Jovem craque despertou nos Red Devils

O fantástico retorno de Cristiano Ronaldo ao Manchester United na temporada de 2021, após 12 anos, despertou a nostalgia no coração daqueles que o viram em ação pelo clube entre os anos de 2003 e 2009. Não à toa que, na primeira passagem pelos Red Devils, o astro português foi implacável, construindo uma reputação que só cresceria a partir de então.

Naquele dia de agosto de 2003, com apenas 18 anos, a jovem promessa portuguesa estreou para pouco mais de 67 mil torcedores presentes no Old Traford, sob olhares também de Sir Alex Fergunson – responsável pela contratação de CR7.

Jovem prodígio desponta para o mundo

Cristiano Ronaldo, Sporting Clube de Portugal, 2002/03. pic.twitter.com/SvYItHhw

— Kritika Bhargava (@Daviddekritz) December 27, 2012

Com nome inspirado no ator e ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, ator favorito de seu pai, assim Cristiano Ronaldo foi batizado. Porém, o seu palco de atuação não seria o teatro ou as telonas do cinema, seu destino seria os principais gramados do mundo. Ainda garoto, CR7 se destacava pelo jeito provocador, entortando os adversários desde as categorias de base no modesto clube do Andorinha e no Nacional da Ilha da Madeira.

Tamanha habilidade não passou despercebido por um dos maiores times de Portugal, o poderoso Sporting, que o contratou em 1997, aos 12 anos de idade.

Nome de craque e dribles também!

Foi então que em 2001, aos 16 anos, o rápido e intrépido gajo passou a integrar o elenco profissional do Sporting. Contudo, sua estreia só foi ocorrer um ano depois, em setembro de 2002. Naquele período, o português já despertava o interesse dos principais clubes do mundo, com jogadas geniais, regadas a dribles e muita explosão física. Suas características nos remetia a um outro Ronaldo, o Fenômeno. O brasileiro, inclusive, acabara de conquistar o mundo com a seleção brasileira.

Mas, se por um lado o brasileiro Ronaldo era um fenômeno, o jovem Cristiano era considerado um cometa, e já em seu primeiro ano como profissional também passou a representar a seleção portuguesa sub-17. Assim, não demorou muito para que ele vestisse o manto da seleção principal, algo que ocorreu em 2003, lhe lançando de vez no mapa do futebol mundial.

2003: CR7 chega ao Manchester United

Com excelentes atuações com a camisa do Sporting e pela seleção portuguesa sub-17, Cristiano Ronaldo chamou a atenção de grandes europeus. O primeiro contato foi do Manchester United, que desde o final do ano de 2002 já observava o atacante. Pouco depois, o gajo passou a ser observado pelo FC Barcelona, que só não o contratou pois já estava fechando as contratações de Rafa Márquez e do gênio Ronaldinho Gaúcho. Na época, o jovem dentuço era a grande sensação do futebol europeu com a camisa do PSG.

Para se ter uma ideia, Cristiano Ronaldo foi oferecido ao Barça por empresários pelo valor de 17 milhões de euros, quantia abaixo da transação com o Manchester United. A jovem promessa portuguesa chegava ao clube inglês pela bagatela de 19 milhões de euros.

E mesmo que já fosse reconhecido por sua habilidade, Cristiano Ronaldo tinha apenas 18 anos e era tratado apenas como uma aposta no competitivo futebol inglês, embora ele tenha recebido a mítica camisa 7 do United, então de David Beckham, que acabara de acertar transferência para o galáctico Real Madrid.

Uma curiosidade é na na apresentação, em agosto de 2003, o gajo não era considerado a principal contratação do Man United. Ele foi ofuscado pelo brasileiro Kléberson, que havia acabado de se tornar campeão mundial pela seleção brasileira, como um dos destaques em 2002.

CR7 estreia pelo Manchester United

Em meio a grandes estrelas como Ryan Giggs, Paul Scholes, Solskjaer e Ruud van Nistelrooy, Cristiano Ronaldo era apenas um garoto vendo como as grandes estrelas se comportavam. Porém, em meio a essa constelação de lendários jogadores, Sir Alex Fergunson conseguiu arrumar um espaço para que o jovem português entrasse em cena.

Foi no dia 16 de agosto de 2003, pela primeira rodada da Premier League, contra o Bolton, que aos 16 minutos do segundo tempo a placa registrou entrada do jovem camisa 7, no lugar do já ídolo Nick Butt, camisa 8. Ali se mandava para campo o jovem português com cara de moleque e dentes tortos. Naquele momento, o placar do jogo anotava 1 a 0 para o United.

Participa de gol

Não demorou muito para CR7 logo mostrar o que sabia  fazer. Embora tenha perdido as suas primeiras jogadas, não demorou muito para o craque começar a tomar conta do Old Trafford. Ali seria o seu grande palco pelos próximos anos. Tanto é que, aos 28 minutos, contando com muita explosão, Cristiano iniciou jogada que resultaria no segundo gol dos Red Devils.

Na sequência ele seguiu infernizando a vida dos defensores do Bolton. A partida terminaria com uma goleada por 4 a 0 para o Manchester United.

2003-2009: Escreve seu nome no Manchester United

Mesmo causando uma boa impressão na sua estreia, Cristiano Ronaldo ainda era muito jovem e aprimoraria muito seus fundamentos para se tornar em uma máquina. Se no início era mais reconhecido por ser um jogador que ficava se observando no telão, vaidoso, sua repertório como atacante, porém, não parava de crescer.

Porém, aos poucos, a joia portuguesa foi lapidada e, após um ano da estreia, o atacante começou a ganhar cada vez mais espaço nos Red Devils. Foi na temporada 2006-07 que CR7 de fato passou a ser um destaques da equipe, formando dupla de peso com o ídolo Wayne Rooney. Melhor preparado fisicamente e com dribles mais decisivos, aos poucos o gajo foi se tornando um dos protagonistas da equipe.

Se torna Melhor do Mundo

O ápice de seu protagonismo com a equipe acontece em 2007-08, quando o camisa 7 levou o Manchester United ao título da Liga dos Campeões, sendo de quebra eleito o melhor do mundo. Aquela conquista era o símbolo de uma passagem de sucesso que rendeu outros tantos títulos ao português no United. Entre eles três Campeonatos Ingleses, uma Copa da Inglaterra, uma Copa da Liga Inglesa e um mundial de clubes.

Quis destino que Cristiano Ronaldo voltasse para casa após rodar pelo futebol europeu com as camisas de Real Madrid e Juventus, para reescrever e, quem sabe, finalizar a sua história.

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