimento do espanhol. Essa que foi uma das primeiras ações que mostrava o orgulho dos adeptos da equipe pela região onde sempre mantiveram muito apreço.

Por conta disso, nasceu a celebre frase “més que um club”, ou “mais que um clube”, dita pela primeira vez pelo então presidente do clube, Narcís de Carreras, em 1968. Essa frase representa muito bem, todo o sentimento do torcedor culé em relação à equipe e sua simbologia.

1899-1940: Primeiras décadas FC Barcelona

Em seus primeiros anos, o FC Barcelona passou por alguns altos e baixos. Em 1902, a equipe faturou o seu primeiro título da história, a Copa Macaya. Porém, em 1908, Hans Gamper, que passou a ser reconhecido como Joan Gamper, precisou assumir a presidência para livrar o clube da falência.

Com o apoio da torcida, que deu aporte financeiro, ele conseguiu reerguer a equipe com maestria e por isso foi reeleito mais quatro vezes até 1925. Com seu bom trabalho, Joan Gamper é considerado um dos maiores ídolos do Barcelona, sendo inclusive, homenageado com a “Taça Joan Gamper”.

Em 1909, o Barcelona passou a contar com o seu primeiro estádio, o Camp de La Indústria, mesmo que de maneira emprestada. Esse foi o campo do time culé até 1922, ano em que a equipe passou a contar com a sua própria casa, o estádio Les Cortes.

Mas, ainda enquanto jogava no Camp de La Indústria, o Barcelona viveu alguns de seus momentos felizes. Como por exemplo, em 1910, quando venceu o seu primeiro título de Copa do Rei e em 1912 e 1913, quando faturou mais dois títulos da competição. Como desdobramento, os blaugranas também começaram a dominar o cenário do futebol local, o que aflorou uma rivalidade com outra equipe importante da Catalunha, o Espanyol.

Pouco depois, em 1919, o clube passou a contar com o primeiro grande goleiro de sua história, Ricardo Zamora, “O Divino”.  Ele que permaneceria na equipe até 1922 e mesmo jogando pouco, entrou para a história, assim como no Real Madrid, onde jogaria futuramente.

Em 1929, mais um feito histórico, o Barcelona seria o primeiro campeão da recém-nomeada La Liga. Repetindo o feito apenas 15 anos depois, na temporada 1944-45, com dois pontos a frente do rival Real Madrid.

Década de 1930: Poucos títulos e grande prejuízo com a situação política

Se os primeiros anos do FC Barcelona foram difíceis, a década de 1930 conseguiu ser ainda pior, principalmente com a morte de Joan Gamper. Ele que havia livrado a equipe da falência em 1908, nada pôde fazer em relação à nova crise que estava por vir.

Em 1936, o novo presidente do Barcelona, Josep Sunyol, que era a favor da separação da Catalunha, foi brutalmente assassinado pelas forças do general Francisco Franco. Para piorar, a instabilidade política na Espanha e a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), resultaram em um grande prejuízo para o clube. Por medo, muitos sócios deixaram o time e muitos jogadores rescindiram contrato.

Todo esse medo era justificável, pois nesse meio tempo, a sede do clube foi bombardeada por forças franquistas. Como resultado disso, o Barcelona amargou um período difícil dentro de campo, conquistando apenas alguns títulos do Campeonato da Catalunha, competição extinta em 1938.

Como uma luz no fim do túnel, o Barcelona viajou a América realizando jogo para angariar fundos para se recuperar de seu prejuízo financeiro. A partir dali, uma nova era de reconstrução começava para a equipe.

Décadas de 1940: FC Barcelona se reergue, sob a supervisão de Franco

Após um período de retaliação, o FC Barcelona viveu uma nova era de reconstrução, porém, com ressalvas. Para sobreviver, o clube precisou obedecer algumas exigências do ditador Francisco Franco, sob ameaças de novas represálias.

Durante a década de 1940, o escudo e nome do clube foram modificados por não serem considerados inteiramente espanhóis. Além disso, os presidentes da equipe tinham que passar pela aprovação da ditadura franquista e nenhuma manifestação de inspiração separatista deveria ser feita.

Seguindo todas essas exigências, o Barcelona conseguiu se reerguer aos poucos e o primeiro resultado dessa reconstrução foi o título da La Liga de 1944-45. Nessa retomada de conquistas, a equipe ainda faturou os títulos das temporadas de 1947-1948 e 1948-1949 da competição. Vale destacar, que nesse bicampeonato, o técnico uruguaio Enrique Fernández foi o comandante, entrando para a história como um dos mais importantes do time culé.

Em 1949, o Barcelona conquistou pela primeira vez, o seu título oficial fora do cenário do futebol nacional. A Copa Latina, primeira competição europeia realizada pela FIFA, percursora da Liga dos Campeões, foi conquistada pelo time catalão, após vitória sobre o Sporting na final.

Em meio a essas conquistas, alguns jogadores conseguiram destaque. Dentre eles, o atacante César Rodríguez, um dos principais ídolos da história do clube, que anotou 304 gols em 456 partidas com a camisa blaugrana. Além dele, o também atacante Mariano Martín se destacou pela equipe ao lado de Josep Samitier e do lendário goleiro Estanislau Basora.

Década de 1950: “Era Kubala” e inauguração do Camp Nou

FC Barcelona na era de Kubala.

Passado o seu período de reconstrução, o FC Barcelona começou a viver uma nova era de ouro na década de 1950. Entre os anos de 1950 e 1953, a equipe conquistou três vezes a Copa do Rei e duas vezes a La Liga.

Ainda em meio a esses títulos, um dos maiores ídolos da equipe chegou para fazer história. O lendário atacante húngaro László Kubala foi contratado pelo Barcelona em 1951, junto com seus compatriotas Sándor Kocsis e Zoltán Czibor. Ele que ao longo de sua passagem pelo Barcelona comandou o time durante as conquistas de 5 títulos da Copa do Rei e 4 títulos espanhóis, até por isso se tornou ídolo.

Após a chegada de Kubala, outro grande jogador foi contratado pela equipe. Trata-se de Luis Suárez, meia espanhol que chegou ao Barcelona em 1954 e que também fez história, sendo inclusive, eleito Bola de Ouro em 1960.

Logo depois, em 1957, quem chegou foi o atacante brasileiro Evaristo de Macedo, para completar o poderoso trio ofensivo do Barcelona. Sem contar que na temporada seguinte, o lendário treinador espanhol Helenio Herrera tomou conta do comando técnico para treinar uma das gerações mais emblemáticas do time culé.

Juntos, o trio comandado pelo treinador Helenio Herrera, não apenas jogou um futebol encantador como também deu resultado em campo. Ambos faturaram dois títulos da Copa do Rei de 1956-57 e 1957-58, além de mais dois títulos da La Liga dos anos de 1958–59 e 1959–60.

Porém, mesmo com tantas conquistas, o Barcelona conseguiu fazer frente com o Real Madrid de Di Stéfano apenas em conquistas nacionais. Até porque, em títulos internacionais, os blancos foram dominantes com 5 títulos europeus, durante os anos 1950. Isso se deve ao fato do apoio dado ao clube madrilenho pelo general Francisco Franco.

1953: FC Barcelona chegou a assinar com Di Stéfano, mas Real acabou levando

Em 1953, um dos fatos mais curiosos da história do futebol, acendeu ainda mais a rivalidade entre Real Madrid e Barcelona. Trata-se da polêmica contratação de Alfredo Di Stéfano por parte do time merengue.

Na ocasião, os culés já haviam negociado com o River Plate, donos do direito do jogador, para contar com o futebol do argentino. Porém, quando Di Stéfano já havia assinado com o Barcelona e realizado três amistosos, o Real Madrid entrou na disputa. Nessa negociação, o clube madrilenho foi esperto, pois negociou com o Millionários da Colômbia, que também se intitulava dono do passe do atleta.

Com esse impasse, o ministro do esporte do governo franquista, o General Moscardo, propôs que o jogador atuasse em temporadas alternadas pelas duas equipes, durante quatro anos. O acordo não foi aceito pelo Barcelona e dessa forma, Di Stéfano ficou apenas no Real Madrid.

1957: inauguração do Camp Nou

Estádio Camp Nou.

Em suas primeiras décadas, o FC Barcelona foi aumentado o seu tamanho e por isso, o seu estádio Les Cortes se tornou pequeno. Assim, em 1955, o estádio Camp Nou começou a ser construído e suas obras foram concluídas dois anos depois, em 1957. Sendo que essa nova casa do clube triplicou em relação à capacidade da anterior, saindo dos 30 mil lugares para os 99 mil lugares.

O estádio que recebeu o nome de Camp Nou ou “Novo Campo” por ser a nova casa da equipe, recebeu diversos eventos festivos. Dentre tais festividades, o primeiro jogo da história do estádio foi um duelo entre Barcelona e a seleção da Varsóvia. Na ocasião, o clube catalão venceu pelo placar de 4 a 2 e o primeiro gol marcado da partida e da história do estádio saiu dos pés do paraguaio Eulogio Martínez.

Hoje, o Camp Nou é o maior estádio da Europa com capacidade para 99.789 pessoas. Por conta disso, o estádio também é um dos mais populares do mundo, digno de curiosidade dos estrangeiros que viajam para Barcelona, a fim de visitar o seu museu.

Década de 1960: FC Barcelona e sua era de poucos títulos

Após a sua era de ouro na década de 1950, o FC Barcelona viveu um período difícil e de poucos títulos nos anos 1960. Essa fase de vacas magras ocorreu por conta do desmanche que a equipe teve de enfrentar em seu elenco e o pouco investimento em contratações. Vale lembrar, que naquela época, o clube havia investido muito dinheiro em seu estádio, o Camp Nou.

Dentre os jogadores mais badalados, o primeiro a deixar o Barcelona foi Luis Suárez, após ter sido negociado com a Inter de Milão em 1961. No ano seguinte, foi a vez de Evaristo de Macedo deixar a equipe, dessa vez, rumo ao rival Real Madrid. E por fim, em 1963, Kubala deixou o clube com destino a outro rival, o Espanyol. Nesse meio tempo, o goleiro Antoni Ramallets, Justo Tejada, Zoltán Czibor e Joan Segarra foram os outros jogadores a abandonarem a barca.

Ainda contando com esses jogadores, a equipe conseguiu vencer a Copa do Rei da temporada 1962-63. Sem a presença deles, voltou a conquistar a competição um pouco mais tarde, na temporada 1967-68.

Curiosamente, essa última conquista foi em cima do Real Madrid, em uma decisão que ficou conhecida como “a final das garrafas”. Esse nome se deve ao fato da insatisfeita torcida merengue ter atirado garrafas de vidro no gramado do Santiago Bernabeu, por conta de uma não marcação de pênalti. Até hoje, as garrafas de vidro são proibidas em estádio por causa desse episódio.

1970: Retomada do Nacionalismo Catalão e chegada da Lenda Cruyff

No final dos anos 1960, a ditadura franquista começou a perder força e dessa forma, o FC Barcelona voltou a viver aos poucos, a sua rotina normal. Tanto que em 1969, o novo presidente do clube Agustí Monta, retomou o discurso de símbolos nacionalistas da Catalunha.

Inclusive, não demorou para que o governo de Franco fosse dissolvido, algo que aconteceu em 1973. Dessa forma, o Barcelona pôde recolocar em seu escudo, os símbolos da bandeira da Catalunha, após décadas de proibição.

Para melhorar, nesse período, a equipe contratou o técnico holandês Rinus Mitchels em 1971 e, em 1973, o seu conterrâneo, um dos maiores ídolos do Barcelona, Johan Cruyff. Ambos vieram do Ajax, sendo que Cruyff vinha da conquista de três Liga dos Campeões seguidas com o time holandês, somando também a conquista de duas Bolas de Ouro em 1971 e 1973. Michels introduziu o conceito de Futebol Total no Barcelona, baseado no conceito de que os jogadores podiam jogar em qualquer posição, tendo grande influência no futuro do estilo de jogo do clube. O conceito do futebol fluído, sem amarras, se adequava perfeitamente à democracia que estava reaflorando na Catalunha.

Porém, apesar de jogar um futebol de encher os olhos, Cruyff faturou apenas a La Liga da temporada 1973-74 com a camisa blaugrana. Porém, esse é um dos títulos mais marcantes da história da equipe, principalmente pelo contexto daquele período. Fazia 25 anos que o Barça não conquistava a La Liga e em 1974 o clube completava 75 anos de fundação. O título e aniversário do clube contaram com uma festa de comemoração histórica, com a presença de figuras ilustres da Catalunha, como os artistas Joan Miró e Salvador Dalí.

1973-74: Título da La Liga é o único em 25 anos

Em meio a sua nova era de reconstrução, o Barcelona conquistou o título da La Liga na temporada 1973-74. O time comandado por Rinus Michels conseguiu a façanha de conquistar o título da competição com cinco rodadas de antecedência.

Nada surpreendente, para uma equipe que tinha como referencia técnica o lendário Johan Cruyff. Além dele, o Barcelona contava com os seguintes jogadores na conquista: Sadurní, De la Cruz, Joaquim Rifé, Antonio Torres, Juan Manuel Asensi, Juan Carlos, Marcial, Álavarez Costas, Alejandro Sotil e Carles Rexach.

Inclusive, esse time foi capaz de golear por 5 a 0 o seu maior rival, o Real Madrid, pela 22º rodada da competição. Na partida, Asensi anotou dois gols, enquanto Cruyff, Juan Carlos e Sotil anotaram os demais. Naquela época, o Barcelona tinha um elenco considerado superior ao dos seus rivais, que amargavam um período de má fase.

Além disso, esse título foi considerado muito especial por ter sido considerado um presente de 75 anos do clube.

1978-1979: Primeiro título europeu oficial do FC Barcelona

Quatro anos depois de conquistar sua histórica La Liga, o FC Barcelona voltou a faturar mais um título, dessa vez, a Taça dos Clubes Vencedores de Taças 1978-1979. Na época, essa era considerada uma competição secundária na Europa, popularmente conhecida como Recopa Europeia.

Sem a presença de Cruyff, a equipe sofreu algumas mudanças em seu elenco em relação à conquista da La Liga. Inclusive no comando técnico, quem assumiu foi o ex-jogador do clube, Joaquim Rifé. Assim, na conquista do título europeu, o Barcelona contou com o seguinte time: Artola, Rexach, Albaladejo, Migueli, Tente Sánchez, Zuviria, Costas, Johan Neeskens, Asensi, Carrasco e Krankl.

Com esse time, o Barcelona passou pelo Shaktar Donetsk na segunda fase, Anderlecht nas oitavas de finais e Ipswich Town da Inglaterra nas quartas. Já na fase semifinal, mais uma classificação, dessa vez contra o Beveren da Bélgica.

Na decisão, o time culé encarou o Fortuna Düsseldorf da Alemanha e em um jogo muito equilibrado, venceu pelo placar de 4 a 3. Sem contar que o Barcelona estava vencendo a partida por 2 a 1 e tomou o empate no final. A equipe só resolveu o confronto na prorrogação, ao marcar mais dois gols e garantir o título.

Década de 1980: Ascensão como potência européia e chegada de novas lendas

Na década de 1980, o FC Barcelona deu um passo à frente em relação a sua história, ao se projetar ainda mais no cenário do futebol europeu. Na temporada 1981-82, o clube conquistou mais um título da Recopa Europeia, contra o Standard Liege no Camp Nou.

Esse título que inclusive, veio em boa hora, pois ocorreu pouco tempo depois após o sequestro de um dos jogadores do clube. Enrique Quini havia ficado 25 dias em cativeiro, configurando em um dos piores momentos da história do clube, ficando atrás apenas do período da ditadura franquista. Esse episódio foi tão traumático, que o Barcelona não conseguiu se concentrar na briga pelo título espanhol e perdeu a liderança da La Liga nas rodadas finais.

Ainda em 1981, mais um fato histórico aconteceu. O clube contratou Diego Maradona, na maior transação da história do futebol até então. Pela equipe, Don Diego permaneceu por apenas dois anos, por conta de lesões e problemas extracampo, mas esse tempo foi suficiente para que ele brilhasse. Seu principal destaque foi na conquista da Copa do Rei de 1982-83, quando foi aplaudido de pé pela torcida do Real Madrid após uma partida fantástica.

Em 1980, o time culé ainda contratou outro notável meio-campo alemão Bernd Schuster, que veio do Colônia e era um dos melhores jogadores do mundo na época. Junto com o Barcelona, o meia conquistou o título da La Liga em 1984-1985, algo que não acontecia há 11 anos. Inclusive, naquela conquista, os catalães contaram com um dia inspirado do goleiro Urruti que defendeu um pênalti aos 43 minutos do segundo tempo.

Em 1986, o Barcelona chegaria a sua primeira final de Liga dos Campeões, tendo perdido o título para o clube romeno Steua Bucaresti. Dois anos depois, a equipe venceu mais um título da Recopa Europeia, este já sob o comando de Johan Cruyff.

Década de 1990: o Dream Team de Cruyff, topo da Europa e domínio no campeonato espanhol

Se na década anterior o FC Barcelona já estava conquistando seu espaço no cenário europeu, nos anos 1990, o clube conseguiu essa façanha de vez. Até porque, sob o comando de Johan Cruyff, os culés montaram um verdadeiro Dream Team que jogava por música. O resultado disso foi uma série de conquistas da equipe e o inédito título da Liga dos Campeões.

Em 1990, já no inicio da formação dessa nova geração, a equipe logo contou com a presença de um de seus jovens de La Masia, Pep Guardiola. O meia, que viria a ser um dos lideres do forte elenco do Barcelona e futuramente discípulo de Johan Cruyff.

Foi justamente sob o comando de Cruyff, contando com craques como Guardiola, Ronald Koeman e Stoichkov, que o Barcelona finalmente conquistou o seu primeiro título da Liga dos Campeões na temporada 1991-19992. Nesse meio tempo, a equipe ainda faturou mais 4 títulos da La Liga entre os anos 1990 e 1994.

Logo depois, mais craques foram chegando à equipe, como os brasileiros, Romário, Ronaldo e Rivaldo. Cada um desses jogadores foram se sucedendo um ao outro, com o baixinho chegando em 1993, o fenômeno em 1995 e Rivaldo em 1997. Inclusive, foi Rivaldo quem conquistou a Bola de Ouro com a camisa blaugrana, embora Romário e Ronaldo terem conquistado o prêmio, mas já fora do Barcelona.

Por falar em Rivaldo, foi ele o grande líder técnico do Barcelona no bicampeonato da La Liga conquistado em 1997-98 e 1998-99. Esse dois títulos conquistados pelos comandados de Louis van Gaal, foram um verdadeiro presente para o clube que completava o seu centenário em 1999.

Essa que foi a primeira década na história que o Barcelona realmente sobrou para cima de seu rival Real Madrid. Sendo que os merengues dominaram o cenário doméstico entre 1985 e 1990, com um pentacampeonato espanhol.

1991-1992: o primeiro título da Liga dos Campeões do FC Barcelona

Após bater na trave na temporada 1985-86, o FC Barcelona finalmente conquistou o seu primeiro título da Liga dos Campeões em 1991-92. O time comandado por Johan Cruyff esbanjava um futebol bonito, que mexia com os sentidos do torcedor, em ritmo de música, digno de encher os olhos e capaz de nos deixar sem palavras.

Para montar essa forte equipe, o Barcelona contou com alguns pilares, como Zubizarreta, Laudrup, Ronald Koeman, Pep Guardiola e o astro Hristo Stoichkov. Com eles, fizeram parte do seguinte time base: Zubizarreta, Nando, Koeman, Albert Ferrer, Juan Carlos, José Mari Bakero, Julio Salinas, Stoichkov, Laudrup, Guardiola e Eusebio Sacristán.

Com essa equipe, o Barcelona teve que passar por duas fases eliminatórias contra o Hansa Rostock e Kaiserslautern, ambos da Alemanha. Passando por essas equipes, o time culé se classificou para a decisiva fase de grupos que daria vaga a final. Nessa fase, o clube deixou para trás Sparta Praga, Benfica e Dinamo de Kiev.

Na grande final, os catalães enfrentaram a Sampdoria em um jogo muito equilibrado. Tanto que no tempo normal, nenhuma das duas equipes tiraram o zero do placar e coube a Ronald Koeman marcar o gol salvador já na prorrogação.

Com o título europeu, o Barcelona se classificou para o mundial de clubes. Na competição, que seria disputada em jogo único, o adversário do time culé seria o São Paulo FC de Raí, Toninho Cerezo, Cafú e Muller. Em mais uma final equilibrada, os catalães abriram o placar do jogo, mas diferente da competição europeia, acabaram sofrendo a virada com dois gols de Raí.

1990-1994: o tetracampeonato na La Liga

Em meio à conquista de sua primeira Liga dos Campeões, o FC Barcelona também viveu um período positivo no cenário nacional. A equipe conquistou 4 títulos da La Liga entre os anos de 1990 e 1994.

Na temporada 1990-91, o clube conquistou a competição com apenas um ponto a frente do Real Madrid. O mesmo aconteceu nas duas temporadas seguintes, quando o Barcelona novamente encerrou a competição com um ponto à frente dos rivais.

Já na temporada 1993-94, a conquista do Barcelona na competição foi ainda mais difícil. Até porque, a equipe faturou o título com o mesmo número de pontos que a surpresa Deportivo La Coruña. Os blaugranas só faturaram a competição, pois haviam conseguido um maior número de vitórias em relação aos seus adversários.

Em meio a essas conquistas, o clube catalão contou com grandes craques que formaram aquele Dream Team. Dentre eles estiveram na equipe Zubizarreta, Ferrer, Nadal, Koeman, Juan Carlos, Guillermo Amor, Guardiola (Bakero), Laudrup, Stoichkov, Begiristain (Salinas) e Romário.

2000: Polêmica saída de Luís Figo para o Real Madrid

Com o FC Barcelona dominando o cenário do futebol na década de 1990, o Real Madrid reagiu fazendo uma série de contratações. Uma delas foi a contratação de Luis Figo, jogador que defendia justamente o time culé.

Figo fez parte dos dois títulos da La Liga que o Barcelona havia conquistado no final dos anos 1990.  Por conta disso, o jogador acabou obtendo uma ligação forte com o time da Catalunha e sua contratação por parte do maior rival acabou se tornando polêmica. Essa transferência, inclusive, causou a fúria dos torcedores culés, no que é considerada uma das maiores traições da história do futebol.

2000-2007: Era Ronaldinho Gaúcho e de brasileiros

Assim como na década passada, o período dos anos 2000 do FC Barcelona também ficou marcado com a chegada de importantes jogadores brasileiros. O principal destaque foi Ronaldinho Gaúcho, o grande líder técnico da equipe, que inclusive, foi eleito melhor do mundo pela FIFA em 2004 e 2005. Além dele, os outros brasileiros que estiveram presentes no time culé foram Sylvinho, Edmilson Belletti e Deco, esse último naturalizado português.

Mas, não foram apenas os brasileiros que se destacaram naquele período com a camisa blaugrana. Jogadores de outras nacionalidades também marcaram seus respectivos nomes na equipe culé, como o camaronês Samuel Eto’o, o francês Ludovic Giuly e o mexicano Rafa Marquez.

Além desses craques, o clube também contou com seus jovens de La Masia, como o goleiro Victor Valdés, o zagueiro Carles Puyol e os meias Andrés Iniesta e Xavi Hernandez. Esses jogadores foram lapidados por Frank Rijkaard, treinador holandês que repetiu seu sucesso como jogador em nova função.

Sob o comando do treinador e contando com esses jogadores, o Barcelona faturou o seu segundo título de Liga dos Campeões na temporada 2005-2006. Além disso, a equipe ainda obteve mais duas conquistas de La Liga, entre os anos 2000 e 2007. Embora tivesse um confronto equilibrado no âmbito de conquistas nacionais, o clube ficou atrás dos galácticos do Real Madrid, que tiveram uma ligeira vantagem nesse quesito.

2005-2006: 2º título da Liga dos Campeões após 14 anos

FC Barcelona em sua segunda conquista de Liga dos Campeões.

Após 14 anos de seu primeiro título de Liga dos Campeões, o FC Barcelona voltaria a conquistar a competição com uma nova geração estrelada. Sob a liderança de Ronaldinho que brilhava nos gramados mundo a fora, o clube catalão encantou a todos com o seu futebol bonito.

Junto com Ronaldinho, os comandados de Frank Rijkaard protagoniram um futebol vistoso, bem ao estilo Barcelona. Para compor essa forte equipe estiveram no elenco: Victor Valdés, Oleguer (Belletti), Rafa Marquéz, Puyol, van Bronckhorst (Sylvinho), Edmilson, Deco (Xavi), van Bommel, Giuly (Iniesta), Ronaldinho Gaúcho e Samuel Eto’o

O Barça passou da fase de grupos deixando para trás Weder Bremen, Udinese e Panathinaikos. No mata-mata, a equipe eliminou o Chelsea nas oitavas de finais, ao se classificar com 3 a 2 no agregado; Em seguida, depois passou pelo Benfica nas quartas de finais pelo placar de 2 a 0, também no agregado. Na semifinal, o time culé encarou o forte Milan de Kaká e venceu apenas por 1 a 0 somando os dois jogos.

Na grande decisão, o Barcelona encarou o Arsenal, equipe que vivia grande fase no futebol mundial, mas que nunca havia conquistado uma Liga dos Campeões. Em um jogo muito equilibrado, as duas equipes empataram em 1 a 1 no tempo regulamentar, com direito a gol de empate de Samuel  Eto’o nos minutos finais. Na prorrogação, um herói improvável surgiu, Belletti, que marcou o gol da vitória e do segundo título da história blaugrana.

Ao vencer a Liga dos Campeões, o Barcelona chegou até a final do Mundial de Clubes contra o Internacional. Mesmo como favoritos, os catalães não passaram da forte defesa colorada e perderam por 1 a 0, com gol de Adriano Gabiru.

2008-2012: A Era Guardiola e ascensão de Messi

Pep Guardiola e Lionel Messi, duas lendas do FC Barcelona.

Ao fim da era de Frank Rijkaard, o FC Barcelona passou por uma nova fase comandada por Pep Guradiola, um discípulo do lendário Johan Cruyff. Assim como os seus antecessores holandeses, o treinador procurou implementar um futebol vistoso que envolvesse os seus adversários. Desde o seu trabalho nas categorias de base do clube, o técnico já maturava essa filosofia de jogo, que ficou conhecida como “Tik-Taka”.

Para colocar seu plano em prática, o treinador contou com as saídas de alguns jogadores que já não estavam mais no auge da carreira. Ronaldinho Gaúcho, Déco, Belletti, Edmilson e dentre outros, deixaram a equipe catalã e rumaram para outros times. Em meio a esses jogadores mais experientes, apenas Samuel Eto’o permaneceu.

Assim, na ausência de seus antigos ídolos, a equipe culé reforçou o seu elenco com jovens jogadores formados em La Masia e contratou novos craques. Dentre os jovens, um tal Lionel Messi foi promovido ao time principal, ao lado de Sérgio Brusquets, Pedro Rodriguez e Gerard Piqué. Dentre os jogadores contratados, Dani Alves e Thierry Henry foram destaques, enquanto Ibrahimovic e Yaya Touré não tiveram tanto sucesso.

Contando com esses craques, o Barcelona desandou em ganhar títulos. Até porque, faturou um tricampeonato seguido da La Liga entre 2008 e 2011, dois títulos da Copa do Rei e também duas Ligas dos Campeões em 2008-09 e 2010-11.

Todos esses títulos tiveram Lionel Messi como o grande protagonista, o que ocasionou em sua ascensão como um dos principais jogadores do futebol mundial. Apenas Cristiano Ronaldo era páreo ao argentino, culminando em uma das mais acirradas disputas pelo prêmio de melhor jogador do mundo.

2008-2009: 3º título da Liga dos Campeões, triplete e total de seis títulos

A poderosa geração comandada por Pep Guardiola no FC Barcelona provou que não apenas jogava um futebol bonito, mas como também apresentava resultados. A maior prova disso ocorreu na temporada 2008-09, quando a equipe colecionou diversos títulos. Dentre eles, a terceira Liga dos Campeões da história do clube, a Copa do Rei, a Supercopa da Espanha, o triplete da La Liga e o Mundial de Clubes.

Dessa forma, a equipe uma obteve uma temporada mágica, uma das mais vitoriosas da história do Barcelona e do futebol mundial. Sendo que tudo isso só foi possível graças a um elenco recheado de craques que marcaram toda uma geração. Valdés, Puyol, Yaya Touré, Piqué, Sylvinho, Sérgio Brusquets, Xavi, Iniesta, Messi, Henry e Eto’o foram os responsáveis por formar aquele lendário time campeão de tudo.

Na campanha da Liga dos Campeões, o clube teve um inicio arrebatador, passando pela fase de grupos, a frente de Sporting, Shaktar Donetsk e Basel. No mata-mata, os catalães eliminaram Lyon e Bayern Munich com tranquilidade e passaram pelo Chelsea em um jogo histórico. Na partida de volta da semifinal, Andrés Iniesta marcou um gol no último minuto, que classificou o Barcelona para a final.

Na decisão, o adversário era o poderoso Manchester United, então atual campeão da competição. Em um jogo tranquilo para o time culé, Samuel Eto’o abriu o placar aos 10 minutos de jogo e Lionel Messi fechou a conta na reta final da segunda etapa. Inclusive, junto com esse gol, o argentino conquistou a sua primeira artilharia da competição com 9 tentos e de quebra, foi eleito Bola de Ouro pela primeira vez.

 2010-2011: 4º titulo da Liga dos Campeões

Ainda com o mesmo elenco base, o FC Barcelona continuou encantando a todos com o seu bom futebol. Assim, a equipe conquistou mais um título da Liga dos Campeões, dessa vez, na temporada 2010-11.

Em relação à última conquista do clube, apenas alguns jogadores foram trocados no elenco comandado por Pep Guardiola. Como novidades, o brasileiro Daniel Alves tomou conta da lateral direita, Javier Mascherano passou a fazer parte da zaga e Éric Abidal integrou a lateral esquerda. No ataque, a novidade foi David Villa, jogador espanhol que se tornou um dos pilares da equipe.

Contando com essas novidades e seus craques Xavi, Iniesta e Messi, o Barcelona foi dominante em sua campanha na Liga dos Campeões. Já na fase de grupos, a equipe se classificou com tranquilidade em um grupo fácil que contava com Copenhague, Rubim Kazan e Panathinaikos. Nas oitavas de finais, após perder por 2 a 1 para o Arsenal, o time culé conseguiu uma classificação heroica, ao vencer na volta por 3 a 1.

Ao contrário das oitavas, nas quartas de finais o clube passou com tranquilidade pelo Shaktar Donetsk com 6 a 1 no agregado. Já na semifinal, a equipe encarou o Real Madrid em um dos encontros mais históricos do El Clássico, já que muitos esperam por um duelo entre Messi e Cristiano Ronaldo. Nesse embate, os catalães levaram a melhor, ao vencer por 2 a 0 na ida, com direito a gol de Messi, e ao empatar em 1 a 1 na volta.

Na decisão, mais um duelo contra o Manchester United e assim como na outra final, o Barcelona venceu com um placar confortável. Com gols de Pedro, Messi e Villa, o clube faturou o seu quarto título de Liga dos Campeões vencendo a final pelo placar por 3 a 1.

Título mundial com direito a goleada no Santos de Neymar

Classificado para o Mundial de Clubes de 2011, o FC Barcelona bateu o Al-Sadd do Qatar na semifinal da competição em goleada por 4 a 0. Assim, a equipe garantiu vaga para a final que muitos esperavam, contra o Santos FC de um jovem e já brilhante Neymar.

Porém, apesar de muitas expectativas, o que se viu foi um Barcelona muito dominante, sem muitas dificuldades para vencer o jogo. O resultado disso foi uma sonora goleada catalã por 4 a 0, com direito a dois gols de Messi, um de Xavi e o outro de Fàbregas.

O estilo Tik-taka do FC Barcelona de Guardiola

Para obter tanto sucesso enquanto equipe, o FC Barcelona de Guardiola contou com um estilo de jogo considerado revolucionário em meio ao futebol mundial. O famoso estilo “Tik-Taka”, como ficou conhecido, se tornou uma das filosofias de jogo mais marcantes de todos os tempos.

Esse jeito de jogar ficou marcante por conta da intensidade que o Barcelona tinha em tocar a bola e envolver os seus adversários. Dessa forma, a equipe conseguia abrir espaços na defesa adversária até chegar ao gol, tocando a bola constantemente, com muita movimentação de seus jogadores. Até por isso, surgiu o nome Tik-Taka em alusão a inúmeras trocas de passe que o time realizava.

Em meio a esse estilo de jogo, o treinador Pep Guardiola precisou contar com jogadores que tinha muita qualidade de passe. Esse era o caso de Xavi e Iniesta, que eram o ponto de sustentação do meio campo da equipe. Além disso, a genialidade Lionel Messi era essencial para fazer tudo funcionar.

Apesar de revolucionário, esse modo de jogar foi uma adaptação do Barcelona do inicio dos anos 1990, comandado por Johan Cruyff. Inclusive, Guardiola atuou naquele Dream Team que era dirigido pelo treinador holandês e por isso aprendeu muito com seu mentor.

Como se não bastasse, essa filosofia de jogo implantada por Guardiola se tonou referência para a seleção espanhola. Contando com Xavi e Iniesta no meio, o escrete espanhol se aproveitou da capacidade construção dos jogadores para fazer o seu próprio Tik-Taka.

2013-2021: o poderoso Tridente Mágico MSN e mais um triplete

Messi, Suaréz e Neymar.

Após a era de Pep Guardiola, que havia acertado sua saída para o Bayern Munich, o FC Barcelona passou por um novo período de 2013 em diante. Ainda com Lionel Messi, a equipe contratou jogadores de peso, como os atacantes Luís Suarez e Neymar. Juntos formaram um dos ataques mais emblemáticos do time culé, o famoso trio MSN.

O trio MSN  foi fundamental na conquista da Liga dos Campeões da temporada 2014-15. Sem a presença de Váldes, Puyol e Xavi, o time mudou o seu estilo jogo sob o comando de outro ex-jogador do barça, Luís Henrique, passando a atuar de uma maneira mais vertical, sem tantas trocas de passe. Inclusive, aquela seria a última temporada de Iniesta, marcando o fim de uma era.

Ainda na temporada 2014-15, o trio MSN protagonizou a conquista da La Liga e também da Copa do Rei, fechando o triplete nacional. Ainda no final no ano de 2015, os catalães ainda faturaram o título mundial em cima do River Plate.

Nos anos seguintes, a equipe ainda continuou conquistando alguns títulos, como o tricampeonato da La Liga entre 2015 e 2019, além de mais 4 conquistas da Copa do Rei. Mas sem as presenças de Luís Suarez e Neymar, o Barcelona perdeu o brilho de outrora e ficou muito dependente de Messi. Novos contratados como Antoine Griezmann, Philippe Coutinho e Ousmane Dembélé chegaram a fim de suprir essas antigas ausências, mas sem obter o mesmo sucesso.

Sem contar que com a saída de Luís Henrique, os novos treinadores ainda não conseguiram se firmar na equipe. Quique Setién e nem mesmo os ex-jogadores do clube Ernesto Valverde e Ronald Koeman, obtiveram sucesso em trazer o Barcelona aos seus tempos de glórias.

2014-2015: o triplete liderado pelo trio MSN

Sob o comando de Luís Henrique, o FC Barcelona passou por uma nova fase vitoriosa, contando com o famoso trio de ataque MSN. Messi, Neymar e Suarez foram os responsáveis pelo quinto e último título de Liga dos Campeões da equipe.

Junto com esses jogadores, outros craques surgiram como pilares da equipe, como o meia Ivan Rakitić, além do goleiro Marc-ter Stegen e do lateral Jordi Alba. Estes jogadores se juntaram a Daniel Alves, Mascherano, Piqué e Bousquets, que já estavam no time.

Com esse elenco, o Barcelona passou por um grupo difícil na primeira fase, ficando a frente de Paris Saint German, Ajax e APOEL do Chipre. Nas oitavas de finais, o time culé eliminou o Manchester City, para logo depois se reencontrar e eliminar o PSG nas quartas de finais. Na semifinal, o clube enfrentou o Bayern Munich, com direito a um 3 a 0 no jogo de ida, que lhe garantiu vaga para a final, mesmo perdendo a volta por 3 a 2.

Na decisão, o adversário foi a Juventus e assim como nas recentes finais que a equipe protagonizou, a vitória foi tranquila. Rakitić, Suaréz e Neymar construíram o placar de 3 a 1 e deram ao Barcelona mais um título europeu.

Com a vaga para o Mundial de Clubes, os catalães bateram o Guangzhou Evergrande da China por 3 a 0 para chegar à grande final da competição. No duelo decisivo, mais uma vitória por 3 a 0, dessa vez contra o River Plate, com direito a dois gols de Suárez e um de Messi.

 

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