Club Athletico Paranaense (CAP)

33 Títulos Oficiais
2.4 Milhões de Torcedores
Club Athletico Paranaense Curitiba - Paraná - Brasil
Fundação 26 de março de 1924
Estádio / Capacidade Arena da Baixada
Apelidos Furacão, Rubro-Negro
Principais rivais Coritiba, Paraná
Apelido da torcida Atleticano, Rubro-Negro
Mascote Família Furacão

Títulos conquistados pelo clube

Títulos Mundiais

Competição Títulos Temporada
Levain Cup/CONMEBOL 1 2019

Títulos Continentais

Competição Títulos Temporada
Copa Sul-americana 2 2018, 2021

Títulos Nacionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Brasileiro 1 2001
Copa do Brasil 1 2019
Campeonato Brasileiro - Série B 1 1995

Títulos Regionais

Competição Títulos Temporada
Campeonato Paranaense 26 1925, 1929, 1930, 1934, 1936, 1940, 1943, 1945, 1949, 1958, 1970, 1982, 1983, 1985, 1988, 1990, 1998, 2000, 2001, 2002*, 2005, 2009, 2016, 2018, 2019, 2020
Copa Paraná 2 1998, 2003

História

Club Athletico Paranaense

Athletico Paranaense: um dos clubes de destaque do futebol atual.

Clube de Curitiba com uma gestão organizada, estruturas de treinamento e de jogo muito modernos, busca seu espaço entre os considerados grandes do Brasil. Além de esbanjar com a modernidade de suas instalações nos últimos anos, o Athletico Paranaense passou a conquistar ótimos resultados dentro de campo, nacional e internacionalmente.

Além disso, domina o cenário paranaense juntamento com o seu maior rival, o Coritiba, contra o qual faz o clássico conhecido como Atletiba. até 2021, embora o rival tenha 38 conquistas contra 26 do Rubro-Negro,  o Athletico levava ligeira vantagem em disputas diretas nas finais de campeonato paranense, com dez triunfos em 19 oportunidades.

À luz do retrospecto geral, o Coxa possui números melhores que o Furacão. Porém, nos últimos anos, o Athletico diminuiu um pouco a vantagem, tendo em vista que o momento do clube é muito melhor do que do Coritiba.

Além disso, a  história vitoriosa do Rubro-Negro não se resume apenas aos títulos estaduais já citados. Tanto que a partir dos anos 2000, o clube passou a disputar e conquistar os principais títulos nacionais e internacionais. Entre as principais conquistas estão o Brasileiro de 2001, a Copa Sul-Americana de 2018, a Copa do Brasil de 2019 e a Levain Cup/CONMEBOL de 2019.

Em toda sua história, o Athletico viu grandes jogadores vestirem a camisa Rubro-Negra, e que se tornaram ídolos do clube. Entre eles estão os maiores nomes como Washington “Coração Valente”, Alberto Gottardi, Sicupira, Jackson, Caju, Djalma Santos, Alex Mineiro, Kleberson, Assis, Kleber Pereira e muitos outros.

Club Athletico Paranaense: fundação

Athletico Paranaense em seus primeiros anos.

A história do Athletico Paranaense teve a sua origem ligada a dois outros clubes da cidade de Curitiba, o América e o Internacional, e de Joaquim Américo, capitão do exército que foi um dos principais responsáveis pela disseminação do futebol no Paraná.

O Internacional Foot-Ball Club, que foi justamente fundado por Américo em 1912, disputava suas partidas no estádio construído na Baixada do Água Verde, e uniforme com camisas e calções em preto e branco.Em torneios internos, disputados por times secundários do Internacional, um grupo se dissociou do clube, e fundou o América Foot-ball Club, em 1914. No começo, disputaram entre si partidas amistosas e depois disputas do estadual, sendo que o Internacional venceu em 1915 e o América em 1917.

Anos depois, já na década de 1920, o América apresentava problemas financeiros e desistiu de disputar o estadual. Até que em 1923 o então presidente do clube Arcésio Guimarães propôs aos dirigentes do Internacional a fusão entre as duas agremiações. Depois de muitas reuniões os clubes entraram em consenso, fundado oficialmente o Club Athletico Paranaense no dia 26 de março de 1924. Na ocasião, Arcésio foi nomeado como o primeiro presidente.

Símbolo, escudo e cores: significado

Após a fusão dos dois clubes, o Internacional e o América, as cores de ambos passaram a fazer parte do Athletico Paranaense. O preto e branco do primeiro junto do vermelho e o preto do segundo se uniram e tornaram o Athletico o clube Rubro-Negro da capital paranaense. O design foi inspirado na camisa do Internacional, com listras verticais predominantes do vermelho e do preto, e calções pretos.

No escudo do clube ocorreu o mesmo, e a união dos clubes deu origem a um escudo que se assemelhava a um coração com as cores vermelho e preto, e as letras CAP (Club Atheltico Paranaense) entrelaçadas no canto superior esquerdo. Ao longo dos anos o desenho evoluiu e ganhou listras horizontais com as cores do clube e se tornou redondo a partir de 1995.

Na década de 1950, o clube mudou a grafia de seu nome, ficando como Club Atlético Paranaense até o ano de 2018. Foi neste ano, cheio de conquistas em campo, que o então presidente Mario Celso Petraglia propôs resgatar a identidade do clube logo após sua fundação, retirando o acento e introduzindo o “h” no Athletico.

O escudo também sofreu uma alteração radical. Deixou totalmente o escudo redondo e rubro-negro e foi substituído por quatro listras ascendentes, cruzando o peito da esquerda para direita, e a sigla CAP, se assemelhando a uma logomarca modernizada. O uniforme deixou de ter as listras verticais como protagonistas, passando a ser representadas  na parte inferior da camisa, abaixo do escudo, assemelhando-se às listras do novo escudo.

1924-1949: Primeiras décadas do Athetico Paranaense

Elenco do título paranaense de 1929.

Poucos dias após a fundação do clube, foi marcada uma partida com o intuito de apresentar a nova equipe da cidade à torcida, que fundiu os torcedores dos dois clubes que deram origem ao Athletico. Na partida realizada contra o Universal FC, os Rubro-Negros deram uma amostra do que pretendiam apresentar nos anos seguintes. Assim, o Furacão venceu o adversário por 4 a 2, com gols de Marreco, Ary e Malello.

O primeiro título do clube veio logo. No ano seguinte a sua fundação, em 1925, O Athletico PR venceu o Savóia (Esporte Clube Pinheiros), forte clube da época, na grande final do Campeonato Paranaense, o Savóia. No ano de 1929 o clube repetiu a dose e voltou a vencer o estadual. Desta vez de maneira invicta, com um poderoso elenco que voltaria a vencer o campeonato paranense no ano seguinte (1930), também sem derrotas.

Os primeiros ídolos do clube e o apelido de Furacão

O Athletico conheceu seus primeiros ídolos neste período, como Marreco, Urbino, Tapyr e Zinder Lins. Na mesma época, o clube passou a buscar amistosos contra equipes de outros estados. A mais importante delas, serviu para colocar o Athletico no cenário nacional ao derrotar o Corinthians que era considerado um dos clubes mais poderosos e vinha de uma grande série invicta. O gol de Marreco deu a vitória ao clube paranaense e quebrou a sequência sem derrotas dos paulistas. Nos anos seguintes o clube viu outro de seus maiores ídolos chegar ao clube, Alfredo Gottardi, o Caju. Ele que foi goleiro do Athletico por 18 anos e o primeiro jogador do clube a ser convocado pela Seleção Brasileira, tendo conquistado seis títulos estaduais.

Em 1934, o Athletico conquistou novamente o Campeonato Paranaense, já com Caju no gol, e em 1937, voltou a ser campeão de forma invicta do estadual. Com mais quatro títulos na década de 1940, inclusive um com uma campanha avassaladora em 1949, o clube ganhou a alcunha que o acompanha até hoje, “Furacão”. A origem do apelido veio após uma manchete do antigo jornal Desportos Ilustrados, que apelidou o clube desta forma.

1950 – 1980: Athletico Paranaense vive período de jejum

Depois destas primeiras décadas muito vitoriosas, o Furacão passou por uma fase de poucas conquistas. Depois do título paranaense de 1949, o Athletico passou por um grande jejum de títulos e só voltou a ser campeão em 1958. Conquista que deu o direito ao clube de disputar a primeira Taça Brasil da história. Mas, o clube foi eliminado pelo Grêmio após perder para os gaúchos na decisão do Grupo Sul.

O clube teve alguns bons jogadores no período, como Tocafundo, Gaivota e Tião, grandes destaques do título Paranaense de 1958.

O Furacão só voltou a ganhar um campeonato novamente em 1970, mas antes disso amargou passagem pela segunda divisão do estado, em 1967.

Em 1968, visando retomar o brilho de antigamente e determinado a não repetir a passagem pela 2ª divisão, o então presidente do clube, Jofre Cabral e Silva, foi atrás de jogadores consagrados como Bellini e Djalma Santos, campeões mundiais em 1962. Além de Zé Roberto, Dorval, Sicupira, Alfredo Gottardi Júnior (filho de Caju) e Nilson Borges, que fizeram o clube voltar à primeira divisão paranaense e realizar boa campanha na Taça Roberto Gomes Pedrosa.

Depois do retorno à primeira divisão, e o título estadual de 1970, o clube passou por um novo período de jejum, que se encerraria apenas 11 anos depois, em 1982.

Período vitorioso nos anos 1980 e declínio nos anos 1990

O jejum de títulos que o Athletico encerrou no ano de 1982. Com um ataque liderado por Washington e Assis, que posteriormente se imortalizariam no Fluminense como o “Casal 20”, o clube foi campeão paranaense com os gols da dupla e chegou a um inédito terceiro lugar no brasileiro daquele ano.

O titulo do paranaense de 1982, abriu as portas para outras conquistas estaduais e uma ótima campanha no Brasileiro de 1983. A partir de então, o clube somou cinco títulos estaduais (1982, 1983, 1985, 1988 e 1990). Além do terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1983, quando foi superado pelo poderoso Flamengo de Zico nas semifinais.

Mesmo diante do clube carioca que era o grande favorito no confronto, o Furacão não se rendeu facilmente. Na primeira partida, o Flamengo venceu no Maracanã por 3 a 0. Mas, no confronto decisivo, os torcedores “athleticanos” lotaram o Couto Pereira, estádio do rival Coritiba, com 67.391 pessoas registrando o maior público da história do futebol do estado.

O placar adverso quase foi revertido, e os dois gols de Washington fizeram os torcedores acreditarem na virada. Porém, os cariocas seguraram o placar e passaram à final com o agregado de 3 a 2 no confronto.

Porém os dias bons e de glórias pareciam ter chegado ao fim, após a conquista do Paranaense de 1990. Com campanhas medianas nas competições que disputou, o Atheltico apresentava dificuldades em campo, que culminou com o rebaixamento para a segunda divisão do Brasileiro em 1993. Com isso, o clube se viu obrigado a realizar uma reestruturação em seu departamento de futebol, começando por sua estrutura e depois no elenco.

Década de 1990: Reestruturação administrativa e volta à série A

Em busca retornar a ter bons resultados, o Athletico precisava de mudanças em suas estruturas, tanto políticas quanto físicas. Assim, em 1994, em meio a um período conturbado dentro e fora de campo, o Furacão voltou a mandar seus jogos no Estádio Joaquim Américo Guimarães, após uma reforma no local e em busca de se reaproximar de suas raízes. O clube mandou seus jogos de 1987 até 1993 no Estádio do Pinheirão.

Na diretoria, a mudança veio depois que Mario Celso Petraglia assumiu o controle. O dirigente chegou com uma política de estabilizar a vida financeira do clube, cortando gastos excessivos e investindo na eficiência do elenco. As primeiras mudanças notáveis vieram com a melhoria do centro de treinamento e a construção do novo estádio, sendo que foi preciso demolir a antiga casa, três anos após sua reabertura.

Na reestruturação do elenco, o Athletico Paranaense conheceu dois ídolos da instituição na segunda metade dos anos 1990, são eles os atacantes Paulo Rink e Oséas. Ambos foram fundamentais na campanha que deu o primeiro título de âmbito nacional do Furacão, da Série B de 1995.

O time comandado por Pepe, o Canhão da Vila nos anos 1950 e 1960, liderou as duas fases de grupo preliminares e o quadrangular final para se tornar campeão. Além de Oséas e Paulo Rink, o time viu Leomar e Alex Lopes se destacarem e conduzirem o time em campo para o retorno à elite nacional.

No ano seguinte, a gestão de Petraglia que já começou a apresentar bons frutos, ficou evidente após uma campanha no Brasileiro que levou o clube até às quartas de final. Em 1997, o ousado projeto de construir o mais moderno estádio do país saiu do papel, e se tornou um divisor de águas na história do clube.

1999: Estádio Arena da Baixada: reformas e grande caldeirão

Em 1999, o sonho do estádio mais moderno do Brasil se tornou realidade. Depois do investimento de 30 milhões de dólares, o Athletico entregou ao país a nova arena, com arquibancadas intimidadoras e acústica favorável à sua torcida fanática e barulhenta.

Porém, com toda modernidade do projeto ele não foi concluído como o planejado, uma vez que um setor inteiro que seria destinado a arquibancadas fazia parte de um complexo escolar. Com isso, o estádio não teve sua capacidade de público total esperada, e isso influenciou no regulamento de algumas competições. Algo que acabou prejudicando o clube principalmente na final da Libertadores  de 2005.

Em 2004, a inovadora arena recebeu o nome de uma empresa privada, a japonesa Kyocera, sendo o primeiro estádio brasileiro a receber Naming Rights, comprovando a moderna gestão de um dos clubes mais profissionais do país. Em 2009, finalmente a situação foi resolvida após muitas lutas judiciais, e o setor tão aguardado pelos torcedores foi entregue, e a capacidade passou para pouco mais de 28 mil torcedores.

Dois anos mais tarde, a Arena da Baixada foi novamente fechada para obras ao fim da temporada 2011. Justamenete para se tornar mais moderna e acompanhar a evolução das arenas mundiais e ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Foi reinaugurado no ano do mundial, e desde então é um dos estádios mais importantes do Brasil.

Desde sua reabertura em 1999, a direção do Athletico Paranaense sempre buscou inovações em seu estádio. Além de um teto retrátil, o clube investiu em um gramado artificial, a fim de cortar gastos excessivos para manter o padrão de excelência. As dificuldades por conta do clima e ausência de luz do Sol, levaram o clube a buscar a alternativa do gramado sintético com a autorização da FIFA e da CBF.

Década de 2000: era das conquistas nacionais e destaque internacional

Ao longo da década de 2000, o Athletico teve o seu período mais vitorioso da história. Isto incluiu 5 títulos estaduais, a conquista inédita do Campeonato Brasileiro em 2001, o vice-brasileiro de 2004 e até uma final de Libertadores da América em 2005.

Athletico Paranaense: Campeão Brasileiro 2001

O Ahtletico Paranaense, impulsionado por uma gestão financeira organizada e seu estádio moderno, passou realizar campanhas importantes nas principais competições. No Brasileiro de 2001, o Rubro-Negro montou um time muito competitivo a ponto de lutar de igual para igual com qualquer adversário que fazia parte do campeonato.

Na primeira fase, a expectativa da diretoria se confirmou, e o Furacão terminou em segundo lugar na classificação geral, que dava direito a uma vaga nas quartas de finais. O adversário foi o São Paulo, e o time dirigido por Geninho contou com ótima atuação de sua equipe e venceu o Tricolor paulista do jovem Kaká por 1 a 0.

Nas semifinais, o Fluminense fez um jogo duro contra o Athletico, mas Alex Mineiro marcou três vezes na vitória por 3 a 2 que levou os paranaenses à final. Na decisão, o adversário foi o primeiro colocado da primeira fase, e vice-campeão da edição anterior do Brasileiro o São Caetano.

O Azulão foi apontado como favorito no confronto. Porém, na primeira partida, na Arena da Baixada com mais de 30 mil torcedores, Alex Mineiro marcou outro hat-trick e o Furacão venceu por 4 a 2. Na segunda partida o mesmo atacante marcou o gol derradeiro no ABC paulista e sacramentou o título Brasileiro para o Athletico. A conquista contou com nomes importantes na história do clube como Gustavo, Cocito, Adriano, Kléberson, Ilan, Souza e Alex Mineiro

Vice-campeão Brasileiro em 2004

Depois da inédita conquista do Brasileiro de 2001, o Athletico não conseguiu manter o embalo nos campeonatos seguintes. Terminou as duas edições seguintes no meio da tabela, sem disputar as vagas para as competições continentais ou mesmo o título. No Paranaense, a equipe conseguiu um  inédito tricampeonato de 2000 até 2002 no reformado estádio.

Mas com um renovado e fortalecido elenco, o Furacão fez um ótimo campeonato Brasileiro em 2004. A equipe comandada por Levir Culpi contou com os jovens Fernandinho, Dagoberto e Jadson, além de Dênis Marques, Marcão, Alan Bahia e Rogério Correa. O atacante Washington, conhecido como “Coração Valente” foi o artilheiro da competição com 34 gols, e estabeleceu o recorde em uma edição do nacional.

A sólida campanha da equipe teve ajuda fundamental de sua torcida, que lotava o “caldeirão” e empurrava o time durante toda competição. A disputa do campeonato foi acirrada e o Furacão esteve na ponta por 11 rodadas, mas perdeu a posição no penúltimo jogo, e viu o Santos FC, com sua 2ª geração dos Meninos da Vila (com craques como Diego, Robinho e Elano),  ser campeão na rodada final. O vice-campeonato não apagou a ótima campanha do clube, que lutou até o fim e chegou à Libertadores do ano seguinte.

Athletico Paranaense chega ao vice da Libertadores em 2005

Elenco vice-campeão da Libertadores de 2005.

Com a campanha que quase resultou no título Brasileiro de 2004, o Athletico se classificou para a disputa da Libertadores da América de 2005. Ao lado América de Cali e do Independiente Medellín da Colômbia, além do Libertad do Paraguai no Grupo 1, o Rubro-Negro terminou em segundo lugar a primeira fase, atrás do Independiente nos critérios de desempate.

Na classificação geral, somando todos os primeiros e segundos colocados de cada grupo, o Athletico ficou com o décimo primeiro lugar, e com isso, cruzou com o sexto colocado, que foi o Cerro Porteño do Paraguai. Cada equipe venceu em seu estádio por 2 a 1, e com isso o duelo se decidiu nos pênaltis, com a vitória do Furacão.

Na fase seguinte, deu o troco no Santos, que o havia superado no Brasileiro da temporada anterior. Com duas vitórias sobre o Alvinegro Praiano, o Athletico chegou a uma inédita semifinal, para enfrentar o Chivas Guadalajara. Na partida de ida, o Rubro-Negro abriu vantagem de 3 a 0, e com o empate de 2 a 2 na volta, despachou os mexicanos para chegar à decisão.

A decisão contra o São Paulo

Na grande final, o Athletico enfrentou o  São Paulo, que já possuía duas conquistas da América, enquanto o Athletico, chegava pela primeira vez em uma final continental. No primeiro jogo, antes mesmo da bola rolar, muita polêmica acerca de onde o Furacão mandaria o jogo. O clube queria jogar na Arena da Baixada, mas por conta de a capacidade do estádio ser abaixo de 40.000 pessoas, como exigia o regulamento da competição, começou um embate do clube com a entidade sul-americana.

Com a esperança de conseguir mandar a partida em sua arena, a diretoria investiu em arquibancadas móveis que aumentaram a capacidade da Arena da Baixada. Mas, mesmo depois de vistorias e aprovações de órgãos de segurança, a CONMEBOL não aceitou as mudanças, e o Coritiba não cedeu o Couto Pereira. Assim, a partida foi para Porto Alegre, no Beira Rio.

Na primeira partida, Aloísio marcou para o Furacão, mas após o gol contra de Durval, a partida terminou em 1 a 1. No Morumbi, o São Paulo dominou toda a partida e logo abriu o placar. No final da primeira etapa, o Athletico Paranaense teve um pênalti desperdiçado. Para piorar, ainda viu o Tricolor deslanchar na segunda etapa, e fechar a partida com mais três gols.

O vice-campeonato da Libertadores não apagou a grande campanha realizada pelo clube. Comandados pelo experiente Antônio Lopes, o elenco teve sua base preservada em relação a temporada anterior, como Alan Bahia, Cocito, Marcão, Diego e Fernandinho. Aloísio, que logo depois se transferiria para o São Paulo, foi um dos destaques do ataque, ao lado Lima e do meia Fabrício.

Década de 2010 – Campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana

Pablo e Rony: grandes estrelas da era recente do Athletico Paranaense.

Nos anos seguintes ao vice-campeonato da América, o Athletico passou por alguns altos e baixos, até se estabilizar na segunda metade da década de 2010. Venceu o estadual em 2009 e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana de 2006, mas caiu para o Pachuca do México. Em 2011, fez um péssimo Brasileiro e foi rebaixado à Série B, para voltar à elite já no ano seguinte.

Em 2013 o clube novamente inovou ao deixar de lado a disputa do campeonato estadual, e passou a disputar o Paranaense com equipes alternativas ou sub-23. No mesmo ano chegou à decisão da Copa do Brasil, mas o time que contava com Weverton, Manoel, Paulo Baier, Marcelo Cirino, Éderson e Éverton, foi superado pelo Flamengo na grande final. Além disso, teve um importante resultado no campeonato brasileiro, terminando em terceiro lugar no Brasileiro.

Não teve o mesmo brilho nas temporadas seguintes, até se classificar para a Sul-Americana de 2018, onde conseguiu se sagrar campeão. Antes disso, o clube montou sua base depois do título estadual comandado pelo treinador Tiago Nunes, que posteriormente assumiu a equipe principal no lugar de Fernando Diniz. Jogadores como Nikão, Bruno Guimarães, Renan Lodi, Pablo, Lucho González, Raphael Veiga, Rony, Marcinho, Jonathan e Márcio Azevedo foram muito importantes no elenco.

Em 2019, outro título inédito para o Athletico, a Copa do brasil. O clube já havia batido na trave em edições anteriores, mas neste ano, contou com a base campeã da Sul-Americana de 2018. Com as adições de Marco Ruben, Leo Cittadini, Robson Bambu e Wellington entre os principais destaques ao lado de Rony, Marcelo Cirino, Nikão, Bruno Guimarães, o goleiro Santos.

Campeão da Copa Sul-Americana 2018 e Levain Cup/CONMEBOL

Na campanha vitoriosa da Sul-Americana de 2018, o Athletico PR passou por equipes tradicionais do continente rumo ao título. Na primeira fase, eliminou o Newell’s Old Boys da Argentina por 4 a 2 no placar agregado. Já na segunda fase, eliminou o grande campeão do continente, o Peñarol do Uruguai com facilidade, com 6 a 1 no agregado.

Nas oitavas de final, o Athletico enfrentou o Caracas da Venezuela, e com duas vitórias e soma dos placarem em 4 a 1, chegou às quartas de final. Nesta fase, teve um duro confronto doméstico contra o EC Bahia, decidido apenas nas penalidades após cada equipe vencer por 1 a 0 as partidas.

Nas semifinais, após vencer o Fluminense por 2 a 0 em ambas as partidas, o clube deixou outro adversário doméstico para trás e chegou à decisão contra o Júnior Barranquilla. Depois de dois empates em 1 a 1 e muitas chances desperdiçadas para cada lado, o jogo derradeiro na Arena da Baixada, com recorde de público do estádio, foi para os pênaltis. Na disputa, o Athletico levou a melhor e conseguiu o inédito título internacional, que deu direito ao clube disputar a Levain Cup/CONMEBOL de 2019.

O torneio disputado em jogo único no Japão, colocou frente a frente o campeão do país oriental de 2018 contra o campeão da Sul-Americana. O jogo realizado em agosto de 2019, teve o Athletico dominante contra o Shonan Bellmare. O Furacão atropelou pelo placar de 4 a 0, com gols de Marcelo Cirino, Rony, Tony Anderson e Braian Romero se tornando campeão do torneio.

Athletico Paranaense campeão da Copa do Brasil 2019

Na Copa do Brasil de 2019, como o Athletico Paranaense estava na disputada Libertadores da América, o regulamento o colocou diretamente nas oitavas de final. O adversário foi o Fortaleza, sendo que o clube do nordeste fez um confronto muito disputado. Mas, o Furacão se classificou após vencer a segunda partida por 1 a 0.

O adversário seguinte, também conhecido após sorteio na CBF, foi o Flamengo. O poderoso clube carioca era apontado como grande favorito, mas o Furacão endureceu o confronto e levou a segunda partida para os pênaltis, depois de dois empates em 1 a 1. Na decisão na marca das penalidades o Athletico venceu por 3 a 1 e se classificou às semifinais contra o Grêmio.

Em novo confronto definido nas penalidades, este após cada equipe vencer em seus domínios por 2 a 0, o Furacão venceu na disputa por 5 a 4 e encontrou outro gaúcho na grande final, o Internacional. No primeiro jogo, na Arena da Baixada, o gol de Bruno Guimarães deu a vantagem ao Furacão para a segunda partida. No Beira-Rio o Athletico confirmou a vantagem e venceu por 2 a 1 com gols de Leo Cittadini e Rony. Assim, o clube conquistou outro título inédito, que o coloca definitivamente entre os mais importantes dos últimos anos do Brasil.

2021 – Os tempos de glórias não para e o Furacão conquista o bi da Sulamericana

Mais um título do Furacão: Copa Sulamericana de 2021.

Após os triunfos na Sul-americana de 2018 e na Copa do Brasil de 2019, o Athletico Paranaense passou o ano de 2020 com apenas o título do Campeonato Paranaense. Porém, no ano de 2021, o Furacão voltou com tudo e mesmo com uma campanha mediana na Copa do Brasil, o clube conseguiu se sagrar campeão da Copa Sul-americana pela segunda vez em sua história.

Na fase de grupos, o clube se classificou em primeiro lugar em seu grupo, como manda o regulamento, deixando para trás equipes como Melgar do Peru, Alcas do Equador e Metropolitanos da Venezuela. Nas oitavas de finais, o Furacão passou com tranquilidade pelo América de Cali e nas quartas de finais eliminou a LDU de Quito por apertado placar de 4 a 3 no agregado. Na semifinal, o Athletico voltou a se classificar de maneira tranquila, com o placar de 4 a 1 no agregado.

Na grande decisão, pela frente o time paranaense teria o novo rico Red Bull Bragantino, estreante em decisões continentais. E por mais que a equipe de Bragança propusesse mais o jogo, o experiente time do Furacão soube a hora certa de atacar e Nikão fez ainda no primeiro tempo, o gol que definiu a partida. Com esse placar de 1 a 0, o Clube Athletico Paranaense conquistava mais uma vez a Copa Sul-americana.

 

2 Comments

  1. Thiago disse:

    Grande matéria, rica em detalhes, contou a história do Athletico Paranaense com excelência, parabéns!

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