Atlético de Madrid

37 Títulos Oficiais
2.9 Milhões de Torcedores
Atlético de Madrid Madrid - Espanha
Fundação 26 de abril de 1903
Estádio / Capacidade Wanda Metropolitano / 67.829
Apelidos Colchoneros, Rojiblancos, Indios, Atleti
Principais rivais Real Madrid, Barcelona
Apelido da torcida Colchoneros, Rojiblancos
Mascote Indi (Guaxinim)
Mundial de Clubes

1974

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Mundiais

Competição Títulos Temporada
Torneio Intercontinental 1 1974

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Liga Europa 3 2009–10, 2011–12, 2017–18
Recopa Europeia 1 1961–62
Supercopa da UEFA 3 2010, 2012, 2018

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Espanhol 11 1939–40, 1940–41, 1949–50, 1950–51, 1965–66, 1969–70, 1972–73, 1976–77, 1995–96, 2013–14, 2020–21
Copa do Rei 10 1959–60, 1960–61, 1964–65, 1971–72, 1975–76, 1984–85, 1990–91, 1991–92, 1995–96, 2012–13
Supercopa da Espanha 2 1985, 2014
Copa Eva Duarte 1 1950–51
Campeonato Espanhol - 2.ª Divisão 1 2001–02

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato de Madrid 3 1920–21, 1924–25, 1927–28
Copa de Castilla 1 1941

História

Atlético de Madrid: gigante espanhol e terceiro maior vencedor nacional

Atlético de Madrid: terceiro maior campeão espanhol.

Conhecido como o terceiro maior clube da Espanha, o Atlético de Madrid disputa espaço com seu rival de cidade, o Real Madrid, e também com o Barcelona, da Catalunha, apesar do orçamento menor. Embora tenha visto os dois clubes se revezarem na hegemonia espanhola e continental, o Atlético tem conseguido protagonizar ótimas campanhas em toda sua história.

Tanto que conquistou mais de 30 títulos ao todo, sendo o terceiro maior vencedor do país. Dentre suas glórias nacionais, faturou La Liga (o Campeonato Espanhol) 11 vezes, e a Copa del Rey em 10 oportunidades. Já em suas conquistas internacionais, foram 3 títulos da Liga Europa, mesmo número de conquistas da Supercopa da UEFA, além do título da Copa Intercontinental em 1974, após desistência do campeão europeu Bayern Munich. Tudo isso, graças a sua torcida, a terceira maior do país e uma das mais apaixonadas do mundo.

Porém, tal torcida sente uma grande ausência em sua galeria de troféus, a taça da UEFA Champions League. Competição na qual o Atlético esteve na grande final em 3 oportunidades, mas não conseguiu o tão cobiçado título. A primeira delas foi em 1974 contra o Bayern Munich e as outras duas foram contra o  seu maior rival, o Real Madrid. Contra os merengues, os Colchoneros protagonizaram dois clássicos históricos, mas perderam nas edições de 2014 e 2016.

Além disso, em sua história, o clube contou com grandes jogadores como Enrique Collar, Adelardo Rodríguez, Adrián Escudero, Paco Campos, José Eulogio Gárate, Isacio Calleja, Tomás Reñones, Diego Forlán, Luís Pereira, Kiko e Dirceu. Além desses, dois ídolos se destacam entre os maiores do clube, o atacante dos anos 1960 Luis Aragonés e o meio campo argentino Diego Simeone nos anos 1990. Sendo que ambos se tornaram lendas do clube tanto em campo quanto como treinadores.

Atlético de Madrid: fundação

A história do Club Atlético de Madrid tem a influência do Athletic Club de Bilbao, do País Basco na Espanha. Um grupo de estudantes simpáticos ao clube basco se uniu em Madrid para fundar o Athletic Club de Madrid, em 26 de abril de 1903. Na ocasião, Enrique Allende foi nomeado como o primeiro presidente.

Foto do período de fundação do clube, em 1903.

A primeira camisa do clube era metade azul e metade branca, divididas na vertical, com os shorts preto e branco. As cores atuais, vermelho e branco, passaram a ser utilizadas em janeiro de 1911, em listras verticais. A semelhança da camisa com as capas de colchões utilizadas na época rendeu o apelido de “colchoneros”, adotado pela torcida no período até os dias atuais.

No início, o clube funcionou como uma espécie de filial do Athletic Bilbao, inclusive o primeiro uniforme era o mesmo e vinha da Inglaterra, da mesma fornecedora do clube inglês Blackburn Rovers. Depois, no período da mudança das cores da camisa, os uniformes passaram a ser fornecidos pelo Sunderland,  outro clube inglês.

Os Colchoneros, ao contrário de seu rival local, sempre foram mais ligados às camadas operárias da sociedade espanhola. Em 1923, o clube passou a ser independente do clube de Bilbao. Em 1939, após a Guerra Civil Espanhola, houve a fusão com o Aviación Nacional, e com isso o nome se alterou para Athletic Aviación de Madrid. Esse nome permaneceu até o ano de 1947, quando o clube mudou para o nome atual de Club Atlético de Madrid.

Símbolo, escudo e cores: significado

As cores iniciais que o Atlético usava, eram as mesmas que a Athletic Bilbao usava, primeiramente com camisas azuis e brancas, e posteriormente vermelhas e brancas, seguindo o que os bascos buscavam na Inglaterra quando adquiriam seus uniformes. Depois, passou a usar seus calções de cor azul, como atualmente, junto com as camisas “rojiblancas”.

Em 22 de novembro de 1917, a prestigiada revista esportiva “Madrid-Sport” divulgou o escudo que passou a ser utilizado nas camisas do clube, e se manteve praticamente inalterado até os dias de hoje. Foi colocado em um triângulo um urso apoiado em duas patas subindo em uma árvore, que representavam a região desde o século 13, envolto por estrelas brancas que simbolizam as províncias da cidade, e abaixo as listas vermelhas e brancas.

1903-1940: Primeiras décadas do clube

Elenco das primeiras décadas.

Em seus primeiros anos, o Atlético de Madrid funcionou como uma filial do Athleitc Club de Bilbao. Sua origem ligada aos bascos fez com que o clube adotasse as mesmas cores no início de sua trajetória. Porém, em 1921, a equipe de Madrid se desvinculou do clube basco a passou a ter administração independente.

Neste mesmo ano conquistou seu primeiro título oficial, o do Campeonato Regional de la Federación Centro em cima de seu maior rival, conhecido na época somente por Madrid. Ainda na década de 1920, venceu o mesmo torneio por mais duas vezes e também venceu duas edições do Campeonato Regional em 1925 e 1928.

Sua primeira casa foi inaugurada em 1923, no dia 13 de maio, que não era exclusiva do clube. O campo era dividido entre as equipes da cidade. A capacidade era para 25 mil pessoas e o primeiro gol marcado foi de um jogador do Athletic de Madrid, Monchin Triana, na vitória sobre a Real Sociedad na inauguração do estádio.

Durante a década de 1930 não fez boas campanhas nos torneios que disputou, inclusive sendo rebaixado no recém-criado Campeonato Espanhol em duas oportunidades. Em 1939, voltou à elite após convite para substituir o Real Oviedo, e não fez feio, sagrando-se campeão pela primeira vez do nacional, comandado pelo lendário treinador Ricard Zamora, feito repetido na temporada seguinte.

Antes das conquistas do Espanhol, o país passou por uma sangrenta Guerra Civil e não houve disputas domésticas. Depois do conflito, o Atlético se fundiu com um clube da aeronáutica, o Aviación Nacional. Com isso, tendo seu nome se alterado para Athletic Aviación de Madrid.

Década de 1940: Atlético de Madrid emerge como grande potência

O início dos anos 1940 não poderia ter sido melhor para os Colchoneros. O clube conseguiu conquistar o Campeonato Espanhol em duas temporadas consecutivas. Depois de se fundir com o Aviación Nacional, o Atlético de Madrid se fortaleceu e contava com Ricardo Zamora no comando do elenco.

Elenco esse que se reergueu após passar os anos que sucederam a Guerra Civil Espanhola em dificuldades técnicas, inclusive, com direito a rebaixamento à segunda divisão espanhola. Mas o retorno à elite foi cercado de polêmicas, uma vez que o Real Oviedo não poderia disputar a competição para reconstruir sua estrutura danificada com a guerra.

Assim, a organização da competição decidiu que o Atlético disputaria uma partida contra o Osasuna, outro rebaixado anos antes, para a vaga em aberto. Os Colchoneros venceram e assim puderam disputar a competição com seu forte elenco, que contava com Germán Gomes, Gabilondo e Francisco Machín, conhecidos como “Los Tres Mosqueteros”, e o capitão da equipe e defensor, Pepe Mesa.

1939-1940: Primeiro título espanhol do Atletico de Madrid

A disputa do Campeonato Espanhol de 1939/40 começou com o polêmico acesso do Atlético, após partida única contra o Osasuna vencida por 2 a 1 para ocupar a vaga do Real Oviedo. Em campo, o clube comandado era por Zamora, que fora um goleiro lendário do Barcelona e do Real Madrid anos antes.

Na competição, O Atlético de Madrid se impôs ao lado do Sevilla, e ambos travaram uma bela disputa rumo ao título. Os Colchoneros disputaram as partidas daquela competição em Chamartín e no Estádio de Vallecas, por conta dos reparos no Stadium Metropolitano. O Campeonato terminou em maio de 1940, e os Rojiblancos receberam o troféu em Vallecas, de seu primeiro título de La Liga.

1940-1947: Segundo título espanhol e novo nome

Após a primeira conquista, o clube manteve sua base comandada por Ricardo “el Divino” Zamora e venceu novamente o Espanhol. O Atlético ainda teve o artilheiro da competição, Pruden Sánchez, além de uma defesa muito poderosa com Alfonso Aparacio e o goleiro Fernando Tabales. Ainda nesta temporada, os Colchoneros venceram a Copa Presidente Federación Castellana, com uma vitória de 3 a 0 sobre o Real Madrid na partida derradeira.

Em 1947, se encerrou a parceria entre o Aviación e o Athetic, e assim os Colchneros deixaram de ter o nome do clube das forças aéreas junto ao seu. Depois, por conta da política nacionalista do ditador Francisco Franco, não se permitia nomes em outros idiomas. Esse fato resultou no nome atual de Club Atlético de Madrid.

Nesta década, o Real Madrid passava por dificuldades em campo, e os títulos foram divididos entre o Atlético de Madrid, Athletic Bilbao e Barcelona, que dominavam o cenário. Ainda em 1947, o Rojiblanco montou um poderoso ataque, conhecido como “Atacantes da Seda”, composto por Alfonso Silva, José Juncosa, Antonio Vidal, Francisco Campos e Adrián Escudero, este último o maior artilheiro do clube em La Liga. O esquadrão era comandado pelo lendário Helenio Herrera que foi responsável por mais duas conquistas nacionais nos anos seguintes.

Década de 1950: altos e baixos

Assim como na década anterior, o Atlético de Madrid comandado por Helenio Herrera e com os poderosos Atacantes da Seda, venceram o Campeonato espanhol duas vezes seguidas em 1949/50 e 1950 /51.

Depois destas conquistas, o clube passou por um período de seca de títulos, mas com alguns jogadores marcantes na história do clube. Como por exemplo, Larby Ben Barek, que recebeu elogios de Pelé, que caso ele se tornasse o Rei do futebol, o jogador do Atlético de Madrid seria o Deus dele. O “Ataque de Cristal”, além de Bem Barek tinha Henry Carlsson, José Luis Pérez-Payá, Juncosa e Escudero, em uma equipe conhecida pelo domínio de posse de bola e poucos gols sofridos.

Após os títulos da La Liga no começo da década de 1950, a equipe só voltaria a ser campeã novamente no início da década seguinte, se tornando um coadjuvante no cenário espanhol. Para piorar, ainda viu o seu rival da cidade crescer exponencialmente contando com grandes estrelas do futebol mundial.

Décadas de 1960-1970: auge do Atlético de Madrid

Com José Villalonga no comando da equipe, o Atlético de Madrid começou os anos 1960 com a conquista da sua primeira Copa da Espanha (na época chamada de Copa del Generalisímo), na temporada 1959-1960, em cima do Real Madrid. Feito repetido sobre o maior rival no ano seguinte, que deu direito à equipe disputar a Recopa Europeia.

No torneio internacional, os Colchoneros venceram a Fiorentina na final em dois jogos. O primeiro foi um empate em 1 a 1 e o segundo, vitória por 3 a 0, sacramentando o primeiro título internacional do clube. Venceu novamente a Copa del Generalisímo em 1965, contra o Real Zaragoza na final, e nas temporadas 1965/66 e 1969/70 conquistou La Liga.

Durante estes anos, o Atlético de Madrid viu grandes jogadores marcarem história e se tornarem ídolos do clube. Como por exemplo, Enrique Collar, Joaquín Peiró, Agustín Sánchez, Miguel González, Jorge Mendonça, Miguel Jones, Vavá (campeão mundial com o Brasil em 1958), Adelardo Rodríguez, Isacio Calleja e “Pechuga” San Román. No banco, destaque paraJosé Villalonga, Max Merkel e Juan Carlos Lorenzo como principais treinadores no período. Outros dois brasileiros foram importantes na história da equipe no período, além de Vavá, foram Luís Pereira e Leivinha.

O astro Luis Aragonés chegou à equipe para a temporada de 1964/65, e foi fundamental para as conquistas do clube nos anos seguintes. Aragonés é o maior artilheiro da história do Atlético, e um dos mais importantes da instituição, além de ter marcado o primeiro gol do novo estádio do clube, conhecido como Estádio Manzanares em 1966. Mais tarde, em 1971, o Estádio Manzanares seria rebatizado com o nome do presidente que viabilizou a obra, ficando conhecido como Estádio Vicente Calderón.

1974: Atlético é campeão da Copa Intercontinental (Mundial de Clubes)

Após ganhar a Copa del Generalísimo em 1971/72, o Atlético de Madrid seguia como uma grande força nacional, e venceu o Espanhol de 1972/73, que deu direito a disputa da Copa dos Campeões da Europa (atual Champions League). A campanha foi muito boa, e só não terminou com título europeu por causa do Bayern Munich, equipe muito poderosa no período comandada por craques como Gerd Muller e Beckenbauer.

Após empatar em 1 a 1 a primeira partida, inclusive com gol marcado por Aragonés, uma partida extra foi marcada e os alemães venceram por 4 a 0. Mas, o Bayern não aceitou o convite para a disputa da Copa Intercontinental, e por isso o Atlético representou o continente contra o vencedor da América do Sul, o Independiente da Argentina.

Na primeira partida, em solo argentino, melhor para os donos da casa, pelo placar de 1 a 0. Na segunda partida, que contava com Aragonés como treinador depois do vice europeu, o clube venceu por 2 a 0 com gols de Irureta e Ayala, e se tornou campeão mundial.

Década de 1980-2010: Atlético de Madrid perde relevância na Espanha

Elenco do doblete de 1995, com Diego Simeone.

Após atingir o auge de sua história na década de 1970, com títulos relevantes , campanhas históricas em grandes torneios e grandes nomes do futebol no elenco, o Atlético teve viveu um período com pouco protagonismo nos 30 anos que se sucederam.

O clube amargou pouco títulos, foram quatro da Copa do Rei em 1984/85, 1990/91, 1991/92, 1995/96, e um Espanhol na mesma temporada. No período, o clube contou com jogadores como Hugo Sánchez, Quique Ramos, Cabrera, Oleg Blokhin, Baltazar, Julio Salinas, López Ufarte, Manolo, Bernd Schuster, Kiko, Molina, Caminero, Juanma López, Tomás, Diego Simeone, Juninho Paulista, Fernando Torres, Christian Vieri, Salva, Germán Burgos, Diego Forlán e Sérgio Agüero.

Mesmo com tantos bons jogadores e técnicos que se destacaram, como o ídolo Luís Aragonés, entre muitas idas e vindas, e Radomir Antić, o clube teve poucas conquistas. Pior ainda, foi rebaixado no Campeonato Espanhol na temporada 1999/00. Foram duas temporadas na segunda divisão, onde na primeira bateu na trave no acesso, mas na segunda, venceu a competição e retornou à elite.

1990 a 1996: Atlético de Madrid copeiro na Copa do Rei

Em meio a um período que não teve muitos títulos relevantes, o Atlético se destacou na Copa do Rei. Foram três conquistas nos anos 1990, sendo duas de forma consecutiva. Na primeira, em 1990/91 o Atlético de Madrid venceu o Mallorca na grande final por 1 a 0 no Santiago Bernabéu, com gol de Alfredo na prorrogação.

Na segunda conquista, fez 2 a 0 no Real Madrid, na casa do rival, com gols de Schuster e Paulo Futre, capitão da equipe em ambas as conquistas. O elenco dos dois títulos ainda tinha Tomás, o brasileiro Donato, Manolo e Alfredo. Iselín Santos Ovejero e Aragonés foram os técnicos, respectivamente.

Na terceira, o gol de Pantíc na prorrogação deu o título para os Colchoneros em La Romareda. O time comandado por Radomir Antić derrotou o Barcelona por 1 a 0 e conseguiu o terceiro título da Copa em cinco anos, neste time que contava com Tomás, Molina, Santi, Kiko, Caminero, Panev e Simeone.

1995-96: Atlético de Madrid conquista seu primeiro e único Doblete

Atlético de Madrid campeão da La Liga 1995-96.

Com os títulos da Copa do Rei, a torcida estava empolgada e aguardava mais conquistas. Assim, na Temporada 1995/96, o clube conseguiu seu primeiro e até então único Doblete, quando um clube vence a Copa do Rei e a La Liga na mesma temporada.

O Atlético de Madrid venceu o Barcelona na final da Copa do Rei e conquistou seu terceiro título da copa na década. Na Liga, o clube realizava uma ótima campanha rivalizando diretamente com o Valência e o Barcelona pela conquista da competição.

No fim da competição, o time comandado por Radomir Antić abriu uma pequena vantagem e finalizou o campeonato como os grandes campeões, coroando a geração que se iniciava com Simeone, Molina e Kiko como grandes destaques.

2002: volta para a primeira divisão, após 2 temporadas na segundona

Depois do Doblete em 1996, o Atlético de Madrid sofreu com temporadas abaixo da média, até que foi parar na segunda divisão após campanha ruim na temporada 1999/00. Em meio a crises financeiras e políticas em seus bastidores, o Atlético ficou em décimo nono lugar no fim do Campeonato Espanhol. O que decretou descenso do clube para a segunda divisão.

Na primeira temporada após a queda, os Rojiblancos quase conseguiram o acesso. Porém, acabaram na quarta posição com o mesmo número de pontos, perdendo nos critérios de desempate para o Tenerife. Embora o acesso não tenha vindo, um estreante advindo das categorias de base chamou a atenção: o atacante Fernando Torres.

Para retornar à elite, o velho conhecido Luis Aragonés foi chamado para comandar novamente a equipe. O comandante e ídolo levou a equipe ao título que deu o direito do Atlético de Madrid voltar à elite do país.

Década de 2010: Atlético de Madrid retoma relevância e disputa espaço entre os grandes

Anos 2010: Aguero e Forlán marcaram a nova fase do Atlético de Madrid.

A partir do retorno à primeira divisão do Campeonato Espanhol, o Atlético de Madrid se reergueu e montou elencos competitivos para os anos seguintes. Foram três conquistas da Liga Europa, uma Copa do Rei e duas do Campeonato Espanhol, além de bater na trave duas vezes na Champions League com dois vice-campeonatos.

Quique Sánchez Flores assumiu o comando técnico do elenco em 2009, que foi reforçado dando mais apoio para sua estrela principal: Diego Forlán. O jovem Sérgio Agüero começou a se despontar na equipe que contou com De Gea vindo das categorias de base no gol, Raúl Garcia, Paulo Assunção, Simão Sabrosa, José Antônio Reyes, e Ujfalusi como base do elenco.

Depois, chegaram outras estrelas e craques que se imortalizaram no elenco Colchonero, como Gabi, Radamel Falcão Garcia, Diego Costa, Miranda, Godín, Juanfran, Filipe Luís, Arda Turan, Koke, David Villa, Tiago, Sálvio e Diego Ribas. Em 2011, Diego Simeone voltou ao clube, dessa vez para se tornar um dos principais treinadores da história do clube.

Simeone foi responsável por adotar uma postura mais defensiva e muito eficiente. Como resultado isso, ele conquistou o Campeonato Espanhol depois de vinte anos, rivalizando de igual para igual com os grandes clubes do continente.

Muitos destes craques que estiveram no Atlético serviram suas seleções nacionais, inclusive alguns espanhóis que dividiram espaço com astros de Barcelona e Real Madrid na Seleção Espanhola. Com isso, o Atlético de Madrid se colocou no mais alto patamar do futebol europeu e um dos clubes mais temidos de ser enfrentado quando atuava em casa. Principalmente por conta de sua apaixonada e barulhenta torcida que adotou o espírito de seu treinador, Simeone.

2009: Início da retomada e conquita da primeira Liga Europa

O começo da grande arrancada do Atlético de Madrid se deu com a conquista da Liga Europa da temporada 2009/10. Com um ataque comandado por Agüero e o craque Forlán, os Colchoneros foram para o torneio após ficarem em terceiro lugar de seu grupo na Champions League.

Assim, chegaram a Liga Europa para a disputa do mata-mata, eliminado o Galatasaray da Turquia, o Sporting de Portugal, o rival doméstico, Valência. Logo depois, tiveram um duro confronto contra o Liverpool nas semifinais para enfrentar a sensação do torneio o Fulham da Inglaterra.

O time de Quique Flores que contava com outros bons jogadores como Raúl Garcia, Perea, Ujfalusi, Paulo Assumção e Simão venceu com dois gols de Forlán. Ambos foram marcados no final do segundo tempo da prorrogação, para assim decretar o primeiro título da Liga Europa dos Colchoneros.

2014 e 2016: Atlético de Madrid perde 2 finais de Champions League contra o Real Madrid

Depois de voltar a vencer no cenário domésticos o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei, bem como as conquistas europeias da Liga Europa, faltava a cereja do bolo da equipe comandada por Diego Simeone, a Champions League.

Disputada pela primeira vez em 1973/1974, os colchoneros tiveram duas oportunidades para obterem sua primeira conquista. 

O Atlético chegou muito perto em duas oportunidades,  mas por pouco, as conquistas não se concretizaram. Em um intervalo de dois anos, o Atlético de Madrid foi derrotado na final duas vezes pelo seu maior rival, o Real Madrid.  

Na temporada 2013/14, os Colchoneros ficaram em primeiro lugar de seu grupo, com amplo domínio. Nas fases seguintes, eliminou gigantes europeus como Milan, Barcelona e Chelsea, antes de encontrar o Blancos em Lisboa.

Na grande final, Godín abriu o placar aos 36 minutos do primeiro tempo, e o clube caminhava para a conquista inédita até os 48 minutos da etapa final. Foi quando em uma bola parada, Sérgio Ramos empatou e levou a partida à prorrogação. O clube pareceu ter se desestabilizado e tomou mais 3 gols, e assim ficou com o vice do torneio.

Na temporada 2015/16, novamente ficou em primeiro lugar de seu grupo, o que configurou nova classificação às fases finais. Eliminou o PSV nos pênaltis, depois novamente o Barcelona e finalmente se vingou do Bayern Munich por causa de 1974, chegando à final contra o Real Madrid.

Diferente da outra decisão, o Real saiu na frente com Sérgio Ramos, já no primeiro tempo. Ferreira Carrasco empatou na etapa final, levando o jogo à prorrogação. O placar se manteve inalterado e com isso o título foi definido nos pênaltis. Juanfran desperdiçou a quarta cobrança e Cristiano Ronaldo garantiu o título dos Merengues. Essa era mais uma decepção de uma equipe que na época contava com craques como Griezmann, Gabi, Courtois, Saúl e Koke.

2017: Estádio Wanda Metropolitano se torna casa oficial do Atlético de Madrid

Depois de tantos anos jogando no mítico Estádio Vicente Calderón, o Atlético de Madrid decidiu que precisava se modernizar. Além de um dos melhores elencos do mundo, o clube precisava de um estádio moderno. Com isso, surgiu o projeto de remodelação do Estádio Metropolitano de Madrid.

Assim, o Atlético deixou de atuar no Vicente Calderón e passou a contar com um estádio totalmente modernizado com capacidade para mais de 65.000 pessoas. O nome do estádio de Wanda Metropolitano vem da empresa China Wanda Group e da homenagem ao nome antigo que o estádio tinha. O primeiro gol do estádio foi marcado por Antoine Griezmann em 16 de setembro de 2017 contra o Málaga.

2020-21: Conquista da La Liga após seis anos

Com um trabalho consolidado no Atlético de Madrid, Diego Simeone passou a ser contestado pela imprensa no comando da equipe. Muitos acreditavam que o treinador já não estava tirando o melhor de seus jogadores e que já estava na hora de encerrar o seu ciclo.

Porém, Simeone provou que todos estavam errados e mais uma vez, conseguiu fazer mais uma temporada inesqucível para o torcedor colchonero, ao conquistar a La Liga 2020-21. Em uma competição muito acirrada, o Atlético de Madrid conquistou o seu título apenas na última rodada, com dois pontos a frente do segundo colocado, o rival Real Madrid.

Simeone e Luis Aragonés como maiores ídolo da história do Atlético de Madrid?

Luís Aragonés e Diego Simeone: Maiores ídolos da história do Atlético de Madrid.

O Atlético de Madrid possui uma história muito rica com a passagens de grandes craques do futebol mundial. Nomes como Enrique Collar, Vavá, Adelardo, Forlán, Falcão Garcia, Hugo Sánchez, Gabi, Ricard Zamora, Gabilondo, Escudero, Juncosa, Fernando Torres e muitos outros, foram fundamentais para o clube no período que vestiram a camisa Rojiblanca.

Porém, dois nomes merecem grande destaque na história do clube, Luis Aragonés e Diego Simeone. O primeiro foi um atacante de grande qualidade, e o argentino, um meio campista muito aguerrido e brigador. Ambos foram importantes quando jogadores, mas como treinadores da equipe se tornaram maiores do que já era.

Aragonés teve quatro passagens como treinador na equipe, além de ser o maior artilheiro da história do clube. Conquistou um Campeonato Espanhol, tanto da primeira quanto da segunda divisão, três Copas do Rei e um Interconental como treinador.

Já Simeone, venceu duas vezes a Liga Europa e o Campeonato Espanhol e uma vez a Copa do Rei, além dos dois vice-campeonatos da Liga dos Campeões. Como jogador, participou do Doblete da temporada 1995/96 e da campanha que marcou o retono a elite do Campeonato Espanhol. Assim, os dois conseguiram se imortalizar enquanto jogadores e técnicos do clube, sendo possível afirmar que são os dois maiores ídolos que o Atlético de Madrid tem.

 

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